1. Segunda parte do comentário feito pelo nosso
camarada Alexandre Coutinho e Lima, Coronel de Art.ª Reformado (ex-Cap
Art.ª, CMDT da CART 494, Gadamael, 1963/65; Adjunto da Repartição de Operações do COM-CHEFE das FA da Guiné entre 1968 e 1970 e ex-Major Art.ª, CMDT do COP 5, Guileje, 1972/73), ao artigo "Guiné, Guileje e o desnorte do reino" publicado no Blogue "O Adamastor":
2.ª Parte do Comentário ao artigo
"Guiné,
Guileje e o desnorte do reino" (1)
Continuando o comentário
(*) ao artigo em epígrafe, do Sr. Ten. Cor. (TC) Brandão Ferreira (BD), vou agora analisar o que escreveu sobre as actuações do PAIGC em Guidage e Gadamael, bem como comparar o comportamento do Comando Chefe (COMCHEFE) no reforço a estas duas localidades e a Guileje. Indicarei ainda documentos que comprovam que o COMCHEFE soube, com antecedência, as intenções do PAIGC, relativamente a Guileje. Analisarei também, através de alguns extractos, a Acta da Reunião de Comandos realizada, m Bissau, em 15MAI73.
Sobre Guidage, o Sr. TC BD afirma:
“Guidage começou a ser atacada em 8 de Maio e esteve cercada e debaixo de fogo, constante, durante um mês.
Foram organizadas várias colunas de reabastecimento que foram duramente atacadas e, finalmente conseguiu-se reforçar a guarnição com uma companhia de paraquedistas. No entretanto montou-se uma grande operação que envolveu a totalidade dos efectivos do Batalhão de Comandos Africanos, sobre a base de Cumbamori, que apoiava as forças do PAIGC.
Durante este período as NT sofreram 47 mortos e mais de uma centena de feridos.”
Tal como sucedeu, no que respeita a Guileje, esta narrativa está muito incompleta.
Porque não estive em Guidage, nem tão pouco conheci aquela guarnição, socorro-me de um documento elaborado pela Repartição de Operações (REP/OPER) do COMCHE-FE, com o título:
“SITUAÇÃOEM GUIDAGE NO PERÍODO DE 08MAI73 A 13JUN73”.
Da análise desse documento, salienta-se:
"A hora tardia a que foi iniciada, em 08MAI73 (15 horas), a coluna de reabastecimento FARIM-GUIDAGE, o que teve como consequência a retenção da coluna, em virtude do accionamento de uma mina anti-carro, obrigando o pessoal a pernoitar no local.
O forte ataque à coluna, na noite de 08/09MAI 73.
O regresso da coluna a BINTA (tinha partido de FARIM), deixando no local 4 viaturas que, a pedido, foram destruídas pela Força Aérea; as Nossas Tropas sofreram, nestes incidentes, 4 Mortos e 30 Feridos, tendo provocado ao Inimigo 13 Mortos e elevado número de Feridos.
A realização em 10MAI73 (início às 05h00 horas) de uma nova coluna de reabastecimento BINTA-GUIDAGE, sob o Comando do Comandante do BCAÇ 4512 (FARIM).
Relativamente a colunas de reabastecimento, foram iniciadas 7 e atingiram Guidage 5, tendo as Nossas Tropas sofrido 22 Mortos e 70 Feridos; foram destruídas ou danificadas 6 viaturas.
Quanto aos efectivos presentes em Guidage, no período indicado (08MAI/13JUN73), no primeiro dia (08MAI) a guarnição foi reforçada com 2 grupos de combate da CCAÇ 3 e depois com os Destacamentos de Fuzileiros 1 e 4, Companhia de Para-quedistas 121 e outras forças.
A operação, iniciada em 290530MAI73, de abertura do itinerário BINTA-GUIDAGE, reabastecimento e apoio da guarnição de GUIDAGE, envolvendo grandes efectivos, incluindo, entre outros, a 38.ª Companhia de Comandos, a Companhia de Para-quedistas 121 e os Destacamentos de Fuzileiros 1 e 4.
O Apoio Aéreo efectuado em 8, 9, 10, 13, 14, 18 e 19MAI73.
A realização da Operação AMETISTA REAL, levada a efeito pelo Batalhão de Comandos Africanos, com forte apoio da Força Aérea, que praticamente nela empenhou todos os seus meios: 4 helicópteros (para evacuações) e um helicóptero armado; aviões de ataque FIAT G-91, 4 Aviões DORNIER de Comando e Controlo da Operação; esta realizou-se de 17 a 21 MAI73 e a missão consistia em aniquilar ou, no mínimo, desarticular os elementos Inimigos na zona, nomeadamente a base inimiga de CUMBAMORY (Rep. do Senegal). Os resultados globais da Operação foram os seguintes: causados 67 Mortos ao Inimigo, bem como bastantes baixas prováveis provocadas pelo bombardeamento da Força Aérea; destruição de uma enorme quantidade de material e capturado diverso armamento; as Nossas Tropas sofreram 10 Mortos, 22 Feridos e 3 Desaparecidos.”
A transcrição do documento da REP/OPER, merece-me o seguinte comentário:
- A hora tardia a que foi iniciada (15 horas) a coluna do dia 08MAI73; não sei a razão por que tal aconteceu; em Guileje, tal não teria sucedido.
- O reforço efectuado à guarnição de Guidage, logo no primeiro dia (08MAI73) refere-se que as guarnições de Binta e Ganturé (onde se encontravam os Destacamentos dos Fuzileiros), pertenciam ao Comando do COP 3 (com sede em Bigene); por esse facto o Comte do COP 3 fez a manobra de meios que entendeu.
- A realização da coluna de 08MAI73, a partir de Farim, sede do BCAÇ 4512 (portanto não pertencente ao COP 3).
- A coluna do dia 10MAI73 (Binta- Guidage), foi comandada pelo Comte. do BCAÇ 4512, por determinação do COMCHEFE (mensagem RELÂMPAGO da REP/OPER do dia 9 MAI 73, às 21H30).
- O empenhamento de praticamente todos os meios da Força Aérea (sabendo o COMCHEFE, a partir de 18MAI73, que Guileje estava também sujeito à acção do IN), no apoio à Operação Ametista Real (17/21MAI73); penso que foi por este facto que o pedido de apoio aéreo, após a emboscada da manhã do dia 18MAI73, em Guileje, não foi satisfeito; a justificação que nos foi dada referiu que as condições atmosféricas não o permitiram; no entanto, não foi isso que constatámos, em Guileje. E não falo nas evacuações, pedidas e não satisfeitas, nesse mesmo dia 08MAI, que de qualquer maneira, nunca seriam feitas. Este assunto das evacuações já foi referido na 1.ª Parte.
“Guidage começou… e esteve cercada e debaixo de fogo constante, durante um mês.”
Repito que não estive em Guidage; dos elementos de que disponho (seguramente são mais do que os do Sr. TC BF), considero que é muitíssimo exagerada a afirmação de que esteve “debaixo de fogo constante, durante um mês”.
Consultando o
Google, pode ler-se, sob o título
“Guiné – O inferno dos três Gs: Guidage, Guileje e Gadamael” da autoria de
Aniceto Afonso, com a data de 26 de Maio de 2012:
“Nos cerca de 20 dias que ficou cercada esteve sujeita a 43 ataques de foguetões de 122mm, artilharia e morteiros.”
Ora entre 43 ataques em 20 dias e “debaixo de fogo constante, durante um mês”, é uma enormíssima diferença. Guileje sofreu 37 flagelações, (com grande predominância de Morteiro 120 mm), em 80 horas.
Não quero, de maneira nenhuma, menorizar a acção do PAIGC sobre Guidage, que, seguramente, foi muito intensa e prolongada.
Outra interrogação do Sr. TC BD:
“Que se terá passado então, para que o Comandante de Guileje tivesse apenas resistido quatro dias - com mais meios do que o seu camarada de Guidage - o TCor Correia de Campos, que se veio a revelar um valoroso Comte. - que chegou a estar no limite das munições e dos víveres?”
Vamos por partes.
“…com mais meios do que o seu camarada de Guidage…”
Quando me despedi do Sr. Comandante-Chefe, antes de seguir para Guileje, este disse-me que qualquer dia me ia fazer uma visita, que não pedisse reforços e que fizesse a manobra de meios que entendesse.
Porque o Subsector de Guileje era aquele em que devia ser feito o esforço principal, conforme decorria da MISSÃO, havia que proceder ao reforço da guarnição, o que fiz no dia em que lá cheguei - 22JAN73, tendo determinado que fossem deslocados para Guileje:
- 1 Grupo de Combate da CCAÇ 3520 (a Companhia tinha a sede em Cacine e um destacamento em Cameconde).
- Pelotão de Reconhecimento Fox (incompleto), que estava em Gadamael.
- Pelotão de Milícia 236, de Gadamael.
Foi esta a manobra de meios que entendi fazer.
O Sr. TCor Correia de Campos, que eu muito admirava e que antes de comandar o COP 3, em Guidage, já tinha dado provas de um valoroso combatente (não foi lá que se revelou), ao decidir não reforçar Guidage, teve as suas razões, talvez porque em caso de necessidade, tinha a certeza de poder contar com o apoio incondicional do COMCHEFE, como se veio a verificar.
Foi esta a única razão porque em Guileje havia mais meios que em Guidage; ainda bem que eu tinha reforçado a guarnição, em devido tempo, porque se estivesse à espera de reforços promovidos pelo Escalão Superior, bem podia “esperar sentado”.
“…chegou a estar no limite das munições e dos víveres.”
Relativamente à escassez de munições, o Comte do COP 3 (Sr. TC Correia de Campos), enviou, em 08MAI73, às 15h25, a seguinte mensagem RELÂMPAGO:
“GUIDAGE ENCONTRA-SE SEM MUNIÇÕES OBUS 10,5 MORT 81 E POUCAS 7,62. SOLICITO ENVIO MUITO URGENTE REFERIDAS MUNIÇÕES:”
O reabastecimento foi feito, na tarde desse mesmo dia, por 5 helicópteros para Bigene, transportando 150 granadas de Morteiro 81 e 30.000 cartuchos de 7,62 e por um avião NORD ATLAS para Farim, levando 92 granadas de Obus 10,5 cm e 12.000 cartu-chos 7,62.
No que diz respeito à escassez de víveres, não tenho nenhum conhecimento, nem vi nada escrito sobre o assunto.
Reportando-me à falta de munições, não se compreende muito bem que, no primeiro dia do ataque inimigo, tal tenha acontecido, mas certamente que houve motivo para que isso se verificasse. Talvez o facto de, maioritariamente, a guarnição ser constituída por pessoal nativo, seja uma eventual explicação.
Mais uma vez constato que, a verificar-se uma situação análoga em Guileje (o que era muitíssimo difícil acontecer), igualmente poderíamos “esperar sentados”, porque ninguém nos socorreria.
“Que se terá passado então, para que o Comandante de Guileje tivesse apenas resistido quatro dias…”
Chegámos ao cerne da questão.
Depois das diligências que entendi promover, amplamente descritas na 1.ª Parte deste comentário, que culminaram com o meu encontro, em Bissau, com o Sr. General Comandante Chefe, cuja decisão também já foi divulgada, regressei a Guileje, “com uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma”, como sói dizer-se.
Quando cheguei a Guileje, no final da tarde do dia 21MAI73, a situação encontrada foi a seguinte:
- Destruição total do Centro de Comunicações, incluindo todas as antenas.
- Existência de 1 Morto (Furriel Miliciano), provocado na flagelação dessa tarde.
- Estavam destruídas, como consequência das variadíssimas flagelações: cozinha, dois depósitos de géneros, depósito de artigos de cantina, forno, celeiros de arroz (ainda ardiam) e grande parte das palhotas da população.
- Muitos impactos nas valas.
- Varadíssimos rebentamentos (da ordem das centenas) dentro do aquartelamento.
- Falta de água potável, já referida.
- Escassez de munições de Artilharia, já descrita.
- Presença do In, do lado de Mejo (Este), com a primeira actuação nessa tarde.
- Toda a população estava recolhida nos abrigos da tropa, desde a primeira flagelação; a lotação dos abrigos tinha triplicado, o que, além de dificultar o movimento dos militares, fazia com que a habitabilidade fosse praticamente insuportável.
- Desde o dia 19, inclusive, a alimentação passou a ser ração de combate.
- Todo o pessoal estava arrasadíssimo, quer física, quer psicologicamente, pois as flagelações mantinham-se durante 3 dias e noites.
Depois de me inteirar das circunstâncias encontradas, fiz um estudo mental da situação, considerando os seguintes factores:
1 - Forte pressão do Inimigo, que se iria manter e, com grande probabilidade, seria cada vez maior. A Repartição de Informações do COMCHEFE tinha enviada no dia 20MAI (19H00), uma mensagem, com o seguinte texto: “NOT A2 REFERE EFECTIVOS 3.º CE MATA MEJO. AMMITE-SE POSSIBILIDADE MESMOS VIREM ACTUAR SOBRE ESSA.”
2 - Não atribuição de reforços
Com a decisão do Sr. Comandante-Chefe de me negar qualquer reforço, considerei insustentável permanecer em Guileje.
3 - Não evacuação de feridos
4 - Escassez de munições, especialmente de Artilharia
5 - Falta de água no aquartelamento
6 - Defesa da população
Na Missão atribuída ao COP 5, consta:
“Assegura a defesa eficiente dos aglomerados populacionais ocupados pelas NT…”
Nas circunstâncias presentes, não tinha condições para garantir “a defesa eficiente” da população.
7 - Destruição do Centro de Comunicações
8 - Novo Comandante do COP 5
Não me foi comunicado quando o novo Comandante do COP 5 - Sr. Coronel Durão, assumiria as suas funções. Mesmo quando isso se verificasse, a situação não melhora-ria muito, porque:
- não viria acompanhado de reforços;
- não solucionaria o problema da água;
- não faria chegar a Guileje as munições de Artilharia;
- não garantiria a evacuação de feridos.
9 - Previsão do futuro, a muito curto prazo
A minha previsão era que o In, no dia seguinte - 22MAI, tivesse completado o cerco ao quartel, do lado de Mejo, com os efectivo do seu 3.º Corpo de Exército, que tinham sido deslocados para o efeito, no dia 20MAI.
Conjugando todos estes factores e ainda o facto de que a
existência de um ferido, não impedia a retirada (se tivéssemos mais feridos, seria incomportável o seu transporte), decidi
efectuar a retirada às primeiras horas do dia 22MAI, tirando partido do
efeito de SURPRESA.
Estou absolutamente convencido, pela razão apontada atrás, que a retirada foi efectuada na altura correcta; passado mais um dia, o PAIGC teria impedido a nossa saída.
Posso agora responder à questão do Sr. TC BF, qual foi a que só tivesse resistido 4 dias.
A razão determinante foi a não atribuição de REFORÇOS, sem os quais, além dos factores indicados, não tínhamos condições para resistir mais tempo.
E não se argumente que, com a chegada do novo Comandante, os reforços também viriam. Havia forte probabilidade de o Sr. Coronel Durão, na sua deslocação de Gadamael para Guileje, ser interceptado pelo In, impedindo-o de chegar ao seu destino.
Não cabe no âmbito deste comentário fazer uma reflexão sobre o que teria acontecido se não tivesse acontecido a retirada. Não deixarei de a fazer, quando considerar oportuno.
Vou agora analisar a situação de
GADAMAEL, começando por transcrever o que o Sr. TC BF escreveu:
“…e nada justificava o seu abandono tão prematuro, que veio a causar algum pânico em Gadamael Porto e poderia colapsar - por efeito de dominó - todo o dispositivo junto à fronteira.
As forças do PAIGC reagruparam-se então em torno de Gadamael e atacaram-na fortemente, tendo a situação sido resolvida rapidamente por tropas paraquedistas, enviadas de reforço.”
Antes de mais nada, não me considero, directa ou indirectamente, minimamente responsável pelo que aconteceu em Gadamael.
Quando a coluna retirada de Guileje, no início da tarde do dia 22MAI, chegou a Gadamael, já lá se encontrava o Sr. Coronel Durão (chegara nessa manhã de helicóptero), que passou a ser o novo Comandante do COP 5.
Importa agora referir parte das declarações do Sr. Coronel Durão, quando ouvido como testemunha, no âmbito do processo que me foi instaurado.
“4ª. Pergunta
Dada a sua experiência de combate, o moral das unidades que abandonaram Guileje, dada a sequência dos factos ocorridos de 18 a 21MAI73 e a decisão final adoptada, podia ter afectado estas profundamente e prejudicá-las quando empenhadas em futuras operações?
Resposta
Em minha opinião, por tê-las contactado em GADAMAEL durante cerca de 10 dias, aquelas tropas estão afectadas de tal modo que só dificilmente poderão ser mentalizadas ou recuperadas para acções de combate em que o Inimigo se mostre forte e determinado; verifiquei que no contacto com o Inimigo à distância de quilómetros do aquartelamento de GADAMAEL, os postos de armas ligeiras, de vigilância, disparavam as armas e a maioria dos militares metia-se dentro das trincheiras e abrigos; o estado psicológico do pessoal da Companhia de GUILEJE parece ter transtornado, no mesmo sentido, o pessoal de GADAMAEL; mas que, no aspecto de contactos no exterior do aquartelamento, a conduta dos mesmos parecia quase normal em relação às restantes unidades não especiais.”
No processo foi também ouvido o Sr. Alf. Mil. Médico Antunes Ferreira. Transcrevem-se as suas declarações:
“1ª. Pergunta
Estava em serviço na guarnição de Gadamael, em 22MAI73?
Resposta
Estava.
2ª. Pergunta
Na sua qualidade de médico, pode descrever todos os factos e observações que permitam conhecer o estado moral e físico do pessoal da guarnição de Guileje, após a retirada, na noite de 21/22 MAI?
Resposta
O que observei no pessoal da guarnição de Guileje consistia, fundamentalmente, em síndromas de esgotamento físico e psíquico em cerca de 100 indivíduos, sendo os mesmos extremamente marcados na maioria; epigastralgias em várias dezenas de indivíduos, podendo estimar-se em 50% da guarnição, relatando a maioria ingestão alimentar deficientíssima nos dias imediatamente anteriores; síndromas disentéricos em cerca de quatro dezenas de indivíduos; otalgias em várias dezenas, feridas e flictemas dos pés na quase totalidade do pessoal, assim como cãibras dos membros inferiores, em cerca de quatro dezenas de indivíduos. Analisando os síndromas observados em todo o pessoal da guarnição de Guileje, pude verificar que os oficiais e sargentos tinham uma vivência mais profunda e intelectualizada dos acontecimentos; não observei em nenhum momento qualquer situação que pudesse ser diagnosticada como reacção de pânico. Julgo ainda referir que, tentando averiguar, no desempenho das minhas atribuições, a etiologia de grande número de situações psíquicas observadas, me foi referido pela maior parte dos indivíduos que, entre as vicissitudes sofridas nos últimos dias, havia um factor de insegurança decorrente da quase certeza de inexistência de evacuação rápida, em caso de ferimentos graves.”
(Continua)
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Notas do editor
(*) Vd. postes de
27 de Outubro de 2014 >
Guiné
63/74 - P13804: (Ex)citações (243): Comentário ao artigo "Guiné,
Guileje e o desnorte do reino" publicado em O Adamastor (1) (Coutinho e
Lima)
e
27 de Outubro de 2014 >
Guiné 63/74 - P13808: (Ex)citações (244): Comentário ao artigo "Guiné, Guileje e o desnorte do reino" publicado em O Adamastor (2) (Coutinho e Lima)
Último poste da série de 21 de Novembro de 2014 >
Guiné 63/74 - P13924: (Ex)citações (250): a autogrua Galion e o cais de Bambadinca, quatro anos depois, em novembro de 1973