1. Mensagem de Mário Beja Santos* (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 17 de Dezembro de 2010:
Queridos amigos,
A tese de mestrado de Álvaro Nóbrega é um trabalho digno de crédito, abre portas, favorece discussões salutares, alarga o horizonte polémico do conflito e da violência entre guineenses fora do contexto da luta armada.
É mais uma achega bibliográfica que justifica a indispensabilidade do blogue para a consulta dos estudiosos.
E após esta pausa sigo para os meus deveres na Operação Tangomau.
Um abraço do
Mário
A luta pelo poder na Guiné-Bissau
Beja Santos
Que a África é o continente com maior número de conflitos instalados parece ser matéria inquestionável. O que se passa neste momento na Costa do Marfim arrisca a repetir-se noutros pontos. Há situações adormecidas na Somália, Ruanda, Serra Leoa, Zaire, Zimbabué, Nigéria e (oxalá não fosse) a Guiné-Bissau. É um continente que conhece um processo tumultuoso na sua democratização. Os tempos difíceis da Guiné-Bissau tem vivido prendem-se com uma lógica do uso do poder que não vem de ontem. É o historial dessa lógica que levou Álvaro Nóbrega a lançar-se numa tese de mestrado que tomou em conta a longa tradição dos factores de conflito na Guiné e toda a problemática das crises de liderança que emergem da luta armada até à actualidade.
O resultado é estimulante e abre pistas bem curiosas para melhor compreender a Guiné-Bissau da actualidade (“A luta pelo poder na Guiné-Bissau”, por Álvaro Nóbrega, ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 2003).
Que propõe o investigador, acima de tudo? Identificar os mais salientes factores endógenos que contribuem para exercício da violência no poder e para compreender a resposta do poder político local na resolução dos conflitos. Para tal, o estudioso recorreu a trabalho de campo, procedeu à história oral, mergulhou nos arquivos, rodeou-se de bibliografia elementar, assim chegou a uma cartografia onde foi posicionando os instrumentos da sua análise, vejamos a que conclusões acabou por chegar, em consonância com a sua pesquisa e análise.
Primeiro, questionando a Guiné-Bissau como unidade política autónoma, desvela que apesar da exiguidade de recursos, o país possui algumas condições para manter a sua integridade: possui uma língua franca, o crioulo, hoje a generalidade da população usa-a supletivamente ao português; não há incompatibilidade étnica estrutural, se bem que o peso do direito costumeiro tenha uma importância indiscutível; não há uma clivagem agressiva entre etnias politicamente descentralizadas (caso dos Balantas ou Felupes) e etnias politicamente centralizadas (caso dos Papéis ou dos Bijagós), a zona islamizada do país não revela pretensões hegemónicas e muito menos fundamentalistas; a apropriação de terras não tem gerado conflitos étnicos, pelo contrário verifica-se que a ocupação do território após a independência se tem desenvolvido pacificamente; o espaço urbano de Bissau é o verdadeiro quebra-cabeças do país, a cidade cresce anarquicamente, a qualidade dos serviços é paupérrima e os habitantes não dispõem dos equipamentos minimamente necessários para se falar numa qualidade de vida satisfatória; se não há fome o mesmo não significa que não haja carências alimentares, graças aos recursos piscícolas e ao uso da terra a base da auto-sustentação permite que não se morra de fome; enfim, país maioritariamente agrícola, dependente de uma monocultura (caju), com elevadas riquezas na plataforma continental marítima, a Guiné-Bissau dá pouca esperança aos seus trabalhadores especializados, dispõe de muito poucas indústrias, não investe não habilitações técnico-profissionais, criou a habituação e a resignação na dependência da ajuda internacional.
Segundo, a Guiné tem uma longa tradição de violência, e não só dos autóctones contra os portugueses. Álvaro Nóbrega convoca a historiografia para nos recordar o que foi a via-sacra das operações militares das autoridades portuguesas até 1936, os conflitos interétnicos, a violência das tradições (aqui entendidas como os cerimoniais animistas que envolvem oferendas de vitimas e a imolação de animais, a feitiçaria, o peso da justiça tradicional, os infanticídios rituais, a antropofagia, o roubo de gado, isto para já não falar na prática social corrente das sociedades escravocratas). Nomeadamente a partir da luta armada, a Guiné-Bissau viu-se confrontada com o novo tipo de conflito latente, entre a modernidade sociopolítica e cultural e o peso da lógica tradicional. Logo a seguir à independência, o PAIGC acreditou que bastava fuzilar ou demitir as autoridades tradicionais e substitui-las pelos comités de tabanca para que o país desse um salto para a modernidade. Nada aconteceu assim, depois do golpe de 14 de Novembro de 1980 voltou-se ao compromisso com o direito costumeiro, a justiça tradicional e o poder dos chefes locais. Violência dissimulada ocorreu entre a burguesia cabo-verdiana que dominou ideologicamente o PAIGC e os combatentes guineenses; no entretanto, com a morte de Amílcar Cabral que, como se veio a descobrir, era o único produtor ideológico singular, o pensamento político dentro do PAIGC conheceu altos e baixos e atracções pelo socialismo tipo soviético até pulsões da mais descarada liberdade de mercado. Que detém o poder do dia possui uma visão patrimonial do Estado, constrói os seus mecanismos de recompensas materiais, cria cadeias de lealdade, destitui e nomeia a seu belo prazer.
Terceiro, o autor vem interrogar toda esta luta pelo poder a partir dos nacionalistas que se afirmaram na Casa de Estudantes do Império, prossegue com a análise da especificidade guineense da passagem à luta armada, descreve os acontecimentos do Congresso de Cassacá, em que Amilcar Cabral mandou punir os comandantes torcionários que aterrorizavam as populações, recorda o assassinato de Amílcar Cabral e o estranhíssimo silêncio que continua a envolver a conspiração, enuncia os crimes perpetrados e os ajustes de contas com quem foi leal com as autoridades portuguesas, explica as razões do chamado “Movimento Reajustador” e a repressão subsequente, demissão de políticos, golpes de Estado fantoches, perseguições pessoais, etc. A partir do momento em que o comunismo colapsou, até mesmo os radicais do PAIGC se aperceberam que devia haver mudança, entretanto chegara-se ao colapso económico, ao défice público permanente, dentro do PAIGC estalaram as facções e a aura messiânica de Nino Vieira caminhou para o acaso. Assim se chegou ao conflito de 1998 – 1999 que veio exaurir a Guiné, levar Nino Vieira ao exílio, ao assassínio bárbaro do brigadeiro Ansumane Mané e à ascensão do demagogo Cumba Ialá, por sua vez forçado a demitir-se depois de uma presidência de tragicomédia.
De tudo isto, que conclui o investigador? A complexidade do carácter nacional em que, curiosamente, “a diversidade é uma riqueza, mas contém em si um potencial de conflito”; o PAIGC continua a ser o eixo central do sistema político, com desavenças e reconciliações; na Guiné-Bissau, a luta política não pode ser dissociada da violência que terá as suas raízes no passado militar de muitos dos dirigentes do PAIGC; regista-se uma cristalização do pensamento de Cabral, ele é utilizado arbitrariamente, oportunisticamente ou, em desespero de causa, como o único cimento possível para invocar a lógica nacional; se durante a luta armada, e até 1980, os militares estavam enquadrados pelos dirigentes políticos, com Nino Vieira o poder militar superlativou-se e é hoje uma roda livre na cultura do poder. A retoma pela subordinação do militar ao político é uma das pedras essenciais para que se possa vir a falar na sinceridade e justeza do processo democrático.
Álvaro Nóbrega analisa com rigor todas as peças deste conflito, a leitura do seu estudo é recomendável para quem queira perceber a essência e a expressão do conflito permanente em que vive a classe política na Guiné-Bissau e como está divorciada dos reais interesses das populações.
__________
Notas de CV:
(*) Vd. poste de 18 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7462: Operação Tangomau (Mário Beja Santos) (6): Bambadinca, recordações da casa dos mortos
Vd. último poste da série de 17 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7456: Notas de leitura (178): Breves Considerações Sobre Plâncton - Copépodes da Guiné, de Dr.ª Emerita Marques (Mário Beja Santos)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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9 comentários:
Que confusão! Ou então eu não sou suficientemente inteligente para entender a inteligência do MBSantos. Leio, nas suas palavras:
"(Na Guiné) não há incompatibilidade étnica estrutural, se bem que o peso do direito costumeiro tenha uma importância indiscutível; não há uma clivagem agressiva entre etnias politicamente descentralizadas (caso dos Balantas ou Felupes) e etnias politicamente centralizadas (caso dos Papéis ou dos Bijagós), a zona islamizada do país não revela pretensões hegemónicas e muito menos fundamentalistas; a apropriação de terras não tem gerado conflitos étnicos, pelo contrário verifica-se que a ocupação do território após a independência se tem desenvolvido pacificamente."
E logo de seguida leio na literata recensão do MBSantos:
"A Guiné tem uma longa tradição de violência, e não só dos autóctones contra os portugueses. Álvaro Nóbrega convoca a historiografia para nos recordar o que foi a via-sacra das operações militares das autoridades portuguesas até 1936, os conflitos interétnicos, a violência das tradições (aqui entendidas como os cerimoniais animistas que envolvem oferendas de vitimas e a imolação de animais, a feitiçaria, o peso da justiça tradicional, os infanticídios rituais, a antropofagia, o roubo de gado, isto para já não falar na prática social corrente das sociedades escravocratas). Nomeadamente a partir da luta armada, a Guiné-Bissau viu-se confrontada com o novo tipo de conflito latente, entre a modernidade sociopolítica e cultural e o peso da lógica tradicional. Logo a seguir à independência, o PAIGC acreditou que bastava fuzilar ou demitir as autoridades tradicionais."
Chega.
O Mário Beja Santos é o que é, o seu protagonismo no blogue também é o que é.
Mas haja rigor.
Abraço,
António Graça de Abreu
Camaradas,
O "enfant térrible" anda aí, à solta, a gozar os rigores da história, as crueldades analíticas, e exprime-se em verborreias atinadinhas contra os que deveriam ver telenovelas, em lugar de sintonizarem o blogue. Lá, do alto de onde se imagina, sentado na tipóia que quatro ou cinco acólitos sustentam, espalha a sua justiça criteriosa, que, por vezes, merece reparos de todos os lados do espectro, a que ele, com prudente superioridade, não responde.
Sossega por uns momentos, mas os bichinho carpinteiros que lhe abundam na fauna intelectual, impelem-no à traquinice, a pretexto de um qualquer rigor que lhe sirva de tapete.
Sem o traquinas o nosso blogue poderia persistir? Poderia... mas não seria o mesmo.
Abraços
JD
CMS,
Deixem o BEJA SANTOS divagar, escrever, conje(c)turar ???, recriar,...
CMS
Sabes meu Caro Carlos MS, a força do "meu" Grupo e da "minha" Companhia, que é a tua, esteve sempre assente em determinados valores. Um deles era a Amizade entre nós e de nós para com os nossos amigos. O Mário BS era, e é, um deles. Por isso nunca por derrotados nos sentimos. Fomos muito maltratados. Nunca reclamamos e a união, o viver sem privilégio algum do soldado básico ao capitão deu-nos a força suficiente para vencer.Diferentes e iguais...
Aceito a critica, o pensar de forma diferente. É necessário e, felizmente, é prática aqui neste Blogue que me ensinaste o caminho.
Ainda bem que existe. Mas aborrece só que dá força ao blogue...é a selecção natural...e, como diz o JD,... podia...mas não seria o mesmo.
Abraço fraterno e Camarada T
Obrigado Beja Santos, é mais um livro que lês por mim, como já leste vários e espero que continues.
Para fazer melhor a minha interpretação precisava de saber se Alvaro Nobrega é oriundo de África ou de Portugal.
Pelo nome não me parece que seja balanta nem fula.
Obrigado
Antº Rosinha
Caro Zé Dinis
Aquela do enfant térrible, etc., era comigo?
Se era, agradeço-te. Somos plurais como o mundo.
E também gostei muito da tua última frase:
"Sem o traquinas o nosso blogue poderia persistir? Poderia... mas não seria o mesmo."
Se era comigo, agradeço outra vez.
Mais vale ser menino toda a vida do que velho...Não acrescento mais.
Se me queres conhecer, além do Diário da Guiné, tenho mais 14 (catorze) livros publicados.
Está lá quem eu sou.
Sem o velho Zé Dinis, o nosso blogue podia persistir? Poderia..., mas não seria a mesma coisa. Seria melhor.
Uma Páscoa Feliz, com muitas amêndoas no sapatinho.
Nós não somos inimigos,
às vezes até gosto de ti.
Abraço,
António Graça de Abreu
Caros camarigos
Estas coisas intrigam-me bastante.
O nosso camarigo AGAbreu é um homem da 'escrita', com obra feita, aliás como ele próprio refere em comentário acima, quando nos lembra que "para além do Diário da Guiné, tenho mais 14 (catorze) livros publicados", sendo certo que foi através do seu 'Diário' que cheguei ao Blogue e também já tive oportunidade de ler poesia sua e também traduções, que gostei bastante.
É o AGAbreu, portanto, um homem familiarizado com a palavra, escrita e não só, com capacidade para ler e interpretar.
Por esse motivo não consigo descortinar porque é que reage, saltando como uma mola, para cima do MBSantos, sempre que aparece um escrito deste, e aparecem muitos, e portanto, muitas 'reacções' do AGAbreu.
Neste caso concreto, do post que suporta e justifica estes comentários, há um vício de argumento que me arrepia e me incomoda, pois se o AGAbreu é tudo o que acima escrevi, como se pode entender a deturpação da análise que serve para zurzir no MBSantos? Esquizofrenia persecutória? Alvo preferencial? Mas... para atingir realmente o quê? É ainda, e mais uma vez, a questão da utilização das palavras "diário da Guiné"? É o referido 'protagonismo' (leia-se profusão de artigos) do MBSantos?
E escrevi 'deturpação' porque é disso que se trata.
No artigo que o MBSantos nos oferece, ele está, mais uma vez, a fazer 'a sua apresentação' dum livro que leu e do qual nos faz um resumo. Não li que o que está escrito fosse a sua (dele, MBSantos) opinião, quanto à 'bondade' do conteúdo. Poder-se-ia perguntar-lhe se acaso ele perfilha ou não as opiniões, pontos de vista, versões, etc., do autor do livro, mas não é disso que se trata nem é isso que o AGAbreu questiona.
O que o AGAbreu faz é 'atirar-se' ao MBSantos, procurando evidenciar as contradições das teses, ou teorias, constantes nos excertos repescados avulso do conteúdo do artigo, procurando mostrar assim que o MBSantos é um poço de contradições conforme se poderá observar pelo que ele salienta, e tudo isso atribuindo a 'paternidade' das teses ao MBSantos.
Ora aqui é que está o 'busílis'.
Não tendo eu as capacidades que inegavelmente tem o AGAbreu, consigo ler que o MBSantos faz a referência à existência do livro, tese de mestrado, reflecte sobre o que o autor produziu e escreve "vejamos a que conclusões acabou por chegar, em consonância com a sua pesquisa e análise."
A partir daqui apresenta o que entende terem sido as conclusões do autor e dá-lhes uma ordenação: 'primeiro', 'segundo', 'terceiro'... e após isso apresenta um outro parágrafo onde interroga: "De tudo isto, que conclui o investigador?".
Do que li, parece-me abusivo atribuir ao MBSantos a autoria das idéias expressas nas frases contidas em parte dos 'primeiro' e 'segundo' pontos...
Por isso, e porque acho improvável que o AGAbreu não se tenha dado conta que o MBSantos está a citar o conteúdo do livro é que entendo que a confusão não é inocente mas, sendo assim, também não 'atino' com o 'para quê' de tal atitude.
Um abraço
Hélder S.
Volta não volta, voltamos ao mesmo.
Prezo os camaradas AGA, MBS, JMMD e tantos outros, diria 99,999% dos tertulianos deste blogue. Só não aprecio as picardias e os ataques pessoais, sem fundamento, neste espaço que se quer seja de troca de opiniões, discordância, quando a houver, mas dentro do respeito mutuo.
Parece que aqui já foi dito, que os problemas pessoais se resolvem com as mensagens directas, ou numa mesa, quer a tomar um café ou a comer um cozido à portuguesa.
Por favor não usem este espaço para se digladiarem, nem puxem das G3, expressão usada e abusada por outro nosso camarada.
Repensem o vosso modo de interagir principalmente nesta época de paz e concórdia.
Aqui já não utilizamos as G3, só o teclado, e para confraternizar, trocando ideias.
Bom Natal, e para os não crentes, Bom Solstício.
Carlos
Vamos lá a esta hora, pôr alguma coisa concreta nisto tudo.
É claro que não tenho o dom da escrita. Mas escrevo aquilo que sinto.
Ainda não estou atacado pelo primo alemão, portanto desculpem-me a frontalidade das palavras.
Começo pelo fim:
Meu caro Carlos, sem picardia não há debate! As G3 já passaram à história, pois esse gajo já fala em mísseis. Mas não é por aí que temos problemas.
Cada homem tem a sua estrutura o seu "modus vivende" por esse motivo por vezes o Blogue se torna emotivo.
Caro Helder, mantenho em mente o comentário no P7425, por isso também digo que vou estando com atenção.
Problemas!?
Só quem não queira ver as coisas sabe perfeitamente o problema entre o AGA e MBS. Precisamente tu que estás aqui ao lado chegas-te lá. Coisa simples:
-Plagiagem de titulos de livros.
-Guerra militarmente perdida.
São estes a meu ver os problemas entre aqueles dois Tabanqueiros.
É claro que isto já foi batido e rebatido.
Mas agora a ferida reabre-se com as incongruências. Eu digo!
O MBS agora na nossa adorável Guiné, está com os seus nossos homens. Mas as suas posturas aqui no Blogue foram outras.
Ainda hoje estou à espera da documentação que o MBS deve apresentar por tal facto (não acontecido). Como não quero (a não ser que me obriguem) entrar em questões politicas, fico-me.
Porque as coisas são como são e a descrição pelo Nelson Herbert sobre a posição do Baciro Dja é para mim um sinal de esperança.
Aliás confirma o que de nós lá ficou, e como o Helder diz e bem, nem todos foram abatidos como por aí se diz.(Pssivelmente os melhores) que nos guardavam as costas.
Para terminar e não vos chatear mais, digo-vos sinceramente que estou a gostar (apesar das incongroências pessoais) das imagens que o MBS está a enviar da Guiné. No entanto digo aqui com toda a frontalidade que sou contrário às suas teses sobre a "guerra militarmente perdida" e pior ainda (volto à vaca fria), o MBS tem de me explicar aqui, a mim de "FARDA AMARELA E CAMUFLADO" a herança de Spínola. É ponto de honra para um "LASSA" das margens do Cumbijã.
Para toda a Tabanca o grade abraço do tamanho do Cumbijã.
Mário fitas
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