(1) Quando é que descobriste o blogue?
R - Descobri o Blogue no dia 26 de Dezembro de 2012.
(2) Como ou através de quem (por ex., pesquisa no Google, informação de um camarada)?
R - Através de pesquisas no Google, quando procurava temas relacionados com a guerra colonial na Guiné.
(3) És membro da nossa Tabanca Grande (ou tertúlia)? Se sim, desde quando?
R - Sou membro da nossa Tabanca Grande desde 5 de Janeiro de 2013 com o número 597.
(4) Com que regularidade visitas o blogue (Diariamente, semanalmente, de tempos a tempos...)?
R - Vejo o Blogue quase diariamente, à noite, quando estou à espera do sono.
(5) Tens mandado (ou gostarias de mandar mais) material para o Blogue (fotos, textos, comentários, etc.)?
R - Já mandei material para o Blogue. Fotografias do Sal (Cabo Verde), Bissau, Bissorã e Olossato. Enviei também alguns textos e um filme sobre a CArt 566 realizado pelo Comandante da Companhia.
(6) Conheces também a nossa página no Facebook [Tabanca Grande Luís Graça]?
R - Conheço bem a nossa página do Facebook, Tabanca Grande, Luís Graça. Tenho como endereço: https://www.facebook.com/jose.mirandaribeiro.
(7) Vais mais vezes ao Facebook do que ao Blogue?
R - Ultimamente tenho ido menos vezes consultar o Blogue, do que o Facebook por este, ser novidade para mim.
(8) O que gostas mais do Blogue? E do Facebook?
R - Gosto mais do Blogue, porque nos dá mais informações sobre a Guerra Colonial na Guiné, fala dos nossos camaradas conhecidos e desconhecidos, que agora, muitos já passaram a ser do meu conhecimento.
(9) O que gostas menos do Blogue? E do Facebook?
R - Nestes quatro meses, não encontrei nada, que mereça a classificação “de não gostar”. De um modo geral, tudo me tem agradado. Se encontrar alguma vez, algo que não concorde, saberei fazer a minha crítica construtiva.
(10) Tens dificuldade, ultimamente, em aceder ao Blogue? (Tem havido queixas de lentidão no acesso...)
R - Tenho tido algumas dificuldades, em aceder ao Blogue, mas a pouco e pouco vou aprendendo a procurar os assuntos, que mais me têm cativado. O meu maior problema é escrever nos espaços apropriados. Vou tentar vencer esta dificuldade, porque eu sou “um jovem” interessado em aprender e as minhas netas dão-me lições de Informática, em troca das explicações de Matemática que habitualmente lhes dou.
Em relação à lentidão no acesso ao Blogue e ao Facebook, a que se refere o Inquérito, informo que, para mim, não tem havido qualquer lentidão.
(11) O que é que o Blogue representou (ou representa ainda hoje) para ti? E a nossa página no Facebook?
R - Como encontrei o Blogue, há relativamente pouco tempo, o que ele representa para mim é o que ele representou no início. O Blogue e a nossa página no Facebook representa para mim o reviver de tempos passados, que nunca mais esquecerei. É a falar nos episódios difíceis, onde eu fui protagonista, e que me marcaram psicologicamente, que encontro a “cura” para o meu stress de guerra.
Creio que foi uma ótima ideia a sua criação e oxalá continue, cada vez com mais entusiasmo e que os camaradas mais novos, não o deixem morrer, pois que muitos temas, aqui abordados, poderão mais tarde contribuir para a história da Guerra Colonial, em especial no que se relaciona com os militares que nela participaram.
Nas invasões francesas, por exemplo, só se fala em generais, Junot, Massena, Ney, Loison (o Maneta), Claussel, Solignae, etc. e do lado das tropas portuguesas fala-se excecionalmente no Furriel Vitorino de Barros Carvalhais, que comandou um grupo de 15 académicos (milicianos), que com a ajuda de muitos populares impediram as tropas francesas de entrarem na cidade de Coimbra.
Quem defende a sua Pátria, a sua terra, a sua família tem mais força, mais coragem do que quem ataca. Da nossa Guerra Colonial poderá falar-se, um dia, nos valentes soldados de qualquer secção de 9 homens, muitas vezes com poucas munições, que tiveram de se defender de grupos inimigos, com mais de 200 elementos.
Na minha opinião, nós na Guiné defendiamo-nos, a nós próprios e aos nossos companheiros. Um dia, num domingo de manhã, depois de ter chovido abundantemente toda a noite, recebi ordens para ir com a minha Secção realizar uma patrulha de reconhecimento nos arredores do Olossato. Na minha Secção tinha três elementos voluntários africanos, um mandiga, outro balanta e o terceiro era manjaco, cujos nomes já passaram ao esquecimento. O mandinga, era quase o meu braço direito, ia sempre perto de mim e fazia-me observar muitas anormalidades. Naquele dia, repentinamente mandou parar todos, e disse-me que queria ir sozinho à frente para observar.
Falou numa linguagem clara que era quase a Língua Portuguesa, Eu concordei e ficámos todos parados em alerta. O mandinga volta para trás e disse: - Vêem aqui estes passos, de pés descalços a saírem do capim? Foi alguém (deles) que veio ver se a armadilha, que aqui terá colocado, já rebentou, porque depois voltou para trás. Disse isto, mostrando-nos as pegadas em sentido contrário.
Com as facas do mato preparámos umas varas compridas cortadas de uma árvore que parecia um salgueiro. Com as varas esgravatámos aquele chão ainda encharcado da chuva da noite anterior. Finalmente encontrámos, a poucos metros, uma mina antipessoal que tinha o tamanho aproximado de uma caixa de fósforos. Qualquer um de nós poderia ter ficado sem uma perna, como já acontecera antes. Nenhum era especialista em minas e armadilhas, por isso, levámos aquela mina com todo o cuidado, na palma da mão até ao quartel.
Cerca de 100 metros, antes de entrarmos pela porta do lado de Bissorã, vimos um papel pregado numa árvore, que dizia: “Salazaristas filhos da puta, ide-vos embora. Esta terra é nossa”.
Estas palavras deram-me muito que pensar. Só vi este problema a ser resolvido, ao chegarmos ao 25 de Abril.
(12) Já alguma vez participaste num dos nossos anteriores encontros nacionais?
R - Nunca participei em qualquer encontro da Tabanca Grande.
(13) Este ano, estás a pensar ir ao VIII Encontro Nacional, no dia 8 de junho, em Monte Real?
R - Já estou inscrito para o próximo Encontro Nacional que se irá realizar em Monte Real, no dia 8 de Junho.
(14) E, por fim, achas que o blogue ainda tem fôlego, força anímica, garra... para continuar?
R - Sou otimista e por isso acho que este Blogue ainda terá fôlego, força anímica e garra para continuar por mais alguns anos, mas é preciso que todos vão contribuindo, e fazendo pequenas intervenções, que possam motivar alguns dos nossos camaradas, que já se “sentem velhos” para relembrar o passado.
(15) Outras críticas, sugestões, comentários que queiras fazer.
R - Não tenho críticas a fazer, por enquanto, mas, como já disse anteriormente, se as fizer algum dia, serão críticas construtivas.
Como comentário quero confessar que me sinto triste de ser o único “tabanqueiro” da CArt 566.
Já fiz, sem sucesso, vários apelos aos “Bravos e Sempre Leais”, meus camaradas de Companhia, muitos deles que comparecem todos os anos na Serra do Pilar, onde temos uma cerimónia religiosa e na Parada daquele Quartel uma cerimónia militar, onde o nosso Ex-Comandante, a quem se deve todo o êxito da Companhia, coloca uma coroa de flores, com guarda de honra e ao toque de clarins, junto ao painel de pedra que contém o nome de todos os camaradas, daquela unidade, mortos em combate. O dia termina com um longo almoço, no Restaurante Boucinha, em Avintes, que é do nosso camarada Madureira. Ali o General Albuquerque Nogueira, que continua a ser a alma da CArt 566, recorda-nos, nos seus discursos “o esforço daqueles jovens na flor da idade, que deixaram a família, as namoradas e os amigos, para cumprirem o dever…”
José Augusto Miranda Ribeiro
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2. Respostas ao questionário do nosso camarada Manuel Dias Pinheiro Gomes (ex-1.º Cabo Radiotelegrafista do STM / Agrupamento de Transmissões da Guiné, Catió e Bissau, 1970/72):
1 - Em 23-12-2011.
2 - Através do camarada Hélder de Sousa.
3 - [Sou membro da Tabanca Grande,] desde Agosto 2012.
4 - [Visito o blogue] todos os dias.
5 - Pouco mas já mandei.
6 - Sim, conheço.
7 - Mais ao blogue.
8 - O passado que eu não conhecia.
9 - Gosto de tudo.
10 - Não nunca tive ] dificuldades de acesso ao blogue].
11 - Representa as memorias dos tempos que passei na Guiné.
12 - Ainda não.
13 - Sim, estou com ideias de estar presente [no VIIi Encontro Nacional, em Monte Real, dia 8 de junho].
14 - Penso que sim, ainda tem muito caminho para andar.
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3. Respostas ao questionário do nosso camarada Ernestino Caniço (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Rec Daimler 2208, Mansabá, Mansoa e Bissau, 1970/72):
(1) Quando é que descobriste o blogue?
R - Em 2010.
(2) Como ou através de quem? (por ex., pesquisa no Google, informação de um camarada)
R - Através do nosso camarada Manuel Traquina, no exercício da minha atividade profissional.
(3) És membro da nossa Tabanca Grande (ou tertúlia)? Se sim, desde quando?
R - Sim, desde 2011.05.21.
(4) Com que regularidade visitas o blogue? (Diariamente, semanalmente, de tempos a tempos...)
R - 1 a 2 vezes por semana.
(5) Tens mandado (ou gostarias de mandar mais) material para o Blogue (fotos, textos, comentários, etc.)?
R - Tenho mandado, condicionado à disponibilidade temporal e às ocorrências. Penso continuar.
(6) Conheces também a nossa página no Facebook [Tabanca Grande Luís Graça]?
R - Não.
(7) Vais mais vezes ao Facebook do que ao Blogue?
R - Ao Blogue.
(8) O que gostas mais do Blogue? E do Facebook?
R - As verdades.
(9) O que gostas menos do Blogue? E do Facebook?
R - As inverdades.
(10) Tens dificuldade, ultimamente, em aceder ao Blogue? (Tem havido queixas de lentidão no acesso...)
R - Não.
(11) O que é que o Blogue representou (ou representa ainda hoje) para ti? E a nossa página no Facebook?
R - O despertar de emoções só compreendidas por quem as viveu.
(12) Já alguma vez participaste num dos nossos anteriores encontros nacionais?
R - Sim.
(13) Este ano, estás a pensar ir ao VIII Encontro Nacional, no dia 8 de junho, em Monte Real?
R - Sim.
(14) E, por fim, achas que o blogue ainda tem fôlego, força anímica, garra... para continuar?
R - Com certeza que sim, até que haja um ex-combatente da Guiné “de pé”.
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Nota do editor:
Último poste da série de 20 de Maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11601: 9º aniversário do nosso blogue: Questionário aos leitores (51): Respostas (nºs 111/112): Carlos Sousa (CCAÇ 1801, Ingoré, Bissum-Naga, S. Domingos, Cacheu e Antotinha, 1968/69); e António Barbosa (2.ª CART/BART 6523, Cabuca, 1973/74)
3 comentários:
Zé Augusto:
Não fiques triste, bem prelo contrário, deves estar muito orgulhoso por representar, com tanta galhardia, a tua companhia!...
Estás sozinho, és o único ? Isso acontece com muitas outras unidades, representadas por um único camarada, aqui, na nossa Tabanca Grande.
Há uma explicação: a falta de "literacia informática", nada que não se ultrapasse (, nalguns casos com a ajuda de filhos e até de netos; temos aqui algumas camaradas representadas pelas filhas, numa prova de amor muita linda!!!).
Mas a nossa palavra de ordem continua a ser: "Camarada, tabanqueiro, traz mais um 'pira' contigo!"...
Vê se arranjas, pelo menos, fotos dos teus camaradas!... Salva pelo menos os seus álbuns fotográficos, condenados a irem parar ao caixote do lixo...
Um desafio ao nosso administrador e editores publica quantas unidades tem um só tabanqueiro para o nosso camarigo não ficar triste e quantas por lá passaram nos tempos da 566 que nem sequer dão sinal de vida outros tempos outras guerras.
Um abraço.
Colaço
1. Diz o José Augusto Miranda Ribeiro
20:15
Camarada Luís Graça, agradeço as tuas palavras.
Vou no próximo dia 8 a Monte Real e comigo vai um camarada da minha companhia. Possivelmente será um futuro tabanqueiro.
Um abraço JRibeiro.
2. Resposta de L.G.:
Força!... Tens que o convencer!... Além disso, és um avô babado, e com toda a razão. Deves ter uma netas queridas... Sublinhámos a amarelo o que disseste sobre ti e as tuas netas... É das coisas mais lindas que já li nestes últimos anos!...
Estou desejoso de te conhecer. Eu, ainda não tenho netos. Até Monte Real. Um abração. Luis
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