terça-feira, 9 de junho de 2009

Guiné 63/74 - P4491: Fauna & flora (21): Surucucus (Lachesis muta muta) que cantavam nas praias dos Bijagós (Joaquim Mexia Alves)

Fonte: Wikipédia (2009). Copyleft 

1. Mensagem de J. Mexia Alves, com data de 8 de Junho de 2009. 

Meus caros camarigos, 

Ainda a propósito de cobras e outros rastejantes, lembro-me que quando estivemos em Bolama a fazer o IAO, (embora pareça não é o "aiólinda"), houve uma semana em que fomos acampar mais para perto das praias, junto a uma tabanca de Bijagós que se chamava, salvo o erro, Pujunguto. 

Foi aí que provei vinho de caju e que fui agraciado com uma valente diarreia devida á ingestão de tal bebida, se assim lhe podemos chamar. 

Mas aí também contaram-nos a história de que, nas noites de mais calor e com luar, se fossemos á praia poderíamos ouvir as surucucos, (julgo eu que era isto que lhe chamavam), a cantar, ou seja, pela descrição era mais assobiar. 

Lembro-me de termos ido numa surtida nocturna às praias, mas ou não estava calor, (o que seria difícil porque estávamos em Janeiro), ou porque não havia luar, não me lembro de ter ouvido nenhum cantar, ou assobiar, "rastejante". 

Talvez fosse uma grande "peta", mas mais tarde, no meio da Guiné, alguém me referenciou a mesma história, pelo que das duas, uma: ou caiu na mesma "conto", ou era verdade e eu é que não ouvi nada! 

Alguém ouviu alguma vez o tal cantar ou assobiar, ou pode constatar a veracidade desta história? 

Abraço camarigo para todos,

2. O Joaquim Mexia Alves, sobre este assunto "Surucucuiano", já havia deixado o seguinte comentário na mensagem "Guiné 63/74 - P4477: FAP (29): Encontros imprevist...":

Meus caros camarigos,

Se há jibóias ou não na Guiné, não vou eu afirmar, mas que no Mato Cão comi um bife de facochero, frito em banha de uma dita cuja, que para mim era em tudo uma jibóia, no tamanho a na "pelagem", disso não tenho eu dúvidas.

Julgo até que num qualquer post meu sobre o Mato Cão, já publicado está referenciado esse "manjar dos deuses"!

Abraço camarigo para todos.
 
Joaquim Mexia Alves 

___________ 

Nota de M.R.: 

Vd. último poste da série em: 


3 comentários:

Anónimo disse...

Das cobras lembro-me de, num belo dia de sol, em que regressava de Bissau, num Unimog, com o Soldado Condutor Firmino e, de repente, vimos no meio da estrada duas grandes cobras (não posso precisar o tamanho), que, segundo me pareceu, estavam a acasalar ali, no quentinho asfalto.
O Firmino em habilidade “assassina” fez uma travagem busca, hipoteticamente em cima delas, nitidamente com a intenção de as trucidar.
Parou a viatura e saímos para fora, procurando as desgraçadas das “bichas”. Nada, nem sinal delas.
Foi então que o Firmino entrou em pânico, visto que ele tinha tremenda fobia às cobras, afastou-se uns bons 10 metros, com os pêlos todos eriçados, e começou a dizer:
- Porra, elas devem estar enroladas nos pneus!
Lá fui eu espreitar, por debaixo do Unimog, e não vi cobra nenhuma.
- Ó pá. Aqui não está cobra nenhuma.
Diz ele:
- Então estão dentro no habitáculo, eu aí não entro mais!
Não me tinha lembrado dessa remota e pouco provável hipótese, mas estava admirado e surpreendido com o “esfumanço” dos animais, que nem eram tão pequenos como isso.
Fui então espreitar para o habitáculo e nada.
- Firmino vamos embora, não está aqui cobra nenhuma pá!
Ao que ele respondeu:
- Eu aí, nessa viatura, não entro mais.
Tive que entrar eu e ficar ali sentado uns bons minutos até que o raio do homem se convenceu que eu estava a falar verdade, mas sempre com os olhos nos pés não fosse o diabo tecê-las.
Ainda hoje eu sismo e o Firmino com certeza também, para onde desapareceram o raio das “bichas”?
Magalhães Ribeiro

Anónimo disse...

Ha de facto na Guine,uma cobra,na parte continental baptizada de KAKUBA (desconheco seu nome de baptismo nas ilhas Bijagos, por sinal o arquipelago-sanctuario dos repteis). Tem um "cacarejar" muito semelhante ao das galinhas,que inclusive utiliza para atrair tais aves a armadilha.

Diz o povo...que ao pressentir a aproximacao da potencial presa,aves sobretudo,projecta o anus tal qual um tomate avermelhado,irresistivel a um fatal debique de uma ave menos atenta...

Conheco a cobra,cujo rasto, em crianca varias vezes seguimos,nas bricadeiras quer nas bolanhas quer inclusive em alguns jardins publicos, menos cuidado, de Bissau... onde por vezes ousavam aventurar-se...

Mas essa do anus tal qual um tomate?! Dava tudo para ver...mas de preferencia ...a distancia!

Nelson Herbert

Anónimo disse...

Mas que porra é esta? Querem privar-me de ler este Blogue?
Vejam lá se acabam com tais escritos.
Oh Camarigo Mexia, também tu?
É de mais. Já chega. O que me vale é que hoje é Pleno dia e está sol.
Mas ontem de noite, quando me fui deitar já via cobras por tudo o que era mais escuro e acabei por ter pesadelos.
Afinal também o Firmino é como eu, oh MR. Posso garantir que o mesmo se passaria comigo, pois ficaria de certeza impossibilitado de entrar na viatura enquanto não tivesse a certeza de que estava "LIMPA".
Um Abraço, mas não camarigo, por tal brincadeira de mau gosto...
Jorge Picado