Foto nº 1 > Guiné > Região de Bafatá > Bafatá : A zona da "Mãe de Água" ou "Sintra de Bafatá" > c. 1969/70 > Um piquenique
Foto nº 2 > Guiné > Região de Bafatá > Bafatá : A zona da "Mãe deÁgua" ou "Sintra de Bafatá" > c. 1968/70 > Na foto, o Fernando Gouveia [ex-alf mil rec inf, Cmd Agr 2957, Bafatá, 1968/70; autor do romance Na Kontra Ka Kontra, Porto, edição de autor, 2011; arquiteto, transmomntano, residente no Porto]
Fotos (e legendas): © Fernando Gouveia (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legednagem complementar: Blogue Luís Graça & Caamaradas da Guiné]
Fotos nº 3 e 4A : Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > "Fonte Pública de Bafatá, 1918" (e não 1948, como por lapso indicámos no poste P24803). Na foto, o Manuel Mata, ex-1º cabo apontador de Carros de Combate M 47 do Esq Rec Fox 2640.
Fotos nºs 4 e 4A : Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > 1959 > "A fonte pública de Bafatá, 1918" (e não 1948, como por lapso legendámos inicialmente no poste P24803 (*),
Esta belíssima fonte (Fotos nºs 3 e 4) , na zona da "Mãe de Água", também conhecida na época colonial como "Sintra de Bafatá", é portanto do início do desenvolvimento urbano de Batafá, ainda no tempo da República.
Segundo a entrada na Wikipedia, em "1906, o território guineense foi dividido num concelho (Bolama) e seis residências: Bissau, Cacheu, Farim, Geba, Cacine e Buba. (...) Cacheu continuava como capital do distrito de Cacheu, porém perdeu mais da metade de suas terras para a formação dos distritos de Farim (actual Oio) e Geba (actual Bafatá). Geba torna-se capital do distrito de mesmo nome.
"Em 4 de agosto de 1913 'Bafatá' (primeiro registro com este nome) recebe o título de vila." (...). Foi elevada a cidade 67 anos depois (em cerimónia que decorreu a 12 e 13 de março de 1970, com a presença do Ministro do Ultramar) (**), segundo o Manuel Mata.
"Em 4 de agosto de 1913 'Bafatá' (primeiro registro com este nome) recebe o título de vila." (...). Foi elevada a cidade 67 anos depois (em cerimónia que decorreu a 12 e 13 de março de 1970, com a presença do Ministro do Ultramar) (**), segundo o Manuel Mata.
Outro guia e especialista de Bafatá dos anos1968/70, o arquiteto Fernando Gouveia, que lá viveu em como alferes miliciano, com a sua esposa, Regina, descreve esta zona num dos seus postes do roteiro de Bafatá (***), como sendo a "Mãe d'Água" ou a "Sintra de Bafatá", local aprazível e romântico onde havia umas mesas para piqueniques e que, de vez em quando, "a esposa do comandante do Esquadrão organizava uns almoços dançantes em que eram convidados, além dos alferes, e alguns furriéis, "todas as meninas casadoiras de Bafatá, libanesas e não só"...
O Fernando Gouveia não quis identificar o Esquadrão, mas o último do seu tempo, foi o Esq Rec Fox 2640, Bafatá, 1969/71, cujo comandante era o cap cav Fernando da Costa Monteiro Vouga; reformou-se como coronel, e é autor de diversos livros sob o nome de Costa Monteiro.
A foto nº 4 foi-nos disponibilizada pelo nosso camarada Leopoldo Correia (ex-fur mil da CART 564, Nhacra, Quinhamel, Binar, Teixeira Pinto, Encheia e Mansoa, 1963/65); esta e outras fotos otos de Bafatá, de 1959, foram tiradas por um familiar do nosso camarada. "ligado ao comércio local (Casa Marques Silva), casado com uma senhora libanesa, filha do senhor Faraha Heneni".
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Notas do editor:
(*) Último poste da série > 28 de outubro de 2023 > Guiné 61/74 - P24803: As nossas geografias emocionais (11): Ainda a nascente de água e o fontenário de Bambadinca, inaugurados em 1948 pelo governador Sarmento Rodrigues(**) Vd. poste de 2 de abril de 2006 > Guiné 63/74 - P652: Esquadrão de Reconhecimento Fox 2640 (Manuel Mata) (4): Elevação de Bafatá a Cidade
7 comentários:
Em 1969, um descontraído piquenique e a caminhada de Fernando Gouveia, como na Volta do Duche em Sintra, dava uma ideia errada do que se passava a uns 30 km daquele local.
Nota-se que as senhoras já agarraram a moda das calças compridas, que muito por lá lhes valeu por causa dos mosquitos.
Valdemar Queiroz
G'anda observador, Valdemar!... Isto é um passatempo que te ajuda a lidar com as crises da tua DPOC...
"Bajudas" de calças com que então, ãh?!... Na terra do Amílcar Cabral que ainda faltava... "libertar do jugo do colonialismo"...
Nessa altura, no Norte do País, ainda "homes valentes" que zelavam pelos bons costumes, quais talibãs, proibindo o mulherio lá de casa de usar calças e... de fumar! ... Era só o que faltava!... Que galo na capoeira só há um!...
Luís, como bom "sulista" que serás, generalizas como norte do país tudo o que é acima da capital do império. Contudo, aqui no Grande Porto, em meados dos anos 60, já as miúdas usavam minissaia e, poucos anos depois, calças compridas.
Quanto a fumar, como se costuma dizer, beijar uma mulher que fuma é como beijar um cinzeiro. Elas podem dizer o mesmo em relação aos homens, claro.
"Homens valentes", infelizmente há-os por todo o lado, se não, vejam-se as estatísticas que não diferenciam o norte do sul.
Carlos Vinhal
Aqui pelo norte
Isso mesmo Carlos Vinhal, e umas malguinhas de berde tinto.
Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz
Caros amigos,
A fonte (nascente) de Bafatá que conheci desde a minha primeira viagem a esta cidade na qualidade de "infante" da mocidade portuguesa ou mocidade "treco" como nos apelidaram os colegas de Bafatá em 1973, praticamente serviu-nos de residência durante alguns dias, pois vindos do interior não conhecíamos ninguém na cidade, mas só durante o dia, porque a noite, por força do arvoredo, da escuridão e isolamento, o pequeno vale se transfigurava num local sinistro de que poucos se atreviam a atravessar. As pessoas que vinham ou saiam do Hospital para o Bairro de Ponte-Nova seguiam pelo trajecto que levava ao quartel da cavalaria (?), passando a frente da sua porta d'armas, antes de descer para o Bairro junto da entrada do Cemitério local.
Um ano depois, em 1975, já na qualidade de estudante do primeiro ciclo, voltaria a serviu-nos de local aprazível para estudos e passatempo, sempre no período diurno, pois ainda prevalecia o medo do local e durante a noite predominava a escuridão e o silêncio, nesse período, entre a malta jovem já era mais conhecido por Boma.
Em alguma parte das minhas memórias, falando da guerra de Bissau (junho de 1998-maio de 1999) nossa fuga de Bissau para Fajonquito, faço referência a minha passagem por Bafatá e ao Boma (fonte Bafatá) nosso local predilecto de estudos e brincadeiras.
Um abraço amigo,
Cherno Baldé
Carlos, tens toda a razáo... No Sul, também havia "homes valentes" que "zelavam pelos bons costumes, quais talibãs, proibindo o mulherio lá de casa de usar calças e... de fumar! ... Era só o que faltava!... Que galo na capoeira só há um!"...
Camaradas:
Passo a esclarecer:
1 - Os ditos "almoços dançantes" eram promovidos pela esposa do Capitão do Esq. de Cav., Capitão Campos do Esq. que esteve antes do que é mencionado, penso que de 1967 a 1969.
2 - Quanto à fonte, que em 1968/69 estava num grau de conservação normal, quando fui lá em 1910 o terreno, por força das chuvas, tinha subido mais de um metro subterrando o tanque.
Também em 1910 já tinha desaparecido a placa com a data da construção.
3 - Tenho uma foto da fonte que tirei e 1910 e que vou fazer chegar ao Carlos Vinhal para publicação.
Abraços.
Fernando Gouveia
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