quinta-feira, 19 de março de 2020

Guiné 61/74 - P20750: (Ex)citações (364): Os Romanos, uns colonialistas, gananciosos e exploradores, vieram encontrar os pré-portugueses do território de Penafiel a habitar em "bandos" (Manuel Luís Lomba, ex-Fur Mil CAV)

1. Comentário do nosso camarada Manuel Luís Lomba (ex-Fur Mil da CCAV 703/BCAV 705, Bissau, Cufar e Buruntuma, 1964/66) publicado no P20744 de 18 de Março de 2020:

Correspondo ao alto evento cultural, útil e proveitoso (das feijoadas, bacalhau, tripas, rojões, cabrito, cabra velha, sável, lampreia e enguias), promoção "em bando" pelos camaradas "bandalhos", culminada com a romaria ao Castro de Mozinho, e à sua viral provocação ao "corno-vírus" (nuance fonética popular), enriquecendo-a com apontamento referido à sua pré-história.

Os Romanos, uns colonialistas, gananciosos e exploradores, vieram encontrar os pré-portugueses do território de Penafiel a habitar em "bandos" os cumes dos montes, em "tabancas" amuralhadas, para melhor vigilância e defesa do IN, homem ou bicho mau, classificaram esses "bandalhos" de bárbaros e o sua urbanização de castrum (castro).

Eles adoravam o sol, viviam da caça e da pesca e ocupavam o seu longo tempo no jogo da malha, em folguedos ou no ócio, o trabalho excluído. E assentaram arraial, a nomadizar nele.

Roma carecia de minérios e de cereais, o homem e o burro só valem se trabalharem, caíram na asneira de forçar os "bandalhos" à sua organização e ao trabalho (as "bárbaras" tinham outras valências...) e eles viraram "terroristas", em pequenos bandos e os romanos a "lerpar" por tudo o que era montanha.

Os militares romanos pertenciam todos ao QP, não havia milicianos (o posto de Cabo Miliciano foi criatividade do Exército Português, para nos exigir serviço de sargento e de oficial ao custo do pré de praças), nem sabiam nem estavam dispostos a combater na montanha, a "ir para o mato".

E os Romanos demoraram quase dois séculos a empurrar os pré-portugueses das montanhas para os vales, para os conseguir controlar e fazer deles mineiros e "servos da gleba" - estratégia que recriaremos na Guiné, com os "aldeamentos". (Prosperaremos no negócio da escravatura africana, por termos descoberto e expandido o seu "mercado" mas, sobretudo, por termos sido escravos muito antes deles...).

Sei o nome do fundador deste "bando", o camarada Jorge Portojo In Memoriam, quiçá inspirado na "loiça" das Caldas, sei o nome do fundador do "bando" LG&C da Guiné, inspirado nos dinossauros ou na aguardente da Lourinhã?) e espero que aqueles bandalhos me ensinem o nome do comandante romano, não foi o que os levou em bando à taina da lampreiada e sável, mas foi que os levou em em bando a Mozinho. O que andou pela minha terra era general e patrício, descendente do deus Juno, o Senado de Roma atribuiu-lhe o título de O Galaico, chamava-se Decimus Junius Brutus e o dicionário adoptou este sobrenome para este qualificar certos indivíduos e suas atitudes.

Da da vossa parte, não o merecerei nem como indivíduo nem por este escrito.

Estimados camaradas, na esteira do fundador do bando LG&C, rezo para que o "corno-vírus" (nuance fonética popular) não tenha correspondido à vossa provocação, alojando-se no vosso bando, na esperança de não a rezar, por causa e consequências dele.

Manuel Luís Lomba
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Nota do editor

Último poste da série de 14 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20651: (Ex)citações (363); em dia de namorados, qual é a morna mais romântica de todos os tempos ? Segundo o "Expresso das Ilhas", é "A Força de Cretceu", a força do amor, poema do grande poeta da Brava, Eugénio Tavares, que nasceu (1867) e morreu (1930) em Nova Sintra

2 comentários:

José Botelho Colaço disse...

Adrei: é teu timbre: Um abraço.

Valdemar Silva disse...

Luís Lomba
A do 'corno-virus' vai pegar e entrar nos anais.
E provavelmente terá umas mutações para cormodovirus ou para cabrão do vírus.

Ab. saúde da boa e cuidado com o dito
Valdemar Queiroz