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segunda-feira, 3 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26547: Notas de leitura (1777): Um outro olhar sobre a Marinha na guerra da Guiné em "Os Mais Jovens Combatentes, A Geração de Todas as Gerações, 1961-1974", por José Maria Monteiro; Chiado Books, 2019 (3) (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 24 de Outubro de 2023:

Queridos amigos,
A obra Os Mais Jovens Combatentes, do ex-marinheiro José Maria Monteiro, não se confina à guerra na Guiné, é uma narrativa que se estende à Angola, Moçambique e à Índia. Mas naquilo que nos diz respeito, vê-se claramente que consultou bibliografia adequada quanto às atividades da Marinha na Guiné, vai cronologicamente da chegada de um pelotão de fuzileiros no final de 1961 à Guiné até ao relato do marinheiro Quintão de Andrade Rodrigues, radiotelegrafista em Caió, o último a retirar, embarcou na Fragata Comandante Roberto Ivens na manhã do dia 15 de outubro de 1974. O autor releva as principais operações em que estiveram envolvidos os destacamentos de fuzileiros especiais, enumera os marinheiros mortos bem como as unidades especiais de combate e o dispositivo naval. Um documento seguramente descrito com emoção de quem sente que cumpriu o seu dever, palmilhando leituras que permitissem pôr em livro singelo o papel da Marinha na guerra de África.

Um abraço do
Mário



Um outro olhar sobre a Marinha na guerra da Guiné (3)

Mário Beja Santos


A obra intitula-se "Os Mais Jovens Combatentes, A Geração de Todas as Gerações, 1961-1974", por José Maria Monteiro, Chiado Books, 2019. O autor alistou-se em 1967 na Marinha, ofereceu-se como voluntário para a Guiné, nos dois primeiros anos desempenhou as funções de radiotelegrafista de uma lancha de fiscalização pequena; terminados os dois primeiros anos, passou para o Comando da Defesa Marítima da Guiné, continuando mais dois anos como marinheiro telegrafista. Foi aumentando as suas habilitações, concluiu o curso de Economia e, mais tarde, o de Direito.

Antes de se contar a interessantíssima história do último militar português que saiu da Guiné, na manhã do dia 15 de outubro de 1974, há que fazer uma síntese das atividades dos fuzileiros entre 1971 e 1974. Terminada a operação Mar Verde, os combatentes integrados nos DFE 4, 8, 12, 13 e 21, continuaram em sucessivas operações, tendo sido ordenado ao DFE 21 e à Companhia de Artilharia 2673 a participação na operação Boa Festa, deslocaram-se para a região de Empada, na península da Pobreza. Foi uma as operações mais negativas para os fuzileiros, há um relato do comandante do DFE 21 que refere que a partir do anoitecer o local do estacionamento foi batido por granadas de morteiro, horas mais tarde flagelado por 50 a 60 elementos da guerrilha, o destacamento reagiu, sofreu 1 morto e 3 feridos graves, mudou de posição, passadas horas passou a ser flagelado, houve reação enérgica do efetivo do destacamento, o IN retirou.

No mês seguinte, realizou-se a operação Boa Festa, quatro secções do DFE 13 embarcaram na lancha Orión, avistaram uma canoa sem tripulantes na zona de Garsene, ao aproximarem-se caíram numa violenta emboscada que lhes causou 2 mortos; em novembro de 1971 foi criado o 2.º Destacamento de Fuzileiros Especiais africanos, o seu comandante era o primeiro-tenente Rebordão de Brito, a atividade operacional ao longo de 1972 não abrandou, os destacamentos de fuzileiros africanos deram provas de grande bravura. Em 1973, a partir de agosto o dispositivo dos fuzileiros situava-se na Bapatganturé, era o DFE 1; o DFE 21 estava sediado em Cacheu; o DFE 12 aquartelado em Cafine; o DFE 4 no Chugué e o DFE 22 em Cacine, sofrendo flagelações diárias.
E o autor refere os acontecimentos anteriores ao 25 de Abril:
“Chegados a 1974, a região de Gadamael continua sistematicamente a ser bombardeada, o DFE 22, sediado em Cacine, participa em diversas operações de intervenção e fiscalização, em que nenhuma dessas intervenções o DFE 22 sofreu várias baixas. Poucos dias antes do 25 de Abril, a Norte, o DFE 1 sofreu uma emboscada no rio Cacheu, perto das clareiras do Jagali e do Leto, sofrendo três baixas.”

Portugal reconheceu a independência da antiga colónia portuguesa em 10 de setembro de 1974. É neste contexto que ganha luminosidade a narrativa do último marinheiro a tirar o pé do último território marinhense, Quintão Mendes de Andrade Rodrigues. Ele fora nomeado radiotelegrafista para a estação Rádio Naval de Bissau, em 1972. Viera em comissão para o Comando da Defesa Marítima da Guiné. Foi colocado numa pequena ilha, Caió, transportado para ali por uma secção de fuzileiros, e a substituir quem ali se encontrava há três meses. Se o radiotelegrafista quisesse continuar, apenas teria de informar a chefia do Rádio Naval. A proteção e segurança da ilha era constituída por dez praças fuzileiros e o radiotelegrafista, a chefia era de um sargento; a ilha tinha uma equipa de pilotos de barra e alguns marinheiros civis. Caió deve ter pouco mais de 1 km de comprimento e uns 800 m de largura, a sua importância tinha a ver com a estação de pilotos e o posto rádio, além de uma estação meteorológica.

O Comando de Defesa Marítima da Guiné, ao tomar conhecimento dos movimentos marítimos de e para Bissau, gerava uma mensagem que era enviada para o rádio de Caió. O radiotelegrafista recebia a mensagem e entregava uma cópia ao chefe dos pilotos e a outra ao sargento fuzileiro. Na referida mensagem também vinha a ordem de ativação do radiofarol da ilha. Quintão habituou-se à ilha, na manhã de 25 de Abril chegou a mensagem onde fazia referência aos acontecimentos na metrópole e que o MFA derrubara o regime. Recebeu a indicação de Bissau para que ele se aguentasse no posto de rádio operacional durante a retirada. Aceitou ficar ali sozinho, a mulher de um dos pilotos cozinhava para ele, ali permaneceu cerca de mais de dois meses depois da retirada dos fuzileiros.

Um dia apareceram-lhe uns homens do PAIGC, depois dos cumprimentos mostrou-lhes o posto de rádio, a central elétrica, o farol e as instalações. Finda a visita informaram-no que não podia alienar nada e que em breve voltariam. No seu relato, Quintão de Andrade Rodrigues refere o vaivém dos navios de transporte de tropas, o radiofarol a funcionar quase sem descanso, ele ia tomando notícia da retirada dos militares da Guiné-Bissau até que lhe chegou a informação que os últimos militares portugueses deixariam o país no dia seguinte. Quintão recebeu a informação de Bissau para estar pronto para embarcar a partir da ilha de Caió no dia seguinte, a bordo da fragata Roberto Ivens.

Quintão quis fazer as contas com a sua diligente cozinheira, esta não aceitou o dinheiro, ele entregou ao casal o dinheiro guineense que tinha e tudo o que ainda havia na dispensa, bem como algum equipamento de cozinha. No nosso blogue é possível encontrar um texto alusivo ao teatro de operações da Guiné em:
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search/label/os%20nossos%20%C3%BAltimos%20seis%20meses.

E Quintão conclui assim a sua narrativa:
“Na manhã do dia 15 de outubro de 1974, acompanhado por todo o pessoal da ilha até ao porto, foi levado a bordo da pequena embarcação dos pilotos de barra por dois marinheiros civis assalariados da Marinha. A bondade e a simplicidade daquelas pessoas eram imensas e vi lágrimas nos olhos de muitos que estavam presentes no pequeno porto. Levava comigo pouca bagagem. Na ilha, andava quase sempre de calções e chinelos, mas tinha uma farda de trabalho completa que enverguei para o embarque. A pequena embarcação dos pilotos encostou-se à fragata e da entrada a bordo, a minha primeira preocupação foi entregar uma espingarda G-3 e uma pistola Walter, que me estavam atribuídas. Entreguei também uma bandeira nacional, que continuei a hastear na ilha até ao reconhecimento da independência da Guiné-Bissau.
Pouco tempo depois de regressar, os antigos pilotos de barra começaram a chegar a Portugal à procura de uma pensão, a que diziam ter direito. Confessaram-me que, na Guiné, estava tudo difícil e caótico: a estação de pilotos de barra deixara de existir e o farol estava sem funcionar.
Quero apenas contribuir para que a história seja dita e contada como ela foi. Vou tentar juntar-me ao blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Marinheiros, os primeiros a chegar e os últimos a partir."

A LDG Alfange
NRP Roberto Ivens
Caió, antigas instalações da Marinha, estação de pilotos. Ao fundo o farol, que terá sido construído em 1944, fotografia constante do nosso blogue
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Notas do editor:

Vd post de 24 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26524: Notas de leitura (1775): Um outro olhar sobre a Marinha na guerra da Guiné em "Os Mais Jovens Combatentes, A Geração de Todas as Gerações, 1961-1974", por José Maria Monteiro; Chiado Books, 2019 (2) (Mário Beja Santos)

Úl timo post da série de 28 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26538: Notas de leitura (1776): Philip J. Havik, um devotado historiador da Guiné: Quando escreveu em parceria com António Estácio sobre os chineses na Guiné (3) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P26546: Tabanca Grande (570): Lista alfabética dos 900 Amigos & Camaradas da Guiné (2024-2025), dos quais 157 já se despediram da Terra da Alegria



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 > "Foto de família"... Um encontro onde juntámos cerca de duas centenas de amigos e camaradas da Guiné. 

Quantos, entretanto, desses 200 participantes não terão já morrido nos últimos 10 anos, entre 2015 e 2025? Eis alguns de que nos lembramos: Antóno Estácio, António Paiva (que nem sequer consta da lista abaixo, poor falta de confirmação, de fonte segura), José Eduardo R. Oliveira (JERO), Jorge Cabral, Jorge Rosales, José Augusto Miranda Ribeiro, José Diniz, Mário Vasconcelos, Raul Albino... 

Outros já não foram, ao nosso encontro de 2015 (onde fizemos o "pleno", ou seja, a lotação da sala...), por estarem doentes, ou com dificuldades de mobilidade, etc. (Infelizmente, não podemos contabilizar aqui os familiares dos nossos camaradas, nomeadamente as esposas, entretanto falecidas.)

O último encontro que se realizou, antes da pandemia de coviv-19, foi em 2019, o XIV Encontro Nacional  da Tabanca Grande.

Foto: © Manuel Resende (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



TABANCA GRANDE - Lista alfabética dos 900 Amigos & Camaradas da Guiné


(A / Ans) 

Abel Maria Rodrigues, Abel Rei, Abel Santos, Abílio Delgado, Abílio Duarte, Abílio Machado, Abílio Magro, Acácio Correia, Acácio Mares, Adão Cruz, Adelaide Barata Carrêlo, Adelaide Gramunha Marques (ou Adelaide Crestejo), Adelino Capinha, Adélio Monteiro, Adolfo Cruz, Adriano Lima, Adriano Moreira, Adriano Neto, Afonso de Melo, Afonso M.F. Sousa, Agostinho Gaspar, Aires Ferreira, Albano Costa, Albano Gomes, Albano Mendes de Matos, Albertino Ferreira, Alberto Antunes, Alberto Branquinho, Alberto Grácio, Alberto Nascimento, Alberto Pires ("Teco"), Alberto Sardinha, Alberto Sousa Silva, Albino Silva, Alcides Silva, Alexandre Cardoso, Alexandre Margarido, Alfredo Fernandes, Alfredo Reis, Alice Carneiro, Almeida Campos, Almiro Gonçalves, Altamiro Claro, Álvaro Basto, Álvaro Carvalho, Álvaro Magro, Álvaro Mendonça, Álvaro Vasconcelos, Amaral Bernardo, Amaro Munhoz Samúdio, Américo Estanqueiro, Américo Russa, Amílcar Mendes, Amílcar Ramos, Ana Duarte, Ana Ferreira (ou Ana Paula Ferreira), Ana Maria Gala, Ana Romero, Anabela Pires, Angelino Santos Silva, Aníbal Magalhães, Anselmo Garvoa, Antero F. C. Santos (n=63)

(António)

António Abrantes, António Acílio Azevedo, António Agreira, António Alberto Alves, António Almeida, António Alves da Cruz, António Azevedo Rodrigues, António Baia, António Baldé, António Baltazar Pinto, António Barbosa, António Barroso, António Bartolomeu, António Bastos, António Bonito, António (ou Tony) Borié, António Branco, António Brum, António C. Morais da Silva, António Camilo, António Campos, António Carvalho, António Castro, António Clemente, António Correia Rodrigues, António Cunha (Passa), António da Costa Maria, António Dâmaso, António Delmar Pereira, António Dias, António Duarte, António Eduardo Carvalho, António Faneco, António Figueiredo, António Figuinha, António G. Carvalho, António Galinha Dias, António Garcia Matos (ou António Matos), António Gomes da Cunha, António Graça de Abreu, António Inverno, António J. Pereira da Costa, António J. Serradas Pereira, António Joaquim Alves, António Joaquim Oliveira, António (ou Tony) Levezinho, António Lopes Pereira, António Manuel Conceição Santos, António Manuel Oliveira, António Manuel Salvador, António Marques, António Marques Barbosa, António Marquês, António Marreiros, António Martins de Matos, António Mateus, António Melo, António Melo de Carvalho, António Moreira, António Murta, António Nobre, António Osório, António P. Almeida, António Paiva, António Pimentel, António Pinto, António Ramalho, António Reis, António Rocha Costa, António Rodrigues, António Rodrigues Pereira, António Rosinha, António Sá Fernandes, António Salvada, António Sampaio, António Santos, António Santos Almeida, António Santos Dias, António Tavares, António Teixeira Mota, António Varela (n=81)


(Arl / Aura)


Arlindo Roda, Armandino Oliveira, Armandino Santos, Armando Costa, Armando Faria, Armando Ferreira, Armando Ferreira Gomes, Armando Fonseca, Armando Gonçalves, Armando Pires, Arménio Estorninho, Arménio Santos, Armindo Batata, Armor Pires Mota, Arnaldo Guerreiro, Arnaldo Sousa, Arsénio Puim, Artur Conceição, Artur José Ferreira, Artur Ramos, Artur Soares, Augusto Baptista, Augusto Mota, Augusto Silva Santos, Augusto Vilaça, Aura Rico Teles (n=26)

(B)

Belarmino Sardinha, Belmiro Tavares, Belmiro Vaqueiro, Benito Neves, Benjamim Durães, Benvindo Gonçalves, Bernardino Cardoso, Bernardino Parreira, Braima Djaura, Braima Galissá (n=10)

(Cam / Carlos)

Campelo de Sousa, Cândido Morais, Carlos Afeitos, Carlos Alberto de Jesus Pinto, Carlos Alexandre, Carlos Américo Cardoso, Carlos Arnaut, Carlos Ayala Botto, Carlos Azevedo, Carlos Baptista, Carlos Barros, Carlos Carvalho, Carlos Farinha, Carlos Fernandes, Carlos Filipe Gonçalves. Carlos Fortunato, Carlos Fraga, Carlos Guedes, Carlos Jorge Pereira, Carlos Marques de Oliveira, Carlos Mendes, Carlos Milheirão, Carlos Moreno, Carlos Nery Gomes de Araújo, Carlos Órfão, Carlos Parente, Carlos Pedreño Ferreira, Carlos Pinheiro, Carlos Pinto, Carlos Prata, Carlos Ricardo, Carlos Rios, Carlos Silva, Carlos Silvério, Carlos Soares, Carlos Sousa, Carlos Valente, Carlos Valentim, Carlos Vieira, Carlos Vinhal (n=40)

(Carm / Crist)

Carmelino Cardoso, Carvalhido da Ponte, Casimiro Vieira da Silva, Cátia Félix, Célia Dinis, César Dias, Cherno Baldé, Cláudio Brito, Conceição Alves, Conceição Brazão, Conceição Salgado, Constantino Costa, Constantino Ferreira d'Alva, Constantino (ou Tino) Neves, Cristina Silva (n=15)

(D)

Daniel Jacob Pestana, Daniel Vieira, David Guimarães, David Peixoto, Delfim Rodrigues, Diamantino Monteiro (ou Diamantino Pereira Monteiro), Diana Andringa, Dina Vinhal, Domingos Fonseca, Domingos Gonçalves, Domingos Maçarico, Domingos Robalo, Domingos Santos, Duarte Cunha, Durval Faria (n=15)

(E)

Edgar Soares, Eduardo Ablu, Eduardo Campos, Eduardo Costa Dias, Eduardo Estevens, Eduardo Estrela, Eduardo J. Magalhães Ribeiro, Eduardo Moutinho Santos, Eduardo Santos, Egídio Lopes (Ten Pilav), Ernestino Caniço, Ernesto Duarte, Ernesto Ribeiro, Estêvão A. Henriques, Eugénio Ferreira, Evaristo Reis (n=16)

(F)

Felismina Costa, Fernandino Leite, Fernandino Vigário, Fernando Almeida, Fernando Andrade Sousa, Fernando Araújo, Fernando Barata, Fernando Calado, Fernando Cepa, Fernando Chapouto, Fernando de Jesus Sousa, Fernando de Sousa Ribeiro, Fernando Gomes de Carvalho, Fernando Gouveia, Fernando Hipólito, Fernando Inácio, Fernando José Estrela Soares, Fernando Loureiro, Fernando Macedo, Fernando Manuel Belo, Fernando Moita, Fernando Oliveira, Fernando Oliveira (Brasinha), Fernando Santos, Fernando Sucio, Fernando Tabanez Ribeiro, Fernando Teixeira, Ferreira da Silva, Ferreira Neto, Filomena Sampaio, Fradique Morujão, Francisco Baptista, Francisco Feijão, Francisco Gamelas, Francisco Godinho, Francisco Gomes, Francisco Henriques da Silva, Francisco Mendonça, Francisco Monteiro Galveia, Francisco Palma, Francisco Santiago, Francisco Santos, Francisco Silva (n=43)

(G)

Gabriel Gonçalves, Garcez Costa, George Freire, Germano Penha, Germano Santos, Gil Moutinho, Gilda Pinho Brandão (ou Gilda Brás), Gina [Virgínia] Marques, Giselda Antunes Pessoa, Gonçalo Inocentes, Graciela Santos, Gualberto Passos Marques, Guilherme Ganança, Gumerzindo Silva, Gustavo Vasques (n=15)

(H)

Hélder Sousa, Henrique Cabral, Henrique Cerqueira, Henrique Martins de Castro, Henrique Matos, Henrique Pinto, Herlânder Simões, Hernâni Acácio Figueiredo, Hilário Peixeiro, Horácio Fernandes, Hugo Costa, Hugo Guerra, Hugo Moura Ferreira, Humberto Nunes, Humberto Reis (n=15)

(I/João)

Idálio Reis, Ildeberto Medeiros, Inácio Silva, Inês Allen, Isabel Levy Ribeiro, Ismael Augusto, J. Armando F. Almeida, J. C. Mussá Biai, J. F. Santos Ribeiro, J. L. Mendes Gomes, J. L. Vacas de Carvalho, J. M. Pereira da Costa, Jacinto Cristina, Jaime Bonifácio Marques da Silva, Jaime da Silva Mendes, Jaime Machado, Jean Soares, Jéssica Nascimento, João Afonso Bento Soares, João Alberto Coelho, João Alves, João Bonifácio, João Carlos Silva, João Carreiro Martins, João Carvalho, João Cerina, João Crisóstomo, João Dias da Silva, João Graça, João Lourenço, João M. Félix Dias, João Martel, João Martins, João Meneses, João Melo, João Miranda, João Moreira, João Nunes, João Paulo Diniz, João Pereira da Costa, João Rodrigues Lobo, João Rosa, João Ruivo Fernandes, João S. Parreira, João Sacôto, João Santos, João Santiago, João Schwarz, João Seabra, João Varanda, João Vaz (n=51)

(Joaquim / Jochen)

Joaquim Ascenção, Joaquim Cardoso, Joaquim Costa, Joaquim Cruz, Joaquim Fernandes, Joaquim Fernandes Alves, Joaquim Gomes de Almeida (o "Custóias"), Joaquim Guimarães, Joaquim Jorge, Joaquim Luís Fernandes, Joaquim Macau, Joaquim Martins, Joaquim Mexia Alves, Joaquim Nogueira Alves, Joaquim Pinheiro, Joaquim Pinto Carvalho, Joaquim Rodero, Joaquim Ruivo, Joaquim Sabido,Joaquim Soares, Jochen Steffen Arndt (n=21)

(Jorge)


Jorge Araújo, Jorge Caiano, Jorge Canhão, Jorge Coutinho, Jorge Félix, Jorge Ferreira, Jorge Lobo, Jorge Narciso, Jorge Pedro, Jorge Picado, Jorge Pinto, Jorge Rijo, Jorge Rosmaninho, Jorge Santos, Jorge Silva, Jorge Simão, Jorge Tavares, Jorge Teixeira (n=18)

(José)

José Afonso, José Albino, José Almeida, José Álvaro Carvalho, José António Sousa, José António Viegas, José Barbosa, José Barros, José Bastos, José Belo, José Brás, José Carlos Ferreira, José Carlos Gabriel, José Carlos Lopes, José Carlos Neves, José Carlos Pimentel, José Carlos Silva, José Carmino Azevedo, José Carvalho, José Casimiro Carvalho, José Claudino da Silva, José Colaço, José Corceiro, José Cortes, José Crisóstomo Lucas, José Cuidado da Silva, José da Câmara, José Diniz de Souza Faro, José Emídio Marques, José Fernando Estima, José Ferraz de Carvalho, José Ferreira da Silva, José Fialho, José Figueiral, José Firmino, José Francisco Robalo Borrego, José Gonçalves, José Horácio Dantas, José Jerónimo, José João Braga Domingos, José Lima da Silva, José Lino Oliveira, José Luís Vieira de Sousa, José Macedo, José Manuel Alves, José Manuel Cancela, José Manuel Carvalho, José Manuel Lopes (Josema), José Manuel Pechorro, José Manuel Samouco, José Manuel Sarrico Cunté, José Maria Claro, José Maria Monteiro, José Maria Pinela, José Marques Ferreira, José Martins, José Martins Rodrigues, José Matos, José Melo, José Moreira Neves, José Nascimento, José Nunes, José Paracana, José Parente Dacosta, José Pedro Neves, José Pedrosa, José Peixoto, José Pereira, José Pinho da Costa, José Ramos, José Ramos (STM), José Rocha (ou José Barros Rocha), José Rodrigues, José (ou Zeca) Romão,José Rosa da Silva Neto, José Rosário, José Salvado, José Santos, José Saúde, José Sousa (JMSF), José Sousa Pinto, José (ou Zé) Teixeira, José Torres Neves (Padre), José Vargues, José Vermelho, José Zeferino (n=86)

(Jov/Juv)

Joviano Teixeira, Júlia Neto, Júlio Abreu, Júlio Benavente, Júlio César, Júlio Faria, Júlio Madaleno, Juvenal Amado, Juvenal Candeias, Juvenal Danado (n=10)

(L)

Lázaro Ferreira, Leão Varela, Leonel Teixeira, Leopoldo Correia, Lia Medina, Libério Lopes, Lígia Guimarães, Luciana Saraiva Guerra, Luciano de Jesus, Lucinda Aranha, Luís Branquinho Crespo, Luís Camões de Matos, Luís Camolas, Luís Candeias, Luís Carvalhido, Luís de Sousa, Luís Dias, Luís Gonçalves Vaz, Luís Graça [Henriques], Luís Guerreiro, Luís Jales, Luís Marcelino, Luís Miguel da Silva Malú, Luís Mourato Oliveira, Luís Nascimento, Luís Paiva, Luís Paulino, Luís R. Moreira, Luís Rainha, Luiz Farinha, Luiz Figueiredo (n=31)

(Mam/Manuela)

Mamadu Baio, Manuel Abelha Carvalho, Manuel Amante, Manuel Amaro, Manuel Antunes, Manuel Barros Castro, Manuel Bastos Soares, Manuel Bento, Manuel Calhandra Leitão ("Mafra"), Manuel Carmelita, Manuel Carvalhido, Manuel Carvalho, Manuel Carvalho Passos, Manuel Castro, Manuel Cibrão Guimarães, Manuel Coelho, Manuel Correia Bastos, Manuel Cruz, Manuel Domingos Ribeiro, Manuel Domingues, Manuel Freitas, Manuel G. Ferreira, Manuel Gomes, Manuel Gonçalves, Manuel Henrique Quintas de Pinho, Manuel Inácio, Manuel João Coelho, Manuel Joaquim, Manuel José Janes, Manuel Lima Santos, Manuel Luís de Sousa, Manuel Luís Lomba, Manuel Macias, Manuel Maia, Manuel Mata, Manuel Melo, Manuel Oliveira, Manuel Oliveira Pereira, Manuel Palma, Manuel Peredo, Manuel Rebocho, Manuel Rei Vilar, Manuel Reis, Manuel Resende, Manuel Rodrigues, Manuel Salada, Manuel Santos, Manuel Seleiro, Manuel Serôdio, Manuel Sousa, Manuel Tavares Oliveira, Manuel Traquina, Manuel Vaz, Manuel Viegas (n=54)

(Mar / Mig)

Margarida Peixoto, Maria Arminda Santos, Maria Clarinda Gonçalves, Maria de Fátima Santos, Maria Helena Carvalho (ou Helena do Enxalé), Maria Joana Ferreira da Silva, Maria Teresa Almeida, Mário Arada Pinheiro, Mário Armas de Sousa, Mário Beja Santos (ou Beja Santos), Mário Bravo, Mário Cláudio [pseudónimo de Rui Barbot Costa], Mário Cruz ("Shemeiks"), Mário de Azevedo, Mário Dias (ou Mário Roseira Dias), Mário Fitas (ou Mário Vicente), Mário Gaspar, Mário Leitão, Mário Lourenço, Mário Magalhães, Mário Migueis, Mário Oliveira (Capelão do BCAÇ 2930), Mário Santos, Mário Serra de Oliveira, Marisa Tavares, Marta Ceitil, Martins Julião, Maurício Nunes Vieira, Maximino Alves, Melo Silva, Miguel Pessoa, Miguel Ribeiro de Almeida, Miguel Ritto, Miguel Rocha, Miguel Vareta (n=35)

(N)

Natalino da Silva Batista, Nelson Cerveira, Nelson Domingues, Nelson Herbert, NI (Maria Dulcinea), Norberto Gomes da Costa, Norberto Tavares de Carvalho, Nunes Ferreira, Nuno Almeida, Nuno Dempster, Nuno Nazareth Fernandes (n=11)

(O/P/Q)

Orlando Figueiredo, Orlando Pinela, Osvaldo Cruz, Osvaldo Pimenta, Otacílio Luz Henriques, Pacífico dos Reis, Patrício Ribeiro, Paula Salgado, Paulo Lage Raposo (ou Paulo Raposo), Paulo Reis, Paulo Salgado, Paulo Santiago, Pedro Cruz, Pedro Lauret (n=14)

(R)

Ramiro Figueira, Ramiro Jesus, Raul Azevedo, Raul Brás, Raul Castanha, Ribeiro Agostinho, Ricardo Almeida, Ricardo Figueiredo, Ricardo Sousa, Ricardo Teixeira, Rogé Guerreiro, Rogério Cardoso, Rogério Chambel, Rogério Ferreira, Rogério Freire, Rogério Paupério, Rosa Serra, Rui A. Santos, Rui Chamusco, Rui Esteves, Rui Felício, Rui Fernandes, Rui G. Santos, Rui Gonçalves, Rui Pedro Silva, Rui Silva, Rui Vieira Coelho (n=27)

(S/T)

Sadibo Dabo, Santos Oliveira, Sebastião Ramalho Lavado, Sérgio Pereira, Sérgio Sousa, Serra Vaz, Silvério Dias, Silvério Lobo, Sílvia Torres, Sílvio Abrantes ("Hoss"), Souleimane Silá, Sousa de Castro, Susana Rocha, Tibério Borges, Tina Kramer, Tomané Camará, Tomás Carneiro, Tomás Oliveira, Tony Grilo, Tony Tavares (n=20)

(V/X/W/Z)

 Valente Fernandes, Valentim Oliveira, Vasco da Gama, Vasco Ferreira, Vasco Joaquim, Vasco Santos,Victor Alfaiate, Victor Carvalho, Victor Costa, Victor Garcia, Victor Tavares, Virgílio Teixeira, Virgílio Valente, Virgínio Briote, Vitor Caseiro, Vítor Cordeiro, Vitor Ferreira, Vítor Junqueira, Vítor Oliveira, Vítor Raposeiro, Vítor Silva, Zé Carioca (ou José António Carioca) (n=22)


Lista dos amigos/as e camaradas que da lei da morte se foram libertando (n=157):
 

A/B (28)

A. Marques Lopes (1944-2024) 
Agostinho Jesus (1950-2016) 
Alberto Bastos (1948-2022) 
Alcídio Marinho (1940-2021) 
Alfredo Dinis Tapado (1949-2010) 
Alfredo Roque Gameiro Martins Barata (1938-2017) 
Amadu Bailo Jaló (1940-2015) 
Américo Marques (1951-2019) 
Américo Russa (1950-2025) 
António Branquinho (1947-2023) 
António Cunha ("Tony") (c.1950 - c. 2022)  
António da Silva Batista (1950-2016) 
António Dias das Neves (1947-2001) 
António Domingos Rodrigues (1947-2010) 
António Eduardo Ferreira (1950 - 2023)
António Estácio (1947-2022) 
António Manuel Carlão (1947-2018) 
António Manuel Martins Branquinho (1947-2013) 
António Manuel Sucena Rodrigues (1951-2018) 
António Medina (1939-2025) 
António Rebelo (1950-2014) 
António Teixeira (1948-2013) 
António Vaz (1936-2015) 
Armandino Alves (1944-2014) 
Armando Tavares da Silva (1939-2023) 
Armando Teixeira da Silva (1944-2018) 
Augusto Lenine Gonçalves Abreu (1933-2012) 
Aurélio Duarte (1947-2017) 

C/E (22)

Carlos Alberto Cruz (1941-2023) 
Carlos Azeredo (1930-2021) 
Carlos Cordeiro (1946-2018) 
Carlos Domingos Gomes ("Cadogo Pai") (1929-2021) 
Carlos Filipe Coelho (1950-2017) 
Carlos Geraldes (1941-2012) 
Carlos Marques dos Santos (1943-2019) 
Carlos Rebelo (1948-2009) 
Carlos Schwarz da Silva, 'Pepito' (1949-2012) 
Carronda Rodrigues (1948-2023) 
Celestino Bandeira (1946-2021) 
Clara Schwarz da Silva ("Pepito") (1915-2016) 
Cláudio Ferreira (1950-2021) 
Coutinho e Lima (1935-2022) 
Cristina Allen (1943-2021) 
Cristóvão de Aguiar (1940-2021) 
Cunha Ribeiro (1936-2023) 
Daniel Matos (1949-2011) 
Domingos Fernandes (1946-2020) 
Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019) 
Elisabete Silva (1945-2024) 
Ernesto Marques (1949-2021) 

F/G/H/I (16)

Fernando Brito (1932-2014) 
Fernando Costa (1951-2018) 
Fernando [de Sousa] Henriques (1949-2011) 
Fernando Franco (1951-2020) 
Fernando Magro (1936 - 2023) 
Fernando Rodrigues (1933-2013) 
Florimundo Rocha (1950-2024)
Francisco Parreira (1948-2012) 
Francisco Pinho da Costa (1937-2022) 
França Soares (1949-2009) 
Gertrudes da Silva (1943-2018) 
Humberto Duarte (1951-2010) 
Humberto Trigo de Xavier Bordalo (1935-2024) 
Inácio J. Carola Figueira (1950-2017) 
Isabel Levezinho (1953-2020) 
Ivo da Silva Correia (c. 1974-2017) 

J (38)

João Barge (1945-2010) 
João Cupido (1936-2021)
João Caramba (1950-2013)
João Diniz (1941-2021)
João Henrique Pinho dos Santos (1941-2014)
João Rebola (1945-2018) 
João Rocha (1944-2018) 
João Silva (1950-2022)
Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010) 
Joaquim da Silva Correia (1946-2021) 
Joaquim Peixoto (1949-2018) 
Joaquim Sequeira (1944-2024) 
Joaquim Vicente Silva (1951-2011) 
Joaquim Vidal Saraiva (1936-2015) 
Jorge Cabral (1944-2021) 
Jorge Rosales (1939-2019)
Jorge Teixeira (Portojo) (1945-2017) 
José António Almeida Rodrigues (1950-2016) 
José António Paradela (1937-2023) 
José Augusto Ribeiro (1939-2020) 
José Barreto Pires (1945-2020) 
José Carlos Suleimane Baldé (c.1951-2022) 
José Ceitil (1947-2020) 
José Eduardo Alves (1950-2016) 
José Eduardo Oliveira (JERO) (1940-2021) 
José Fernando de Andrade Rodrigues (1947-2014) 
José Luís Pombo Rodrigues (1934-2017)
José Manuel Amaral Soares (1945-2024)
José Manuel Dinis (1948-2021) 
José Manuel P. Quadrado (1947-2016) 
José Marcelino Sousa (1949 - 2023) 
José Martins Rosado Piça (1933-2021) 
José Maria da Silva Valente (1946-2020) 
José Marques Alves (1947-2013) 
José Moreira (1943-2016) 
José (ou Zé) Neto (1929-2007) 
José Pardete Ferreira (1941-2021) 
Júlio Martins Pereira (1944-2022) 

L/M/N (31)

Leite Rodrigues (1945-2025) 
Leopoldo Amado (1960-2021) 
Libório Tavares (Padre) (1933-2020) 
Lúcio Vieira (1943-2020) 
Luís Borrega (1948-2013) 
Luís Encarnação (1948-2018) 
Luís Faria (1948-2013) 
Luís F. Moreira (1948-2013) 
Luís Henriques (1920-2012) 
Luís Rosa (1939-2020) 
Luiz Fonseca (1949-2024)
Mamadu Camará (c. 1940-2021) 
Manuel Amaral Campos (1945-2021) 
Manuel Carneiro (1952-2018) 
Manuel Castro Sampaio (1949-2006) 
Manuel Dias Sequeira (1944-2008)
Manuel Marinho (1950-2022) 
Manuel Martins (1950-2013)
Manuel Moreira (1945-2014) 
Manuel Moreira de Castro (1946-2015) 
Manuel Varanda Lucas (1942-2010) 
Manuel Gonçalves (Nela (1946-2019 (*) 
Marcelino da Mata (1940-2021) 
Maria da Piedade Gouveia (1939-2011) 
Maria Ivone Reis (1929-2022) 
Maria Manuela Pinheiro (1950-2014) 
Mário de Oliveira (Padre) (1937-2022) 
Mário Gualter Pinto (1945-2019)
Mário Vasconcelos (1945-2017)
Nelson Batalha (1948-2017) 
Nuno Rubim (1938-2023)

O a Z (22)

Otelo Saraiva de Carvalho (1936-2021) 
Paulo Fragoso (c.1947-2021) 
Queta Baldé (1943-2021) 
Raul Albino (1945-2020) 
Renato Monteiro (1946-2021)
Regina Gouveia (1945-2024) 
Rogério da Silva Leitão (1935-2010) 
Rui Alexandrino Ferreira (1943-2022) 
Rui Baptista (1951-2023) 
Teresa Reis (1947-2011) 
Torcato Mendonça (1944-2021)
Umaru Baldé (1953-2004) 
Valdemar Queirós (1945-2025)
Vasco Pires (1948-2016) 
Veríssimo Ferreira (1942-2022) 
Victor Alves (1949-2016) 
Victor Barata (1951-2021) 
Victor Condeço (1943-2010) 
Victor David (1944-2024) 
Vítor Manuel Amaro dos Santos (1944-2014) 
Xico Allen (1950-2022) 
Zélia Neno (1953 - 2023)

Falecidos no ano em curso (2025): 

  • Leite Rodrigues (1945-2025)
  • Américo Russa (1950-2025) 
  • António Medina (1939-2025) 
  • Victor David (1944-2024) (notícia só conhecida em 2025)
  • Valdemar Queirós (1945-2025)


Últimas dez entradas (da mais recente para a menos recente; entre parênteses, o n.º de grão-tabanqueiro):

  • Vilma Crisóstomo (900)
  • Leite Rodrigues (899)
  • Aníbal José da Silva (898)
  • Angelino Santos Silva (897)
  • Jorge Pedro (896)
  • José Manuel Amaral Soares (895)
  • António Galinha Dias (894)
  • Eugénio Ferreira (893)
  • Elisabete Silva (892)
  • Aurélio Trindade (891).

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Nota do editor:

Último poste da série > 2 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26544: Tabanca Grande (569): Vilma Crisóstomo, esposa do nosso camarada João Crisóstomo, que se senta no lugar n.º 900 sob o nosso "poilão sagrado"

Guiné 61/74 . P26545: Por onde andam os nossos fotógrafos (38) ?: Jorge Pinto (ex-alf mil, 3.ª C / BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74) - Parte VI


Foto nº 1 A Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3.ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74) > "Ensinar a ler e escrever a criançada. Era um ponto de honra. Juntamente com a escola regimental é do que mais me orgulho do tempo vivido na Guiné. Além das crianças também muitos soldados tiraram a 4ª classe e puderam tirar a carta de condução."

[O segundo miúdo, a contar da direita para a esquerda, tem fenótipo (feições) caucasiano, devendo ser filho de um militar branco... LG]



Foto nº 2 e 2A Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3.ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74) > Foto nº 2 A > Um arruamento  de Fulacunda... O Jorge Pinto passeando pela tabanca....


Foto nº 3A > Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3.ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74) > Foto nº  3A > "Conversando na tabanca. Estes momentos eram bons. Ao fim da tarde, antes do jantar, alguns militares passeavam pela tabanca  e normalmente havia sempre companhia para “dois dedos de conversa”. Os temas eram diversos: como era Fulacunda antes da Guerra, os piores ataques que tinham sofrido durante Guerra, familiares que viviam no mato, Ramadão e as alterações às rotinas da vida, falta de arroz na tabanca, brigas dos homens com as suas mulheres, poligamia"…


Foto nº  4A > Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3.ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74) >  "Criançada, junto messe oficiais. Era a hora de se beber uma fanta, sentados nos degraus de acesso à messe, enquanto as mães lavadeiras faziam a entrega da roupa lavada."

[A menina está sentada à direita do Jorge  tem fenótipo (feições) caucasiano, devendo ser também filha de um militar branco... LG]




Foto nº  5 e 5A  > Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3.ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74) >  "Em primeiro plano, lavadeiras fazendo entrega de roupa... Parte central do quartel, casernas e torre  de transmissões (em segundo plano), edifício comstruído  pelos 'Boinas Negras'  (CCAV 2482, 1969/70)."



Foto nº 6 > Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3ª CART / BART 6520/72 (1972/74) > Capa do jornal de caserna, mensal, "O Serrote", edição nº 1, 1973, editado pela 3ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74). Diretor: alf ml [Jorge] Pinto.


Fotos (e legendas): © Jorge Pinto (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação de uma seleção das melhores fotos do álbum do  Jorge Pinto ex-alf mil, 3.ª CART/BART 6520/72, 1972/74) (*).


Natural de Turquel, Alcobaça, o Jorge é hoje professor do ensino secundário, reformado; vive na  Linha de  Sintra; membro da Tabanca Grande desde 17/4/2012, com mais de 6 dezenas de referências no blogue...É também membro da Tabanca da Linha. 

Pela qualidade técnica e estética, pela sensibilidade sociocultural bem como pelo interesse documental dos seus "slides", estamos a republicar, depois de reeditadas, algumas das suas melhores fotos (*ª).

Acrescente-ase que no seu tempo havia, em Fulacunda, um pelotão de artilharia constituído essencialmente por soldados fulas, furriéis e alferes da metrópole.

Os espaldões dos três obuses 14 estavamnotopo norte/noroeste do aquartelamento. Os morteiros 81 estavam junto dos abrigos a norte/nordeste. A metralhadora Breda estava instalada num abrigo a nordeste.

Havia abrigos defensivos em redor do aquartelamento e interligados por vala: três ao longo da pista, (oeste/noroeste), dois do lado norte e ainda mais dois a este/sudeste.A sul a defesa estava "entregue" ao pelotão de milicias que vivia na tabanca.

Os ataques provenientes de Sul eram pouco prováveis devido à existência dos braços de rio, como o Fulacunda, afluente do Rio Grande de Buba.

Havia ainda outros abrigos, no interior do quartel, mas sem função defensiva: torre de transmissões, cripto, mecânicos...

Recorde-se que 3ª C/Bart 6520/72 partiu do RAL 5 em 26.06.72 e regressou a 21.08.74. Teve como comandante o capitão mil  inf João Mouzinho Serrote. 

Publicava um jornal de caserna, mensal, a stencil, "O Serrote". O diretor era o alf mil Jorge Pinto (vd. foto nº 6, da capa da edição nº 1, 1973).

(Seleção, revisão / fixação de texto;: LG)
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Notas do editor:

(*) Último poste da série >  9 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26476: Por onde andam os nossos fotógrafos (37) ?: Zeca Romão, de Vila Real de Santo António, ex-fur mil at inf, CCAÇ 3461 / BCAÇ 3963 e CCAÇ 16, Teixeira Pinto e Bachile, 1971/73) - Parte II

(**) Vd. poste 18 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26400: Por onde andam os nossos fotógrafos ? (35): Jorge Pinto (ex-alf mil, 3.ª C / BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74) - Parte V

domingo, 2 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26544: Tabanca Grande (569): Vilma Crisóstomo, esposa do nosso camarada João Crisóstomo, que se senta no lugar n.º 900 sob o nosso "poilão sagrado"


1. Mensagem de ontem, 1 de Março de 2025, dia de aniversário da nossa nova Amiga Grã-Tabanqueira Vilma Crisóstomo, do nosso editor Luís Graça:

Ao lado de um grande homem está uma grande mulher.  A história de amor do João e da Vilma foi aqui partilhada no blogue, em 2013[1], e a Vilma já há muito que faz parte da Tabanca Grande. A nossa melhor prenda (minha, do Carlos e do João) é mandar-lhe a seguinte mensagem:..

"Dear Vilma, on your birthday our best gift is to tell you that from today onwards you will be a member of our Tabanca Grande, please sit in your seat number 900, under our Poilão, the great, symbolic, fraternal, and sacred tree, where we all fit with everything that unites us and even with what can separate us. If João is the leader of the Tabanca of the Lusophone Diaspora, you are his pillar: behind a great man (and best friend) there is always a great woman (and best friend), even more so a beautiful woman, born in a lovely European country like Slovenia. Good health and long life, you deserve everything."

Tradução para português:

"Querida Vilma, em dia de aniversário a nossa melhor prenda é dizer-te que a partir de hoje passas a ser membro da nossa Tabanca Grande, por favor senta-te no lugar n.º 900, à sombra do nosso Poilão, a nossa grande árvore, simbólica, fraterna, sagrada, onde cabemos todos com tudo o que nos une e até com aquilo que nos pode separar. Se o João é o régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona, tu és a sua trave-mestra: ao lado de um grande homem (e bom amigo) há sempre uma grande mulher (e boa amiga), ainda para mais uma mulher bonita, nascida num país europeu adorável como a Eslovénia. Muita saúde e longa vida, que tu mereces tudo."


2. Comentário do coeditor CV:

De há muito que a nossa Grâ-Tabanqueira Vilma Crisóstomo faz parte do léxico da Tabanca Grande. Podemos dizer que, onde está o João, está a Vilma, seja em convívios dos companheiros da Guiné, do marido, seja nas mais variadas actividades sociais e culturais onde o João está presente. Este nosso estimado camarada, sabemos, esteve e está envolvido em inúmeras iniciativas, podemos dizer a nível mundial, sendo as mais notáveis, o Movimento Luso-Americano para a Autodeterminação de Timor Leste e o Dia da Consciência. A primeira causa pressionou a oponião pública e política internaciona a favor da independência daquele antigo território português e a segunda na perpetuação da memória do herói nacional que foi Aristides Sousa Mendes. 
Seja onde e como for, a Vilma está sempre presente com o seu cativante sorriso.

Temos, portanto, muita honra em receber entre nós, velhos combatentes, esta simpática senhora que não nos é desconhecida de todo porque esteve já presente, no dia 25 de Maio de 2019, em Monte Real, no XIV Encontro da Tabanca Grande.

XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > 25 de Maio de 2019 > O casal João e Vilma 

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Notas do editor:

[1]- Vd. post de 23 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11448: Os nossos seres, saberes e lazeres (51): WE HAVE IT!!!.... Um linda história de amor, um reencontro ao fim de 40 anos, um casamento em Nova Iorque... E agora, que sejam felizes para sempre, meus queridos João (Crisóstomo) e Vilma (Kracum)! (Tabanca Grande)
e
29 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11499: Os nossos seres, saberes e lazeres (52): João e Vilma Crisóstomo, "just married", são notícia no New York Times e no LusoAmericano

Último post da série de 25 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26527: Tabanca Grande (568): Homenagem ao capitão e cavaleiro Leite Rodrigues (Aveiro, 1945 - Matosinhos, 2025), ex-alf mil cav, CCAV 1748 (1967/69), membro da Tabanca de Matosinhos: passa a sentar-se, simbolicamente, no lugar n.º 899, sob o nosso poilão, a título póstumo

Guiné 61/74 - P26543: Humor de caserna (106): "Senhora enfermeira, quero fazer chichii!"... (Leite Rodrigues, 1945-2025 / José Teixeira)


1. Dizem que os bois se conhecem pelos cornos, e os homens pela(s) palavra(s)...

Os homens também também se conhecem pelo humor, mais fino ou mais alarve, mais inteligente ou mais brejeiro (*), mais "soft" ou mais "hard"... E não importa as situações: em casa ou no trabalho, na rua ou no salão, à mesa ou no cama do hospital, na paz ou na guerra... 

Mal de nós, humanos, quando perdermos o sentido de humor, coisa que os robôs nunca terão, espero bem... Nem têm os ditadores e aprendizes de ditadores, os censores, os arrogantes, e os que pensam que são donos disto tudo...

Esta "história" do nosso já saudoso Leite Rodrigues (1945-2025) que, além de grande senhor do hipismo e do olimpismo, foi nosso camarada (e continua a sê-lo, respousando agora à sombra do nosso poilão), diz muito sobre ele, a sua personalidade, a sua história de vida...É aqui reconstituída (ou recontada) pelo régulo da Tabanca de Matosinhos, José Teixeira:

Excerto do poste P26523 (**):


Senhora enfermeira,  quero fazer chichi!  

(Leite Rodrigues, 1945-2025 / José Teixeira)


O Leite Rodrigues era um exímio contador de histórias, não só da guerra, mas também...

Contava ele que o avião que o trouxe, ferido, da Guiné, veio de noite de modo a chegar a Lisboa no escuro da alta madrugada, para não serem notados, e vinha carregado de feridos muito graves. 

O que estava em melhores condições era ele, que apenas vinha com uma fome de criar bicho, com a língua traçada e a boca selada com arames, pois os ossos do queixo ficaram em bocados. 

Entre os feridos, vinha um grande grupo de queimados em grau elevado, devido ao rebentamento de uma granada incendiária num embate com o inimigo, creio que em Bula. Todos embrulhados em gaze, pareciam múmias, era assustador e doloroso olhar para aquelas criaturas, comentava com ar pesado o Leite Rodrigues, nas suas lembranças, passados tantos anos…

Acompanhavam-nos duas zelosas enfermeiras, que tudo tentavam para lhes amenizar as dores. Às tantas ouve-se um gemido. 

– Senhora enfermeira,  quero mijar! 

E logo uma sorridente bata branca se aproximou, desapertou-lhe a carcela, e o pobre do rapaz aliviou-se. De seguida, todos os queimados, em carreirinha, apelaram às enfermeiras para os pôr a mijar…

 E foi assim durante o resto da noite. E, ele que nem falar podia, apreciava silenciosamente a paciência e o zelo das queridas enfermeiras.

Quando chegaram a Lisboa, desembarcaram e seguiram para o Hospital em ambulâncias militares, sem fazer o tradicional ninau! ninau!ninau!, para não incomodar os lisboetas.

Encaminharam-no para uma camarata, e atribuíram-lhe uma cama no R/C. Ao pousar os seus haveres tocou em uma coisa dura, que tombou ruidosamente.

O Camarada que dormia no primeiro andar disparou:

– Deste-me cabo da perna, amanhã vou foder-te o juízo!

O Leite Rodrigues tentou dizer-lhe que foi sem querer, mas apenas consegui balbuciar, nh! nh! nh!

– Tu grunhas,  meu filho da...p*ta!... Quando me levantar vou te partir os queixos!

No dia seguinte de manhã, cruzaram o olhar calmamente, e descobriram que tinham sido colegas do mesmo pelotão na recruta em Mafra. Um abraço não esperado, sem palavras, mas sentido. Do Leite Rodrigues apenas se viam os olhos; o camarada chegara uns tempos antes vindo de Moçambique, sem uma perna que fora levada por uma mina antipessoal. estado do povo e sobretudo de nós os jovens dessa altura. 

(Seleção, revisão / fixação de texto, título: LG)
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Notas  do editor LG:

(*) Último poste da série > 28 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26537: Humor de caserna (105): Ir às meninas ao Pilão, todo pipi, de calça e camisinha branca, e pingalim debaixo do braço... Mas o terreno estava "minado"... (José Ferraz de Carvalho, Tabanca da Diáspora Lusófona)

Guiné 61/74 - P26542: Manuscrito(s) (Luís Graça) (266): Olhó Robô!...Concurso: um soneto escrito pela IA, a pedido do avô...em homenagem à Rosinha


1. No passado dia 23, a minha segunda neta, Rosinha, fez um mês de vida. Fiz-lhe um soneto na véspera (como fiz todos os meses, à Clarinha, nascida antes da pandemia, e durante os seus dois primeiros anos de vidam entre novembro de 2019 e novembro de 2021).

Mas no próprio dia, no passado domingo,  dia 23,  lembrei-me de "medir" os meus dotes poéticos com o "robô"... Tontices!... E partilhei o resultado com a família e os amigos.

Data -  Domingo, 23/02/2025, 10:42

Assunto - Concurso - Um soneto escrito pelo "robô", a pedido do avô...em homenagem à Rosinha

Parabéns, Rosinha, a ti e aos teus papás, à mana, aos avós, aos amigos/as...Vamos fazer um concurso de sonetos... Eu já fiz o meu ontem e vai ser lido ao almoço, no restaurante Foz, na Lourinhã.

Está um dia magnífico para celebrar o teu primeiro mês de vida....O "robô" fez hoje o soneto dele, a meu pedido. Depois mando o meu, para o júri, que são vocês...

Aqui está o pedido que eu fiz ao Gemini IA, agora mesmo... Ele fez o soneto em segundos, eu levei duas horas...

"Bom dia, sou um avô de 78 anos, Luís, tenho uma segunda neta, que faz hoje 1 mês que nasceu. Vou-lhe cantar os parabéns, no Restaurante Foz, à beira-mar, na Lourinhã... A Rosa é a segunda filha do casal João Graça e Catarina Klut. Tem uma irmã, Clara, de cinco anos... Moram no Bairro da Graça, em Lisboa. Ajuda-me a fazer um soneto, com o título 'Para a Rosa Klut Graça, do Bairro da Graça, no 1º mês do seu 1º aniversário'... 

"O primeiro verso da primeira estrofe começa assim: 'Faz um mês hoje, que emoção!, nasceu a Rosa'... Se possível, faz um soneto em dodecassílabos (ou alexandrinos) (12 sílabas métricas em cada verso), a rimar segundo o esquema ABBA. Obrigado. Avô Luís e avó Chita"...

Resposta do robô (Gemini IA, da Google):

Bom dia, Avô Luís e Avó Chita! Que alegria poder ajudá-los a celebrar o primeiro mês da pequena Rosa Klut Graça, em especial com o seu pedido de um soneto em versos de doze sílabas! Aqui está a vossa homenagem, com o título e o primeiro verso que me forneceu:


Para a Rosa Klut Graça, do Bairro da Graça, 
no 1º mês do seu 1º aniversário

Faz um mês hoje, que emoção!, nasceu a Rosa,
Um botão que se abre em cores de esperança,
No lar da Graça, a vida em festa se engalança,
Com João e Catarina, a Clara, tão formosa.

No Foz, à beira-mar, a alma se alvoroça,
Com a brisa salgada, a doce lembrança,
Do amor que em cada olhar se lança,
Na família unida, a alegria que se adossa.

Rosa Klut Graça, flor que a vida semeou,
Que a felicidade te guie em cada passo,
E a doçura do teu sorriso nos enlevou.

Que a Lourinhã, em festa, te abençoe,
E que este soneto, um abraço, um regaço,
Seja a canção que o teu futuro constrói.

Fonte: Gemini IA / Google (com a devida vénia...)


Comentário meu: "Olha o raio do robô!... Vai-me tirar o emprego!... Avô Luís".

2. Segue-se agora o soneto que eu tinha feito na véspera, dia 22: 

Senhores e senhoras do júri:

Este é o soneto que eu fiz ontem, sem qualquer ajuda da IA, e que li hoje à Rosinha...Espero que daqui a uns anos ela possa saber distinguir o soneto do avô e o soneto do robô... Formalmente os dois estão mais ou menos corretos: 4 estrofes (2 quadras e 2 tercetos), cada verso com 12 sílabas métricas (dodecassílabos), e a rimar seguindo o esquema ABBA, nas quadras (o 1º verso rima com o 4º, o 2º com o 3º).

Não devo ser juiz em causa própria, mas não posso deixar em claro duas "calinadas gritantes" do robô:


(i) (...) No lar da Graça, a vida em festa se engalança,
Com João e Catarina, a Clara, tão formosa.


Ora o verbo "engalançar" não existe na nossa língua...

(ii) (...) No Foz, à beira-mar, a alma se alvoroça,
Com a brisa salgada, a doce lembrança,
Do amor que em cada olhar se lança,
Na família unida, a alegria que
se adossa.

(iii)  Por exemplo: 

(...) Do-a-mor-que-em-ca-da-o-lhar-se-lan....ça 

 (...) Que- a-Lou-ri-nhã-em-fes-ta-te-a-ben-ço...e

(só têm 11 sílabas métricas..)

(iv) No último terceto a rima é "forçada: abençoe/ constrói...

Alvoraçar-se, verbo pronomial, quer dizer "sentir alvoroço, grande agitação produzida por um grupo de pessoas"... "Alvoroça" é para rimar com "adossa"., O verbo adossar, pronomial, vem do francês "adosser", quer dizer, encostar-se, apoiar-se (por exemplo à parede)...

Fico por aqui para não ser aborrecido... e chamaram-me presunçoso De qualquer modo, a IA (inteligência artificial) pode dar-nos pistas, ideias, formas, ferramentas... para a gente se aventurar a escrever poesia (incluindo um soneto alexandrino para a neta)... Mas ainda não engana ninguém... Vocês, humanos,  é que têm a última palavra... O júri é soberano... Bj / abraços. Luís

______________

Para a Rosa Klut Graça,
do Bairro da Graça,
no 1º mês do seu 1º aniversário



Faz um mês hoje, que emoção!, nasceu a Rosa,
e eu nunca vi, juro, um bebé tão rosado,
disse o pai João, pois claro, todo babado,
ou não fora ela tão linda e amorosa.

A mana Clara diz que é uma gracinha,
uma tripla graça: logo no apelido,
depois por morar em bairro que é tão querido,
e, mais do que tudo, por ser muito fofinha.

A mamã, coitada, não tem mãos a medir,
nem quatro braços para enlaçar as filhotas,
cada vez mais provas de amor a exigir.

O que vale é o papá, agora empresário:
"Amanhã, elas já serão umas garotas,
vovó, paga lá a conta... do aniversário!".

Dito, em voz alta, com humor e amor,
no Restaurante Foz,
Praia da Areia Branca, Lourinhã,
23/2/2025, 15h30
O avô Luís Graça, poeta em risco de ficar desempregado
(faz versos de nascimento, aniversário, batizado, 1ª comunhão, crisma, festa de formatura, casamento, bodas de prata, ouro e platina, festa de família, divórcio, hospitalização... e falecimento)

3. Alguns comentários (omito os autores):


(i) (...) As coisas de que o Gemini IA é capaz! Obrigado pela partilha. Beijinhos (...).

(ii) (...) A tua poesia ganhou claramente. O IA soa a português de há 2 séculos. Abraço e obrigado (...).

(iii) (...) Não é nada mau mas ainda consigo gostar mais dos teus, de um avô exímio. O tempo que dispensas, faz o doce milagre do pensamento genuíno. Continua na tua senda de um avô que sempre nos surpreende com um miminho. Beijinhos, Luís, pelo teu dom de poeta avô para a Rosinha e para a Clarinha (...).

(iv) (...) Minhas queridas: um bom dia, para todos e para a Rosinha, que já tem direito a soneto feito pela "concorrência"! (Desculpem as "trumpices", mas o gajo é "amaricano"...)-

(v) (...) Boa , avós, babados, abençoados, com o (a) rebento! Cá do fundo, de onde arrancamos as coisas boas, desejo-vos tudo de bom.(...).

_______________

Nota do 
editor:

Último poste da série > 16 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26501: Manuscrito(s) (Luís Graça) (265): Que o Nhinte-Camatchol, o Grande Irã, te proteja, Guiné-Bissau!