Guiné > Região do Óio > Canjambari > CCAÇ 2533 (1969/71) > Jovem mãe. (Foto inserida no documentário fotográfico anexo à brochura "Histórias da CCAÇ 2533" (*)
I. Mensagem enviada hoje a toda a Tabanca Grande, pelo correo interno
Assunto: Sondagem: "NO TO DA GUINÉ, CONFESSO QUE NÃO TIVE RELAÇÕES SEXUAIS COM NENHUMA MULHER LOCAL"
Amigos e camaradas:
1. É sempre tramado "falar com números" sobre realidades complexas e sensíveis sobre as quais não há (bem nunca chegará a haver) "investigação científica"...
O "olhómetro" pode dar jeito, às vezes, mas não chega...
O "olhómetro" pode dar jeito, às vezes, mas não chega...
Isto vem a propósito das "bocas" que ouvimos e que também mandamos acerca das relações (afetivas, sexuais, psicossociais...) dos militares portugueses, metropolitanos, com as mulheres guineenses, durante a guerra colonial...(Grosso modo, de 1961 a 1974). (*)
Recordo aqui uma intervenção, recente, em 22 de maio último, do nosso camarada Jorge Cabral, no final da conferência sobre os "Filhos da Guerra", no Cinema São Jorge, em Lisboa:
"Defenderei até à morte a honra do soldado português na Guiné. Nós não eramos nenhuns emprenhadores compulsivos. Mais: atrevo-me a dizer que 80% a 90% dos soldados portugueses na Guiné não tiveram quaisquer relações sexuais com mulheres africanas… E se querem falar de prostituição organizada (que no meu tempo praticamente se restringia a Bissau e, em pequena escala, a Bafatá), pois tenho a dizer que é muito maior hoje, só na capital da Guiné-Bissau, do que no meu tempo"…
2. Podemos falar, serena e honestamente, sobre este tema (que não deve ser tabu...), respondendo à sondagem em curso no nosso blogue (votar diretamente no canto superior esquerdo) e mandando textos e comentários...
Mais uma vez contamos com a participação ativa dos nossos camaradas que foram combatentes no TO da Guiné... Felizmente que ainda estamos vivos, ativos e saudáveis, para podermos ser nós, e não os outros, a contar as nossas próprias histórias...
Um alfabravo fraterno. Luís Graça
Sondagem: "NO TO DA GUINÉ, CONFESSO QUE NÃO TIVE RELAÇÕES SEXUAIS COM NENHUMA MULHER LOCAL"
1. Não, não tive
2. Sim, tive, pelo menos uma vez
3. Sim, tive mais do que uma vez
4. Sim, tive bastantes vezes
5. Sim, tive com muita frequência
6. Não sei, já não me recordo bem
III. No primeiro dia, responderam 61 camaradas... Eis os resultados preliminares, quando faltam 5 dias para encerrar a votação:
1. Não, não tive > 35 (57%)
2. Sim, tive, pelo menos uma vez > 4 (6%)
2. Sim, tive, pelo menos uma vez > 4 (6%)
3. Sim, tive mais do que uma vez > 13 (21%)
4. Sim, tive bastantes vezes > 4 (6%)
5. Sim, tive com muita frequência > 5 (8%)
6. Não sei, já não me recordo bem > 0 (0%)
Votos apurados: 61
Dias que restam para votar: 5
IV. Alguns comentários que já nos chegaram, e que vamos manter anónimos, por razões de garantia de sigilio e confidencialidade:
4. Sim, tive bastantes vezes > 4 (6%)
5. Sim, tive com muita frequência > 5 (8%)
6. Não sei, já não me recordo bem > 0 (0%)
Votos apurados: 61
Dias que restam para votar: 5
IV. Alguns comentários que já nos chegaram, e que vamos manter anónimos, por razões de garantia de sigilio e confidencialidade:
(i) Não, não tive, o medo de qualquer problema de saúde foi mais forte que a vontade de dar umas quecas!!!
(ii) Não tive relações sexuais com nativas.
(iii) Não, não tive.
(iv) Não, não tive.
(v) Não tive.
(vi) Sim, tive pelo menos uma vez.
(vii) Sim, uma vez, mas foi no Pilão, em Bissau, nas "mulheres da vida" que na altura havia, na minha passagem já no regresso [à metrópole].
[
(viii) Resposta 3 [ . Sim, tive mais do que uma vez.]
(ix) Sobre tão íntima situação, devo informar que sim, senhor, tive várias vezes seguidas. É natural que isso faça desequilibrar a balança e, como tal, cá estou a responder, caso seja tido em conta.
(x) Resposta 5 [. Sim, tive com muita frequência.]
V. Apelo dos editores ao pessoal da Tabanca Grande:
Camarada: è importante que votes... Não só para animarmos o blogue neste fim, acolarado, de primavera, mas também para podermos ter uma razoável amostra...
No primeiro dia, atingimos os 61 votantes. Podemos calmamente chegar aos 200, com um maior empenhamento de todos...
Não se trata de nenhum "estudo científico", é uma mera auscultação de opinião. Interessa-nos a tua opinião sincera e honesta... Imagina que estás a responder a uma pergunta dos teus filhos, ou até da tua companheira.
NÃO RESPONDAS POR EMAIL Insere o teu voto automaticamente no espaço criado para esse efeito, ao canto superior esquerdo do blogue. O voto é anónimo, queremos que te sintas inteiramente à vontade...
Um grande abraço. Os editores.
___________________
Nota do editor:
Vd postes de
8 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14715: (Ex)citações (279): Sexo em tempo de guerra... Em Jumbembem, o pessoal da CCAV 488 entranhou a ideia de que as bajudas da tabanca eram da família... Tivemos um relacionamento com a população, baseado na sã convivência e no respeito mútuo, de tal modo que nos despedimos em lágrimas, sinceras (Armor Pires Mota, autor de "Estranha Noiva de Guerra", 2008, ex-alf mil, CCAV 488, 1963/65)
V. Apelo dos editores ao pessoal da Tabanca Grande:
Camarada: è importante que votes... Não só para animarmos o blogue neste fim, acolarado, de primavera, mas também para podermos ter uma razoável amostra...
No primeiro dia, atingimos os 61 votantes. Podemos calmamente chegar aos 200, com um maior empenhamento de todos...
Não se trata de nenhum "estudo científico", é uma mera auscultação de opinião. Interessa-nos a tua opinião sincera e honesta... Imagina que estás a responder a uma pergunta dos teus filhos, ou até da tua companheira.
NÃO RESPONDAS POR EMAIL Insere o teu voto automaticamente no espaço criado para esse efeito, ao canto superior esquerdo do blogue. O voto é anónimo, queremos que te sintas inteiramente à vontade...
Um grande abraço. Os editores.
___________________
Nota do editor:
Vd postes de
8 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14715: (Ex)citações (279): Sexo em tempo de guerra... Em Jumbembem, o pessoal da CCAV 488 entranhou a ideia de que as bajudas da tabanca eram da família... Tivemos um relacionamento com a população, baseado na sã convivência e no respeito mútuo, de tal modo que nos despedimos em lágrimas, sinceras (Armor Pires Mota, autor de "Estranha Noiva de Guerra", 2008, ex-alf mil, CCAV 488, 1963/65)