quarta-feira, 18 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8294: As nossas mulheres (12): A presença das esposas em teatro de guerra (Joaquim Mexia Alves)

1. Mensagem do nosso camarada Joaquim Mexia Alves*, ex-Alf Mil Op Esp/Ranger da CART 3492, (Xitole/Ponte dos Fulas); Pel Caç Nat 52, (Ponte Rio Udunduma, Mato Cão) e CCAÇ 15 (Mansoa), 1971/73, com data de 18 de Maio de 2011:

Caros camarigos editores
Envio um texto que acabei de escrever, relacionado com a presença das mulheres esposas na Guiné.

Fica como sempre ao vosso discernimento a sua publicação.

Se publicado, agradeço que chamem a atenção para a parte a negrito e sublinhado, porque é disso mesmo que se trata e não quero, nem é essa a minha intenção que alguém se sinta "ofendido" ou criticado.

Um abraço forte e camarigo do
Joaquim Mexia Alves


A PRESENÇA DAS MULHERES ESPOSAS EM TEATRO DE GUERRA

Ao ler todos estes textos sobre as mulheres e as suas diversas ligações com a guerra porque passámos, vem sempre à minha memória a “duplicidade” de sentimentos que vivi na Guiné, provocada pela minha maneira de estar na vida, perante a presença de mulheres junto dos seus maridos militares.

Não estou a criticar essas decisões, nem o facto de algumas terem estado com os seus maridos, por vezes em sítios sem condições, e demasiado perigosos.

Aliás, tivemos duas ou três situações dessas no Xitole, que aceitei de bom grado, (também não tinha que aceitar ou não), nem as critico repito, mas não deixo de referir, que essas situações sempre me dividiram em pensamento.

Explico aquilo que quero dizer.

É que na maioria esmagadora dos casos, essas senhoras, eram mulheres de oficiais superiores, de oficiais e furriéis milicianos e de sargentos do quadro.

Não tenho conhecimento que nenhum soldado tenha tido a possibilidade de ter tido consigo a sua mulher na Guiné, e refiro-me obviamente às unidades em quadrícula.

Ora isto fez-me sempre muita confusão, pois provocava em mim um sentimento de desigualdade dificilmente explicável.

E se, em unidades militares que estivessem sediadas em povoações maiores, a possibilidade da instalação dessas senhoras fora do aquartelamento era possível, já noutros locais era totalmente impossível, e assim elas tinham que permanecer no quartel.

Ora isto também levava a uma constante contenção nos gestos, nas palavras, nas atitudes e como tal, a uma vigilância pessoal de cuidados, a somar ao desgaste das actividades próprias da guerra que se travava.

Era com certeza também uma situação que levava muitos soldados casados, (casava-se cedo em Portugal nesses tempos), a sentirem que afinal havia diferenças não só de hierarquia militar, mas também de igualdade de oportunidades, e que eu ouvi algumas vezes de alguns militares.

Sei que aquilo que escrevo pode ser polémico, e peço que entendam que não estou a criticar os meus camarigos que tiveram com eles as suas mulheres, e muito menos, obviamente, essas senhoras, que corajosamente se dispuseram a acompanhar os seus maridos na guerra.

Mas este assunto sempre provocou em mim esta reacção, e já que estamos a falar entre camarigos, e tratando de “resolver” os nossos sentimentos em relação à guerra e tudo o que lá se passou, decidi correr o risco de me expor à polémica, porque pode ser que “ouvindo” outras experiências, consiga fazer as “pazes” com essas memórias ainda não resolvidas.

Um abraço forte e camarigo para todos
Joaquim Mexia Alves

Monte Real, 18 de Maio de 2011
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 13 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8269: (Ex)citações (138): Ainda o caso das fotografias das bajudas (Joaquim Mexia Alves)

Vd. último poste da série de 13 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7426: As nossas mulheres (13): Mulher é ...mulher (José Brás)

17 comentários:

Anónimo disse...

Levantas um assunto de tal modo "multi-facetado" quanto a igualdade de direitos,de oportunidades económicas,de "aceitacöes" hierárquicas,de insercäo nos meios envolventes com todas as "vibracöes",(muitas positivas,algumas negativas),automaticamente provocadas;que é um verdadeiro...campo de minas.Noutros tempos.Noutros costumes.Noutras tradicöes.As nossas Camaradas Enfermeiras Para-quedistas eram excepcäo.Ainda estávamos bem longe da ideia de existirem mulheres nas Armas Combatentes.Mas,e mesmo assim,estas mulheres säo treinadas para uma profissäo por elas escolhida.Säo Camaradas de Armas,e como tal,bem longe das situacöes "de excepcäo" das esposas referidas.Quem quererá comecar este debate? Um grande abraco.

antonio barbosa disse...

Boa noite
Estou em perfeita sintonia com o que o companheiro Mexia Alves acaba de publicar, pois como poderia uma praça ambicionar ter consigo a sua companheira num dos imensos aquartelamentos de quadricula que proliferavam pelo territorio da Guine, pois além da parte económica, todos nos recordamos qual era o vencimento de uma praça, também haviam razões de privacidade pois na grande maioria as instalações militares não passavam de abrigos subterraneos que eram divididos por 4 ou 5 soldados e cabos, nas poucas vezes que estive no Clube de Oficiais em Bissau aí sim vi muitas esposas de oficiais tanto do QP como Milicianos.
Um grande abraço
Antonio Barbosa

Torcato Mendonca disse...

O J Belo quer debate. Muito bem!

Mas o Antº Barbosa é que tem razão.
Em Mansambo dormiam soldados,sargentos e oficiais nos mesmos abrigos. Os dos grupos de combate. Os outros era praticamente igual. Só tinha privacidade o cripto.

Mas,meu caro Mexia Alves tens razão.
Contudo não estás a ver o ontem com muito do que hoje pensas?

Em Bambadinca,no meu tempo, estavam as esposas do Comandante P. Bastos, do Ten. Pinheiro e do médico Payne. Depois do ataque saíram.Haviam condições mas devia ser violento para elas.Passavam o tempo como?
Muito haveria a dizer e certamente aqui vai ser dito. A Mulher na Guerra foi demasiado importante.
AB T.

Luís Dias disse...

Camarigo Joaquim Mexia Alves

Compreendo aquilo que tu aqui referes. No caso do BCAÇ3872, o comandante não permitia sequer que as mulheres entrassem no aquartelamento, mesmo as lavadeiras. É claro que nas companhias operacionais isso não era bem assim, no que toca ao pessoal da população que, praticamente, passeava pelo quartel, em especial aos Domingos. Ninguém no nosso batalhão tinha as mulheres junto a si. Havia um furriel da CCS que tinha a mulher em Bafatá, mas não em Galomaro (também não haveria grandes condições para tal). No caso do teu batalhão, eu convivi em Bambadinca, quando fui comandante da Companhia de Instrução de Milícias, com a esposa do vosso Comandante e com a esposa e filho do Alferes das transmissões, que viviam no quartel e também, casualmente, com a esposa e o capitão do Xitole, quando vieram uma ou duas vezes à sede do batalhão e fomos de jipe almoçar a Bafatá. Fiquei espantado quando uma coluna do meu batalhão foi abastecer o Saltinho, através da estrada/picada Bambadinca-Mansambo-Xitole e vimos que no Xitole viviam, para além da esposa do Capitão, as esposas de um ou dois Alferes e de um Furriel, ao que me recordo. Então, pensava eu para com os meus botões: "um quartel que "embrulhava" com regularidade e sem grandes condições para as senhoras,em caso de ataque, por exemplo nocturno, em que se corre para as valas, digamos assim, quase como estamos, como é que elas se safam?" Devia ser um bocado confuso, para além do que referes de contenção verbal e de situações de outra natureza. As que estavam nas cidade ainda tinham algumas condições, ou mesmo nas sedes de Batalhão, mas nas companhias operacionais, em que as condições de segurança, de instalações, de higiene e de saúde eram, na sua maioria, muito precárias, sempre achei complicado.
Agora essa igualdade, embora justa de que falas....meu amigo, como é que iria ser a situação?
Há aqui pano para manga de conversa.
Um abraço
Luís Dias

Anónimo disse...

Aqui vai uma "estória" de sociologia africana.
Um dia aparece-me uma mulher (fula)que pelos gestos e forma de falar me parecia desesperada.Chamado o intérprete e para espanto meu soube que era esposa de um soldado meu(não sabia que este tinha lá uma mulher).
Vinha queixar-se dos maus tratos que aquele lhe infligia.
Chamdo o delinquente, este argumenta com ar cândido: " tu--lá..no lisboa não bates nos teus moleres" ?
Fiquei siderado com tal argumentação e como eu era também muito macho, ficou combinado entre nós que quem passaria a bater-lhe, seria eu.
Lá foi feliz e contente, porque para além de ser uma honra para ele também lhe tirava trabalho.
Após várias cenas de "ela entrar no meu abrigo, eu bater no colchão com o cinturão e ela gritar, e ao sair, uma lagrimazita de conveniência" o dito cujo com ar malandreco desabafou..."eu sei que não bates no meu moler".
Ía ficando o "caldo entornado",porque ele não era mais macho do que eu.
Em 98 reencontrei-o na Guiné e mostrou-me com orgulho a filha mais nova com 3 anos.
Ainda era muito macho,eu é que nem por isso.

C. Martins

paulo santiago disse...

O Mexia trás à liça um ponto com
interesse.
Nos meses que estive em Bambadinca,
havia duas esposas a "passar tempo"
na messe de oficiais.Uma delas,a
mulher do médico,vivia nas próprias
instalações dos oficiais,a outra,
mulher do Chefe de Posto,passava o
dia na messe,mas dormia no edificio
da Administração.Aquela autoridade
civil,era na altura,desempenhada
por um militar miliciano que fazia
uma comissão não desempenhando
funções militares mas civis.
Apesar de Bambadinca ter algumas
condições,a vida diária daquelas
senhoras/esposas era um pouco
deprimente,basta imaginar passarem
os dias sentadas na messe sem
qualquer ocupação...era para
ficarem muito mais "apanhadas"que
os militares operacionais.

Não consigo imaginar,mas aconteceu,
uma esposa de militar a viver no
Xitole...qual a implicação que a
situação provocava no comportamento
do marido? Seria tão responsável
como anteriormente? ou após a
chegada da esposa,acontecia como
com os pilotos da F1,que após
casarem,perdem dois décimos de segundo por volta?
Parece que no Saltinho houve caso
semelhante ao Xitole...

Abraços

Joaquim Mexia Alves disse...

Meu caro José Belo

Não falo das enfermeiras paraquedistas, mas sim das mulheres esposas de militares em unidades de quadrícula.

Para que não haja confusões.

Um abraço camarigo para ti

Meu caro Torcato

Isto era o que pensava naquela altura e lembro-me bem de o pensar e me aborrecer com isso mesmo.

Um abraço camarigo para ti

Haverá mais a dizer mas guardo-me para o fim depois de ler comentários e quem sabe até mudar alguma coisa naquilo que senti e pensei.

Um abraço camarigo para todos

Anónimo disse...

Caríssimo Joaquim. No meu comentário está escrito em relacäo a mulheres militares profissionais:"Säo Camaradas de Armas,e como tal,bem longe das situacöes de excepcäo das ESPOSAS referidas"...... Olha que já levo 35 anos de "assuecado" mas ainda escrevo em português (apesar dos erros)! Aquele abraco amigo.

alma disse...

Olá Joaquim!

Tens toda a razão!

Sobre o Tema escrevi

duas estórias-"A Mulher do Major e

o Castigo do Cabral"e Numa Mão a

Espingarda,na outra..

Vi o Filme que me parece demasiado

ambicioso ao querer juntar sitações

incomparáveis..Generalizar é

perigoso..Entre as distintas

Senhoras de Bissau e a esposa do

Furriel X no meio do Mato,a dife-

rencia é òbvia.

Já agora,as Mulheres dos meus Sol-

dados Fulas acompanharam sempre os

Maridos..

Abraço.

Jorge Cabral

Anónimo disse...

Camarigo Mexia Alves
Na realidade para alem da já assumida "irresponsabilidade"ou mais propriamente "excesso de juventude"ou ainda aventureirismo,ou ainda muito amor.O que é certo é que só arrisquei mandar a mulher e filho para a Guiné,depois de ponderar alguns factores,tais como:Localização,existência de outras mulheres,possibilidade económica e ainda garantia de alguma privacidade para ter uma vida parecida com o normal.Após as ponderações vieram as decisões.
No entanto não deixo de dar alguma razão ao Mexia,mas isso é hoje ao fim destes anos todos,porque na altura só eu e a NI é que dicidiamos.E correu bem.Já agora em Bissorã estavam lá quatro mulheres de militares.
Uma de um capitão da CCS ,uma de um alferes,uma de um furriel e uma de um soldado.Para alem disso Havia uma Civil Libanesa,para elem de várias senhoras civis da Guiné e Cavo Verde (da classe média digamos assim)e ainda todas as outras senhoras Guineenses naturais de bissorã com quem a NI fêz grandes relacionamentos.
Friso aqui que na altura e parar alem de todas as referencias em cima descritas (irresponsabilidade etc...)eu ,a NI ,o Santos (alf.) e a Zinha tinhamos uma mentalidade anti-colunialista e quiçá revolucionária,mas como milhares de Portugueses da altura tivemos mesmo que alinhar nessa Guerra,pois que cá na Metrópole nós e nossos familiares pagavam pelas nossas acções.
Um grande abraço para o Mexia que como sempre fáz jus ao seu nome(MEXE SEMPRE COM AS COISAS) e não deixa os assuntos amornarem.Um grande abraço para todos os tertulianos
Henrique Cerqueira

Anónimo disse...

Atenção Malta eu enviei um comentário em anónimo mas vou identificar correctamente,pois que esta treta pede palavra passe e eu já não me lembro e verifiquei que anonimamente era logo publicado
Por tal é assim: Henrique Cerqueira
Ex.Fur.Mil Bat.4610/72 3ª Compª Inicialmente Biambe e posteriormente CCAÇ 13 Bissorã

Mais um abraço HC

Torcato Mendonca disse...

Jorge Cabral

Gostei. Mas as mulheres dos teus Fulas não contam ou contam para alguns de nós,como mulheres.
O C. Martins conta um caso e, tal como tu e muitos (ia dizer nós), elas contavam. Ir a Santa Luzia e ver aquela cena...mesmo a Bafatá e depois ir para a Tabanca x ou saber como a Mulher Africana era tratada OU É TRATADA.
Eh porra!
AB T

Anónimo disse...

Vou (irei mesmo ?) contra a corrente, deixando esta pergunta:
Será que o nosso Camarigo Mexia Alves, mais do que falar das mulheres que acompanhavam os maridos em teatro de guerra, não estará antes a colocar-nos perante o conceito de combatente ?
Abraço
João C.Branco
(Angola 71/74)

Cherno Baldé disse...

Caro J. Alves Mexia,

Ainda bem que fala deste assunto.

Do ponto de vista dos nativos, em especial dos mais novos como eu, que eram assiduos frequentadores do ambiente essencialmente masculino dos quarteis, com os visores e sensores ligados ao maximo para observar, assimilar e compreender tudo o que passava a nossa volta, a presenca feminina foi fundamental para melhor conhecer e ajuizar da normalidade ou anormalidade do comportamento das tropas metropolitanas nas nossas aldeias sobretudo em relacao as mulheres africanas. Penso que o debate em torno das fotos das bajudas foi algo esclarecedor sobre esta tematica.

A presenca feminina branca em Fajonquito, nao foi muito regular nem durou muito tempo, eram visitas pontuais, mas permitiu-nos constatar as mudancas de comportamento que suscitaram no seio da tropa em geral assim como o enorme respeito e consideracao dispensados. Assim, compreendemos que afinal, os soldados tambem eram pessoas bem educadas ao contrario do que pensavam os nossos pais e que o comportamento leviano e vulgar tal como foi visto e descrito pelo nosso amigo Carlos Filipe cuja opiniao tambem subscrevo por inteiro, era oportunista e decorrente de um simples abuso de poder, certos da sua impunidade. Tudo seguia o curso normal da logica e da politica colonial.

Claro que tambem partilho da opiniao sobre o que viu o J. Mexia Alves e nisso nao ha qualquer contradicao.

Um grande abraco e desejos de uma boa continuacao do debate,

Cherno Baldé

Anónimo disse...

É sempre bom que existam outros olhos para ver.........As mesmas coisas(?)!

Joaquim Mexia Alves disse...

Caro Cherno Baldé

Obrigado pela tua achega.

Não concordo no entanto com esta tua apreciação:
«comportamento leviano e vulgar tal como foi visto e descrito pelo nosso amigo Carlos Filipe cuja opiniao tambem subscrevo por inteiro, era oportunista e decorrente de um simples abuso de poder, certos da sua impunidade.»

E isto porque o Carlos Filipe faz uma generalização no seu comentário, com a qual não concordo em absoluto e depois porque essa "impunidade" se existia era apenas porque não era dado conhecimento desses factos aos respectivos superiores hierárquicos.

Basta lembrarmo-nos que o Gen. Spinola era particularmente duro em tudo quanto fossem "abusos" sobre a população.

Já agora, obviamente que também as mulheres dos soldados guineenses do Pel 52 também estavam com os seus maridos, inclusivé no Mato Cão.

Um grande abraço para o Cherno e para todos

Cherno Baldé disse...

Caro J. Mexia Alves

Voce tem todo o direito em nao concordar pois, a nossa visao da realidade é sempre incompleta, parcelar e por isso mesmo subjectiva, facto que nos priva da autoridade suficiente para reclamar a verdade absoluta.

Quanto ao rigor disciplinar imposto pelo Gen. Spinola sobre a tropa no TO, eu presenciei e vi com os meus olhos de crianca grandemente abertos quando o ComChefe arrancou os galoes ao Capitao Carvalho que esteve em Fajonquito de 1968 a 69.

Isto aconteceu ha muito tempo e as imagens estao um pouco confusas na minha memoria por isso ja estou com algumas duvidas mas parece que o gesto teria sido antecedido de uma bofetada em pleno rosto, por actos praticados em missao de servico militar. Nesse mesmo dia e no mesmo Helicoptero, o Cap. Carvalho e o nosso Tio Sambel Baldé, Regulo de Sancorla sairam de Fajonquito e nunca mais voltamos a saber do Capitao e o nosso tio Sambel regressaria do seu desterro em vesperas da nossa independencia.

Aparentemente o motivo desta atitude publica espetacular estaria relacionada com ordens e comportamentos nao conformes com os ditames e a politica da Guiné Melhor.

Talvez um dia possa contar aqui no "Djumbai" desta Tabanca Grande estas minhas recordacoes de como fomos acolher o Helicoptero no nosso pequeno areoporto e fomos surpreendidos com a chegada do Gen. Spinola, em farda de combate, a bengala na mao direita, a mao esquerda colocada atras das costas e o seu insolito monoculo.

Outra comparacao que seria interessante fazer dentro deste tema
é: E da outra parte (a guerrilha) qual era a situacao em relacao a presenca das mulheres. Seria um factor de encorajamento ou nem por isso/.

Um abraco Camarigo para ti e para todos os amigos da Tabanca.

Cherno Baldé.