A apresentar mensagens correspondentes à consulta Carlos Cordeiro ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta Carlos Cordeiro ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 26 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P16020: Efemérides (222): O nosso camarada Carlos Cordeiro, na qualidade de aluno, investigador e professor da Universidade dos Açores, foi homenageado no passado dia 14 de Abril por esta academia, a que esteve ligado durante 40 anos (José Câmara / Carlos Vinhal)

O nosso camarada Carlos Cordeiro, na qualidade de aluno, investigador e professor da Universidade dos Açores, foi homenageado no passado dia 14 de Abril por esta academia, a que esteve ligado durante 40 anos.
Do evento damos notícia, alertados pelo nosso outro camarada açoriano, José Câmara, que nos enviou a notícia publicada no jornal Correio dos Açores, que aqui transcrevemos com a devida vénia.

O Professor Carlos Cordeiro no dia em que foi homenageado pela Universidade dos Açores onde estudou e leccionou

1 - Com a devida vénia ao Jornal Correio dos Açores, na pessoa do seu Director Américo Natalino Viveiros e à Chefe de Redacção Nélia Câmara, autora da reportagem, reproduzimos as páginas 18 e 19 daquele prestigiado diário açoriano, referentes à Homenagem da Universidade dos Açores ao nosso camarada e amigo Carlos Cordeiro.





Texto inserto na página 18 acima apresentada

Reconhecimento do trabalho enquanto investigador ultrapassa as fronteiras do país

Carlos Cordeiro homenageado pela escola que desenvolveu na Universidade açoriana

Autonomia e regionalismos estiveram sempre presentes na sua investigação e o seu trabalho enquanto historiador fez escola na academia açoriana 

Professor aposentado da Universidade dos Açores, Carlos Cordeiro foi ontem homenageado na academia onde estudou e leccionou durante 27 anos, tendo sido professor de várias gerações tanto do ensino secundário como universitário, de vários cursos, que ontem, e hoje, o recordam com carinho, pela amizade que dispensa a todos. Mas muitos foram também os mestrandos e doutorandos que o Professor Auxiliar com Agregação da Universidade dos Açores, onde concluiu o doutoramento e prestou provas de agregação, acompanhou como orientador no ramo de História. E como foram tantos os estudantes que receberam os seus ensinamentos, o anfiteatro C da Universidade encheu por completo, também com a presença de familiares, colegas, amigos e autoridades militares e civis. Uma homenagem de reconhecimento muito sentida, com Carlos Cordeiro visivelmente emocionado, acompanhado da mulher e filhas.

Mas quem melhor para falar do trabalho do historiador micaelense [um autonomista convicto], do que quem sempre esteve a seu lado a nível académico senão o orador da sessão, seu orientador, Luís Reis Torgal, da Universidade de Coimbra, que ao nosso jornal teceu rasgados elogios ao homem e à obra do homenageado. “Esta é uma homenagem justa, que me muito me orgulha participar, porque é uma homenagem a alguém que esteve sempre ligado a mim, do ponto de vista científico, institucional e pessoal. Desde o início da carreira de Carlos Cordeiro que estou ligado a ele. É uma figura que me marcou como colega, como meu orientando, nem sempre fácil, mas é certo é que ele levou sempre tudo a bom termo e, por isso mesmo, acho que é uma figura significativa da História e da história da universidade”.

Com a grandiosidade do trabalho académico feito por Carlos Cordeiro, Luís Reis Torgal, que é professor catedrático, lamenta que o homenageado não tenha “ultrapassado, devido a condicionalismos da Universidade, a categoria de Professor Auxiliar. Uma pessoa com a ca- Sessão de Homenagem: Carlos Cordeiro, João Luís Gaspar, Susana Serpa Silva e Luís Reis Torgal tegoria do professor Carlos Cordeiro merecia ser catedrático. Eu estive em todas as provas dele desde as provas iniciais para assistente, quando não havia ainda mestrado, e depois nas provas de doutoramento e agregação, e lamento que tenha terminado a carreira sem que a Universidade, não a Universidade dos Açores, mas no geral, porque não sabe agradecer aos professores que estiveram sempre nela, com ela e para ela, como é o caso de Carlos Cordeiro”.

Sobre isso Carlos Cordeiro remeteu-se ao silêncio, embora emocionado pelas palavras daquele que foi o seu mestre proferidas ao nosso jornal e a uma vasta plateia. Quanto à homenagem, declarou que o significado da mesma “é ter aqui os meus colegas, os meus alunos, os meus orientandos, os meus camaradas (antigos combatentes no ultramar), o meu Reitor… Pois quiseram vir demonstrar a sua amizade e reconhecimento pelo meu trabalho”.

Reitor reconhece a obra de Carlos Cordeiro 

João Luís Gaspar, enquanto Reitor da academia açoriana, ao Correio dos Açores não quis personalizar a questão de a Universidade, no geral, não reconhecer, como disse Torgal, o trabalho profícuo dos seus docentes-investigadores, mas opinou: “Sem querer particularizar, posso dizer apenas que as universidades necessitam de rejuvenescer. Temos pessoas extraordinárias que trabalharam connosco e precisamos de sangue novo. Esse é um dado que o Ministério [Ensino Superior], hoje em dia, reconhece e que nós esperamos ver efectivado nos próximos anos, uma vez que o Ministério já disse que vai, com uma política diferente, dar a oportunidade à universidade para que possa fazer escola. E o professor Carlos Cordeiro, como outros, fez escola na casa. É preciso gente nova que os siga, com novos projectos e novas ideias”.

O Reitor da Universidade dos Açores admitiu ser “com todo o gosto” que marcava presença na cerimónia de homenagem a uma figura ligada à História açoriana. “Não tive o privilégio de trabalhar com o professor estes anos, mas a qele reconheço uma actividade científica muito grande, acima de tudo na construção do edifício universidade que somos hoje. Celebramos agora 40 anos de existência e o professor Carlos Cordeiro, como aluno e como professor, está aqui desde o princípio e, portanto, por este facto, o nosso reconhecimento”.

Nélia Câmara

************

Texto inserto na página 19 acima apresentada


A História da Região foi escrutinada sob o ponto de vista histórico por Carlos Cordeiro
O legado do homenageado é uma investigação sólida sobre os Açores

Na cerimónia foi também lançada a obra “História, Pensamento e Cultura – Estudos em homenagem a Carlos Cordeiro”, com coordenação dos historiadores Manuel Sílvio Alves Condes e Susana Serpa Silva. E é esta historiadora da academia açoriana a primeira responsável pelo evento que faz questão de dizer que “esta organização foi uma decisão da área de História do Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais da Universidade dos Açores que decidiu homenagear quem, durante 27 anos, deu muito de si não só ao ensino superior, formando gerações de alunos e orientando numerosos mestrandos e doutorandos – fazendo escola – como também é uma figura marcante no domínio da História dos Açores em temas que são essenciais à nossa História, como a questão da Autonomia e dos Regionalismos. Esta cerimónia é, digamos, de uma área científica a um dos seus elementos e que também foi, durante quatro anos, Director do Departamento”.

Questionada Susana Serpa Silva sobre as características que diferenciam o homenageado, sublinhou que “o professor Carlos Cordeiro tem o valor que não desmerece o dos outros colegas, mas ele sempre foi uma pessoa que soube granjear uma relação de grande amizade e abertura com os seus alunos e com os colegas. Teve, de facto, um papel, muito importante como professor, como investigador e deu muito à história contemporânea dos Açores”.

Já no que toca ao legado, a professora não tem dúvidas de que Carlos Cordeiro “tem toda uma obra publicada que é bastante significativa”, garantindo que os colegas usam os trabalhos publicados pelo homenageado, pois ele é “uma pessoa reconhecida a nível nacional e internacional e é, de facto, uma pessoa marcante na história da própria universidade e esta universidade insular e atlântica foi construída com o esforço de todos os docentes, dos alunos, das equipas reitorais mas também pelo professor Carlos Cordeiro”.

Carlos Cordeiro como historiador tem trabalho reconhecido nos Açores, em Portugal continental, nas comunidades mas também a nível internacional, com incidência na sua investigação sobre autonomia e regionalismo. As suas obras de investigação e artigos publicados na imprensa regional e ensaios nas revistas de especialidade também revelam o seu pensamento. É autor de “Insularidade e continentalidade: os Açores e as contradições da Regeneração 1851-70” (1992), “Na Senda da Identidade Açoriana”, (Antologia de Textos do Correio dos Açores), (1995), “Nacionalismo, Regionalismo e Autoritarismo nos Açores durante a I República”, (1999) (coord.) , “Autoritarismos, Totalitarismos e Respostas Democráticas”, (2011).

Do seu vasto currículo refira-se, a saber: “investigador integrado do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra e Director do Centro de Estudos de Relações Internacionais e Estratégia da Universidade dos Açores”.

Coordenador do Mestrado em Relações Internacionais da Universidade dos Açores, integrou a Comissão Científica do Dicionário da República e o Comité Organizador do Congresso Histórico Internacional “I República e Republicanismo”.

Nélia Câmara


************

Comentário do editor:

Confidenciou-nos o Carlos:
"Foi uma sessão muito bonita mesmo. Tive lá a família, colegas da Universidade (mais trabalhadores do que docentes, segundo me pareceu), colegas da escola primária e industrial, antigos alunos e orientandos, camaradas Antigos Combatentes, amigos de todo o lado mesmo. 
Foi uma prova imensa de amizade e de, sei lá, carinho, camaradagem. 
A sala cheia. O reitor fez uma intervenção muito simpática, oferecendo-me a medalha dos 40 anos da Universidade, porque lá estou, como aluno ou professor há 40 anos, tirando três em que fui professor do ensino secundário. 
Foi isto: amizade!"

Quanto ao livro:
"O livro está muito bom mesmo. São 27 colaborações de colegas, a maior parte do centro de que faço parte da Universidade de Coimbra. 
São 594 páginas."

A tertúlia do Blogue congratula-se por esta homenagem ao Homem e ao Professor Carlos Cordeiro, que temos a honra de contar como camarada e amigo desde há alguns anos.
Para ele vão os nossos parabéns e os votos de que continue a fazer o que mais gosta, investigar e ensinar História.

CV
____________

Nota do editor

Último poste da série de 25 de abril de 2016 Guiné 63/74 - P16017: Efemérides (221): Tempos passados ou como recuar a 24 de Abril de 1970, data de embarque do BCAÇ 2912 com destino à Guiné (António Tavares, ex-Fur Mil)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Guiné 63/74 - P5055: Tabanca Grande (177): Carlos Cordeiro, ex-Fur Mil At Inf (Centro de Instrução de Comandos - Angola, 1969/71)

Caros camaradas e amigos tertulianos.
Há muito que venho trocando mensagens de trabalho, com o nosso camarada Carlos Cordeiro (*).

Os mais atentos devem lembrar-se que já se fez referência no nosso Blogue à sua qualidade de irmão do malogrado Cap Pára-quedista João da Costa Cordeiro (**), e tio do já nosso amigo Pedro Cordeiro, filho do Cap João Codeiro.

O nosso camarada Carlos Cordeiro, que teve já várias intervenções no Blogue, é um ex-combatente em Angola, onde fez a sua comissão como Fur Mil At Inf, no Centro de Instrução de Comandos, nos anos de 1969/71. É presentemente professor de História Contemporânea em Ponta Delgada e está a fazer um trabalho relacionado com as Unidades mobilizadas para o Ultramar pelos BII 17 e BII 18. Se se proporcionar poderemos ainda ver aqui publicado esse trabalho.

Tudo isto para dizer que convidei este nosso camarada para o grupo dos nossos amigos, tendo ele aceitado com gosto.

Assim passo a publicar a troca de mensagens entre nós.


1. Mensagem de Carlos Cordeiro, com data de 4 de Outubro de 2009:

Em fins de Novembro irá ter lugar, na Universidade dos Açores, um colóquio internacional intitulado "Representação de África e dos Africanos na História da Cultura (Séculos XVI-XXI".
Estou a preparar uma comunicação, que terá por fonte essencial o blogue "Luís Graça e Camaradas da Guiné", que venho a acompanhar, como leitor muito assíduo, há já alguns meses. Além das questões afectivas (que o meu amigo conhece) que me ligam ao blogue, trata-se também de, como profissional (professor de História Contemporânea na Universidade dos Açores), considerar o blogue como uma fonte importantíssima para a abordagem científica de diversos aspectos da Guerra do Ultramar, no caso, da Guiné. Tenho já algumas ideias bem assentes de como desenvolver a comunicação, mas agora terei que pôr mãos à obra com mais afinco, pois o tempo passa depressa.

É por isso mesmo que recorro à boa vontade do amigo para me auxiliar num aspecto: gostaria de apresentar dados estatísticos sobre os "camaradas e amigos" que participam no blogue (data da comissão, posto, miliciano, do quadro), mas não encontro maneira de lá chegar. Haverá algum modo de, através de busca automática no blogue, conseguir estes dados? Estive a ver nos marcadores para tentar descobrir algum que me abrisse os postes de apresentação dos bloguistas, mas não vi nada.
Será que o meu amigo me pode ajudar com alguma dica que me facilite a busca?

Um abraço amigo do
Carlos Cordeiro


2. A minha resposta com data de hoje:

Caro Carlos
Será isto que quer?
Já agora aproveito para o convidar a fazer parte dos amigos do nosso Blogue.

Não sendo ex-combatente da Guiné, é no entanto um ex-combatente da guerra colonial, e um acontecimento infeliz acaba por o ligar anós.

Para não andar a procurar a nossa correspondência antiga, lembre-me o seu posto, Unidade e anos de permanência em Angola.

Com um abraço do camarada e amigo
Carlos Vinhal


3. Resposta imediata do nosso novo amigo Carlos Cordeiro:

Obrigadíssimo, meu caro Carlos. Era mesmo isto. Aliás, fico com a papinha toda feita!!! Depois perguntarei como fazer a indicação dos créditos.

Tenho também a informação das companhias dos BII 17 e 18 que foram para a Guiné (na totalidade, 25). Parece-me que vai ficar um trabalho interessante, ainda que reconheça que, dado o seu carácter científico, digamos assim, possa não vir a ser de leitura interessante. Veremos.

Quanto a ser amigo do blogue, é, sem dúvida, uma grande honra que aceito com imenso gosto. Era, como sabe, amigo, ainda que informal. Agora ficarei formalmente, o que me alegra muito.

Tenho divulgado o blogue a amigos que estiveram na Guiné. Ainda a semana passada falei com o Alferes (João Carlos Carreiro - CCAÇ 2444 (*)) que comandava o grupo de combate dos tais três açorianos que morreram no mesmo dia da grande desgraça dos afogamentos. Pedi-lhe para entrar e se tornar membro de pleno direito do blogue, mas ele ainda não entrou. Vou novamente falar com ele, pois diz-me que tem muito material, sobretudo fotos.

Na Universidade dos Açores só temos no activo quatro camaradas que fizeram a guerra do ultramar: um, o Tomás (que foi ao encontro nacional e há vários postes sobre ele); um professor que é leitor habitual, mas que nunca se inscreveu (72-74, na região de Oio); um que esteve em Moçambique e eu. Isto, no fundo, quer dizer alguma coisa: estamos cada vez mais na reforma!

Carlos Cordeiro
ex-Fur Mil Atirador de Infantaria.
CIC (Centro de Instrução de Comandos),
Angola (sede, em Luanda).
Comissão: Abril de 69 a Abril de 71.

Muito obrigado por tudo.
Um abraço camarada e amigo do
Carlos


4. Comentário de CV:

Caro Carlos Cordeiro.
Muito obrigado por aceitar o nosso convite para fazer parte do núcleo de amigos do nosso Blogue, que reservamos para as pessoas que de algum modo se identificam connosco, não sendo ex-combatentes da Guiné.

O seu caso é muito particular, porque sentiu como ninguém a dor provocada pela perda de um entequerido, irmão neste caso, vítima do infortúnio, causa não directa de uma acção guerra, mas na guerra, no TO da Guiné.

Ao tentar ser-lhe útil, mais não fiz que retribuir a sua colaboração neste blogue, fazendo os seus comentários e dando as suas achegas sempre oportunas.

Poderá, como é lógico, servir-se do nosso espólio para fins didáticos, cuja paga será só mencionar a fonte. Julgo que em casos particulares, poderá contactar directamente o(s) camarada(s) em causa, que com toda a certeza colaborarão.

O mentor desta página, Luís Graça, directamente ou delegando, estará disponível para esclarecimentos adicionais.

Resta-me mandar-lhe o tradicional abraço de boas-vindas da tertúlia, desta feita para o meio do Oceano onde se encontra, mais propriamente na bonita Ilha de S. Miguel. Já sabe que tem a incumbência de dar um abraço, da minha parte, ao meu Primeiro Rita, amigo para sempre depois de com ele conviver na CART 2732.

Ilha de S. Miguel - Furnas

Foto: © Carlos Vinhal (2006). Direitos reservados.
__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 22 de Agosto de 2009 > Guiné 63/74 - P4853: Dando a mão à palmatória (23): Verdadeira causa da morte de três camaradas açorianos da CCAÇ 2444 (Carlos Cordeiro/Carlos Vinhal)

(**) Sobre as causas da morte do Cap Pára-quedista João Costa Cordeiro, vd. postes:

19 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4216: Comentários que merecem ser postes (4): Homenagem à memória do Capitão Pára-quedista João Costa Cordeiro (João Seabra)

16 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4694: Meu pai, meu velho, meu camarada (6): Ex-Cap Pára João Costa Cordeiro, CCP 123/ BCP 12 (Pedro M. P. Cordeiro / Manuel Rebocho)

17 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4700: Meu pai, meu velho, meu camarada (7): Cap Pára João Costa Cordeiro: Um homem de carácter (António Santos / Carlos Matos Gomes)

17 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4703: Meu pai, meu velho, meu camarada (8): Sobre o Capitão-Pára João Costa Cordeiro (Manuel Peredo)

18 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4705: Meu pai, meu velho, meu camarada (9): Testemunho do Coronel Pára Sílvio Araújo sobre o Cap-Pára João Costa Cordeiro (João Seabra)

18 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4706: Meu pai, meu velho, meu camarada (10): Depoimento e fotos sobre o Cap-Pára João Costa Cordeiro (Miguel Pessoa)

24 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4731: Meu pai, meu velho, meu camarada (12): Mensagem do filho do Cap-Pára João Costa Cordeiro (Pedro Miguel Pereira Cordeiro)

Vd. último poste da série de 1 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5039: Tabanca Grande (176): José Manuel Pechorro, ex-1.º Cabo Op Cripto da CCAÇ 19, Guidaje (1971/73)

terça-feira, 12 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15967: A Universidade dos Açores vai homenagear o Prof Dr. Carlos Cordeiro, amanhã, 13 de Abril, pelas 17,00 horas, no Anfiteatro C daquela Universidade (José da Câmara)

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de 5 de Abril de 2016, dando-nos notícia de uma homenagem ao nosso camarada e tertuliano Prof. Doutor Carlos Cordeiro, professor na Universidade dos Açores, a levar a efeito  no próximo dia 13 de Abril, pelas 17,00 horas, no Anfiteatro C daquela Universidade.

Na noite da passada quinta-feira recebi um honroso convite da Universidade dos Açores para participar na homenagem que aquela Instituição de Ensino irá prestar ao Sr. Dr. Carlos Cordeiro.
Infelizmente, não poderei estar lá fisicamente, mas certamente que estarei presente de muitas horas formas.

As amizades nascem quase sempre sem darmos por isso, mas desenvolvem-se pelo respeito e pela comunhão de princípios cívicos entre as pessoas. De outra maneira não fariam sentido.

O meu primeiro contacto com o Sr. Dr. Carlos Cordeiro aconteceu através de um comentário que ele fez a um artigo que escrevi num Blogue dedicado aos Combatentes da Guiné. Desde então habituei-me a respeitar o homem, o professor, o combatente que ele foi na então Província de Angola e, por que não, o incentivador que tem sido desde que o conheço. Por tudo isso e muito mais sinto ser um privilégio a oportunidade que ele me deu de ser seu amigo.

Ao longo dos anos muitas foram as vidas tocadas pelo ensino do Sr. Dr. Carlos Cordeiro. Os Açores e não só certamente que estão muito mais ricos. E muito menos se pode esquecer o seu contributo para a História Açoriana. É incalculável o valor das suas obras, sendo que já tive a oportunidade de ler algumas. Para nós, Combatentes que fomos nas então Províncias Ultramarinas, certamente que calaram fundo as suas conferências sobre a Guerra do Ultramar.

Sim a homenagem que a Universidade dos Açores irá prestar ao Sr. Dr. Carlos Cordeiro é justíssima. Do fundo do coração associo-me ao evento a ter lugar na Universidade dos Açores, pelas 17,00 horas, do próximo dia 13 de Abril.
A homenagem é pública para quem tiver a oportunidade de participar.

Um abraço para o meu amigo Sr. Dr. Carlos Cordeiro.
José da Câmara


************

2. C.V. do Professor Dr. Carlos Cordeiro:

Professor Auxiliar com Agregação da Universidade dos Açores, onde concluiu o doutoramento e prestou provas de agregação. 

É autor dos livros "Insularidade e Continentalidade: os Açores e as contradições da Regeneração" (1992), "Na Senda da Identidade Açoriana (Antologia de Textos do Correio dos Açores)" (1995), "Nacionalismo, Regionalismo e Autoritarismo nos Açores durante a I República" (1999), (coord.) "Autoritarismos, Totalitarismos e Repostas Democráticas" (2011) e de diversos artigos em revistas nacionais e internacionais. 

Coordenou diversos colóquios e o projeto “História da Imprensa nos Açores (Séculos XIX e XX)”. 

É investigador integrado do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra e diretor do Centro de Estudos de Relações Internacionais e Estratégia da Universidade dos Açores. 

É coordenador do Mestrado em Relações Internacionais da Universidade dos Açores. 

Integrou a Comissão Científica do Dicionário da República e o Comité Organizador do Congresso Histórico Internacional “I República e Republicanismo”. 

(Foto de Carlos Cordeiro: Com a devida vénia a IAC-Azores.org)

************

3. A tertúlia do Blogue não pode deixar de se associar a esta homenagem prestada ao nosso ilustre camarada e amigo tertuliano Carlos Cordeiro, a quem desejamos que continue a sua actividade cultural, partilhando o conhecimento. Sabemos que dedica muito do deu tempo na pesquisa e reunião de dados sobre tudo o que se relaciona com a participação dos açorianos na Guerra do Ultramar, pelo que também assim tenta preservar a memória dos portugueses que deram muito de si em terras de África.

Os nossos parabéns ao Carlos pelo reconhecido do seu trabalho por parte da sua Universidade. Será justa com certeza esta homenagem pública.

O nosso agradecimento ao camarada José da Câmara por ter feito chegar até nós esta notícia, coisa que o Carlos, pela sua modesta forma de estar na vida, não faria.
____________

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14854: Efemérides (194): No passado dia 20 de Junho, em São Miguel, foram inauguradas as obras de conservação e renovação do Museu Militar Militar dos Açores e impostas ao nosso camarada Carlos Cordeiro, a Medalha Comemorativa das Campanhas e a Medalha de Cobre de Comportamento Exemplar (José Câmara)

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de 8 de Julho de 2015:

Caros amigos,
No passado dia 20 de Junho, em São Miguel, foram inauguradas as obras de conservação e renovação do Museu Militar dos Açores, um novo pólo de atracão para o turismo e para os estudiosos de uma região que é riquíssima na sua história militar.

A efeméride, que contou com a presença da actual Secretária de Estado-Adjunta e da Defesa Nacional, a Sra. Dra. Berta Cabral, não passou despercebida aos muitos açorianos que viram o noticiário daquela noite. Infelizmente, como é hábito da RTP-Açores, pelo meio da notícia ficou perdido um acto muito significativo e dignificante, que a todos nos diz respeito. O nosso amigo Carlos Cordeiro, a par de outros, foi oficialmente condecorado com a Medalha das Campanhas do Ultramar e a Medalha de Cobre de Comportamento Exemplar.

A Medalha de Cobre de Comportamento Exemplar foi imposta pelo Sr. Contra-Almirante Coelho Cândido, Comandante da Zona Marítima dos Açores, e a das Campanhas (Angola, 1969-1971), pelo Sr. General Comando (Reformado), Luciano Garcia Lopes, um gesto de alto simbolismo e de cortesia militar, pois aquele oficial foi colega de Liceu e camarada na Academia Militar do malogrado irmão do Carlos Cordeiro, o Cap. Paraquedista João Cordeiro, tragicamente ceifado de vida num salto de pára-quedas, na Guiné

Para além disso, muito embora não tenha tido formação específica de comando, o Carlos Cordeiro foi convidado a ingressar na Associação de Comandos, força que integrou em Angola. Um exemplo de bem querer, que deveria ser seguido por outras instituições, incluindo as Associações da Liga de Combatentes.

A modéstia de Carlos Cordeiro nunca lhe permitiria trazer até nós o tumulto de sentimentos que o avassalaram ao sentir aquelas medalhas no peito, impostas que foram numa cerimónia simples, mas de alto gabarito social e militar.

Se há coisas neste mundo que me dão imensa alegria é aperceber-me que os meus amigos são devidamente reconhecidos por aquilo que fizeram, pelo exemplo que deram, pela dignidade como cumpriram. As medalhas não lhe foram dadas, são sim uma conquista pessoal, num tempo muito especial da sua juventude. Também sinto que devo reconhecer o nosso País que aos poucos se vai reconciliando com a sua História, de que o Carlos Cordeiro e nós que combatemos no Ultramar não envergonhámos.

Carlos, aquele dia foi teu. Dos teus familiares e amigos. Parabéns.

Se me é permitido, ao amigo, ao Prof. Doutor Carlos Cordeiro, um bem hajas pelo que tens feito por nós, pelos Açores e por Portugal.

Uma bela perspectiva entre o presente e um passado (na nossa memória sempre actual). Carlos Cordeiro e as duas militares, em posição de sentido, no acto da imposição das medalhas.
© Cortesia do Museu Militar dos Açores

A Medalha de Cobre de Comportamento Exemplar foi imposta pelo Sr. Contra-Almirante Coelho Cândido, Comandante da Zona Marítima dos Açores. 
© Cortesia do Museu Militar dos Açores

A Medalha das Campanhas (Angola, 1969-1971) foi imposta pelo Sr. General Comando (Reformado) Luciano Garcia Lopes, um gesto de alto simbolismo e de cortesia militar, ao bem visível comovido Carlos Cordeiro.
© Cortesia do Museu Militar dos Açores
____________

Nota do editor:

Último poste da série de 6 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14839: Efemérides (193): Lourinhã, 28 de junho de 2015: comemoração dos 10 anos do monumento aos combatentes do ultramar - Parte II: alocução do ten gen inf ref, lourinhanense, Jorge Silvério

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7610: Grupo dos Amigos da Capela de Guileje (14): Em busca de uma imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres para Guiledje

Capelinha de Guiledje



Imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres no Convento de Nossa Senhora da Esperança, em Ponta Delgada, Ilha de S. Miguel.
Foto de CV


1. Da troca de mensagens que publicamos mais abaixo, podemos concluir que a recuperação da Capelinha de Guiledje está terminada, assim como a reconstrução de um oratório que ao tempo incluía uma imagem da Nossa Senhora e outra do Senhor Santo Cristo dos Milagres que o tempo fez desaparecer.

O nosso camarada e tertuliano Carlos Cordeiro, ex-combatente em Angola, mas muito ligado ao nosso Blogue e às coisas da Guiné, por intermédio de sua esposa, está a envidar esforços no sentido de encontrar uma imagem do Senhor Santo Cristo, alternativa à de então, já que quem as fazia já terá morrido.

Assim, graças a esforços conjuntos, se vai levando a efeito a reposição destes símbolos religiosos muito importantes para os Gringos de Guileje [os açorianos da CCAÇ 3477, que estuveram lá entre Nov 1971 e Dezembro de 1972, comandada pelo mais novo de sempre dos Capitães Milicianos, o nosso camarigo Abílio Delgado],  e demais Companhias açorianas que demandaram a Guiné durante a guerra colonial.








Fotos de Carlos Schwarz (Pepito) do oratório reconstruído no Guiledje


i. Mensagem de Pepito dirigida a Luís Graça, com data de 9 de Janeiro de 2011:

Assunto: Oratório reconstruído

Amigo Luís
O ano 2011 começa bem para Guiledje.
Com a ajuda do Grupo de Amigos da Capelinha de Guiledje, através do Manuel Reis, que doou em Agosto à AD os fundos necessários (590 euros) para a recuperação do Oratório, terminámos agora esse trabalho, procurando ao máximo conservar a sua forma original. Para isso muito contribuiu o Patrício Ribeiro que assegurou a construção do novo oratório e a sua montagem em Guiledje. Faltam apenas os retoques finais.
O mais satisfeito de todos nós foi o Domingos Fonseca que descobriu a imagem da Santa na véspera da chegada a Guiledje dos participantes no Simpósio. Fica a faltar a outra imagem que, pelos vistos, só existe nos Açores. Quem a vai doar?

Um grande obrigado aos Amigos de Guiledje.
abraços
pepito


ii. Dia 10 de Janeiro de 2011. Mensagem de Luís Graça para Manuel Reis

Cc: Amaro Samúdio; Carlos Cordeiro; ad bissau; Patrício Ribeiro
Assunto: Fwd: Oratório reconstruido

Grande Manel Reis:
Para teu conhecimento, em 1º lugar...
Depois publicamos e agradecemos de novos aos nossos "contribuintes"...
Os nossos parabéns aos nossos "tabanqueiros" Domingos, Pepito e Patrício pela obra realizada...
Atenção às questões de segurança...

Agora falta uma imagem do Santo Cristo dos Milagres...
Temos que mobilizar os Gringos de Guileje e demais amigos e camaradas açorianos... LG


iii. Mensagem de Pepito dirigida no dia 10 de Janeiro a Carlos Cordeiro

Cc: Luís Graça; Manuel Reis; Amaro Samúdio; Patrício Ribeiro
Assunto: Re: Oratório reconstruído

Caro Carlos Cordeiro
Da nossa parte, acho que vale bem a pena esperar mais um tempo. O que for necessário.
abraço
pepito


iv. Resposta de Carlos Cordeiro ainda no mesmo dia 10 de Janeiro

Óptimo, caros amigos.
Minha mulher já percorreu todos os antiquários e não há oratórios do Senhor Santo Cristo como o que lá estava. Era um senhor do Continente que os fazia, morreu e mais ninguém os faz naquele estilo. Há, naturalmente, imagens à venda com redomas de vidro ou sem elas. Não será a mesma coisa, mas, se aceitarem, podemos combinar o modo de conseguir fazer com que chegue a Guileje.
Podemos também aguardar mais algum tempo a ver se consigo por cá alguma como a que existia. Mas será sempre duvidoso conseguir-se.
Que me dizem? Tento durante mais algum tempo ou vejo uma outra solução?
E já agora: como a fazer chegar ao Pepito?
Um grande abraço,
Carlos Cordeiro


v. Mensagem de Luís Graça para Carlos Cordeiro

Cc: ad bissau; Patrício Ribeiro; Amaro Samúdio
Assunto: Re: Oratório reconstruído

Obrigado, Carlos, 

És um grande camarada e um grande açoriano... 
Vamos publicar as fotos e as estas trocas de mensagens.... 
Podem surgir outras ideias e sugestões... 
LG


vi. Resposta de Carlos Cordeiro a Luís Graça

Assunto: RE: Oratório reconstruído

Pois é, Luís, um grande camarada e um grande açoriano... com artrose da anca!!!
Um abraço amigo do
Carlos
__________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 24 de Agosto de 2010 > Guiné 63/74 - P6893: Grupo dos Amigos da Capela de Guileje (13): Relação dos donativos recebidos até 26 de Junho de 2010 (Manuel Reis)

sábado, 22 de agosto de 2009

Guiné 63/74 - P4853: Dando a mão à palmatória (23): Verdadeira causa da morte de três camaradas açorianos da CCAÇ 2444 (Carlos Cordeiro/Carlos Vinhal)

1. Mensagem de Carlos Cordeiro (*) com data de 21 de Agosto de 2009, enviada ao nosso Blogue:

Exmo. Senhor
Carlos Vinhal
Editor do mês do blogue

Por poder ser do vosso interesse, envio o link do jornal "Correio dos Açores" num artigo de homenagem à memória de três militares açorianos mortos em combate em 6 de de Fevereiro de 1969 (que contradiz o post 2819 sobre as circunstâncias da morte daqueles militares): http://www.correiodosacores.net/view.php?id=18945&poll=11&resposta=2.

A companhia era a 2444, mobilizada pelo BII18.

Como assíduo leitor do vosso blogue, saúdo-vos pelo vosso excelente trabalho.

Com os meus cordiais cumprimentos,
Carlos Cordeiro


2. No mesmo dia foi enviada resposta a este nosso leitor

Caro senhor Carlos Cordeiro
Desculpe não retribuir o Exmo. Senhor que julgo ser dispensável.

Agradeço o link que teve a amabilidade de me enviar.

Consultando a pág. 423 referente ao camarada José Bento Veiro; pág. 427 referente ao camarada Manuel Carreiro e pag. 429 referente ao camarada Manuel Costa Almeida do Livro I - Guiné - Tomo II - 8.º Volume - Mortos em Campanha, confirma-se a morte deles em combate na estrada Cacheu-Bachile, em emboscada do dia 6 de Fevereiro de 1969.

Pedi já a devida autorização ao meu camarada Coronel Marques Lopes, responsável pelo post 2819, para se proceder à devida correcção.

Julgo ser açoriano, pelo que peço que aceite na sua pessoa a minha homenagem a todos os açorianos, valente povo ilhéu que eu admiro muito mais desde que vos visitei há relativamente pouco tempo.

Permita que lhe deixe um abraço,

Carlos Vinhal
Ex-Fur-Mil
CART 2732 (madeirense)
Guiné 1970/72


3. No poste > Guiné 63/74 - P2819: Lista dos militares portugueses metropolitanos mortos e enterrados em cemitérios locais (4): 1968-1973 (Fim) (A. Marques Lopes), pode ler-se:

Aqueles que nem no caixão regressaram - Parte IV (Final)

(Organização por ordem cronológica da data de morte: A. Marques Lopes, Cor DFA, Ref) (Continuação) (2)

[...]
José Bento Pacheco Aveiro, Soldado / CCaç 2444 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Nordeste, São Miguel, Açores / Corpo não recuperado.
[...]
Manuel Amaral Carreiro, Furriel / CCaç 2444 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / São José, Ponta delgada, Açores / Corpo não recuperado.
[...]
Manuel dos Santos Costa Almeida, Soldado / CCaç 2444 / 06.02.69 / Rio Corubal / Afogamento na evacuação de Madina do Boé / Arrifes, Ponta Delgada, Açores /Corpo não recuperado.
[...]


4. Dando a mão à palmatória e depois de consultado o Livro 1 - Guiné - Tomo II do 8.º Volume - Mortos em Camapanha da Resenha Historico-Militar das Campanhas de África - Edição do Estado-Maior do Exército - Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974), aqui fica a verdade acerca da morte destes três malogrados camaradas:

Nome: José Bento Pacheco Aveiro
Posto: Soldado Atirador
Unidade: CCAÇ 2444
Unid Mobilizadora: BII18 - Ponta Delgada
Estado civil: Casado
Freguesia: Achadinha
Concelho: Nordeste - S. Miguel - Açores
Local de Operações: Na estrada Cacheu-Bachile
Local da sepultura: Cemitério Municipal de Nossa Senhora da Estrela - Ribeira Grande

Nome: Manuel Amaral Carreiro
Posto: Furriel Miliciano
Unidade: CCAÇ 2444
Unid Mobilizadora: BII18 - Ponta Delgada
Estado civil: Solteiro
Freguesia: S. José
Concelho: Ponta Delgada - Açores
Local de Operações: Na estrada Cacheu-Bachile
Local da sepultura: Cemitério Municipal de S. Joaquim - Ponta Delgada

Nome: Manuel dos Santos Costa Almeida
Posto: Soldado Atirador
Unidade: CCAÇ 2444
Unid Mobilizadora: BII18 - Ponta Delgada
Estado civil: Solteiro
Freguesia: Arrifes
Concelho: Ponta Delgada - Açores
Local de Operações: Na estrada Cacheu-Bachile
Local da sepultura: Cemitério de Arrifes
__________

Notas de CV:

(*) Carlos Carneiro, ex-combatente em Angola, é professor de História Contemporânea em Ponta Delgada e é irmão do malogrado Cap Pára-quedista João Manuel da Costa Cordeiro da CCP 123 (**). É um leitor atento do nosso Blogue.

(**) Sobre o Cap Pára João Cordeiro, Vd. postes de:

19 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4216: Comentários que merecem ser postes (4): Homenagem à memória do Capitão Pára-quedista João Costa Cordeiro (João Seabra)

16 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4694: Meu pai, meu velho, meu camarada (6): Ex-Cap Pára João Costa Cordeiro, CCP 123/ BCP 12 (Pedro M. P. Cordeiro / Manuel Rebocho)

17 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4700: Meu pai, meu velho, meu camarada (7): Cap Pára João Costa Cordeiro: Um homem de carácter (António Santos / Carlos Matos Gomes)

17 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4703: Meu pai, meu velho, meu camarada (8): Sobre o Capitão-Pára João Costa Cordeiro (Manuel Peredo)

18 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4705: Meu pai, meu velho, meu camarada (9): Testemunho do Coronel Pára Sílvio Araújo sobre o Cap-Pára João Costa Cordeiro (João Seabra)

18 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4706: Meu pai, meu velho, meu camarada (10): Depoimento e fotos sobre o Cap-Pára João Costa Cordeiro (Miguel Pessoa)

24 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4731: Meu pai, meu velho, meu camarada (12): Mensagem do filho do Cap-Pára João Costa Cordeiro (Pedro Miguel Pereira Cordeiro)

Vd. último poste da série Dando a mão à palmatória de 23 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4728: Dando a mão à palmatória (22): Nota Prévia em defesa do bom nome de Luís Rainha (Rui A. Ferreira)

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P19027: In Memoriam (323): Carlos Cordeiro (1946-2018), ex-Fur Mil Inf do Centro de Instrução de Comandos (Angola, 1969/71), Professor Aposentado da Universidade dos Açores

IN MEMORIAM


Carlos Cordeiro

Acabamos de receber a triste notícia através do Manuel Resende, que por sua vez a viu na página do facebook dos Antigos Combatentes Açorianos

Sabíamos que o nosso amigo e camarada Carlos Cordeiro não estava a passar bem, há já algum tempo que se encontrava na cidade do Porto em tratamento por sofrer de uma doença grave.

Ainda no passado dia 15 o Carlos mandava esta mensagem ao editor C.V.:

Boa tarde querido amigo Carlos. 
Comecei ontem nova terapia, trata-se de um método novo que parece tem dado bons resultados. Havemos ainda de nos encontrar.
Único grande abraço amigo.


Carlos Cordeiro> Angola > Leste > Mucussuege > Setembro de 1969. 

O Carlos Cordeiro, apesar de ter sido Furriel Miliciano em Angola, teve uma activa colaboração no nosso Blogue, onde podemos encontrar 64 entradas.

A sua carreira profissional como Professor na Universidade dos Açores granjeou-lhe um grande respeito e admiração. Aqui fica o seu CV:

Professor Auxiliar com Agregação da Universidade dos Açores, onde concluiu o doutoramento e prestou provas de agregação. 

É autor dos livros "Insularidade e Continentalidade: os Açores e as contradições da Regeneração" (1992), "Na Senda da Identidade Açoriana (Antologia de Textos do Correio dos Açores)" (1995), "Nacionalismo, Regionalismo e Autoritarismo nos Açores durante a I República" (1999), (coord.) "Autoritarismos, Totalitarismos e Repostas Democráticas" (2011) e de diversos artigos em revistas nacionais e internacionais. 

Coordenou diversos colóquios e o projeto “História da Imprensa nos Açores (Séculos XIX e XX)”. 

É investigador integrado do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra e diretor do Centro de Estudos de Relações Internacionais e Estratégia da Universidade dos Açores. 

É coordenador do Mestrado em Relações Internacionais da Universidade dos Açores. 

Integrou a Comissão Científica do Dicionário da República e o Comité Organizador do Congresso Histórico Internacional “I República e Republicanismo”. 

Foi homenageado em 13/2/2016, pelos docentes da Área de História do Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais da Universidade dos Açores, quando,  após 27 anos de carreira, passou à aposentação.
(Foto de Carlos Cordeiro: Com a devida vénia a www.iac-azores.org)

********************

Não sabemos quando será o regresso definitivo do Carlos Cordeiro aos Açores (S. Miguel?) onde certamente terá a sua morada eterna.

À sua esposa, filhas, netos e demais familiares, apresentamos o nosso pesar e a nossa tristeza por esta perda irreparável. Nós, combatentes, perdemos mais um camarada e um amigo.

********************

Uma nota pessoal

Porque uma filha do Carlos  vive no Porto, tive o grato prazer de me encontrar com ele diversas vezes. No dia 10 de Junho de 2017, aproveitando uma das suas estadias na Invicta, e porque as comemorações oficiais do Dia de Portugal decorreriam na Foz do Douro, fez questão de desfilar, a meu lado, integrando a formatura da Liga dos Combatentes. Sei que sentiu muito orgulho por ter desfilado perante a tribuna de honra onde se encontrava, presidindo às Cerimónias, o Presidente da República de Portugal.


Porto, 10 de Junho de 2017 - Enquanto aguardávamos o momento do desfile

- Como dizias, Carlos, no último SMS que me mandaste:  Havemos ainda de nos encontrar.
 ____________

Nota do editor

Último poste da série de 19 de setembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19026: In Memoriam (322): Manuel Maria Veira Carneiro (27 jan 1952 - 11 set 2018), natural do Marco de Canaveses, ex-sold paraquedista, CCP 121 /BCP 12 (Bissalanca, 1972/74)... Nosso grã-tabanqueiro, a título póstumo, nº 777

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Guiné 63/74 - P8858: Agenda Cultural (160): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (7): Rescaldo do dia 30 de Setembro de 2011

O nosso camarada Carlos Cordeiro (ex-Fur Mil At Inf CIC - Angola - 1969-1971), Professor na Universidade dos Açores, em mensagem do dia 3 de Outubro de 2011, enviou-nos algumas fotos da Conferência-debate do dia 30 de Setembro, integrada no ciclo "Os Açores e a Guerra do Ultramar – 1961-1974, história e memória(s)".

Caros e bons amigos,
Agradecendo mais uma vez a vossa generosidade no destaque que conferiram ao anúncio da conferência “Açorianos na Guerra do Ultramar: uma abordagem parcelar”, que apresentei na última sexta-feira, 30 do corrente, envio algumas fotos do evento.

Na minha comunicação, preocupei-me sobretudo em apresentar um panorama geral da participação dos açorianos nos 13 anos de guerra: Unidades mobilizadoras, número e destinos das Companhias e Batalhões, quantitativos aproximados de açorianos no Ultramar em cada ano, baixas, etc., tudo isto, naturalmente, acompanhado pela projecção de gráficos, quadros e algumas fotos.

Como se pode ver pelas fotos, a sessão foi muito participada, sobretudo por antigos combatentes, alguns acompanhados pelas esposas, mas também por outras pessoas interessadas e um número interessante de jovens alunos. O debate foi extremamente vivo, prolongando-se por cerca de uma hora e meia.

Como temos sempre referido no início de cada sessão, o período de debate não deve ficar circunscrito à temática específica de cada conferência, mas abrir-se também a outras questões e à(s) memória(s) individuais.

As comissões organizadora e científica têm já programadas novas sessões.

Um abraço amigo do
Carlos Cordeiro


A Prof.ª Doutora Gabriela Castro, Directora do Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais da Universidade dos Açores, fazendo a apresentação do nosso amigo Carlos Cordeiro.

Carlos Cordeiro dirigindo uma palavra de agradecimento à sua Directora de Departamento.

Um aspecto da assistência.

Carlos Cordeiro na sua apresentação

Período de debate. O antigo Fur. Mil. CMD Paulo Teves (Angola, 1971-73) intervindo.

O Prof. Doutor Carlos Amaral, da Comissão Científica, dirigindo o debate.
____________

Notas de CV:

Vd. poste de 26 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8820: Agenda Cultural (158): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (6): Prosseguindo com o ciclo de conferências, haverá nova sessão no próximo dia 30 de Setembro de 2011, pelas 17h30 no Anfiteatro B da Universidade dos Açores

Vd. último poste da série de 28 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8829: Agenda Cultural (159): Sopros de vida, um livro de José Lemos Vale (José Eduardo Oliveira)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Guiné 63/74 - P8820: Agenda Cultural (158): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (6): Prosseguindo com o ciclo de conferências, haverá nova sessão no próximo dia 30 de Setembro de 2011, pelas 17h30 no Anfiteatro B da Universidade dos Açores

Mensagem de hoje, 24 de Setembro de 2011, do nosso camarada Carlos Cordeiro (ex-Fur Mil At Inf CIC - Angola - 1969-1971), Professor na Universidade dos Açores, dando-nos notícia de mais uma conferência integrada no ciclo conferências-debates Os Açores e a Guerra do Ultramar – 1961-1974, história e memória(s):

Meus caros Luís e Carlos,
Prosseguindo com o ciclo de conferências-debate “Os Açores e a Guerra do Ultramar (1961-1974)” teremos uma nova sessão no próximo dia 30 do corrente. A organização é da responsabilidade do Centro de Estudos Gaspar Frutuoso do Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais da Universidade dos Açores.

Um abraço amigo do
Carlos Cordeiro




Ciclo de conferências-debate
Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974
História e memória(s)


No âmbito do ciclo de conferências-debate “Os Açores e a Guerra do Ultramar – 1961-1974: história e memória(s)”, Carlos Cordeiro – professor da Universidade dos Açores e antigo furriel miliciano de Infantaria, com comissão em Angola de 1969 a 1971 – proferirá, no próximo dia 30 do corrente (6.ª feira), a comunicação “Açorianos na Guerra do Ultramar: uma abordagem parcelar”. O evento terá lugar no anfiteatro “B” do Pólo de Ponta Delgada da Universidade dos Açores, com início pelas 17H30 e estará aberto à participação de todas as pessoas interessadas.

Esta iniciativa teve início em Maio, sendo esta a quarta conferência do ciclo. Trata-se de uma organização do Centro de Estudos Gaspar Frutuoso do Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais da Universidade dos Açores.


Notas biográficas de Carlos Cordeiro:

Natural de Ponta Delgada, Carlos Cordeiro frequentou a Escola Industrial e Comercial de Ponta Delgada, tendo terminado os estudos secundários em 1963. Trabalhou em empresas e diversos serviços públicos, até ingressar nos CTT como funcionário administrativo. Prestou serviço militar de 1968 a 1971. Depois do seu regresso da comissão militar em Angola retornou aos estudos como trabalhador-estudante, tendo concluído, em 1981, na Universidade dos Açores, a licenciatura em História e Ciências Sociais. Foi professor do Ensino Secundário na Escola Antero de Quental, na da Lagoa e na sua velha Escola Industrial e Comercial de Ponta Delgada (já então rebaptizada de Domingos Rebelo). A partir de 1986 passou a leccionar na Universidade dos Açores, concluindo o Doutoramento em 1998 e prestando provas de Agregação em 2005.

A sua investigação desenvolve-se no âmbito da História Contemporânea, com especial incidência na História dos Açores. Na Universidade foi director do Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais e actualmente coordena o mestrado em Relações Internacionais. É autor de vários livros e artigos em revistas da especialidade.
____________

Notas de CV:

(*) Vd. último poste de 28 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8613: Agenda Cultural (147): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (5): Apontamento e fotos do dia 22 de Julho de 2011

Vd. último poste da série de 23 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8814: Agenda Cultural (157): Apresentação do livro De Campo em Campo, de Norberto Tavares de Carvalho, dia 24 de Setembro de 2011, pelas 16 horas na UNICEPE, Porto

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Guiné 63/74 - P9427: Agenda Cultural (185): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (10): Intervenção da Prof. Dra. Célia Carvalho, dia 3 de Fevereiro de 2012 no Anfiteatro B da Universidade dos Açores (Carlos Cordeiro)

1. Mensagem do nosso camarada Carlos Cordeiro (ex-Fur Mil At Inf CIC - Angola - 1969-1971), Professor na Universidade dos Açores, dando-nos notícia de mais um acontecimento integrado no "Ciclo conferências-debates Os Açores e a Guerra do Ultramar – 1961-1974, história e memória(s)":

Meu caro Carlos,
Na próxima 6.ª feira teremos a nossa sexta conferência do ciclo de conferências-debate "Os Açores e a Guerra do Ultramar: história e memória(s)". Junto a notícia, nota biográfica e foto da conferencista, cartaz, prospeto (a foto do prospeto foi amavelmente cedida pelo nosso camarada e especial amigo José Câmara - encontro da CCaç 3327 "Os Nómadas", Angra do Heroísmo, Agosto de 2011), capa do livro (foto gentilmente cedida pelo camarada Humberto Reis). Acho que está tudo... e já não é pouco, para o trabalho que te estou a dar.

Um abraço do
Carlos



Ciclo de conferências-debate
Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974
História e memória(s)

No âmbito do ciclo de conferências-debate “Os Açores e a Guerra do Ultramar – 1961-1974: história e memória(s)”, Célia Carvalho – Professora da Universidade dos Açores e Psicóloga Clínica/Psicoterapeuta, – proferirá, no próximo dia 3 de Fevereiro (6.ª feira), a conferência “Ressonâncias do passado com ecos no presente: tempo de fazer as pazes com a vida”.

Na mesma sessão será apresentado o livro, da autoria do antigo combatente Lino de Freitas Fraga, "Pátria porque nos abandonas? Sofrimentos de uma guerra".

A apresentação da obra estará a cargo de Carlos Cordeiro (foto à direita), coordenador da Comissão Científica do ciclo de conferências-debate.

O evento terá lugar no anfiteatro “B” do Pólo de Ponta Delgada da Universidade dos Açores, com início pelas 17H30, e estará aberto à participação de todas as pessoas interessadas.

Com início em Maio do ano transato, esta é a sexta conferência do ciclo de conferências-debate “Os Açores e a Guerra do Ultramar – 1961¬ 1974: história e memória(s)", uma organização do Centro de Estudos Gaspar Frutuoso do Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais da Universidade dos Açores.



Nota biográfica da Doutora Célia Carvalho

Natural de Coimbra, Célia Maria de Oliveira Barreto Coimbra Carvalho é licenciada, mestre e doutora em Psicologia – área de especialização em Psicologia Clínica – pela Universidade de Coimbra. A partir de 2003 passou a exercer as funções de professora da Universidade dos Açores e da Escola Superior de Enfermagem de Ponta Delgada, desempenhando, simultaneamente, atividade clínica. É também Consultora da University of Southern California, onde exerce as funções de Coordenadora Clínica das Investigações sobre as bases Genéticas da Esquizofrenia e dos Distúrbios Bipolares, a decorrer na Região Autónoma dos Açores e da Madeira. Tem integrado equipas de investigação de projetos a nível nacional e internacional.
É autora ou coautora de inúmeros artigos em revistas científicas nacionais e internacionais.

____________

Nota de CV:

(*) Vd. poste da última conferência-debate de 26 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9098: Agenda Cultural (171): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (9): Rescaldo da sessão do dia 23 de Novembro de 2011 (Carlos Cordeiro)

Vd. último poste da série de 24 de Janeiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9393: Agenda cultural (184): Conferência "Voluntariado: Que futuro?" e Exposição de Fotografia "Rostos", fotos de rostos da crianças da Guiné-Bissau, a ter lugar no El Corte Inglês de V.N. de Gaia, dia 26 de Janeiro de 2012, pelas 17h00, na Sala de Âmbito Cultural, piso 6.

sábado, 26 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9098: Agenda Cultural (171): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (9): Rescaldo da sessão do dia 23 de Novembro de 2011 (Carlos Cordeiro)

Mensagem do nosso camarada Carlos Cordeiro (ex-Fur Mil At Inf CIC - Angola - 1969-1971), Professor na Universidade dos Açores, com data de 25 de Novembro, com o rescaldo da última conferência-debate integrada no "Os Açores e a Guerra do Ultramar – 1961-1974, história e memória(s)":

Caros amigos,
Como aqui foi noticiado (P9077), realizou-se na 4.ª feira, 23 do corrente, a quinta conferência no âmbito do ciclo de conferências “Os Açores e a Guerra do Ultramar: história e memória(s) – 1961 - 1974.

A sessão começou com a apresentação do livro do nosso camarada, há meses falecido, Fernando de Sousa Henriques, antigo Alf Mil Op Esp/RANGER na CCAÇ 3545/BCAÇ 3883 (Canquelifá, 1972/74) e presidente da Liga de Combatentes, Núcleo de S. Miguel. A apresentação esteve a cargo do General na reforma, Luciano Garcia Lopes (que foi comandante da 15.ª CCMDS na Guiné), que, em palavras sentidas, deu o seu testemunho sobre o carácter e personalidade do amigo Fernando Henriques e por fim leu um texto do Coronel CMD reformado Raul Socorro Folques, apresentado aquando do lançamento do livro no Continente. O irmão de Fernando Henriques, dirigiu palavras de agradecimento, quer ao Gen. Garcia Lopes, quer à Comissão Organizadora.

Seguiu-se a conferência de Jorge Félix Furtado Dias, que comandou, em 1973, um Esquadrão de Cavalaria a Cavalo no Leste de Angola, com sede no Munhango. Tratou- se de uma conferência muito interessante, até pelo desconhecimento que a maioria dos participantes tinha sobre a utilização da tropa a cavalo na Guerra do Ultramar.

Além disso, o camarada Furtado Dias utilizou um tipo de discurso acessível, acompanhado de um power-point com imagens significativas da actuação dos nossos cavaleiros no Leste de Angola. Os praças, furriéis e alferes eram de mobilização local, sendo só o capitão do Quadro Permanente. A partir da sua própria experiência como Comandante de Esquadrão salientou também os pontos fortes e fracos da intervenção da Cavalaria a cavalo naquelas circunstâncias.

O período reservado ao debate foi muito participado.

A Comissão Organizadora está já a preparar a próxima conferência, que se realizará em Janeiro.

Um abraço,
Carlos Cordeiro

A partir da esquerda: o Gen. Ref. Luciano Garcia Lopes lendo o seu texto de apresentação do livro; o Cor. Ref. Salgado Martins (membro da Comissão Organizadora) - que comandou na Guiné a CCaç 4544/73 e a 3.ª CCaç do BCaç 4612/72 - e o irmão de Fernando Henriques.

Panorâmicas da assistência

Jorge Félix Furtado Dias proferindo a sua conferência.
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 22 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9077: Agenda Cultural (170): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (8): Acção a Cavalo em África, por Jorge Félix Furtado Dias, dia 23 de Novembro de 2011 no Anfiteatro C da Universidade dos Açores (Carlos Cordeiro)