Foto e texto: © Jorge Cabral (2006). Direitos reservados.
1. Mensagem do Jorge Cabral, datada de 28 de Dezembro de 2006:
Luís Amigo,
A notícia comoveu-me! Um dia falarei da Alegria-Tristeza do regresso, e da dificuldade de voltar a ser eu. Envio poema ao Camarada Abandonado.
Abraço Grande
P.S. - Anexo também a notícia.
2. Esclarecimento posterior do Jorge:
A notícia chocou-me! Este Zé da desordem tinha sessenta anos e esteve na Guiné. Quantos como ele, afinal nunca regressaram? Tenho encontrado alguns - presos, doentes, alcoolizados, sem-abrigo.
Quando li no Jornal (Correio da Manhã), recortei a notícia. Era minha intenção deslocar-me à Nazaré para saber quem foi o Camarada.
Com o Natal, deu-me para pensar nele, e em todos os outros...
Não sei a data certa da publicação (talvez em princípos de Dezembro).
Bom Ano, Amigo!
Luís Amigo,
A notícia comoveu-me! Um dia falarei da Alegria-Tristeza do regresso, e da dificuldade de voltar a ser eu. Envio poema ao Camarada Abandonado.
Abraço Grande
P.S. - Anexo também a notícia.
2. Esclarecimento posterior do Jorge:
A notícia chocou-me! Este Zé da desordem tinha sessenta anos e esteve na Guiné. Quantos como ele, afinal nunca regressaram? Tenho encontrado alguns - presos, doentes, alcoolizados, sem-abrigo.
Quando li no Jornal (Correio da Manhã), recortei a notícia. Era minha intenção deslocar-me à Nazaré para saber quem foi o Camarada.
Com o Natal, deu-me para pensar nele, e em todos os outros...
Não sei a data certa da publicação (talvez em princípos de Dezembro).
Bom Ano, Amigo!
Abraço Grande
Jorge
Natal
Jorge
Natal
Só agora, Camarada, te mataram
Abandonado e só no teu Abrigo.
Finalmente, os pesadelos cessaram.
Não tens mais Inimigo!
A Paz foi sempre Guerra,
Porque jamais esqueceste,
Nem nunca regressaste à tua terra,
Pois foi ainda lá, que tu morreste.
Que te matou, Irmão?
Uma mina? Um tiro? Uma granada?
Ou foi a Solidão,
Que transformou a vida em emboscada?
Nunca te conheci, oh! Meu Amigo,
Apenas li a notícia no Jornal,
Mas hoje estarás comigo,
Na ceia de Natal.
Lisboa, 25/12/06
Jorge Cabral
Abandonado e só no teu Abrigo.
Finalmente, os pesadelos cessaram.
Não tens mais Inimigo!
A Paz foi sempre Guerra,
Porque jamais esqueceste,
Nem nunca regressaste à tua terra,
Pois foi ainda lá, que tu morreste.
Que te matou, Irmão?
Uma mina? Um tiro? Uma granada?
Ou foi a Solidão,
Que transformou a vida em emboscada?
Nunca te conheci, oh! Meu Amigo,
Apenas li a notícia no Jornal,
Mas hoje estarás comigo,
Na ceia de Natal.
Lisboa, 25/12/06
Jorge Cabral
Sem comentários:
Enviar um comentário