Foto nº 1 e 1A > Guiné > Região de Tombali > Cameconde > 1º Pel Art > 1972 (?)
Foto nº 3 > Guiné > Região de Tombali > Cameconde > 1º Pel Art > c. 1971/72
Foito nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Cacine > CCAÇ 2520 e 1º Pel Art / > c. 1972 > Messe de sargentos (?)
Foto nº 5 e 5A > Guiné > Bissau > "Convívio durante um patrulhamento ao arame em Bissau 1973". (Publicado na página "Guiné-Recordações", Grupo Privado, 29 de março de 2022, 15:21)
Fotos (e legendas): © Manuel Friaças (2022). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Há um défice muito grande de informação sobre os Pel Art (Pelotões de Artilharia) que passaram pelo CTIG (integrados no BAC / BAC1 e depois, a partir de 1 de julho de 1970, no GAC1 / GA7).
No final da guerra, eram mais de 3 dezenas, 34 ao todo... Só temos, no nosso blogue, referências (e para mais sucintas) a dezanove.
- 5º Pel Art (8)
- 7º Pel Art (5)
- 9º Pel Art (5)
- 12º Pel Art (2)
- 13º Pel Art (1)
- 15º Pel Art (13)
- 16º Pel Art (4)
- 17º Pel Art (2)
- 18º Pel Art (1)
- 19º Pel Art (1)
- 20º Pel Art (8)
- 22º Pel Art (6)
- 23º Pel Art (43)
- 24º Pel Art (2)
- 26º Pel Art (1)
- 27º Pel Art (3)
- 28º Pel Art (1)
- 29º Pel Art (2)
- 31º Pel Art (1)
O que tem mais referências (=43) é o 23º Pel Art, que esteve em Gadamael, Cacine e Cuntima, graças aos postes de camaradas como, entre outros:
- Manuel Vaz (Gadamael, 1965/67);
- Vasco Pires (Gadamael, 1970/72);
- Tibério Borges (Cacine, Cameconde, Gadamael e Bedanda, 1970/72);
- Humberto Nunes (Gadamael e Cuntima, 1972/74);
- C.Martins (Gadamael, 1973/74)...
Vamos inaugural uma série com o título "Elementos para a História dos Pel Art". E vamos começar pelo 1º Pel Art (14 cm), de que fez parte o Manuel Friaças, ex-fur mil art. Esteve em Cameconde e Cacine, entre 1971 e 1973. E, por exclusão de partes, só pode ter pertencido ao o 1º Pel Art (que não parece ter existido antes de 1971).
Encontrei, até agora, cinco fotos dele no Facebook. Ele tem uma página mas com uma muita reduzida atividade (não tem nenhuma publicação disponível).
Também colaborou pontualmente na página Escola Prática de Artilharia (Grupo Público), com um comentário. Outra página, a dos Antigos Combatentes da Guiné (Grupo Público) reproduziu, sem qualquer edição, quatro fotos do seu álbum.
"Estive nesse GI [Grupo de Instrução, da EPA] de abril a junho de 1971 e [ fui 1º] cabo miliciano na 4ª BBF até setembro de 1971, data da mobilização para a Guiné" (9 de setembro de 2024, 14:24).
Na sua página pessoal, tem escassos elementos sobre si e a sua atividade operacional. Além das fotos que reproduzimos (depois de editadas, e que vinham sem legenda ou escassa informação sobre a data e o local), ficámos a saber que o Manuel Friaças:
(i) é alentejano de Aljustrel, onde de resto vive;
(ii) trabalhou na antiga Direcção Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) (hoje Autoridade Tributária);
(iii) estudou em Universidade de Évora.
Presume-ser que esteja reformado, sabendo-se que deve ter nascido por volta de 1949. Não temos o seu email. Mas fica desde já convidado a integrar a nossa Tabanca Grande. Tomamos "emprestadas" estas fotos, que são os primeiros elementos que encontramos para a história do 1º Pel Art. Oxalá apareçam mais, dele e doutros camaradas.
2. Na época em que o nosso camarada Friaças esteve no CTIG, em rendição individual (1971/73), o 1º Pel Art esteve em Cameconde (1971/72) e depois foi transferido para Cacine (1973).
Em 1 de julho de 1971, o dispositivo das NT no subsetor de Cacine / Setor S3 (BCAÇ 2930, Catió) era o seguinte:
- CCaç 2726 (-) > Cacine | 2 Pel > Cameconde
- 1º Pel Art (14 cm) > Cameconde
- Pel Mil 261/CMil 21 > Cameconde
- Pel Mil 262/CMil 21 > Cacine
- Pel Mil 263/CMil 21 > Cacine
Em 1 de julho de 1972, o dispositivo das NT no subsetor de Cacine / Setor S3 (BCAÇ 2930, Catió) era o seguinte:
- CCaç 3520 (-) > Cacine | 2 Pel Cameconde
- 1° Pel Art (14cm) > Cameconde
- Pel Mil 261 > Cacine (Reordenamento)
- Pel Mil 262 (-) > Cacine | 1 Sec > Cacine (Reordenamento)
- Pel Mil 263 > Cacine
- Pel Mil 261 > Cacine (Reordenamento)
- Pel Mil 262 (-) > Cacine | 1 Sec Cacine (Reordenamento)
- GEMil 263 > Cacine
- CArt 6552/72 > Cameconde
- Pel Rec Fox 3115 > Cacine
- CCav 8354/73 > Cacine
- 1° Pel Art (l4 cm) > Cacine
- CArt 6552/72 > Cameconde
- Pel Rec Fox 8871/73 > Cacine
- Pel Mil 261 > Cacine (Reordenamento)
- Pel Mil 262 (-) > Cacine | 1 Sec > Cacine (Reordenamentp)
- GEMil 263 > Cacine
Fonte: Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 6º volume: aspectos da actividade operaciona. Tomo II: Guiné, Livro III, Lisboa: 2015, 554 pp.
PS - Não encontrámos quaisquer referências ao 1º Pel Art anteriores a 1971, nos livros da CECA, 6º volume (aspectos da actividade operaciona), tomo II (Guiné), Livros I e II.
3. Fichas de unidade > BAC / BAC1 e GAC7/GA7
3.1. Bateria de Artilharia de Campanha | Bateria de Artilharia de Campanha nº 1
Identificação BAC | BAC
Cmdt (a): Cap Art António Soares Fernandes | Cap Art Carlos Rodrigues Correia | Cap Art José Júlio Galamba de Castro | Cap Art João Carlos Vale de Brito e Faro |! Cap Art Ernesto Chaves Alves de Sousa | Cap Art José Augusto Moura Soares (a) (Os Cmdts Btr são apenas indicados a partir de 1jan61)
Divisa: "Os Olhos na Pátria e a Pátria no Coração"
Início: Anterior a 1jan61 | Extinção: 30kun70
Síntese da Actividade Operacional
Era uma subunidade da guarnição normal, com existência anterior a 1jan61 e foi constituída por quadros metropolitanos e praças indígenas do recrutamento local, estando enquadrada nas forças do CTIG então existentes.
Inicialmente, destacou efectivos para guarnecer algumas localidades até à chegada de forças de Caçadores, nomeadamente para Bissorã, de finais de abr61 a meados de ag061 para Mansabá, de finais de abr61 a princípios de nov61 e para Enxalé, de princípios de jun61 a princípios de nov61.
Após ter destacado pelotões de material 8,8 cm para Mansabá, a partir de 10ut63, para Bissorã, de 6nov63 a 24dez63, para Olossato, a partir de 24dez63 e para Catió, a partir de 4fev64 - este destacamento, inicialmente, para apoio da operação "Tridente", nas ilhas de Como, Caiar e Catunco, continuou a formar pelotões para atribuição em apoio de fogos a diversas guarnições.
Assim, constituiu durante o ano de 1964 mais três pelotões, em 1966 mais seis pelotões, dos quais, três de material 11,4 cm e em 1967 mais três pelotões, estes de material 14 cm.
Em 1abr67, a subunidade passou a designar-se Bateria de Artilharia de
Campanha n.º 1.
A localização dos pelotões foi caracterizada fundamentalmente pela capacidade de atuação sobre as linhas de infiltração do inimigo e de reação aos ataques sobre os aquartelamentos fronteiriços, como S. Domingos, Guidage, Cuntima, Buruntuma, Cabuca, Aldeia Formosa, Guileje e Cameconde, entre
outras e para prolongar as acções de fogo sobre as áreas de refúgio tradicionais do Morés, Tiligi, Caboiana, Quínara, Tombali e Cubucaré, entre outras.~
outras e para prolongar as acções de fogo sobre as áreas de refúgio tradicionais do Morés, Tiligi, Caboiana, Quínara, Tombali e Cubucaré, entre outras.~
Em 1out70, a subunidade foi extinta e os seus meios foram transferidos para o GAC 7, então criado.
Observações - Não tem História da Unidade.
Identificação: GAC 7 | GA 7
Cmdt: TCor Art António Luís Alves Dias Ferreira da Silva | TCor Art António Cirne Correia Pacheco | TCor Art Martinho de Carvalho Leal |! Maj Art José Faia Pires Correia
2.° Cmdt (a): Maj Art João Manuel de Magalhães Melo Mexia Leitão | Maj Art José Joaquim Vilares Gaspar | Maj Art Martinho de Carvalho Leal | Maj Art José Faia Pires Correia | Cap Art Jaime Simões da Silva | (a) só a partir de 27mar71
Divisa:
Início: 1jul70 | Extinção: 140ut74
Início: 1jul70 | Extinção: 140ut74
Síntese da Actividade Operacional
A unidade foi criada em 1jul70, a partir dos meios de Artilharia da BAC 1, os quais já englobavam, na altura, 114 bocas de fogo constituídas em 27 pelotões, dos quais 16 pelotões eram de material 10,5, 2 pelotões de 11,4 e 9 pelotões de 14.
Posteriormente, foram ainda organizados mais um pelotão de 10,5, em 1972 e mais um pelotão de 8,8, outro de 10,5 e dois pelotões de 14, em 1973.
Na sequência da missão da BAC 1, continuou a exercer o comando e controlo técnico dos diferentes pelotões colocados em apoio de fogos das diversas guarnições do interior, tendo comandado e coordenado diversas acções de fogo sobre bases inimigas situadas junto da fronteira.
Comandou e coordenou ainda a atividade das subunidades de AA (antiaéreas).
Em 14nov70, passou a designar-se Grupo de Artilharia n.º 7, a fim de harmonizar a sua designação com o comando e controlo de baterias de AA, entretanto colocadas na Guiné, de acordo com despacho ministerial de 11ag070.
Após a recolha dos pelotões existentes, de acordo com o plano de retracção do dispositivo, a Unidade foi desactivada a partir de 2set74, tendo sido posteriormente extinta.
Observações - Não tem História da Unidade.
Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pp. 658/661.
7 comentários:
Em 1985, lembro-me de ir ver o desfile na Av. da Liberdade, Lisboa, comemorativo da Batalha de La Liz, com um colega que levava o avô, que tinha estado na Grande Guerra, e ele me ter perguntado qual tinha sido a minha especialidade na tropa.
Eu fui duma Companhia de Artilharia, respondi. Assim tão franzino de Artilharia, respondeu o avô do meu colega.
E expliquei que tinha sido atirador, não propriamente artilheiro de uma bateria.
Valdemar Queiroz
Confesso que também nunca percebi a diferença entre as várias "subespecialidades" de atiradores: infantaria, artilharia, cavalaria...E ainda havia os gajos de "armas pesadas de infantaria" que foram todos "despromovidos" a "atiradores de infantaria"...
Bom dia, já tinha feito um comentário e desapareceu do ecrã, nem foi enviado, acho eu.
Chateia estas situações recorrentes, mas a culpa é minha por não saber lidar com isto.
A ideia é boa, nunca me cruzei com nenhum aquartelamento com Pelotões de Artilharia.
Tenho algumas ideias sobre este assunto, ou não.
Conheci em Vila do Conde, há uns anos, e ainda me cruzo com ele, e trocamos livros, eu emprestei -lhe um sobre a batalha de Quitafine, do General piloto aviador , conhecido por Nico, com o qual colaborei com fotos minhas, e ele emprestou outro que não me lembro de que era.
Esteve em Nova Lamego, já depois deu eu sair, em Fevereiro de 68, mas penso que terá sido mais tarde, ele pertencia a um grupo, não me lembro o nome, mas era oriundo da Artilharia de Cascais, deve ser conhecido.
Ele era Alferes - Júlio é oque conheço dele.
Não se abriu muito e eu não insisti.
Provavelmente pode ter sido de um Pelotão de Artilharia, já que, como diz o Poste, estiveram em Cabuca e Buruntuma, unidades que pertenciam ao meu Bat Caç 1933.
- Outro e Guilhege e Gadamael, o meu amigo de infância , Mário Ferreira, era operador de Obuses, era soldado , estive com ele em Bissau, pois numa descarga do Obus, partiu o braço, e esteve no HM241 em Bissau.
Cheguei a levá-lo a jantar no Grande Hotel , numa noite em que estava o Spínola com um grupo de pessoas que pareciam civis.
Foi um grande ronco, eu estava fardado e o Soldado Mário Ferreira, com a farda e calções tudo muito mal tratado e com o braço em gesso.
Convivemos muito depois de regressarmos, mas ele mudou várias vezes de casa, Cinfães ,Costa da Caparica, e voltou à terra natal no Porto.
Actualmente vive em Miramar antes de Espinho.
Ele não sabe muito explicar, nem sabe de números e datas.
Virgilio Teixeira
O exército português (para não falra das outras armas, a Marinha e a Força Aérea) teve 15 anos (!), depois do final da II Guerra Mundial, para se reeorganizar e preparar para o novo tipo de guerra que aí vinha, a guerra de guerrilha ou "subversiva"....
NInguém, dentro do núcleo duro da elite político-militar de então, foi capaz de ver mais longe do que o pequeno horizonte do país que, afinal, tinha um "império" a defender, com fronteiras que iam do Minho a Timor... Em Angola foi o que se viu, na Índia, idem aspas, e dois anos depois, na Guiné, repetiu-se o filme...
O obus 14 m/43, de origem britânica, pesava mais de 6 toneladas, e tinha uma guarnição de 10 homens...Mas, pela foto, parece que são mais (uns 14) os militares do 1º Pel Art, em Cameconde, a movimentar a "besta"...
De facto, Valdemar, aquilo não era para "franganotes" como tu e eu... E os "supositórios" andavam entre os 37 kg e os 45,5 kg...
Parece-me que estas Companhia de atiradores seriam mais para "enquadrar" as patentes superiores existentes e as que iam aparecendo da Escola Militar, que depois deu em faltar capitães do QP.
Durante o ano de 1968, em Cameconde, havia 4 obuses de 8,8 cm que foram substituídos por 3 de 10,5 cm. Estes eram os que existiam em DEC68 quando de lá saí.
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