domingo, 15 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8276: Estórias do Juvenal Amado (38): Nunca até li tinha visto tantas mamas ao léu e tão bonitas (Juvenal Amado)

1. Mensagem de Juvenal Amado* (ex-1.º Cabo Condutor da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1972/74), com data de 14 de Maio de 2011:

Luis, Carlos, Virgínio, Magalhães e restantes atabancados
Nada como falar numa mulher bonita para que se gaste rios de tinta. Neste caso será um gasto digital por isso fica um pouco mais económico.
Elas desencadeiam paixões das mais variadas maneiras e pelo que se vê já vai numa série de postes. Eu também não quero deixar passar a oportunidade de enaltecer a beleza delas e ao mesmo tempo, dizer algo sobre a utilização das mesmas como material decorativo.

Um abraço
Juvenal Amado


Estórias do Juvenal (38)

Nunca até ali tinha visto tantas mamas ao léu e tão bonitas

Também eu vim de uma pequena vila, onde tirando alguma namorada, onde víamos mamas era na praia e só parcialmente. Naquele tempo até em revistas era coisa rara. Lembro-me de um filme que veio a Lisboa onde a Romy Scheneider mostrava o peito. O filme era A Piscina e a fila para as bilheteiras no cinema S. Jorge dava a volta ao quarteirão, tal era a avidez dos portugueses, em matéria do visionamento dos atributos femininos, tão longe dos nossos olhares e censurados pelos bons costumes vigentes por cá. Vi o filme bastantes anos depois e achei caricato, que visão de uma nesga da beleza de uma mulher, tivesse provocado tal romaria, bem como as medidas apertadas à volta da sua exibição.

Neste país uma mãe de 20 anos não podia ver filmes como Helga e o Segredo da Maternidade que era para maiores de 21. Podia casar e ser mãe mas não podia ver no cinema o milagre da vida. Já os homens podiam alistar-se na tropa aos 16 anos, para além de também poderem já ser casados, ter filhos, mas não tinham 21 anos e por isso não podiam ver.

Nos países livres por essa Europa fora o filme era utilizado para educação nas escolas.

No caso de jovens operários como eu, podem-se contar pelos os dedos das mãos, os que não tiveram a primeira experiência sexual na borda da estrada, com uma profissional e sempre prontos a fugir caso aparecesse a GNR. Na minha zona era a Espinheira o local de eleição.

Bem triste e por vezes inibidor pela vida fora, o nosso baptismo em matéria de sexo.

Juvenal com uma PPSH

Quando cheguei à Guiné fiquei, como a maioria, de olhos em bico, com a beleza e perfeição das ditas que as bajudas ostentavam. Quem é que não cedeu à tentação de se encostar e de se fotografar com elas, como se fôssemos donos de harém e depois mostrarmos essas fotos, vangloriarmo-nos possivelmente de feitos que não cometemos? É um bocado como aquela fotografia, que fizemos fila para tirar com uma arma capturada, mas que nunca utilizamos.

Também tenho algumas, mas não tenho hoje a coragem das expor.

Não tínhamos em conta a idade delas, para que os seios ostentassem aquela firmeza. No blogue o aparecimento do álbum fotográfico, onde aquelas nativas aparecem na sua máxima beleza, faz-nos voltar a trás e lembrarmo-nos das dádivas e dos excessos.

 Namoricos ocasionais

A educação de cada um ditou muitos dos relacionamentos.

Um pequeno senão será uma ou duas fotos dignas de revista da especialidade, onde se ganhou em sofisticação e se perdeu a beleza que tem a naturalidade.

Um abraço a todos.
Juvenal Amado

Notas do editor:  
- Romy Schneider, nome artístico de Rosemarie Magdalena Albach (Viena, 23 de Setembro de 1938 — Paris, 29 de Maio de 1982).
Elementos retirados da Wikipédia com a devida vénia

- E já agora um apontamento pessoal. Vi numa sessão dupla, no dia 6 de Dezembro de 1969 no Chiado Terrasse, os filmes A Piscina e Quarto Interdito.
__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 2 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8203: Estórias do Juvenal Amado (37): Quando macaco passou por gazela

7 comentários:

Torcato Mendonca disse...

Caro Juvenal

Acabei de dizer ao Hélder,em comentário ao P qualquer coisa, que ele tem razão.As mamas são sensíveis, muito sensíveis.
Apesar de não ser atabancado, ou por isso mesmo, nunca vi dessa forma esta problemática, como agora a apresentas. Pois é verdade e, apesar de encarar este assunto sem problema algum, temos outros pontos de abordagem a considerar. pensemos neles então. Há um aspecto também, aspecto terrível, a avaria, a doença. Como temos mulheres aqui neste blogue elas certamente sabem ao que me refiro. É terrível e merece muita prevenção. O resto é tão natural. Os deuseus e irãs iluminem as mentes ainda emperradas pela "cultura judaico-cristã".

Adeus camarada e um ab do T.

Juvenal Amado disse...

Camarada Torcato

Infelizmente para muitas mulheres os seios ainda que belos, escondem a terrível doença que em Portugal atinge mulheres de todas idades. Eu próprio tenho na família bem próxima dois casos de mastectomia. Felizmente o problema parou por ali até ver.
Aproveitando o teu oportuno reparo, não quero deixar expressar aqui a minha solidariedade com todas as mulheres, que sofrem e pedir desculpa, se de alguma forma toquei a sensibilidade de alguma, com o meu palavreado talvez demasiado solto.

Um abraço

Anónimo disse...

"Se queres saber, Lourença, em relação a estas questões carnais, toda essa benzedura me parece excessiva,. Custa-me saber, pelo muito afecto com que te guardo no meu coração, que, quando te casares, provavelmente virás a ser uma daquelas damas que, após um cerimonial interminável, se sacrifica a uma imobilidade total debaixo do seu esposo, rogando pelos favores de Deus. Bem sei que os machos e fêmeas desta terra se desfrutam enfarpelados em camisas compridas, enrolando-se uns nos outros como as toupeiras debaixo do pêlo. Durante a função apelam ao nome dos santos, gritando em altíssimos brados apenas quando esses santos podem ser associados a martírios ou a sacrifícios pungentes.
.......................
A minha avó, por sua vez, desconhecia que os brancos encaravam as almas das mulheres como entidades defeituosas. Ignorava mormente que eles pensavam que os corpos femininos tinham sido amassados a partir de uma expessa argila pecaminosa.
.............................
No recato do lar, permitia que os seios da filhas escapassem ao jugo dos corpetes pois parecia-lhe que tão grossas paredes impediriam a fuga dos espíritos................."
In "A Dama Negra da Ilha dos Escravos"
Ana Cristina Silva

PS
Quem conhece esta escritora, já com vários livros publicados, todos na Editorial Presença, todos excelentes que escreve com convicção, saber, paixão e talento, quase desconhecida enquanto andamos por aqui perdidos a "comer" o que a máquina do markting cultural nos impinge como se se tratasse de obras primas e de grandes feras.
Recomendo vivamente e não é por acaso que deixo curtas passagens deste livro aqui, como comentário e abraço aos que amam verdadeiramente a mulher, no corpo e no espírito
José Brás

alma disse...

Como sabes Juvenal sofro de mamofilia.Creio que este desvio
me foi incubado na Guiné,como
algumas das minhas "estórias"
indiciam..Por isso, concordo
com a publicação de todas as
fotos que mostrem a beleza das
bajudas do nosso tempo.Aliàs
por mim, atè criava uma secção
no Blogue, dedicada só às mamas,
maminhas e mamocas..

Abraço.

Jorge Cabral

Torcato Mendonca disse...

Sabes camarada
Também eu, tu, ele, nós tivemos um dia a mulher mãe, irmã,
Ou
Eu, tu, ele, nós tivemos a mulher amiga,
Ou
Porque não, a mulher indesejada, odiada, repudiada
Ou
A mulher querida, amada, desejada,
A mulher de desejo,
Mulher nossa, mulher sentida, companheira,
Ou não
Mulher de ocasião, de passagem breve, do instante.
Ou
Mulher quase até á loucura e inalcançável …
Ou
Só mulher. Ali ou além, connosco e normalmente mulher.
Ainda
Os que vêem a Mulher Protectora, Mulher Virgem e Mãe.

Por isso camarada
Eu olho e sinto, as mulheres com a naturalidade de minha vida
e normalmente.
Aceito e gosto de ver a mulher em nú de beleza, forço-me para
entender quem o vê de forma diferente, da beleza. Só.
Porque gosto de ver ao peito, a beleza das curvas do corpo
Normalmente posso sentir o desejo ou não, normalmente
Porquê?
Porque, por vezes acontece e eu e ela somos nós ou não e enlaçados somos um só
Sabes Camarada
Não digas seios diz mamas que é esse o nome.
Logo escrevo. Agora não me apetece mas devia escrever.
Ab T

antonio graça de abreu disse...

Os meus pequenos poemas sobre a minha mamocodependência.
Com todo respeito por todas as mulheres do mundo, bem melhores do que nós, homens,melhores também por dentro.

Dois montes de carne,
Fruta, mel
e alabastro.

Os meus olhos presos.
Ouro e prata
nos teus seios.

Os meus olhos são chuva
humedecendo os teus seios,
ao de leve.

Mãos maduras no teu seio,
polpa de maçãs primaveris,
o pecado perfeito.

Desnudas os teus seios,
a minha boca.
Um bebé feliz.

Manas, mamas,
minhas, maminhas.
Um homem voa.

António Graça de Abreu

Em A Cor das Cerejeiras, Lisboa, Vega Editora, 2010.

Anónimo disse...

"Vá de retro satanás"!