Guiné : Região do Oio > Farim > 1970 > "Quem não se acredita que não havia hipopótamos no rio Cacheu? Aqui está o malandro que dava cabo dos arrozais". Foto do precioso álbum do Carlos Silva, ex-fur mil arm pes inf, CCaç 2548 / BCaç 2879 (Jumbembem, 1969/71).(*)
Pis-Cabalo (em crioulo) ou hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius) > Um dos mamíferos protegidos na Guiné-Bissau. Não confundir com o hipopótamo-pigmeu, dado como extinto na Guiné-Bissau há 50 anos (**).
Fonte: Guia de Identificação dos Animais da Guiné-Bissau. República da Guiné-Bissau, Direcção Geral dos Serviços Florestais e Caça, Deparatmento da Fauna e Protecção da Natureza, s/l, 34 pp. s/d. (Já não está disponível em formato pdf, no sítio do IBAP, fomos recuperá-lo através do Aqruivo.pt).
https://ibapgbissau.org/Documentos/Estudos/Animais%20da%20Guine-Bissau.pdf(*) Vd. poste de 1 de fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2496: História do BCAÇ 2879, 1969/71: De Abrantes a Farim: O Batalhão dos Cobras (5) (Carlos Silva)
8 comentários:
Caros amigos,
Confirmo a existência em 1971, de hipopótamos no Cacheu, pois a C.Caç.2753, foi presenteada pelos fuzileiros que haviam caçado um exemplar, com parte da carcaça de um desses paquidermes. Recordo-me que foram preparados uns bifes que apesar de serem duros foram deglutidos e apreciados. No meu caso, não recordo se fui o único, o pior veio depois dado que bastantes horas depois da sua ingestão, ainda os sucos gástricos não tinham conseguido a sua função...
Abraço,
José Carvalho
Na Ilha de Orango, Bijagós, há uam variante do hipopõtamo-comum que vive exlusivamente na água salgada. Será o único sítio do mundo onde isso acontece. Tirando o Patrício Ribeiro, não deve haver ninguém da Tabanca Grande que já tenha ido a Orango.
24 DE DEZEMBRO DE 2012
Guiné 67/74 - P10854: Recortes de imprensa (62): Um caso de sucesso: a proteção dos hipopótamos de água salgada da ilha de Orango, nos Bijagós (RTP África, 10/12/2012)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2012/12/rdp-africa-hipopotamos-unicos-no-mundo.html
(...)
Pierre Campredon, conselheiro técnico da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), explica que os hipopótamos da Guiné-Bissau (hippopotamus amphibius, nome científico) não são diferentes em termos de espécie (hipopótamo comum) mas sim em termos ecológicos. A espécie (comum) está na lista vermelha do IUCN. "Não fizemos a análise do património genético mas pensamos que é uma evolução. Porque os Bijagós, há milhares de anos, era uma zona de delta de dois rios, o arquipélago era uma zona de água doce e pouco a pouco foi-se tornando marítima, dando tempo aos hipopótamos para se adaptarem". (...)
Ver a continuação do artigo publicado em 10/12/2012, RDP África - Hipopótamos únicos no mundo "salvam" vidas em Orango, na Guiné Bissau.
Mais fotos que confirmam a existência do hipopótamo no rio Cacheu, no rio Geba e no rio Corubal, no nosso tempo... Hoje, e de acordo com a Lista Vermelha da IUCN, os hipopótamos são classificados como "Ameaçados": sendo vítimas de: (i) caça furtiva; e (ii) destruição de seus habitats, causada pela atividade humana.
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2018/12/guine-6174-p19278-album-fotografico-de.html
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2015/03/guine-63734-p14407-historia-da-cart.html
Etimologicamnmet, a palavra hipopótamo vem do grego antigo ἱπποπόταμος (hippopotamos) , formada por duas outras:
ἵππος (hippos) ("cavalo") + ποταμός (potamos), ("rio").
Esta etimologia ajuda a explicar o crioulo da Guiné-Bissau para hipopótamo: pis-cabalo.
Olá Luís,
A minha Compª. Cart2479/Cart.11, quando esteve em Piche, fez várias Op. ao Sul nas margens do Rio Corubal, e pelo menos em duas vezes, vimos esses animais dentro de água.
Abílio Duarte
Esta vida selvagem africana, só em Jardins zoológicos, e isto, muito rapidamente.
No mundo não cabe tanta gente que se prevê (mais 21% no mundo em 2050 dizem as estatísticas) a conviver com toda esta fauna à solta, não vai dar.
A gente está já hoje a ser tanta, que já se esta a edificar cidades dentro do que são as linhas de água (rios, ribeiros e riachos), daí as inundações que levam bairros inteiros e pessoas e carros.
Mas as armas nas ex-colónias portuguesas foram "semeadas" tantas, que no caso de Angola já tiveram que importar elefantes.
Cumprimentos
Julgo que em crioulo da Guiné-Bissau hipopótamo é pis-kabalu
Valdemar Queiroz
Caros Senhores
Tenho seguido os vossos contributos na expetativa de que alguém tivesse um registo de hipopótamo-pigmeu, embora fosse muito pouco provável como se tem vindo a verificar. Como eu esperava as observações e comentários referem-se ao hipopótamo-comum que habitava e habita os rios da Guiné e o arquipélago dos Bijagós e que é relativamente fácil de observar dado o seu tamanho e o facto de habitar planos de água extensos e abertos e não florestas densas como a espécie que procuro.
De facto, o hipopótamo dos Bijagós é da mesma espécie que o que ocorre no continente, embora ecologicamente esteja adaptado a viver em parte na água salgada, mas não só pois também se abriga nas lagoas da ilha de Orango. Essa população ficou isolada ao longo do tempo com a subida das águas do mar, sendo que as ilhas hoje existentes correspondem aos pontos mais altos do antigo extenso delta do Geba como afirmou Pierre Campredon. O termo em crioulo é de facto pis-Kabalu, significando "peixe-cavalo" o que não muito distante do próprio significado de hipopótamo como referiu Luís Graça.
Muito obrigado pelo vosso interesse e colaboração.
Luís Palma
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