1. Mensagem do nosso amigo e camarada Eduardo Estrela (ex-fur mil at inf, CCAÇ 14, Cuntima e Farim, 1969/71; vive em Cacela Velha, a jóia da Ria Formosa, cantada por Sophia; um das suas paixões é o teatro amador, mas também comeu, na infância, órfão de pai, "o pão que o diabo amassou" (*).
Data - 1 dez 2021 23h31
Data - sexta, 4 fev 2022 , 21:06
Assunto - Iscas com elas (*)
Caro amigo camarada e companheiro!
Imagina fins da década de 50, início da de 60.
Data - 1 dez 2021 23h31
Data - sexta, 4 fev 2022 , 21:06
Assunto - Iscas com elas (*)
Caro amigo camarada e companheiro!
Imagina fins da década de 50, início da de 60.
Imagina um puto de 10 ou poucos mais, cujo pai, seu herói como são todos os pais, tinha ficado chateado com a puta da vida e decidido partir.
Na tropa, tal como hoje, calçava n° 40, mas à época e com a idade atrás referida, esse puto tinha o "privilégio" de calçar sapatos n° 41 ou 42, com jornais na frente interior para não caírem dos pés.
Uma sopa confeccionada com o requinte de dez tostões de ossos comprados no talho e algumas, poucas vezes, iscas normalmente acompanhadas com elas, de modo a melhor lastrar a vasilha digestiva, eram um verdadeiro requinte e um manjar a que infelizmente muitos jovens Portugueses, àquela época, não tinham sequer acesso.
Esse era o País onde ambos nascemos! E esse puto era eu! (**)
Espero que tudo esteja a correr bem com a tua saúde.
Abraço fraterno.
Eduardo
P.S. - Podes publicar no blog com as notas pessoais que achares por bem incluir.
(*) Vd. poste de 3 de fevereiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22960: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (31): "Iscas com elas..."
Na tropa, tal como hoje, calçava n° 40, mas à época e com a idade atrás referida, esse puto tinha o "privilégio" de calçar sapatos n° 41 ou 42, com jornais na frente interior para não caírem dos pés.
Uma sopa confeccionada com o requinte de dez tostões de ossos comprados no talho e algumas, poucas vezes, iscas normalmente acompanhadas com elas, de modo a melhor lastrar a vasilha digestiva, eram um verdadeiro requinte e um manjar a que infelizmente muitos jovens Portugueses, àquela época, não tinham sequer acesso.
Esse era o País onde ambos nascemos! E esse puto era eu! (**)
Espero que tudo esteja a correr bem com a tua saúde.
Abraço fraterno.
Eduardo
P.S. - Podes publicar no blog com as notas pessoais que achares por bem incluir.
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Notas do editor: