Foto nº 8 e 8A > Guiné-Bissau > Região do Cacheu > Chão manjaco > 4 de dezembro de 2024, 15:49 > Ponte metálica na estrada entre Cachungo e Bachil(e)... Ainda há sinais de chuva... ("A 600 metros, ao lado da antiga ponte, inacabada, em betão, na estrada Canchungo - Bachilé - Cacheu, ao km 6, há há uma nova ponte em ferro, construída pelos portugueses", vd. foto do nosso saudoso amigo guineense, eng agr Carlos Schwarz, Pepito, 1949-2012). (*)
Foto nº 9 e 9A > Guiné-Bissau > Região do Cacheu > Chão manjaco > 4 de dezembro de 2024, 16:05 > Capim alto ladeando a estrada entre Cachungo (antiga Teixeira Pinto) e Bachil (no nosso tempo, dizia-se e escrevia-se Bachile) (vd. carta de Teixeira Pinto, 1953, escala 1/50 mil)
Fotro nº 10A
Foto nº 10B
Foto nº 10, 10A e 10B
Guiné-Bissau > Região do Cacheu > Chão manjaco > Bachil (vd. carta de Teixeira Pinto, 1953, escala 1/50 mil) > 5 de dezembro de 2024, 9:13 > Antigo quartel das NT, agora ocupado pela Escola de Formação de Professores DNS - Cacheu
Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2024). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mais três fotos das viagens de 4 e 5 do corrente, entre Bissau e Cacheu (e vice-versa), partilhadas pelo Patrício Ribeiro, nosso amigo e camarada, histórico membro da Tabanca Grande, nosso "embaixador em Bissau", cicerone, autor da série "Bom dia desde Bissau" (**)...
Legendas:
Foto nº 8 > Ponte metálicas entre Canchungo e Bachil(e) (*)
Foto nº 9 > Estrada, com capim alto (estamos no início do tempo seco, ams ainda chove);
2. Comentário do editor LG:
Ficamos a saber que "a ADPP Escola de Formação de Professores, Bachil, coopera com o Ministério do Ensino Superior e Científico na excelente formação de professores para as crianças e jovens do século XXI.
"Para além disso, os estudantes são formados para trabalharem em áreas rurais onde existe uma elevada falta de professores. Como resultado, 243 professores formados contribuíram para uma nova geração qualificada e capaz, para a melhoria dos meios de subsistência, desenvolvimento da comunidade e o aumento das oportunidades na educação para crianças e jovens."
Enfim, um exemplo de bom aproveitamento e melhor uso de antigas instalações das NT...
(*) Vd. poste de 11 de junho de 2012 > Guiné 63/74 - P10022: Memória dos lugares (186): Ainda sobre a "célebre ponte, em betão, inacabada", na estrada Cachungo-Cacheu, ao km 6 (Jorge Picado)
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 11 de junho de 2012 > Guiné 63/74 - P10022: Memória dos lugares (186): Ainda sobre a "célebre ponte, em betão, inacabada", na estrada Cachungo-Cacheu, ao km 6 (Jorge Picado)
(**) Último poste da série > 10 de dezembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26252: Bom dia desde Bissau (Patrício Ribeiro) (47): Viagem até Cacheu, onde dormi, passando por Cachungo e Bachile - Parte II: Ao longo da estrada no chão manjaco, encontramos à venda algumas dezenas de ratos-africanos-gigantes (em crioulo "Joquim-doido"), por jovens que os apanham, por 1.500,00 FCA. É a época do arroz quase maduro nas bolanhas, onde eles se alimentam.
9 comentários:
Como o raio do capim ainda está verde!...E lindo!...
Gostava do capim na época das chuvas, tinha um cheiro e uma cor muito próprios e era como uma seara de trigo da nossa terra, no tempo em que no Oeste estremenho se semeava trigo (porque o Salazar mandava semear trigo para Portugal ser autossuficiente em matéria alimentar, o que nunca conseguimos, nem dando cabo das melhores terras do Alentejo, do Ribatejo e da Estremadura...)... E havia em todas as aldeias três, quatro ou cinco moinhos de vento... E as nossas mães, avós e tias coziam o pão de trigo no forno a lenha... E faziam sempre uns pãezinhos com torresmos, ou "presunto branco", ou chouriço ou com sardinhas!... Que saudades eu tenho dos cheiros e dos sabores desse pão de trigo, acabado de sair do forno...
Que raio de memórias eu fui buscar com o capim ainda verde da Guiné, na estrada do Canchungo-Bachile por onde nunca andei!...
O quartel do Bachile foi onde passei a minha primeira noite no "mato". As instalações eram muito boas para o tempo. Ainda bem que foi aproveitado para uma nova missão. A estrada, que lá está a servir as gentes da Guiné, foi muito madrasta para a minha companhia, a CCaç 3327/BII17. Foi na sua construção que perdemos o nosso companheito Manuel Veríssimo de Oliveira.
Abraço transatlântico.
João Crisóstomo, Nova Iorque
Luís Graça tu dizes: "Que saudades eu tenho.., '' em todas as aldeias três ou quatro moinhos de vento.." "e as nossas mães , avós e tias coziam o pão de trigo no forno a lenha" ...
"Que raio de memórias eu fui buscar com o capim"...
E eu a lembrar-me logo da minha mãe a dar-me ordens de ir apanhar as vides secas ou ir ao monte da lenha para acender o forno...
Meu caro Luís, não são as memórias, boas e más ; e os amigos, bons e maus, factores muito influentes nas nossas vidas? para mim pelo menos assim sucede. O que não passa despercebido à Vilma que me diz que "vivo para os amigos" e vivo para as minhas recordações". Não é bem assim, que tal não me é possível, mas até gostava que fosse. Quando vou passar férias a qualquer parte , eu não vou ver isto ou aquilo, e se possível ver algum amigo que esteja perto. Mais que tudo eu quero ver, visitar e estar com os meus amigos e se possível ver coisas que estejam perto.
Recordações, mesmo que sejam amargas e doces ao mesmo tempo..., mesmo que sejam lembranças da Guiné... quem as não alimenta com um misto de carinho e amargura? É isso a que chamamos "saudades" certo? evidentemente que houve maus momentos; e estes como aos maus amigos, o melhor é tentar esquecer.
João Crisóstomo
Dia 6 de Abril de 1971...A minha primeira noite no "mato" foi passada no Quartel do Bachile cujas instalações eram relativamente novas. É sempre agradável ver o aproveitamente dos nossos quartéis em benefício das gentes da Guiné. Abraço transatlântico.
José Câmara
Aproveitar as instalações do antigo quartel para promover o ensino e a educação. Muito bonito! O cheiro do capim molhado e os sons e silêncios da natureza, eram a única coisa boa que tínhamos quando estávamos em operações. Eu alinhava de 6 em 6 dias para o mato por períodos de 48 horas. E ainda:: picagens, escoltas às colunas, serviços no aquartelamento e operações de maior envergadura.
Obrigado Patricio por mais uma viagem a um chão desconhecido para mim.
O Manjacos.
Abraço fraterno
Eduardo Estrela
José Romão (by email)
11 dez 2024 10:47
Estive na Companhia Manjaca (CCaç.16) de Janeiro de 1972 a Agosto de 1973.
Lembro-me de numa operação de rotina de dois dias com montagem de uma emboscada nocturna, de manhã a atravessar um longo trilho através de capim alto com a humidade da noite, ficar com o cheiro a capim entranhando no nariz durante uns dias.
Pela primeira vez entrei em pânico, por dois/três minutos, a atravessar esse trilho de capim alto. Quando paramos no meio do capim e os da frente arrancaram sem dizer nada e eu tentei chegar-me a eles mas não os vi e também deixei de ver os que estavam atrás de mim, só tive que voltar para trás e encontrar-me com os que estavam parados e seguirmos apressadamente a agarrar os da frente, uff o capim cobria-nos a todos.
Valdemar Queiroz
Bonita a ideia de transformar um antigo quartel em instalações vocacionadas para o ensino.
Obrigado Patricio por esta mais uma viagem, por chão que nunca pisei.
Abraço fraterno
Eduardo Estrela
Voltei a comentar o post porque não vi publicado o meu anterior comentário.
Ultimamente acontecem estas situações que eu sei estarem a tentar ser solucionadas. Meu querido Zeca Romão!
Na Ccaç 16 estavam integrados militares a quem nós da Ccaç 14 demos instrução em Bolama. Ainda me lembro do Mário Coli Sissi, do qual encontrei há anos aqui em Cacela um familiar.
Abraço
Eduardo Estrela
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