Fotos (e legendas): © Victor Duarte ( J. Pinto Carvalho (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
O evento, organizado pelo ex-alferes miliciano Joaquim Pinto de Carvalho, natural do Cadaval (, membro da nossa Tabanca Grande, e régulo da Tabanca do Aira-te ao Mar) contou com a participação de cerca de 70 pessoas. (Vd. Foto n.º 1, com o Pinto de Carvalho, à frente como porta-estandarte.)
Capa e contracapa (detallhe) da brochura de Joaquim Pinto de Carvalho, "A 'Chama' que nos chamou: um contributo para a história da CCAÇ 3398, "Os Incenidários", Buba, Guiné (1971/73), na comemoração do seu cinquentenário.(2021, 88 pp., il.)
A sessão abriu com uma saudação de boas vindas feita pelo organizador do evento e pelas entidades oficiais presentes, seguindo-se a apresentação do livro comemorativo deste cinquentenário “A Chama Que Nos Chamou - um contributo para a história da CCaç 3398" e a condecoração com a “Medalha de Ouro” de todos os antigos combatentes que responderam à chamada; alguns foram condecorados a título póstumo, representados por familiares que quiseram estar presentes.
Após a
condecoração, momento alto e mais emotivo desta sessão, foi projetado um
pequeno video sobre Buba, filmado por um grupo de expedicionários que, na
guerra colonial, combateram na região sul da Guiné e que, em 2013, lá se
deslocaram (“Nina”, Lobo e Rainho). (Será oportunamente divulgado no nosso blogue.)
Por fim, registou-se
um breve momento musical oferecido por Júlio Pina, fadista bem conhecido na
zona oeste onde reside e atua, que, sendo também um ex-combatente da Guiné, invocou
esse acontecimento e dedicou duas peças musicais, com reminiscências à guerra
da Guiné, designadamente “piriquito vai no mato” (Foto nº 7).
Terminada esta
sessão, junto do “Monumento do Combatentes”, no Largo do Combatentes, junto ao
posto da GNR do Cadaval, foi feita uma breve homenagem aos antigos combatentes
falecidos com a deposição de uma coroa de flores (Foto nº 8).
O convívio
prosseguiu com um almoço na “Quinta do Castro” (Pragança, Cadaval) (Fotos nºs 9, 10, 12, 13 e 14) com um bolo
comemorativo, cujo formato foi inspirado também num elemento natural presente
na paisagem guineense: o monte formigueiro “baga-baga” (Foto nº 11).
A edição do
filme exibido bem como a recolha de imagens do evento foi efetuada por Vítor
Duarte, que tem ligação ao Cadaval por ser neto e biógrafo do “Patriarca do
Fado”, o grande fadista Alfredo Marceneiro, que, segundo rezam as crónicas,
terá sido gerado no Cadaval; não tendo sido combatente, soube disparar a sua
objetiva para deixar à memória futura os
principais momentos deste encontro memorável, não só pela efeméride “ouro e prata”
que representou para a companhia mas por ser o primeiro convívio após o início
da pandemia COVID-19.
Devo tambémfazer aqui uma referência ao nosso amigo e camarada Belarmino Sardinha, antigo combatente na Guiné (Foto nº 14, ao centro de T-shirt azul e óculos). Vive no concelho do Cadaval. Fez questão de me dar alguma colaboração, embora não fazendo parte da CCAÇ 3398: nomeadamente, a chamada dos condecorados esteve a seu cargo.
Os “Incendiários” de Buba estão, pois, de parabéns. Espera-se que, para o ano, libertos desta guerra pandémica que nos colonizou, estas comemorações possam continuar por terras nortenha, donde, aliás, é oriunda a maioria dos combatentes que deram corpo a esta Companhia.(*)
Joaquim Pinto Carvalho (**)
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