RTP Arquivos : Vídeo (1' 28'') > 1996-08-13 > Evocação da visita de Nino Vieira a António de Spínola > RTP 1 > Telejornal > 'Nino' Vieira, Presidente da Guiné Bissau, visita o Marechal Spínola, Primeiro Presidente da República pós-25 de Abril, internado no Hospital Militar Prinicipal. 'Nino' Vieira na qualidade de Presidente da Guiné-Bissau estava a fazer uma visita de Estado a Portugal (que decorreu entre 1 a 4 de julho de 1996. Spíbola, já muito debilitado, viria a morrer, em Lisboa, um mês depois, em 13 de agosto de 1996, aos 86 anos.
Resumo analítico do vídeo: "Imagens de arquivo; Spínola, entubado, a conversar com Nino Vieira e a dar-lhe a mão; imagens a preto e branco, militares a consultar um mapa; Spínola a caminhar no mato; Spínola, vestido à civil, a visitar aldeias guineenses na qualidade de Governador da Guiné; 00H19M41, Nino Vieira conta como a sua mãe admirava Spínola; Spínola e Nino Vieira a dar as mãos."
Imagem, legenda e resumo analítico: RTP Arquivos
Fotograma do vídeo (com a devida vénia...) | Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2023)
1. Mensagem de António Ramalho [natural da Vila de Fernando, Elvas, a viver em Vila Franca de Xira, foi fur mil at da CCAV 2639 (Binar, Bula e Capunga, 1969/71), membro da Tabanca Grande, com o nº 757: tem 36 referências no nosso blogue]
Data - sábado, 8/07/2023, 15:53
Assunto - Programa - Sociedade Civil, RTP2, semana de 3 a 7/6/2023
Exmo. Senhor Luís Castro.
Apresento-lhe os meus mais respeitosos cumprimentos.
Atento aos seus programas, elegendo aqueles que me parecem ter interesse para a minha pessoa, por força das circunstâncias elegi os da semana que termina hoje, sobre as figuras em apreço: António de Spínola, Álvaro Cunhal, Mário Soares, Sá Carneiro e Freitas do Amaral.
Veja-se o triste final de Nino Vieira, assassinado pelos seus...
Também consta dos vossos arquivos, o célebre Capitão Peralta, um cubano, ferido e capturado numa operação que visava capturar 'Nino' Vieira, em 1969, fazendo a mesma farsa, procedam da mesma maneira!
Faltou um apontamento da Operação Mar Verde, em 1970, onde foram libertados alguns camaradas das prisões, na Guiné Conacri, de Sékou Touré.
Sobre Sá Carneiro e seus acompanhantes, continuo a crer que se tratou de um acidente, pela descrição feita por um investigador, em quem acredito: arranjar à pressa como co-piloto um Controlador Aéreo que estava de folga, num avião que aguardava reparação, não me parece uma solução acertada, muito menos segura. Além do famoso Cozido que todos apreciamos, mais uma solução à Portuguesa, esta com sabor bastante amargo!
Passei por uma situação parecida, na Guiné, mais propriamente em Teixeira Pinto, que se ajusta e me ajuda a acreditar na tese de acidente.
Às outras personalidades não me refiro por só as conhecer pelo seu percurso político e por aquilo que os historiadores nos relatam, tendo simpatia e respeito por todos, pelo seu passado.
Renovo mais uma vez os meus respeitosos cumprimentos.
António Ramalho
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Data - sábado, 8/07/2023, 15:53
Assunto - Programa - Sociedade Civil, RTP2, semana de 3 a 7/6/2023
Exmo. Senhor Luís Castro.
Apresento-lhe os meus mais respeitosos cumprimentos.
Atento aos seus programas, elegendo aqueles que me parecem ter interesse para a minha pessoa, por força das circunstâncias elegi os da semana que termina hoje, sobre as figuras em apreço: António de Spínola, Álvaro Cunhal, Mário Soares, Sá Carneiro e Freitas do Amaral.
António de Spínola: retirem dos arquivos da RTP aquelas provocatórias, hipócritas e desajustadas imagens da visita de 'Nino' Vieira a Spínola, no HMP (Hospital Militar Principal), destruam-nas ou no mínimo retirem-lhe o áudio!
Respeitem a memória das famílias daqueles que tombaram às suas mãos, onde inclúo e não esqueço os nossos queridos três majores e um alferes, nas célebres tréguas fingidas, em Abril de 1970.
Veja-se o triste final de Nino Vieira, assassinado pelos seus...
Também consta dos vossos arquivos, o célebre Capitão Peralta, um cubano, ferido e capturado numa operação que visava capturar 'Nino' Vieira, em 1969, fazendo a mesma farsa, procedam da mesma maneira!
Faltou um apontamento da Operação Mar Verde, em 1970, onde foram libertados alguns camaradas das prisões, na Guiné Conacri, de Sékou Touré.
Sobre Sá Carneiro e seus acompanhantes, continuo a crer que se tratou de um acidente, pela descrição feita por um investigador, em quem acredito: arranjar à pressa como co-piloto um Controlador Aéreo que estava de folga, num avião que aguardava reparação, não me parece uma solução acertada, muito menos segura. Além do famoso Cozido que todos apreciamos, mais uma solução à Portuguesa, esta com sabor bastante amargo!
Passei por uma situação parecida, na Guiné, mais propriamente em Teixeira Pinto, que se ajusta e me ajuda a acreditar na tese de acidente.
Às outras personalidades não me refiro por só as conhecer pelo seu percurso político e por aquilo que os historiadores nos relatam, tendo simpatia e respeito por todos, pelo seu passado.
Renovo mais uma vez os meus respeitosos cumprimentos.
António Ramalho
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Nota do editor:
Último poste da série : 18 de dezembro de 2022 > Guiné 61/74 - P23892: Direito à indignação (15): A homenagem do Presidente da República Portuguesa a Amílcar Cabral, no passado dia 10, no Mindelo
Último poste da série : 18 de dezembro de 2022 > Guiné 61/74 - P23892: Direito à indignação (15): A homenagem do Presidente da República Portuguesa a Amílcar Cabral, no passado dia 10, no Mindelo
10 comentários:
Um imenso disparate tentar apagar da nossa História ,aquilo que sempre esteve no nosso genoma .Empatia ,até com o nosso "querido" inimigo . O Nino Vieira ,O Capitão Peralta ?!
Cândido Cunha Ex Furriel Miliciano ,na CART 11 Lacraus de Paúnca
(Até sòdadinhas tenho)
Ah, ganda Cunha, apagar a história é o que está a dar ou querem, agora, que assim seja.
Pois, com toda a gente a ter acesso à TV e saber ler e escrever, só apagando a nossa História se poderá contar outras histórias/estórias à la mode.
Provavelmente o Ramalho não quer dizer o que esteja à la mode, antes queria dizer para nunca se apagar seja o que for sobre a guerra na Guiné.
Sobre a guerra da Guiné, de Angola e de Moçambique, quanto mais se souber sobre a guerra que nos apoquentou durante treze anos, mais ficamos a saber a nossa História e, até, em directo e a cores.
Meu grande amigo Cunha tens de aparecer mais vezes a botar opinião aqui no blogue, as tuas opiniões serão sempre do mauro gorco Cunha que muito tem pra contar sobre os nossos inesquecíveis Lacraus.
Um grande abraço e saúde da boa
Queiroz
Com todo o respeito pela opinião do camarada António Ramalho, não entendo o que acrescenta, ou retira da História, o apagamento deste vídeo com o encontro entre o Marechal Spínola e Nino Vieira. Aconteceu, parece até que o Marechal Spínola está contente com a visita do seu antigo inimigo.
Já agora, sugiro que se apaguem todos os registos da aceitação, por Portugal, do refugiado Nino Vieira em Vila Nova de Gaia, onde viveu tanto tempo quanto quis, até voltar à Guiné-Bissau para ter o fim de vida que todos conhecemos.
Carlos Vinhal
Eu entendo a "indignação", a reação muito emocional, a quente, do António Ramalho, camarada de resto que eu muito prezo e com quem já tive o prazer de almoçar na Tabanca da Linha.
O "massacre do chão manjaco" é do seu e do meu tempo, tal como a Op Mar Verde... Mas sou contra a "censura", todas as formas de censura... Já basta a ocultação, branqueamento e manipulação da História no tempo e no lugar em que nasci, Portugal, 1947...
Todo o texto tem um contexto... Infelizmente na televisão é tudo cronometrado ao segundo, e a para RTP2 é só "cultos & adultos"... Chegei a ir, de borla (claro) a esse programa, Sociedade Civil, há muitos anos e por mais de uma vez... Hoje não voltaria lá...
Cunha, o terceiro homem da "piroga", no Geba, em Contuboel (tu, eu e o saudoso Renato Monteiro)... Quando é que nos dás a grande alegria de mostrares a cara e aparecer na Tabanca Grande ? Luís Graça
O General terá ficado satisfeito e apreciado a visita do Nino.
Passados todos estes anos ainda há quem não tenha percebido isso e continue à procura de bruxas.
A única bruxa que houve caiu duma cadeira e morreu.
A bruxa substituta também não teve a arte e o engenho para arranjar forma de acabar com a guerra.
Em todas as guerras há bestialidades e todos os lados em confronto as praticam.
Abraço fraterno para todos
Eduardo Estrela
A nossa História comum não se apaga, não se censura, não se esquece. Nino teria muito a aprender com António de Spínola, o velho marechal do monóculo também poderia ser um aluno breve do guerrilheiro combatente de extremadas guerrilhas. Encontraram-se, quase na hora da morte. É prova provada de singulares e excelsas vidas.
Abraço,
António Graça de Abreu
Porquê apareceu agora esta questão ?
Costumo dizer 'é o que está a dar' mas em relação a actvidades comerciais: cafés, balcões de bancos, sapatarias, restaurantes/marisqueiras, esplanadas.
Esta questão é outra 'o que está a dar', provavelmente até quem faz parte do apoio 'muito bem'
em 1974 recebeu e cumprimentou os guerrilheiros do PAIGC que se apresentaram no Quartel da NT.
Carlos Vinhal explica muito bem o que se passou por cá com o Nino e até Valentim Loureiro o descreve "«Nino» Vieira como um guerrilheiro temido, mas também «um homem muito humano".
Eu não sei se o Nino era ou não era um gajo porreiro, mas não alinho com esta agora desenterrada e popularucha de 'é o que está dar'.
Valdemar Queiroz
Nino Vieira exilou-se em V. N d Gaia, numa vivenda "doada" pelo meu patrão, no contexto da adjudicação das obras da autoestrada Bissau-Bissalanca e da ampliação do seu aeroporto, paciente duma maleita que tratava em Paris. A nossa república que tudo negava aos seus soldados da Guerra do Ultramar, passou a pagar-lhe totalmente os tratamentos em Coimbra...
No meu tempo da Guiné, a mãe de Amílcar Cabral e a mãe do Nino residiam em Bissau, eram protegidas pela polícia e tornaram-se spinolistas ferrenhas. E os primos Nino e Osvaldo Vieira também o foram algum dia...
Se Amílcar Cabral se tivesse spinolizado, não tivesse rejeitado negociar com o Caco Baldé (mediação de Leopold Senghor), talvez não tivesse acabado assassinado.
Quem mandou matar Amílcar Cabral?
A sua política " Por "Uma Guiné Melhor" foi o seu principal autor moral...
Abr.
Luís Lomba
"... A nossa república que tudo negava aos seus soldados da Guerra do Ultramar, passou a pagar-lhe totalmente os tratamentos em Coimbra..."
Neste caso não seria tanto a "nossa república" a pagar os tratamentos, a adjudicação das obras ao teu patrão podia ter entrado nas contas, ou calhando até assim aconteceu.
Quando aparecem "ventos" à la mode, até se torna interessante dizer que acabaram os verdadeiros mulatos.
Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz
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