1. Mensagem do nosso camarada Paulo Salgado, [ex-Alf Mil Op Esp, CCAV 2721, Olossato e Nhacra, 1970/72), autor do livro (, o mais recente,) "Milando ou Andanças por África" (Torre de Moncorvo: Lema d'Origem,
2019); africanista no sentido nobre do termo; Administrador Hospitalar
reformado, com um vasto currículo, que inclui a Guiné-Bissau e Angola
Caros Amigos e Editores do nosso blogue,
A vossa saúde.
Que todos sejamos cumpridores.
Um abraço e um texto, abaixo.
Paulo Salgado
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Camaradas do Blogue:
A guerra… o que é a guerra? O que fazem homens e mulheres durante a guerra? Quem é o inimigo?
Se fizermos uma retrospectiva histórica, desde a Antiguidade até aos nosso dias, que guerras foram travadas? E por quem foram travadas?
A lista é incomensurável. Se os camaradas se derem ao trabalho de ver https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_guerras, verificarão quão brutal é o homem!
Desde a Suméria até aos nossos dias… quantas guerras… Ou acreditamos que os homens são naturalmente bons, como defendiam Thomas Morus e Rousseau, por exemplo, e acharem que o homem nasce livre e bom… ou é naturalmente mau. Homo lupus homini [, o homem, lobo do homem].
Eu gostaria de acreditar na primeira premissa, mas as circunstâncias tornam-no, ao homem, invejoso, ganancioso, imoral, como contrapôs Voltaire; na verdade, a humanidade não funciona como um relógio certinho… a que Deus não está, infelizmente, atento, como defendia Spinoza. E Aldous Huxley afirmava o seguinte: que os homens não aprendem com a História e que esta é a mais importante de todas as lições que a História tem para ensinar…
Apesar de tudo, nas guerras sabia-se, (quando havia confronto directo), ou imaginava-se saber (quando havia guerrilha) onde estava o inimigo. Agora, onde está o inimigo do homem? O inimigo de todos os homens em todos os quadrantes? Ele é invisível, e pode estar ao nosso lado.
Agora os homens estão do mesmo lado. Vamos combatê-lo com as armas que temos na mão: comportamentos saudáveis, normas que nos são referidas e/ou impostas.
Eis – penso – uma guerra que se ganhará sem lanças, sem morteiros, sem canhões, sem fiats, sem napalm…
Assim, almejaremos a vitória contra o COVID-19.
Um abraço, companheiros.
Paulo Salgado
[Para saber mais, vejam o sítio da Direcção Geral de Saúde]
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Nota do editor
Último poste da série de 15 de março de 2020 > Guiné 61/74 - P20734: (In)citações (145): "Gosto da Guiné - Bissau e Tenho Orgulho de o Dizer": vídeo do Zeca Romão, de Vila Real de Stº António, Fur Mil At Inf, CCAÇ 3461 / BCAÇ 3863 (Teixeira Pinto) e CCAÇ 16 (Bachile, 1971/73)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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1 comentário:
Paulo, mais do que a guerra, têm sido as doenças (e em particular as doenças transmissíveis) as que mias matam, em toda a história da humanidade: a peste negra (, do latim "peius", a pior doença) terá morto um quarto ou um terço dos europeus, cerca de 25 milhões / 30 milhões, em 1348-1352... Em Portugal, estima-se que tenha sido meio milhão num total de 1 milhão e meio...
A peste de 1569 (, no tempo de Dom Sebastião, o reizinho de todas as nossas desgraças...) matou 60 mil em Lisboa (um terºo da populção de uma das maiores cidades europeias da época).
... A lepra, a cólera, a febre amarela, etc., também mantaram que se fartaram... Mas nada como a varíola: qualqiuer coisa como 500 milhões!...
A "pneumónica" (1918/19) terá morto entre 40 a 60 milhões... Em Portugal, 60 mil (no mínimo). Matou os mais jovens adultos...
E a malária/paludismo ? Não contabilizamos os mortos... porque são longe das nossas portas...
Espero que tu e a São estejam bem, "trancados em casa", como eu e a Alice.
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