Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Da esquerda para a direita: o fur mil Lopes, dos reabastecimentos, um mecânico (que não consigo identificar, será o "Chapinhas", o 1º cabo Otacíli) , o Ismael Quitério Augusto (que estava de oficial de dia, como se fica a saber pela braçadeira vermelha), e o 2º sargento Daniel (se não erro: 2º srgt mecânico auto Rui Quintino Guerreiro Daniel).
No Pelotão de Manutenção, constituído por 32 militares, havia um oficial de manutenção (o Ismael Augusto), um 2º srgt mecânico auto (o Daniel), um fur mil mec auto (o Herculano José Duarte Coelho), 2 1ºs cabos mec auto (João de Matos Alexandre e António Luis S. Serafim), mais 3 soldados mec auto (Amável Rodrigues Martins, Rodrigo Leite Sousa Osório e Virgílio Correia dos Santos)... Tinha ainda um 1º cabo bate-chapas (o Otacílio Luz Henriques, mais conhecido pelo "Chapinhas"), um correeiro estofador (1º cabo Norberto Xavier da Silva) e ainda um mecânico electro auto (Vieira João Ferraz). Os restantes 19 eram condutores auto: primeiros cabos (2) e soldados (17)...
Foto: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Editadas e legendadas por L.G.)
1. Lopes. Rodrigues Lopes. José Carlos Rodrigues Lopes [, foto à direita, Bambadinca, 1968/70]. Do outro lado do telefone. Não longe daqui, Alfragide. Em Linda a Velha, no concelho vizinho de Oeiras.
Há 43 anos éramos vizinhos de quarto. Na Guiné, tropical. Em Bambadinca, zona leste. Comíamos, às vezes, à mesma mesa. Convivíamos na mesma messe, no mesmo bar. Não, não éramos íntimos. Cada um tinha o seu feitio e os seus “hobbies”. E sobretudo desempenhava o seu papel, a sua missão. Eu, era um operacional da CCAÇ 2590 (mais tarde, CCAÇ 12). Ele, um homem da logística, do “back office”, dos reabastecimentos: pertencia do comando do BCAÇ 2852. Ou da CCS ? Sempre o associei aos reabastecimentos, às cargas e descargas dos barcos no porto fluvial de Bambadinca. “Tudo o que viesse para o leste, sem ser pela via da Intendência”, que tinha um importante destacamento em Bambadinca, junto ao rio.
Soube agora, ao reler a história da sua unidade, que ele tinha uma estranha especialidade, contabilidade e pagadoria (sic). Que não exerceu, porque havia dois furriéis. O outro era o Brás, se não me engano. Manuel António Rodrigues Brás. Pertenciam ao conselho administrativo (sic) do comando do batalhão. No organograma do BCAÇ 2852, constam lá como amanuenses. Acabou por ir para seção de pessoal e reabastecimentos, onde já estava o fur mil Carvalho, José António Lima de Carvalho.
O Comando do Batalhão (com um staff reduzido, de duas dezenas de militares), não se confunde com a CCS, a Companhia de Comando e Serviços, cujo capitão era o Neves, o Eugénio Batista Neves. Lembro-me que o furriel vagomestre era o Carvalhal, Silvino Aires Lopes Carvalhal; que o comandante do Pelotão de Manutenção (sic) era o alf mil Ismael Quitério Augusto, e o fur mil o Coelho, Herculano José Duarte Coelho. A este pelotão pertencia o bate-chapas, 1º cabo Otacílio Luz Henriques, o “chapinhas” (que, se não erro, foi quem me cedeu as fotos do Lopes, no encontro da malta de Bambadinca, há 2 anos, em Coimbra).
O oficial das transmissões de infantaria era o nosso grã-tabanqueiro Fernando Carv alho T. Calado… O médico era o David Payne Rodrigues Pereira, já falecido, muito amigodo Mário Beja Santos. Também sei (e confirmei na história da unidade) que o nosso grã-tabanqueiro João Afredo T. Rocha esteve à frente do Pelotão de Rec / Info, mas não já no meu tempo…
O oficial das transmissões de infantaria era o nosso grã-tabanqueiro Fernando Carv alho T. Calado… O médico era o David Payne Rodrigues Pereira, já falecido, muito amigodo Mário Beja Santos. Também sei (e confirmei na história da unidade) que o nosso grã-tabanqueiro João Afredo T. Rocha esteve à frente do Pelotão de Rec / Info, mas não já no meu tempo…
Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > BCAÇ 2852 > 1969 > A "equipa de oficiais de Bambadinca".. Uma equipa de futebol constituída por oficiais da CCAÇ 12 e da CCS do BCAÇ 2852. "Temos aqui uma equipa de futebol em miniatura. Em Dezembro de 69, já eu estava afecto a Bambadinca, às ordens do BCAÇ 2852. Com a tradicional divisão de classes, houve um jogo de oficiais contra sargentos ou vice-versa. Joguei à baliza e deixei entrar três frangos.O Taco Calado fracturou um braço e foi direito à enfermaria. Na fotografia constam, da esquerda para a direita, um camarada que já não consigo identificar, o Alf Mil Rodrigues, da CCAÇ 12 (já falecido), o Alf Mil Carlão (CCAÇ 12) e o Alf [Ismael] Augusto (CCS do BCAÇ 2852).De pé, também da esquerda para a direita, estou eu, o então major Cunha Ribeiro (hoje coronel), o médico David Payne (já falecido), o capitão da CCAÇ 12, Carlos Brito (hoje coronel) e o Alf Mil Abel (também da CCAÇ 12)".
Foto (e legenda): © Beja Santos (2006). Todos os direitos reservados
Foto: © Carlos Marques dos Santos (2006).Todos os direitos reservados.
Há vários furriéis, com quem convivi (ou convivemos, eu, o Humberto Reis, o Tony Levezinho, o António Fernando Marques, etc.) durante 10 meses, que recordo bem, mas não consigo identificar pelo nome. Outros tenho vindo a encontrar nos nossos convívios anuais do pessoal de Bambadinca dessa época (vd. lista de A a Z), ou estão identificado pelo Humberto Reis:
(i) José Duarte Martins Pinto dos Santos, ex-fur mil Operações e Informações (, secção que pertencia ao Comando do Batalhão): vive em Resende, e foi o organizador do encontro de 29 de maio de 1999;
(ii) José Manuel Amaral Soares, fur mil do Pelotão de Sapadores da CCS; foi um dos organizadores do convívio anual da malta de Bambadinca 1968/71, que se realizou em 2004, em Faro; mora em Caneças, Odivelas;.
(iii) Fernando Jorge da Cruz Oliveira, fur mil op esp., mora em Fernão Ferro, concelho do Seixal, amigo do Humberto Reis;
(iv) Carlos Domingos A. Oliveira Pinto, era o fur mil rádio-montador; vive no Porto, e é hoje engenheiro (segundo informação do Humberto Reis).
Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Arredores de Bambadinca > s/d > O 2º srgt mec auto Daniel, ao volante, o fur mil reab Lopes, a seu lado, e no banco de trás o 2º srgt Videira (da CCAÇ 12).
Foto: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Editadas e legendadas por L.G.)
2. Hoje quero finalmente apresentar à Tabanca Grande o meu camarada Lopes, dos meus tempos de Bambadinca. Ele aceitou o meu convite, feito já há uns tempos, embora não vá ser, à partida, um bloguista proativo. Usa o mail e pouco mais. Em contrapartida, tem uma excelente coleção de fotos, a cores (“slides” digitalizados) e a preto e a branco, que prometeu pôr a nossa disposição. São umas centenas. Dos “slides” já tenho uns 150, que me chegaram por mão do “Chapinhas” (. se não erro,), e que o Lopes diz serem de “segunda escolha”. Os melhores terá ele lá em casa. Além de fotografia, em papel, a preto e branco. Fiquei de o visitar um dia destes. Mora em Linda a Velha, está reformado, e um dos seus "hobbies" é a pesca desportiva (de barco, acompanhado, detesta pescar sozinho).
Para já, quero saudá-lo e desejar-lhe que se sinta confortável no meio da malta da Tabanca Grande. Alguns ele já conhece, sendo do seu tempo, a começar pelo Humberto Reis, e por mim. Da CCAÇ 2590/CCAÇ 12, até ao Abílio Duarte, da CART 2479 / CART 11, que foi seu colega de trabalho no Banco Nacional Ultramarino (BNU), e que de resto já o visitava em Bambadinca.
De vez em quando vou-lhe telefonando para tirar dúvidas em relação às suas fotos (que não trazem legenda). Já me contou alguma histórias do seu tempo. Vou reconstituir uma delas, o ataque a Bambadinca, em 28 de maio de 1969. Será publicada em poste à parte, proximamente.
___________
Nota do editor:
Último poste da série > 3 de fevereiro de 2013 > Guiné 63/74 - P11051: Tabanca Grande (384): Manuel Isidro Campelo de Sousa, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista dos STM (Bafatá e Nova Lamego, 1970/72)
6 comentários:
Olá bom dia,
Na foto do C. Marques dos Santos, um dos sentados - em tronco nu - não será o Manuel Mantinhas da 2339?
Abraço, T.
Torcato, a legenda é do próprio Carlos Marques dos Santos, teu camaradas da CART 2339 e meu bom amigo como tu... Os furrieis Oliveira, Soares e Carlos Pinto sºao todos da CCS/BCAÇ 2852, do teu tempo... Convivi com eles 10 meses... Sou "pira", em relação a vocês...
Luís,vi no "Hotel de Bambadinca" e vi que algo estava errado de minha parte. Não me pareceu o Manuel Mantinhas, meu antigo colega no Liceu e camarada em Évora e na 2339 -continuamos "ligados". O Fernando Calado também foi. O Payne era um médico que ia a Manssambo!Já foi publicada uma foto dele aqui no Blogue a fazer pequena cirurgia numa mesa e á luz do Petromax em Mansambo. Ia nas colunas sem medo. Numa das fotos do "hotel..."está o Rei que era do meu Grupo (2º Pel. 2339).Bambadinca era para os operacionais terra de passagem rápida...Ab T.
ps- o Cap. Neves foi a comandar a Companhia que nos rendeu em Mansambo. Bom militar e pessoa. Aquele ataque em Mai/68 fez-lhe mossa...e não estar lá nenhum Grupo de passagem...fod...aqueles cornos.
Caros camaradas
Outro conjunto de fotos que ajudam a ilustrar os 'tempos de guerra'.
Conheci pessoalmente o David Payne Pereira, mais velho do que eu, em Vila Franca de Xira, já que me relacionava com um irmão mais novo, o Frank, companheiro de outras catequeses. O seu pai era o 'médico dos pobres' lá na terra e ainda hoje é homenageado através duma placa na entrada do Hospital.
Abraços
Hélder S.
Pessoal do meu tempo e da cidade,que eu visitava,Bambadinca!
Abraços!
J.Cabral
Pessoal do meu tempo e da cidade,que eu visitava,Bambadinca!
Abraços!
J.Cabral
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