Guiné > Região do Oio > Farim > CCAÇ 2533 (Canjambari, 1969/71) > Finais de 1970/princípios de 1971 > O Luís Nascimento, 1º cabo op cripto, junto ao monumento ao BART 733 (Bissau e Farim, de 8/10/1964 e 7/8/1966).
Foto : © Luís Nascimento (2013). Todos os direitos reservados. [Edição: L.G.]
1. Mensagem, de 30 de janeiro último, do Luís Nascimento (ex-1º cabo op cripto, CCAÇ 2533, Canjambari e Farim, 1969/71):
Assunto: O Spínola que eu conheci ...
Quando da visita, e elas foram segundo me lembro três, duas a Canjambari, e uma a Farim (esta recordo-me como se fosse hoje ) do General Spínola,,,
Havia o cuidado de, durante a visita, nunca se chamar por qualquer motivo o nome do macaco 33, não fosse o general levar a coisa para o sério, pelo motivo de ser o seu número de aluno no Colégio Militar e de se saber que tinha as alcunhas copmo "o velho" e "o caco Baldé", entre outras.
Junto ao comando, o general faz as despedidas e entra no jipe que o levará à pista para embarcar no heli. Nesse momento digiro-me ao general e faço a apresentação proferindo as seguintes frases, jamais esquecidas:
Último poste da série > 29 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12217: O Spínola que eu conheci (30): Em Nova Lamego, no destacamento da FAP, com o saudoso piloto Cap Rodrigues (Vitor Oliveira, ex-1º cabo melec, BA 12, Bissalanca, 1967/69)
Assunto: O Spínola que eu conheci ...
Quando da visita, e elas foram segundo me lembro três, duas a Canjambari, e uma a Farim (esta recordo-me como se fosse hoje ) do General Spínola,,,
Havia o cuidado de, durante a visita, nunca se chamar por qualquer motivo o nome do macaco 33, não fosse o general levar a coisa para o sério, pelo motivo de ser o seu número de aluno no Colégio Militar e de se saber que tinha as alcunhas copmo "o velho" e "o caco Baldé", entre outras.
No dia da visita a Farim foi recebido por as entidades civis e militares sob a égide do Ten Coronel Agostinho Ferreira (o "metro e oito"), mais tarde deportado para Aldeia Formosa pelo general, talvez por não dar conta do corredor de Lamel que não conseguia estancar e que nem o ronco de Cuntima o salvou (será este o segredo da deportação?) ou, então, morreu no centro cripto do batalhão ou no inspetor da Pide de então.
Junto ao comando, o general faz as despedidas e entra no jipe que o levará à pista para embarcar no heli. Nesse momento digiro-me ao general e faço a apresentação proferindo as seguintes frases, jamais esquecidas:
– Venho desejar ao meu comandante um resto de festas felizes em companhia de restantes familiares. – Ao que ele retorquiu se eu precisava de algo, respondendo eu que não.
Foi uma despedida em beleza, batuque, manga de ronco e o cripto a ser alvo da curiosidade do maralhau de saber notícias da faladura entre o cripto e o general.
Aqui o homem (o Cripto) pôs a boca no trombone e vai daí entra na contra informação dizendo que o general iria mandar uma DO 27 com frescos e que a 33 em breve regressaria à metrópole. Ora isto de inventar tem os seus custos e o cripto é chamado com urgência à messe de Oficiais. Protocolo debaixo do braço e entra na dita e apresenta-se:
– Vossa Senhoria, meu comandante, dá-me licença? (Esperava fazer uma mensagem).
Mas logo pela voz do oficial superior sou surpreendido:
– Ó nosso cabo, quem é que lhe deu autorização de falar com o nosso general?
Retorqui que, como cabo cripto, já tivera contactos com o general quando a minha estadia em Bissau (QG e Forte de Amura) e que seriamos velhos conhecidos.
Foi tudo uma invenção minha que quase deu uma reunião de emergência, uma ia a conselho de guerra e a minha despromoção e a incorporação noutra comissão em Africa.
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Nota do editor:
Último poste da série > 29 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12217: O Spínola que eu conheci (30): Em Nova Lamego, no destacamento da FAP, com o saudoso piloto Cap Rodrigues (Vitor Oliveira, ex-1º cabo melec, BA 12, Bissalanca, 1967/69)
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