Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Guiné 63/74 - P4499: A Tabanca Grande no 10 de Junho de 2009 (7): O Jorge Cabral e o Vacas de Carvalho apanhados pela PE... (Mário Fitas)
10 de JUNHO de 2009, DIA DE PORTUGAL > Encontro Nacional de Combatentes, em Belém, junto ao Forte de Bom Sucesso
1. Texto e fotos de Mário Fitas
É claro! Nem sempre tudo corre com a postura conveniente destes actos.Pois é!... o nosso amigo Cabral, com a sua parelha Vacas de Carvalho, foi a Missirá e vieram, cada um, com a sua bajuda. Só estas Aves poderiam fazer isto!
Mas a história complicou-se porque as Bajudas pertenciam... à PE [Polícia do Exército]. Resultado, foram revistados e no Saco Azul, bem visível nas mãos do Vacas de Carvalho, foram encontradas duas rações de combate, só que embaladas em pequenas caixas.
Segundo algumas bocas dos mirones tabanqueiros que se juntaram, seriam também de cor azul. Narrei apenas o que ouvi, e as fotos foram-me emprestadas por um retratista que por ali andava, pois eu não intervi em nada.
Por este motivo peço ao chefe da Tabanca, que seja tomada em conta este acto, e que para o próximo evento deste tipo, a estes senhores Tabanqueiros, seja atada a farinheira com um cordel.
Com a saudade de um momento bem vivido e o desejo que o próximo Encontro da Tabanca tenha não o mesmo êxito, mas maior ainda que o ano passado. Como sempre, o velho e amigo abraço do tamanho do Cumbijã, Mário Fitas
_________
Nota de L.G.:
(*) Vd. último poste desta série > 10 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4498: A Tabanca Grande no 10 de Junho de 2009 (6): E até ao dia 20, na Qta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria...(Luís Graça)
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8 comentários:
Olá Mário, boa noite.
Por favor esclarece-me. Referes que os mirones tabanqueiros que se juntaram, "seriam também de côr azul". Ipsis verbis. O que eu preciso de saber, esclarecidamente,é se os ditos já eram azuis antes de serem mirones, ou se ficaram azuis depois do acto de mironar, e, neste caso, se ficaram azuis pela miragem das graciosas bajudas, ou por qualquer outra razão.
Confio na tua perspicácia e no ulterior esclarecimento, pois brevemente vou-me encontrar com eles, que não conheço de lado nenhum, e poderá ser mais um elemento a ter em conta para os identificar.
Pois no meu caso, na eventualidade de me encontrar tu cá, tu lá, com as interessantes criaturas, acho que ficaria verde. Verde de esperança, ainda que o encontro tardio as pudesse inibir da criação de esperanças.
Faço votos de que os referidos Tabanqueiros guardem a recordação da revista por muitos e bons anos.
Abraços
José Dinis
Ai Zé Dinis, Zé Dinis... estás a ler à pressa...
O que era azul, e vê-se bem, era o saco do Vacas de Carvalho. Depois, parece que feita a revista ao saco, lá foram encontradas rações "para o combate". Segundo os mirones essas "rações" é que seriam constituídas por caixas pequenas, alegadamente azuis ou contendo comprimidos azuis, não percebi bem. Não eram os mirones, eram as caixas...
Hélder S.
José Dinis,
Tens de descobri-los! Não é difícil.
Começa a falar em bajudas em voz alta que eles arruman-te logo!
Bajudas? Silêncio!
Os professores na matéria são o Cabral e o Vacas de Carvalho.
Dizem que em Missirá foi tudo passado à "Espada".
És piriquito nisto, mas vais ver que é das parelhas mais fixes da Tabanca. Com eles só podemos estar bem dispostos.
Do tamanho do Cumbijã, um abraço para ti e para eles.
Mário Fitas
Senhor Alferes de Cavalaria Vacas de Carvalho: Vamos lá a saber que raio de ração de combate é que é essa que agora é servida nas novas forças armadas, e que tem a aprovação ou a chancela da NATO...
E o senhor régulo de Fá Mandinga, Jorge Cabral ? O que é essa dos comprimidinhos azuis ? Há um porvérbios dos tugas: "Casa em que caibas, vinha quanto bebas, terra quanto vejas"
Quinino e pacotes de sal ao almoço, contra o paludismo e a desidratação... E, mais discretamente, a pomadinha antivenérea, para aquelas ocasiões em que o tuga se lembrava das palavras solenes que ouvira na instrução militar, lá metrópole:
"O homem deve cheirar a pólvora e a mulher de incenso" ou "Debaixo da manta tanto faz a preta como a branca"...
Amigo Mário!
Vejo-me obrigado a repor a Verdade! O que aconteceu foi o seguinte: As bajudas da P.E ao escutarem a minha conversa com o Vacas, quiseram saber o que era "partir bolota", pensando tratar-se de linguagem cifrada. Bolota? Recusámos explicar, o que nos valeu imediata detenção no Forte. Aí, entusiasmado, pretendi "meter o chico" confessando-me bajudófilo, especialista em psicomamária. Resultado - puseram-me a dormir...
... Sonhei, e no sonho as polícias transformaram-se, surgindo como Cumba Sanhá e Fati Baldé, de visita ao meu abrigo em Missirá. Juro que, (no sonho, é claro) não usei nada em azul...
Abraço do Tamanho da Amizade
Jorge Cabral
Caro Jorje Cabral,
Continua a ter bons sonhos!
Mas olha meu amigo, não deixes de treinar. É preciso estar em forma!
Um abraço, e desculpa a brincadeira.
Mário Fitas
Oh, Jorge Cabral, não será "partir catota"?
No Alentejo é que se parte a bolota, ou come-se a bolota toda de uma vez.
Já ouvi chamar muitos nomes bonitos e feios áquela coisa fofa e peluda, atributo de perfumadas bajudas, damas de companhia e vetustas marafonas, mas denominarem-na "bolota" é a primeira vez.
Um abraço,
António Graça de Abreu
Bolota?
Batota?
Marmota?
Elas ouviram mal...
Mesmo Cota
Continuo Alfero Cabral.
Era claro,"parte CATOTA"
Abraço Grande
Jorge Cabral
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