sexta-feira, 26 de março de 2021

Guiné 61/74 - P22040: Da Suécia com saudade (89): Filhos de portugueses mas... desconhecidos em Portugal - Parte III: João Rodrigues Cabrilho, o primeiro navegador e explorador europeu a chegar à costa californiana, c. 1542/43 (José Belo)




EUA > Califórnia > A memória do navegador e explorador João Rodrigues Cabrilho... Para além da autoestrada ao longo da costa californiana, esta ponte também tem o seu nome... Foi o primeiro europeu a explorar a costa californiana... Há um monumento nacional ao Cabrilho em San Diego, Califórnia...

Fotos: Cortesia de José Belo (2021)



1. Mensagem de José Belo, o nosso luso-sueco, cidadão-do-mundo, membro da Tabanca Grande, que reparte a sua vida entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e Key-West (Florida, EUA). Foi nomeado por nós régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia...

Data: sábado, 20/02/2021 à(s) 15h42

Assunto: Mais um português famoso nos States ... quase desconhecido em Portugal: João Rodriguez Cabrillo (*)



João Rodrigues Cabrilho
(Cabril, Montalegre, c. 1499 - Novo Mundo, Califórnia, 1543)

 

Tal como ao Magalhães, 
os espanhóis também o querem para só si, ao Cabrilho 
(efígie acima)...


João Rodrigues Cabrilho (ou Cabrillo, para os espanhóis)  foi um soldado e explorador português ao serviço de Espanha.

É famoso nos Estados Unidos, mormente na Califórnia, por ter sido o primeiro europeu a explorar a costa norte-americana do Oceano Pacífico em 1542/43.

A sua nacionalidade ainda hoje é objecto de  disputa entre portugueses e espanhóis. (#)
 
Está demonstrado ter sido filho de família portuguesa, mas, segundo os espanhóis, nascido em Espanha (Palma del Rio),  a 13 de Marco de 1499 (ou 1475).

No entanto, nas Beiras portuguesas mais de uma localidade afirma ser a terra de nascimento do navegador Cabrillo, e que familiares com esse nome ainda por lá vivem. Certo é que foi educado em Espanha, sendo de origens humildes.

Ainda muito jovem terá navegado para as Índias Ocidentais fazendo parte de uma grande armada de 30 navios e 2500 soldados que colonizou Cuba.

Em 1519 foi enviado para o México com a missão de aprisionar o então revoltado Hermán Cortez que tinha desobedecido a ordens reais aquando da conquista do reino Azeteca. Esta missão foi mal sucedida devido a popularidade de Cortez junto dos seus homens, tendo Cabrillo juntado-se a Cortez no assalto à capital azeteca de Tenochtitlán (Hoje, Cidade do México).

Depois da derrota dos azetecas juntou-se à expedicão militar de Pedro Alvarado na área geográfica dos actuais México do Sul, Guatemala, e El Salvador.

Em 1530 Cabrillo tornou-se imensamente rico com a exploração de minas de ouro na Guatemala. 
Desde um porto da costa guatemalteca controlava as exportações e importações para Espanha, não só a partir da Guatemala mas também de outros locais do Novo Mundo.

Aplicou pesados impostos às populações locais, e usou muitos dos habitantes masculinos como mineiros escravos, ao mesmo tempo que entregava os elementos femininos da população, também como escravas, aos seus marinheiros e soldados. Conscientemente, quebrou deste modo todo o tecido social e familiar da vasta região.

Crê-se ter sido neste período que terá tido uma companheira indígena, e que desta relação terão resultado dois filhos.

Em 1532, já famoso e com enorme fortuna, voltou a Espanha onde se casou, em Sevilha, com Beatriz Sanchez de Ortega. Ela acompanhou-o de volta à Guatemala e o casal teve dois filhos.

Neste período, Cabrillo foi contactado por António de Mendoza, então Vice-Rei da Nova Espanha, para explorar a costa americana do Pacífico na esperança de serem encontradas cidades ricas a saquear e uma possível passagem marítima entre os Oceanos Pacífico e Atlântico.

Recebeu também instruções para procurar encontrar-se com Francisco Vasquez de Coronado, então enviado por via terrestre desde o Atlântico em direção ao Pacífico.

Cabrillo construiu com capital próprio o navio almirante da expedição (o San Salvador), colocando-se deste modo em posição óptima para beneficiar de possíveis relações comerciais a serem estabelecidas ou tesouros encontrados.

 A 24 de Junho de 1542 partiu do actual porto de Manzanilha/México com o navio almirante acompanhado de dois outros, o Vitória e o San Miguel. Quatro dias depois encontraram uma baía que constituía um excelente porto de abrigo (hoje San Diego Bay).

Seguidamente exploraram as ilhas situadas junto à costa da Califórnia, Santa Cruz, Catalina e San Clemente, ao mesmo tempo foram encontrando inúmeras pequenas povoações ao longo da costa. (Curiosamente os espanhóis só voltaram a estas áreas em 1769 (!), fazendo-se então acompanhar de soldados e missionários.)

A expedição continuou rumo ao Norte tendo atingido um local que denominaram Cabo de Pinos (actual Point Reyes). Então os temporais do Outono obrigaram-nos a voltar para o Sul até à Baía de Los Pinos (actual Monterey Bay).

Neste local da costa, e devido aos densos nevoeiros aí normais, não descobriram a entrada da Baía da Actual cidade de San Francisco (San Francisco Bay). Este erro foi repetido por numerosos navegadores nos dois séculos seguintes, precisamente devido aos densos bancos de neblinas locais. A expedição regressou a San Miguel onde passou o Inverno.

Na véspera do Natal foram atacados por guerreiros indígenas (Tongva). Procurando ajudar os seus homens, Cabrillo escorregou e caiu sobre algumas pedras ponteagudas. O ferimento posteriormente gangrenou, morrendo Cabrillo a 3 de janeiro de 1543. Julga-se estar sepultado na ilha de Catalina.

A expedição voltou a navegar ao longo da costa rumo ao Norte. Atingiu, segundo se julga, a costa do actual Estado Norte Americano do Oregon. Regressaram então para a Natividad em Abril de 1543.

Esta expedição de Cabrillo não atingiu os seus objectivos quanto a encontrar ricas cidades costeiras. Também não foi encontrada a mítica passagem marítima do Pacífico para o Atlântico.

O encontro com o explorador terrestre Coronado também não se deu. No entanto demarcou uma vastíssima área da Costa Norte Americana a partir do México, que o Reino de Espanha viria a ocupar e colonizar dois séculos mais tarde.
 
(#) Vd. Wikipedia (em português: vd. também versão em inglês):

(...) A nacionalidade Portuguesa de João Rodrigues não oferece dúvidas, pois é o próprio cronista e Chefe das Índias Espanholas, D. António Herrera y Tordesillas, que na sua "Historia General de los hechos de los Castellanos en lás Islas y tierra firme del Mar Oceano" o confirma, ao dizer ter D. António de Mendonça aprestado os navios "São Salvador" e "Victoria" para prosseguirem na exploração costeira da Nova Espanha "y que nombrô por Capitan dellos a Juan Rodriguez Cabrillo Português, persona muy platica en las cosas de la mar " (...) embora alguns biógrafos e historiadores, em especial Harry Kelsey, afirmem que Cabrillo tenha nascido em Sevilla (Andaluzia) em data incerta.

Na freguesia de Cabril, concelho de Montalegre, há a "Casa do Galego" (origem aliás sugerida pelo seu apelido), onde alegadamente Cabrilho nasceu, como é afirmado em placa comemorativa. O investigador João Soares Tavares, após pesquisa morosa em Portugal, Espanha, México e Guatemala, apresentou dados comprovativos nos seus livros, que o navegador é português natural de Lapela (Cabril) do concelho de Montalegre.(...)
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Nota do editor:

6 comentários:

Anónimo disse...



"No entanto, nas Beiras portuguesas mais de uma localidade afirma ser a terra de nascimento do navegador Cabrillo,e que familiares com esse nome ainda por lá vivem."
Parágrafo do texto.

"Na freguesia de Cabril, concelho de Montalegre, há a "Casa do Galego" (origem aliás sugerida pelo seu apelido), onde alegadamente Cabrilho nasceu, como é afirmado em placa comemorativa. O investigador João Soares Tavares, após pesquisa morosa em Portugal, Espanha, México e Guatemala, apresentou dados comprovativos nos seus livros, que o navegador é português natural de Lapela (Cabril) do concelho de Montalegre."
Diz a Wikipédia em português e inglês.

Montalegre é Trás-os-Montes, que sendo contíguo à Beira Alta, nunca fez parte das Beiras. Pelo contrário, há alguns mapas antigos que referem a zona superior da Beira Alta como Beira Transmontana.
Será bairrismo da minha parte, talvez, mas quando comecei a ler o texto do nosso maior navegador actual, pensei que a província transmontana, longe de tudo, no extremo norte e interior não teria dado descobridores à Pátria. Talvez tenha dado se a investigação que refere a Wikipédia, estiver correcta.
Obrigado ao camarada José Belo pelas lições que nos dá e pelos passeios apaixonantes pela nossa melhor História.
Um grande abraço
Francisco Baptista

Francisco Baptista

Fernando Ribeiro disse...

Eu estava convencido de que João Rodrigues Cabrilho era natural de Chaves, onde seria evocado como "descobridor" da Califórnia. Afinal enganei-me. Enfim, não errei por muito. Eu devia saber que em Montalegre existe uma estátua em sua homenagem, mas já não vou a Montalegre há tantos anos que já me tinha esquecido.

Uma pequena biografia dele e fotografias da casa e da aldeia tipicamente barrosã onde ele terá nascido estão em https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-lapela-1435209, onde se pode ler o seguinte:


"Segundo algumas opiniões, João Rodrigues Cabrilho, nasceu no lugar de Lapela, freguesia de Cabril. Precárias “condições de vida levaram-no a emigrar para a vizinha terra da Galiza, mas não seria, ainda, aí que resolveria os seus problemas. Era então, o tempo das descobertas, já tinha sido assinado o Tratado de Tordesilhas e as boas relações existentes entre as cortes de D. João II e os Reis Católicos (Fernando e Isabel) permitiam que portugueses e espanhóis fossem mutuamente aceites em empreendimentos de cada um dos países.

Tendo optado pelo serviço na marinha , o montalegrense Cabrilho torna-se navegador ao serviço da Espanha e cruza o Atlântico. Viveu em Cuba, participou na conquista do México, sob comando de Cortez, foi subindo na hierarquia e, é já , como oficial comandante que integra a expedição à província de Oaxaca, onde ajuda a fundar a cidade do mesmo nome (actualmente elevada pela UNESCO à categoria de Património Mundial da Humanidade).

Em 1524, avança para a Guatemala e também aí colabora na fundação da primeira capital do país, Santiago de los Caballleros, onde fixa residência e ascende ao estatuto de Fidalgo. Muito prestigiado, coberto de honrarias, regressa a Espanha em 1532 e toma como esposa Dona Beatriz Ortega, filha de um abastado mercador de Sevilha. A sua vocação e o seu destino estavam , porém, do outro lado do Atlântico. Retorna à Guatemala com a mulher, que lhe dá dois filhos. É sucessivamente, magistrado, governador (da cidade de Iztapa, onde passa a residir) e almirante. Nesta condição, comanda, em 1540, uma missão às Molucas (“Especiarias“).

A 27 de Junho de 1542, sobe com a sua armada ao longo do flanco oeste do continente americano. Desembarca na costa a que chamaria Califórnia e na qual procedeu a levantamentos topográficos. Pouco mais de seis meses decorridos, aí chegaria ao fim da sua vida de aventuras: no dia 3 de Janeiro de 1543, uma tempestade parte-lhe uma perna e rouba-lhe a vida. É sepultado na Ilha de Possesion, que seria rebaptizada com o seu nome. Já no nosso tempo, a cidade de San Diego, na Califórnia – onde avulta uma importante comunidade portuguesa - , celebra anualmente o Dia de Cabrilho , apelido derivado do chão de origem, Cabril, acrescentando ao seu nome.

In “Montalegre terras de Barroso” de Manuel Dias"

Fernando Ribeiro

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Às vezes têm que ser "os de fora" a lembrar coisas da nossa história... Ou será que agora é "politicamente incorreto" recordar os nomes e os feitos dos nossos grandes navegadores e exploradores ? No nosso blogue, não temos esse complexo... Aqui vai um excerto do National Geographic...
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HISTÓRIA > 17 Grandes Exploradores Portugueses > Estará a era das explorações a regressar?

POR NATIONAL GEOGRAPHIC
Published 8/02/2019, 15:35 WET | Updated 5/11/2020, 06:02 WET

https://www.natgeo.pt/historia/2019/02/17-grandes-exploradores-portugueses

Aproveitando que Colin O'Brady completou a 26 de dezembro a 1ª travessia não assistida da Antártida, relembramos alguns dos exploradores portugueses mais importantes para a história de Portugal, e do Mundo.

JOÃO GONÇALVES ZARCO

Foi um navegador e explorador português que, em 1418 descobriu a ilha de Porto Santo, e em 1419, a Ilha da Madeira. Em 1450 foi escolhido pelo Infante D. Henrique para administrar a Madeira. (...)

GIL EANES

Este nome tão conhecido pertenceu a um navegador português, natural de Lagos, o primeiro a navegar para além do Cabo Bojador, em 1434. Este acontecimento veio acabar com os mitos de monstros marinhos que viviam naquele cabo e que afundavam embarcações.

DIOGO GOMES

No século XV, este explorador português ficou conhecido por explorar o estuário de Gâmbia. No entanto, Diogo Gomes alegou ter descoberto a ilha de Santiago em Cabo Verde. Este feito nunca foi comprovado.

FERNÃO GOMES

Fernão Gomes foi um comerciante e explorador português que entre 1469 e 1475 explorou a costa da Guiné e o comércio da Pimenta-da-Guiné.

LOPO GONÇALVES

Lopo Gonçalves, navegador e explorador português do século XV, explorou a costa de África, sendo que o Cabo Lopez se chamou Cabo Lopo Gonçalves em sua honra. Este explorador é tido como o primeiro a cruzar a linha do equador e a chegar ao Hemisfério Sul.

DIOGO CÃO

Nascido em Vila Real em data desconhecida, foi um navegador do século XV que, entre 1482 e 1484 chegou e explorou o estuário do Rio Congo. Aí, deixou um Padrão de pedra, substituindo as habituais cruzes de madeira e subiu 150 km a montante do rio até às cataratas de Yellala.

BARTOLOMEU DIAS

Este é um dos navegadores e exploradores portugueses mais célebres, por ter sido o primeiro europeu a navegar para além do extremo sul da África, contornando o Cabo das Tormentas, depois chamado Cabo da Boa Esperança, e chegando ao Oceano Índico a partir do Atlântico, abrindo, assim, o caminho marítimo para a Índia, entre 1487 e 1488. (...)

PÊRO DA COVILHÃ

Diplomata e explorador, viajou por terra em busca do reino do mítico Preste João, na Etiópia. Aí, tornou-se conselheiro da rainha Helena, que ocupou o trono do Reino de Preste João.

JOÃO FERNANDES LAVRADOR

Este explorador português foi quem descobriu a parte do Canadá que se chama Labrador, em sua honra. Este descobrimento deu-se durante uma viagem à Gronelândia, juntamente com Pêro de Barcelos.

VASCO DA GAMA

(...) Talvez o mais conhecido dos navegadores e exploradores portugueses, comandou a primeira frota a contornar África e chegar a Calcutá na Índia. Ainda mais espantoso do que lá chegar, foi conseguir regressar. Esta viagem deu-se entre 1497 e 1499.

GASPAR CORTE-REAL

Este navegador foi o descobridor acidental da Gronelândia, quando em 1500, o Rei D. Manuel I o enviou à descoberta de uma passagem noroeste para a Ásia. Na verdade, a Gronelândia já havia estado sob o domínio Norueguês, que, entretanto, entrou em declínio com a Peste Negra. A Gronelândia, por um tempo, chamou-se Terra dos Corte-Real.

PEDRO ÁLVARES CABRAL

O navegador, explorador e colonizador por excelência, foi o descobridor do Brasil, quando aportou em Porto Seguro, em 1500, enquanto tentava chegar à Índia. Pedro Álvares Cabral é considerado uma das figuras centrais da Era dos Descobrimentos.

DIOGO ZEIMOTO

Navegador e aventureiro português, foi um dos dois primeiros europeus a chegar ao Japão, com Cristovão Borralho, em 1542. É atribuída a Zeimoto a introdução de armas de fogo no Japão.

(Continua)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

HISTÓRIA > 17 Grandes Exploradores Portugueses > Estará a era das explorações a regressar?

POR NATIONAL GEOGRAPHIC
Published 8/02/2019, 15:35 WET | Updated 5/11/2020, 06:02 WET

https://www.natgeo.pt/historia/2019/02/17-grandes-exploradores-portugueses

FRANCISCO JOSÉ DE LACERDA E ALMEIDA

Um dos maiores viajantes exploradores portugueses do século XVIII que percorreu grande parte da América do Sul, ao longo de 10 anos, por linhas fluviais, demarcando fronteiras entre o Brasil e a América espanhola. Atribui-se-lhe ainda a primeira tentativa de travessia de África, tendo percorrido parte de Moçambique e da atual Zâmbia.

HENRIQUE AUGUSTO DIAS DE CARVALHO

Foi um dos exploradores portugueses do século XIX. O seu reconhecimento vem da viagem realizada a Angola, onde não só fez um levantamento como uma divulgação da geografia e cultura da região. A cidade de Saurimo, atual capital de Lunda, chamou-se Vila Henrique de Carvalho.

SACADURA CABRAL

De seu nome Artur de Sacadura Freire Cabral, foi um aviador, oficial da marinha e explorador português. Juntamente com Gago Coutinho, fez a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, entre 30 de março de 1922 e 17 de junho de 1923. Faleceu um ano mais tarde, algures pelo Mar Norte, num desastre de avião, enquanto voava rumo a Lisboa.

JOÃO JOSÉ SILVA ABRANCHES GARCIA

Montanhista português, tornou-se o décimo alpinista do mundo a ascender às 14 montanhas com mais de 8000 metros existentes no planeta, sem recurso a oxigénio artificial e sem carregadores de altitude, quando em 17 de abril de 2010 atingiu o cume do Annapurna (8091 metros), a última dessas 14 montanhas que lhe faltava.

Também já ascendeu aos "Seven Summits" (Sete cumes). A ascensão que lhe trouxe mais fama foi a escalada ao Monte Everest (8848 metros), tendo sido o primeiro português a alcançar o seu cume, no dia 18 de maio de 1999.

Será que os exploradores portugueses continuam a inspirar aventureiros como estes que completaram a travessia da Antártida?

Anónimo disse...

Os Exploradores e as novas gerações....

É recomendável especial cuidado quanto ao termo histórico “ Exploração “.

Não há muito tempo foi feito um inquérito em programa de televisão sueco-norueguês junto dos jovens de idades entre os 12 e 15 anos.
O tema eram os Vikings por estes fazerem parte da história comum dos dois países.

“Os Vikings como guerreiros e exploradores “

Mais de 95% dos jovens descreveram detalhadamente os feitos guerreiros dos Vikings tanto na zona Atlântica como Mediterrânea .
Mas “exploradores “?!?!?
Quem é que eles exploravam,e em que tipo de negócios?

Verdades “geracionais”....em respostas a inquérito escrito.

Um abraço do J.Belo

Tabanca Grande Luís Graça disse...

A(s) nossa(s) língua(s) é(são) tramada(s)... E a incultura geral grassa por todo o mundo...É preciso alargar a nossa "base de dados" (incluindo o conhecimento da história e da geografia)... Mantenhas. LG

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explorador | adj. n. m.

ex·plo·ra·dor |eis...ô| ou |es...ô|
(latim explorator, -oris)

adjectivo e nome masculino

1. Que ou quem explora.

2. Que ou quem viaja e explora regiões desconhecidas que merecem estudo.

3. [Militar] Que ou quem, indo adiante de uma tropa em marcha, vai explorando o terreno.

4. Que ou quem explora a ignorância ou as circunstâncias especiais de outrem para obter lucro.


"explorador", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/explorador [consultado em 27-03-2021].