Santuário de Fátima
Foto de Carlos Vinhal
1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), contando-nos o seu encontro com o outro nosso camarada Juvenal Amado, aquando da sua estada no Continente para participar no convívio da sua Companhia:
Amizades encontradas nas bolanhas e matas do nosso blogue
A noite silenciosa, estrelada, dera lugar a uma manhã sorridente, de temperatura amena, no todo esplendoroso, convidativa para as visitas que importava fazer.
Estávamos ali para isso!
Eu e aminha esposa, o José Pinto e os casais Cruz e Picanço, deixámos a Residencial D. Amélia, dirigida por um ex-combatente na Guerra do Ultramar, em direção ao Santuário de Fátima.
Ali, naquele majestoso recinto, o silêncio que se sentia no meio daquele mar de gentes que se movimenta em constantes vagas, foi quebrado por uma voz que soou divina, celestial, milagrosa. Alguém chamava pelo meu nome.
- É o José Câmara?
Na minha frente, um jovem sorridente, irradiando simpatia, aguardava pela minha resposta. Apanhado pela surpresa daquela voz, desconhecida para mim, mas reconhecendo o meu anfitrião por foto do blogue, respondi:
- Sim, sou! E você é o Amado Juvenal.
O José Câmara com o Juvenal Amado
(Foto de Juvenal Amado)
(Foto de Juvenal Amado)
Só então me apercebi que havia trocado o nome dele, mas isso não era importante. As palavras até estavam a mais. Lá no alto, o Sol sorridente testemunhava aquele abraço prolongado, porventura um daqueles milagres que guardarei como uma das belas relíquias desta minha visita ao Santuário.
Não tivemos tempo para grandes conversas. Mas foi possível falar um pouco dos encantos e desencantos das nossas vidas, da tese escolar que ele me ofereceu, a qual me encantou pela nobreza de sentimentos e sacrifícios de vida ali estampados e, naturalmente, do nosso blogue.
No abraço de despedida, o Juvenal, magistralmente, resumia a nossa conversa com uma grande verdade:
- José, se eu não puder falar com os amigos com quem poderei falar?
Compreendi a nobreza daquela frase. Por isso e não só, ao abandonar aquele recinto, levava a certeza que um dia gostaria de voltar a encontrar o Juvenal.
José Câmara
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Nota de CV:
Vd. último poste da série de 10 de Julho de 2012 > Guiné 63/74 - P10137: Blogoterapia (212): Veterano, nostágico ?... Sim, ai quem me dera ter outra vez vinte anos... mas saber o que sei hoje (António J. Pereira da Costa, cor art ref)
5 comentários:
Juvenal e José Câmara:
Dois bons amigos que se encontram.
Que maravilha.
Um abração para os dois.
Manuel Reis
Zé foi na verdade um belo momento.
Talvez um dia destes nós nos encontremos nas tuas ilhas encantadas para mais um abraço.
Obrigado pelas tuas palavras.
Até sempre
Amigo Jose da Câmara
Soube pelo "Facebook" que tinhas estado cá por este belo e querido "rectangulo à beira mar plantado".
Espero que o tenhas desfrutado a teu sabor e que a Nossa Senhora de Fatima se tenha reforçado no teu coração.
Um abraço amigo
Luis Faria
Ainda dizem que não há milagres !!
É muito interessante como um blogue pode estabelecer amizades impulsivas, na forma como agora o Zé Câmara nos descreve.
Quero, por isso, envfiar um abraço para estes dois rapazes da minha simpatia.
JD
Caros camarigos
Este 'encontro de amigos', apresentado neste registo emocionante e emocionado, é bem uma das melhores ilustrações da 'vida' do nosso Blogue.
Pode-se perguntar: haverá muitas coisas em comum entre o Juvenal e o José Câmara? As suas 'vivências' passadas terão pontos de contacto? As suas 'visões do mundo', dos seus problemas e suas (supostas) 'soluções' terão algumas coincidências?
Responda quem souber! Por mim, aqui e agora, sei que são 'camaradas da Guiné', que são sérios, bons amigos dos seus amigos, solidários, que são 'seiva' do Blogue e que muito o prestigiam.
Sinto-me muito honrado por beneficiar da amizade destes amigos.
Hélder S.
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