Convite do autor para o lançamento do seu livro, "O corredor da morte"
1. Mensagem de 29 de abril último, do nosso camarada Mário Gaspar:
Camaradas e amigos da Tabanca Grande
I. Fiz a minha Comissão de Serviço como Furriel Miliciano de Artilharia, Atirador e com a Especialidade de Explosivos de Minas e Armadilhas, na Companhia de Artilharia 1659 - CART 1659 - também conhecida como a "ZORBA" em Gadamael Porto e Ganturé - desde Janeiro de 1967 a Outubro de 1968.
Divido o livro em três partes: (i) a minha operação ao coração e o quanto estive perto da morte, fugindo dela após 16 dias em coma; (ii) a minha vida infanto-juvenil, escrita com a beleza de uma poesia dedicada ao bom e ao belo; e (iii) a minha história militar e o que pensava e fiz antes da partida para a Guiné, para onde fui mobilizado.
E o livro tem o significado de ter existido algo de comum na minha vida, "O Corredor da Morte":
(i) estive no "corredor da morte" quando fui operado ao coração;
(ii) estive no "corredor da morte", quando manuseava explosivos, minas e armadilhas; e
(iii) estive no "corredor da morte" quando frequentemente tinha de participar nas emboscadas no famigerado "corredor da morte", também chamado "corredor de Guileje", junto à fronteira da ex-Guiné Francesa, hoje Guiné Conacri.
Os intervenientes, Oficiais, Sargentos e Praças, não possuem rosto, nem nome, embora na enormidade dos casos se possam reconhecer. A Companhia que tinha como lema "Os Homens não Morrem", formada por verdadeiros heróis, aliás como todos os outros jovens que combateram na Guerra Colonial, nas três frentes
Dos mortos que esta Companhia teve, constam os nomes, dos feridos pensei em não os enumerar, o que não é desrespeito.
II. O Lançamento do livro “O Corredor da Morte”, da autoria de Mário Vitorino Gaspar, é no dia 22 de Maio pelas 17h30, no Forte do Bom Sucesso, em Belém – Lisboa.
A mesa de lançamento do livro, terá a seguinte composição:
1 – Preside a mesa o Presidente da Direção Central da Liga dos Combatentes, General Joaquim Chito Rodrigues;
2 – A Professora Ermelinda Caetano que fará a apresentação do livro e representará a Associação Cultural e Social dos Seniores de Lisboa – Academia de Seniores de Lisboa;
3 – O Psiquiatra Doutor Afonso de Albuquerque, autor do prefácio do livro, falará decerto sobre a sua comissão em Moçambique como médico, assim como da sua intervenção em trabalhos científicos em Portugal sobre o estudo do Stress Pós Traumático de Guerra;
4 – Eu, como autor do Livro projecto uns slides sobre o livro;
5 – O representante da APOIAR – Associação de Apoio aos Ex Combatentes Vítimas do Stress de Guerra.
Envio em Anexo o Convite para o Lançamento do Livro.
Cumprimentos do Homem da Tabanca Grande
Mário Vitorino Gaspar
Assim, convido-os a fazerem-se representar no mesmo. Para tal necessito da resposta dos Homens Grandes da Tabanca, tão breve quanto possível, visto pensar iniciar o envio dos Convites já para a semana que vem.
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Nota do editor:
3 comentários:
Amigo e camarada Mário Gaspar!
Desde já os meus parabéns pelo lançamento da tua obra. Não posso deixar de me rever nela, pelo meu envolvimento na zona que referes. Guileje e Gadamael Porto e Corredor de Guileje, foram locais difíceis e dolorosos da minha passagem pela Guiné em 1973. Deste modo, agradecia-te que me indicasses com hei-de adquirir o teu livro, dada a impossibilidade de estar presente na sua apresentação.
Um grande abraço fraterno e amigo.
Manuel Reis.
Grande Mário:
Já tive ocasião, na sede da ADFA, de te dar os parabéns pela publicação do teu livro de memórias, "O corredor da morte", e desejar-te o melhor sucesso para a sessão de lançamento, no dia 22, mas também em termos editoriais, já que é uma edição autor.
Eu, infelizmente, ainda não te poderei dizer se vou poder estar, já que estou com baixa médica, na sequência de umá artroplastia da anca, feita há 1 mês apenas, como sabes. Por outro lado, não vou largar as canadianas tão cedo. Gostaria muito mas é não é ético representar o blogue numa cerimónia pública, nestas condições.
Por outro lado, os outros editores no ativo, o Carlos Vinhal e o Eduardo Magalhães Ribeiro, vivem em Matosinhos, a 300 km de Lisboa...
Restam os nossos colaboradores permanentes... Já fiz o convite ao José Martins que em princípio mostrou sentir-se honrado em nos representar, mas tem condicionalismos familiares, não podendo com a antecedência de mais de 3 semanas dizer que estará disponível nesse dia e hora...
Ainda não fiz mais contactos, mas deixa-me dar-te um conselho de amigo: tu, além de autor, podes representar de pleno direito a Tabanca Grande.
Por outro lado, e de acordo com a minha experiência já tens um nº excessivo de individualidades na mesa... Se todas fizerem uma intervenção, mesmo que curta, a sessão vai-se prolongar demasiado, o que não é bom, retirando tempo para a sessão de autógrafado e para o convívio entre os teus camaradas e amigos que, espero, irão aparecer em força!
Em suma, faz uma boa gestão do tempo! Boa sorte!.. Luis
Não me é possível estar presente na apresentação.
como posso adquiri-lo?
um abraço a todos aqueles que sob a forma escrita deixam o testemunho de uma guerra com a qual não concordavam, mas na qual foram forçados a participar.
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