Congo ex-Belga (hoje República Democrática do Congo) > c. nos 20 > "Troféus de caça"... ou uma certa visão europocêntrica de África.
Fonte: Louis Franck - Le Congo Belge, Tome I. Bruxelles: La Renaissance du Livre. 1928. p. 152...
Angola > c. anos 30 > "A Exma. Esposa do Coronel Félix montada num búfalo-pacaça, que, minutos antes, ela própria abatera a tiro de rifle" (Joaquim António da Silva Félix era ofcial do exército, coronel, industrial, agricultor e publicista, dono da fazenda Glória, colabordor do Boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro, que congregava parte da "intelligentsia" do colonialismo republicano, radicada no Brasil)
Fonte: Boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro, nº 8, janeiro e março de 1934, pág. 35.
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10 comentários:
africanismo
africanismo
(a·fri·ca·nis·mo)
nome masculino
1. Uso, modo ou expressão própria de África.
2. Predilecção ou afeição por coisas e assuntos de África.
etimologiaOrigem etimológica:africano + -ismo.
"africanismo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/africanismo.
Caros amigos,
São imagens que falam bem alto sobre o nível da voracidade com que a "civilização" europeia dizimou a natureza (a sua e depois a dos outros) e, este facto explica porque razão a sua voz e conselhos são nulos ou pouco credíveis nas cimeiras sobre o clima e outras retóricas como conservação de espécies ameaçadas e biodiversidade.
Cordialmente,
Cherno Baldé
Quando vejo fotos destas caçadas em África, lembro-me que foi na Conferência de Berlim de 1883
sobre a "repartição do Congo" o rei Leopoldo da Bélgica ficou com uma parte do Congo, com uma área superior à Bélgica como sua propriedade privada.
Além de grandes caçadas também se cometeram grandes atrocidades com a população, nessa propriedade privada de Leopoldo.
Outra coisa, totalmente diferente e sem qualquer ponta de comparação, foram as caçadas do ex-fur. mil. Macias do meu Pelotão que com dois ou três soldados fulas iam caçar galinholas, lebres e pombos verdes para os lados do final da pista de aviação em Nova Lamego.
O Manuel Macias, exímio caçador, trouxe a sua caçadeira e fazia sempre uma grande caçada.
Valdemar Queiroz
No caso português os africanos não se podem queixar da eliminação de caça e de abate abusiva e exagerada das inúmeras espécies da fauna africana.
Pelo menos até o início da guerra do ultramar 1961.
Por várias razões que posso testemunhar, no caso da grande quase enorme Angola, embora pequena comparando com o caso do vizinho Congo Belga e de outros países da chamada África negra
No caso da Guiné, Caboverde e São Tomé, territórios tão diminutos, não haveria grandes quantidades e variedades de caça.
Mas Angola tinha imensa caça.
Grandes rios, grandes savanas, grandes matas, onde os caçadores, descalços, de zagaia e flexa e armadilhas para felinos à porta das paliçadas das sanzalas e a caçada sazonal na época das queimadas, eram umas gazelas, um ou outro javali uns coelhos e pouco mais, pouco dano faziam no reino animal.
E como era nas cidades, principalmente litorâneas, que a exígua quantidade de brancos potenciais possuidores de grandes armas de caça, residia, os animais podiam ficar descansados.
Até porque não havia estradas para grandes distâncias.
Eram umas pequenas picadas em terra que se chovesse, não se podia circular para longe das pequenas cidades.
Fala.se em 3 grandes linhas de caminhos de ferro em Angola, mas de comboio não se faziam caçadas.
Houve a guerra do ultramar para se ouvir falar de Portugal em África, porque da escravatura já todos se tinham esquecido.
Quase não caçámos nem colonizámos nem pescámos nem explorámos, nem catequizámos nem educámos.
"São imagens que falam bem alto sobre o nível da voracidade com que a "civilização" europeia dizimou a natureza (a sua e depois a dos outros) e, este facto explica porque razão a sua voz e conselhos são nulos ou pouco credíveis nas cimeiras sobre o clima e outras retóricas como conservação de espécies ameaçadas e biodiversidade."
Precisa-se de citação sobre isto, até porque não há países que mais esforços fazem em prol do ambiente do que os países ocidentais, muitas vezes a custo do seu bem-estar ("vide" a Alemanha).
Mas o genocida de Moscovo é que é bom, justo e """libertador""", não é? A ignorância (e o Síndrome de Estocolmo) é chocante. Só falta aqui o Miguelinho Castelo Branco e seus fetiches graxistas da tralha imperialista moscovita a atirar baboseiras sobre o Ocidente e Portugal.
Agradece-se que não façam barulho em Belém, já que são "independentes" há meio século (segundo dizem, que a realidade é outra coisa) e o Chefe de Estado de Portugal não tem "ius imperii" sobre a Guiné-Bissau há já umas décadas. Resolvam-se sozinhos.
O último comentário é "anónimo"...
Lembre-se aqui, mais uma vez, uma das nossas regras:
(...) No caso de teres uma conta no Google, deves usar essa identificação. Mas também podes entrar como "anónimo" (põe no final da mensagem o teu nome, e facultativamente a localidade onde vives; sendo ex-combatente do ultramar, podes indicar o Teatro de Operações onde estiveste, local ou locais, posto e unidade a que pertenceste; não são permitidas abreviaturas de nomes, siglas, acrónimos, pseudónimos; os camaradas da Guiné "dão a cara", não se escondem atrás do bagabaga...).(...)
Ao comentário anónimo gostaria de informar que eu, feliz ou infelizmente, não sou alinhado nem com o PAIGC, nem com Moscovo, não sou da direita nem da esquerda, nasci no seio de uma família muçulmana, pelo que faz parte da minha cultura que nunca vou renegar, mas não sou adepto nem praticante do ponto de vista religioso.
O meu percurso académico passou por Leste (Ucrânia) e pelo Ocidente (Portugal), tendo escolhido voltar, para viver e trabalhar no meu país que não trocaria com nenhum outro no mundo.
Sou pouco influênciavel e desde que me conheço, sempre pensei com a minha própria cabeça, assumindo inteiramente as consequências das minhas escolha e tenho o mau hábito de chamar os bois pelos nomes, djitu Katem.
É verdade que, aparentemente, a UE tenta fazer algumas ações, sempre tardiamente, para reverter as suas más ações e políticas sobre o ambiente, mas não é menos verdade que não há resultados tangíveis e, em consequência, o nosso planeta está a definhar-se dia após dia, os seus dias estão contados, inexoravelmente.
Um abraço amigo,
Cherno Baldé
Sim, de facto, é de lamentar o "anonimato" do comentário (do "comentador") mas percebe-se bem, pelo conteúdo e pela linguagem, o que pretende.
Hoje por hoje instalou-se o hábito de se ver, apreciar, comentar coisas do passado, fingindo ignorar os contextos, a época.
Não seria grave se não se aproveitasse isso para se extrapolar (indevidamente, e certamente para satisfação de clientelas) com situações que nada têm a ver com o assunto em si mesmo.
Hélder Sousa
Agora apareceu este comentário anónimo, aproveitando o tema do post para tergiversar por outras bandas que nós temos sempre, ao longo dos tempos, evitado.
Da minha parte, vou continuar a evitar.
Valdemar Queiroz
O "anónimo" tem estilo,denuncia-se.
Se o "anónimo" fosse o euromilhões,estava ganho.
Abraços
P.Santiago
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