Foto nº 28 > Porto fluvial de Bambadinca, no Rio Geba... Enmbarque de vacas... Do outro lado era a bolanha de Finete e o caminho para Missirá, o destacamento mais avançado do Setor L1 na região do Cuor
Foto nº 32 > Embarque de vacas, muito provavelmente para o BINT (Batalhão de Intendência)
Foto nº 29 > Não tenho a certeza, mas na foto parece ser o fur mil amanuense do CA [Conselho Administrativo] da CCS/BCAÇ 2852 (1968/70), o Manuel António Rodrigues Brás
Foto nº 30 > Mais um aspeto da atribulada operação de embarque de vacas
Foto nº 31 > Em primeiro plano, à direita, o fur mil Lopes, de camuflado, o autor destas fotos
Foto nº 33 > Dois barcos civis acostados à margem esquerda do Rio Geba (Estreito) em Bambadinca... Em geral eram barcos fretados pelo BINT (Batalhão de Intendência, de Bissau)
Foto nº 34 > Rio Geba (Estreito)... O cais acostável de Bambadinca... Estes fotos (as de cima, de 28 a 32) devem ser de finais de 1969, já no tempo da CCAÇ 12, e da autogrua Galion, chegada a 24/11/1969, e que veio melhorar as operações de cargas e descargas.
Na foto, vê-se por detrás do cais o entreposto do pelotão de intendência.
Na foto, vê-se por detrás do cais o entreposto do pelotão de intendência.
Foto nº 35 > Esta foto e as anteriores (33, 34) não tenho a certeza se são da mesma época. Estas gruas, azuis, mais pequenas foram substituídas em 24/11/1969 pela autogrua Galion, mais potente.
Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Fotos do álbum do nosso camarada José Carlos Lopes, que era fur mil, amanuense do Conselho Administrativo (CA) da CCS... Não se percebe muito bem se é um embarque ou desembarque de vacas no porto fluvial de Bambadinca... (Provavelmente a numeração das fotos é arbitrária, não é sequencial...). Mas é mais provável tratar-se de um embarque. A zona leste fornecia gado vacuum para outras partes da Guiné, incluindo o "ventre" de Bissau (onde o bifinho com batatas fritas e ovo a cavalo era o prato favorito da tropa que vingam do "Vietname", sinónimo de "mato & porrada").
O CA da CCS era presidido pelo 2º comandante do batalhão. O chefe da contabilidade era o alf mil Nelson de Sousa Ribeiro Adão, o tesoureiro o alf mil Carlos Augusto Correia... Havia dois furriéis amanuenses, os já supracitados José Carlos Lopes e Rodrigues Brás...
Do Lopes lembro-me muito bem, de resto já nos temos encontrado (, a última das quais, em circunstâncias infortunadas, no funeral da nossa querida amiga Teresa Reis, esposa do Humberto Reis), somos de resto quase vizinhos, e ainda ontem falei com ele ao telefone, a pedir-lhe autorização para publicar estas fotos que me vieram parar às mãos, em Coimbra, num dos últimos encontros do pessoal de Bambadinca (1968/71)... Havia ainda dois 1ºs cabos escriturários, o Manuel Ferreira da Costa e o Rui Manuel de Matos M. Flor.
Do Lopes lembro-me muito bem, de resto já nos temos encontrado (, a última das quais, em circunstâncias infortunadas, no funeral da nossa querida amiga Teresa Reis, esposa do Humberto Reis), somos de resto quase vizinhos, e ainda ontem falei com ele ao telefone, a pedir-lhe autorização para publicar estas fotos que me vieram parar às mãos, em Coimbra, num dos últimos encontros do pessoal de Bambadinca (1968/71)... Havia ainda dois 1ºs cabos escriturários, o Manuel Ferreira da Costa e o Rui Manuel de Matos M. Flor.
Estou grato ao Lopes por querer partilhar, connosco, estas fotos, de grande valor documental... Quem terá comido os bifes destas vacas ? Talvez a malta do BINT possa (e queira) ajudar a melhorar as legendas das fotos. Em Bambadinca, havia um Pelotão de Intendência (PINT), e um grande entreposto junto ao rio. O movimento portuário era constante, obrigando-nos a montar segurança, na outra margem, na zona do famigerado Mato Cão (onde será mais tarde, no tempo do BART 2917, montado um destacamento permanente).
Nesta altura (finais de 1969) já estava a operar a autogrua Galion, no cais (um pontão de madeira!) de Bambadinca... O Rio Geba era navegável até Bafatá, mas do Xime para cima o curso do rio, sinuoso e mais estreito, só permitia a navegação de pequenas embarcações militares (LDM, LDP, lanchas) ou civis (por exemplo, da Casa Gouveia)...
O transporte desta grua, do Xime até Bambadinca, foi uma epopeia, a cargo da CCAÇ 12!,,, Fazia anos o Tony Levezinho no outro dia, 24 de novembro de 1969... A grua atascou-se na estrada Xime-Bambadinca, bebemos o "champagne" refrescado com a água da bolanha, na noite de 23 para 24, enquanto montávamos segurança à "prenda" enviada pela Engenharia Militar...
O transporte desta grua, do Xime até Bambadinca, foi uma epopeia, a cargo da CCAÇ 12!,,, Fazia anos o Tony Levezinho no outro dia, 24 de novembro de 1969... A grua atascou-se na estrada Xime-Bambadinca, bebemos o "champagne" refrescado com a água da bolanha, na noite de 23 para 24, enquanto montávamos segurança à "prenda" enviada pela Engenharia Militar...
O pai do nosso amigo e grã-tabanqueiro Nelson Lopes Herbert, de seu nome Armando Duarte Lopes, uma antiga glória do futebol caboverdiano e guineense ("Armando Bufallo Bill, seu nome de guerra, o melhor futebolista da UDIB, do Benfica de Bissau, internacional pela selecção da antiga Guiné Portuguesa"...) , trabalhou na administração do porto fluvial de Bambadinca, entre 1969 e 1971... O que só vem comprovar que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande! (L.G.)
Fotos: © José Carlos Lopes (2012). Todos os direitos reservados.
5 comentários:
Confirmei, na história do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) a história da autogrua Galion...A viagem atribulada do Xime para Bambadinca não consta... muito menos a nossa noite, ao relento e aos mosquitos, entre 23 e 24/11/1969, quando o Tony Levezinho fez 22 anos...
Na história da undidade, lê-se que no dia 25/11/1969, o 2º comandante do BENG 447 visitou a sede do batalhão, visita essa que só pode estar relacionada com a entrega da autogrua Galion que permitiu melhorar as operações de carga e descarga no porto fluvial de Bambadinca...
As fotos do Lopes só podem ser dessa época: finais de 1969... Em finais de maio de 1970, chegaram, os "periquitos" do BART 2917...
As gruas de cor azul são as autogruas FUCHS.
Vasco Ferreira
Olá Camarada
Em 1972, assisti ao embarque de vacas no cais de Bambadinca com o auxílio da tal Gallion. Vi que o animal era içado pelos cornos e, curiosamente, chegava vivo ao interior do barco. Foi no tempo do BArt 3873 e responsável era o 2º Cmdt Maj. Sousa Telles. Recordo a manobra de inversão do sentido de marcha do barco. Atracava ao cais e ficava preso pela proa. Depois, com o motor a toda a força, rodava sobre aquele ponto e ficava pronto para descer o rio a favor da corrente.
Um Ab.
António J. P. Costa
Caros amigos,
Na minha juventude vi centenas de vacas serem embarcados nos Açores com destino aos mercados da Madeira e do Continente. Ali, de uma maneira geral, os animais eram tratados com o respeito possível.
Nas ilhas que eu conhecia na altura, Flores e Faial, os animais eram içados individualmente com colete-cinta que imobilizava o tronco do animal, sem o magoar.
O que eu vejo nestas fotos, sem julgar ninguém, é pura e simplesmente aberrante, diria inacreditável se a prova não estivesse nas fotos.
E o António J. P. Costa confirma a crueldade para com gado vacum a ser içado pelos cornos.
Pelo que pergunto, seria inconsciência colectiva ou ninguém saberia mesmo o que estava a fazer?
Com amizade, um abraço do
José Câmara
Camarada
Quero esclarecer que a cena a que assisti e o "método" utilizado eram consequência de uma sugestão da população que achava que aquela coisa das cilhas demorava muito tempo e era muito complicada, pois os animais não aceitavam muito serem encilhados.
Um Ab.
António J. P. Costa
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