quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14078: Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: boas festas 2014/15 (9): Diniz Souza Faro, Jorge Teixeira, Leão Varela, Mário Gaspar, Anabela Pires e Rui Silva

Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: Boas Festas 2014/15


1. Mensagem do nosso camarada José Diniz de Souza e Faro, ex-Fur Mil Art do 7.º Pel Art (Cameconde, Piche, Pelundo e Binar, 1968/70), com data de 23 de Dezembro de 2014:

Desejo para todos os nossos camaradas e família um SANTO NATAL e que o ano 2015 seja muito melhor e com muita SAÚDE.

Grande Abraço.
J.Diniz S.Faro
 

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2. Mensagem do nosso camarada Jorge Teixeira, (ex-Fur Mil Art, CART 2412, Bigene - Guidage e Barro, 1968/70):

Amigo Carlos Vinhal.
Nunca é tarde para se desejar Boas Festas, mas há sempre os atrasadinhos.
Desculpa só agora enviar este "postal", que foi o que se pode arranjar.
Boas Festas para todos e um Feliz Natal.

Um abraço
cumprim/jteix



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3. Mensagem do nosso camarada Leão Varela, ex-Alf Mil da CCAÇ 1566 (Jabadá, Pelundo, Fulacunda e S. João, 1966/68), com data de 24 de Dezembro de 2014:

Caros Amigos Camaradas
Antes demais confesso-me: tenho "dividas" a pagar, nomeadamente aos camaradas Luís Graça, Carlos Vinhal e a todos os outros que amavelmente tiveram a pachorra de comentarem a minha publicação para pagamento da "jóia".
Desculpem a minha falta mas não sou dadoa  andar pela Net. No entanto, podem estar certos, se os Céus o permitirem, que em breve farei contas com vocês e... talvez até outra história vá até vocês...

Por hoje o que me traz por aqui é a Quadra festiva que atravessamos. Pois... Natal. Só passei um na Guiné (o segundo, o primeiro estava de férias em Évora com a família) e, por sinal, foi bem triste.
Não porque o tenha passado em combate mas por outros motivos bastante complicados para mim por causa de um episódio passado no meu próprio Aquartelamento de S. João e ocorrido no seio de uma Companhia que me tinha sido entregue para lhe dar treino operacional mas que me coube a ingrata missão de resolver e que nos estragou a nossa Consoada de 1967.
Mas deixemos isso para outra altura e vamos ao que me trouxe hoje até vocês:

A minha Mensagem de BOAS FESTAS para a "malta" da TABANCA GRANDE. Aqui vai ela:

«QUE, NOS TEMPOS CONTURBADOS QUE ATRAVESSAMOS, A MENSAGEM DE FÉ E ESPERANÇA DO NATAL RENOVE AS NOSSAS FORÇAS - COMO HOMENS E MULHERES QUE CONHECEM BEM AS AGRURAS DA GUERRA - PARA CONTINUAR A LUTAR PELA PAZ E POR UM MUNDO MELHOR NO NOVO ANO QUE SE AVIZINHA.

DESEJO COM SINCERA AMIZADE E COMPANHEIRISMO A TODOS VOCÊS, CAMARADAS E AMIGOS, UM FELIZ NATAL PASSADO COM QUEM MAIS DESEJAREM E QUE O ANO 2015 LHES TRAGA TUDO DE BOM PARA VOCÊS E VOSSAS FAMÍLIAS.» 

Leão Varela
ex-Alf. Mili.Inf.

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4. Mensagem do nosso camarada Mário Vitorino Gaspar, ex-Fur Mil At Art e Minas e Armadilhas da CART 1659, Gadamael e Ganturé, 1967/68), com data de 23 de Dezembro de 2014:

FELIZ NATAL

Camarada da Tabanca Grande:
Desejo-te a TI, FAMÍLIA E AMIGOS:
– FELIZ NATAL;
– 365 Dias de FELICIDADE;
– 52 Semanas de SAÚDE e PROSPERIDADE;
– 12 Meses de AMOR;
– 8760 Horas de PAZ e Harmonia:
– Que neste ANO NOVO, Tenhas 2015 ACONTECIMENTOS PARA SORRIRES!...

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5. Da nossa Amiga Grã-Tabanqueira Anabela Pires:

Querid@s amig@s, família e ex-colegas
Era meu desejo escrever a cada um de vós individualmente mas atrasei-me e estou hoje com o tempo contado para preparar tudo para a Ceia de Natal. Assim, aqui vai um e-mail colectivo.
Os meus votos são para que todos, assim como as vossas famílias, passem umas Festas com saúde, com muita paz, com muito amor e se possível com muita alegria.
Um pensamento muito especial para aqueles para quem estes dias poderão ser um pouco difíceis porque tiveram este ano perdas importantes, porque a saúde não está muito bem ou porque, por qualquer razão, não podem estar reunidos com os seus.
Esperemos que 2015 venha com mais esperança. Confio que sim, que virá, pois nem que seja porque vai haver eleições e os nossos políticos irão aliviar a pressão.
Muito obrigada a todos aquel@s de quem já recebi as Boas Festas.

Um enorme abraço muito quentinho para tod@s,
Anabela

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6. Mensagem do nosso camarada Rui Silva (ex-Fur Mil da CCAÇ 816, Bissorã, Olossato, Mansoa, 1965/67), com data de 24 de Dezembro de 2014:

Caríssimos camaradas e amigos Luís Graça e Vinhal:
Nesta altura festiva do ano, em que ainda mais nos lembramos dos amigos e muito particularmente dos camaradas, ex-combatentes da Guiné, não podia deixar de vir aqui para desejar a todos uma quadra natalícia na maior das felicidades e desejar também um Novo Ano, com boa saúde, harmonia, tranquilidade e bem-estar.
BEM HAJAM !!

Um abração para todos.
Rui Silva


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6. Comentário do editor de serviço

Estas foram algumas das mensagens de Natal chegadas até nós.
Outras, que nos chegaram, eram impessoais ou traziam Power Points, como anexo, que não podem ser reproduzidos no Blogue.

A todos o nosso muito obrigado pelas palavras de incentivo e apreço pelo trabalho que aqui fazemos com gosto diariamente.

Em nome dos editores aqui ficam os nossos melhores votos de um Santo Natal para todos com saúde e muitas prendas no sapatinho.

Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 23 de Dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14067: Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: boas festas 2014/15 (8): José Eduardo Oliveira, Luís Fonseca, José Carlos Mussá Biai, Joaquim Nunes Sequeira, José Teixeira, António M. Sucena Rodrigues, José R. Firmino, António Tavares, Ernestino Caniço, Júlio C. Abreu e Abel M. Santos

Guiné 63/74 - P14077: Conto de Natal (22): Uma bênção dos Céus (Domingos Gonçalves)

1. Mensagem do nosso camarada Domingos Gonçalves, (ex-Alf Mil da CCAÇ 1546/BCAÇ 1887, Nova Lamego, Fá Mandinga e Binta, 1966/68) com data de 17 de Dezembro de 2014:

Prezado Luís Graça
Para si, seus familiares e amigos, e para todos os que, colaboram, ou visitam, a TABANCA GRANDE, os mais sinceros votos de FELIZ NATAL, e de um ano de 2015 repleto de muitas coisas boas, em especial saúde.

Com um abraço amigo,
Domingos Gonçalves


CONTO DE NATAL

O senhor Joaquim era um homem pobre. Possuía, é certo, um pequeno casebre meio arruinado, que o abrigava da intempérie, e ao lado umas leiras estreitas, onde colhia, alguns produtos agrícolas, regados com suor, e lágrimas, que ajudavam a matar a fome à mulher, e aos filhos. Todavia, os cereais, - milho e centeio -, com que a mulher, em casa, fabricava o pão, tinha de os comprar aos lavradores da aldeia. Com o azeite, e com o vinho, passava-se a mesma coisa: tinha de os comprar.

Quando os proprietários da aldeia lhe davam a ganhar alguns dias, como jornaleiro, na época das colheitas, ou das sementeiras, vivia melhor. Quando isso não acontecia, a miséria em casa era uma realidade.

Possuía, também, algumas ovelhas, que ora pastoreava nas pequenas leiras, que eram terra sua, ora pelos montes da aldeia, nos terrenos dos lavradores mais tolerantes, pois havia alguns que não consentiam que a ovelha, ou a cabra, do pobre, comessem as ervas, ou o mato, que vicejavam nos seus terrenos.

Um dia reparou que uma das ovelhas andava prenhe, e ficou contente. Era uma bênção de Deus.
Em casa comentou com a mulher, e com os filhos:
- Que sorte a nossa! A cria vai nascer antes do Natal. Já temos garantido o dinheiro para comprar o bacalhau, e outras coisas boas. Mesmo que venda o anho mais tarde, lá para Janeiro, ou Fevereiro, o bendeiro fia de nós, pois sabe que temos um anho para vender.

Desabafava:
- Este ano até podemos dar uma esmolinha ao Menino Jesus.

O filho mais novo, que frequentava a catequese, para fazer a primeira comunhão, satisfeito, dizia para os pais, e para os irmãos:
- Quem leva a esmola para dar ao Menino, sou eu.

A ovelha que andava prenhe foi uma bênção caída do céu, um raio de esperança, prenúncio de uma ceia de Natal melhorada, para toda a pobre família.

Um certo domingo, no fim da missa da manhã, um rico lavrador da aldeia abordou o pobre homem, para lhe oferecer trabalho.
Disse-lhe:
- Queres-me roçar uns carros de mato, durante a semana que vem?
- Quero! – Respondeu-lhe, com ar feliz -. Posso-lhe roçar todo o que precisar.

Sempre que alguém lhe oferecia trabalho, não desperdiçava a oportunidade de ganhar algum dinheiro.

De seguida, foram os dois, - o lavrador e o jornaleiro -, ao monte ver o local onde crescia o mato que devia ser roçado.
Acertado o preço do trabalho a realizar, e a quantidade de mato que devia ser roçado, o jornaleiro pediu ao lavrador:
- Quando vier roçar o mato posso trazer as minhas ovelhas, e deixá-las a pastar aqui, nos seus terrenos, enquanto trabalho?
- Claro que podes. Deixa-as pastar, por aí, pois não me incomodo com isso.

Nos dias seguintes o homem levantou-se cedo, foi par o monte roçar o mato, e levou com ele as ovelhas. No fim da jornada de trabalho, conduzia-as para casa.
Porém, num certo fim de tarde, quando juntou os animais, para regressar a casa, reparou que lhe faltava a que andava prenhe.
Tinha desaparecido.

Desconsolado, chamou e voltou a chamar pelo animal, procurou à volta, mas da ovelha prenhe não havia rasto.

Quando chegou a casa, a chorar, disse para a mulher, e para os filhos:
- A ovelha prenhe desapareceu! Lá se foi a nossa ceia de Natal.

Uma onda de tristeza espalhou-se pelo rosto da mulher, e dos filhos. A esperança deu lugar ao desencanto. Todo o ambiente da família se alterou. Sem dinheiro, não podia haver ceia de consoada.
- Terá sido o lobo a comê-la? – Perguntou a mulher.
- O lobo, não, - disse-lhe -. Este ano ainda não apareceu por estes montes.

No meio de todo aquele desespero, apenas o filho mais pequeno, que ainda não tinha feito a primeira comunhão, repetia, confiante:
- Ela vai aparecer. O Menino Jesus vai trazê-la. Eu vou lhe pedir, e ele vai fazer o milagre.

No dia seguinte, pai e filhos foram, logo que alvoreceu, para o monte procurar a ovelha, cada vez para mais longe.
Mas, da ovelha prenhe não encontravam nenhum vestígio.
O pai, perdia a esperança. Só o pequerrucho insistia:
- Ela vai aparecer. O Menino Jesus vai fazer o milagre.

No dia seguinte, ajudado por alguns vizinhos, o pobre homem foi de novo procurar a ovelha, mas em vão.
Desanimado, por entre lágrimas, repetia:
- Lá se foi a minha ovelha, e o anho que trazia na barriga!

Onde antes reinava a esperança, agora imperava o desespero, e a tristeza.

Quando, ao fim da tarde, depois de muito procurar, já sem esperança regressavam a casa, o rapazito diz para o pai:
- Olha acolá uma ovelha! É a nossa, de certeza!

O pai olhou para o sítio que o filho lhe indicara, e exclamou satisfeito:
- Tens razão, filho! É a nossa ovelha!

E correu para ela cheio de esperança.

O dócil animal encontrava-se numa pequena leira, bastante perto da casa do pobre homem, onde nunca a tinham procurado.
Quando chegou ao local o homem verificou que a ovelha tinha dado à luz não um, mas dois lindos anhos, que estavam junto da mãe, que se entretinha a pastar algumas ervas.

Delirante, o pobre homem ergueu as mãos ao céu, e gritou agradecido:
- Graças a Deus! Graças a Deus!

Cheio de alegria, o filho mais pequeno gritou, também:
- Foi o Menino Jesus quem a trouxe! Foi ele que fez o milagre! Quem lhe vai dar a esmola, quando estiver no presépio, tenho de ser eu. Eu pedi-lhe, e ele trouxe-nos a ovelha.
- Está bem, filho! – Disse o pai -. Vais ser tu a agradecer-lhe.

E na casa do pobre homem, na noite de Natal, houve muita alegria, e ceia melhorada.

Domingos Gonçalves
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Nota do editor

Último poste da série de 20 de dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14056: Conto de Natal (21): Mãe, espero que vossemecê faça o presépio ao pé do forno de lenha (Mário Beja Santos)

Guiné 63/74 - P14076: Blogpoesia (397): O meu Menino Jesus Chinês... com votos de Feliz Natal e um Bom Ano 2015 para todos os camaradas (António Graça de Abreu, ex-alf mil, CAOP1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74)






República Popular da China > Agosto de 2009 > O António Graça de Abreu com a esposa,. a dra. Hai Yan (aqui ao seu lado direito) e com uns primos da província de Huan... Na segunda fila, de pé, à esquerda, um jovem casal com um filho pequeno, que são seus cunhados; à direita, os seus dois filhos, Pedro e João.



Texto e fotos ©: António Graça de Abreu (2014). Todos os direitos reservados


1. Mensagem do António Graça de Abreu, com data de 16 do corrente:


Depois da Guiné 1972 a 1974, veio a China de 1977 a 1983. E continua, até hoje, com a Guiné mais distante.

Este Menino Jesus podia ser manjaco ou bijagó, balanta ou papel. É o Menino, Senhor do Mundo, que celebramos todos os anos.

Feliz Natal a todos os camaradas da Guiné

António Graça de Abreu

Alf Mil em Teixeira Pinto, Mansoa, Cufar, 72/74.
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Nota do editor:


Guiné 63/74 - P14075: Álbum fotográfico do alf mil art João Calado Lopes (BAC1, 1967/69): Bambadinca, vista do alto da antena de comunicações (Parte V): A parada do quartel


Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS / BCAÇ 2852 (1968/70) > c. 2º semestre de 1968 > Foto nº 32> O aquartelamento de Bambadinca, vista do lado norte; era ladeado, a sul, pela bolanha; a oeste, pela pista de aviação e pelo reordenamento de Bambadincazinho; a leste, pela tabanca de Bambadinca, e pelo Rio Geba. Em primeiro plano, à esquerda, vê-se o telhado da escola primeirária e casa da professora.



Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/ BCAÇ 2852 (1968/70) > c. 2º semestre de 1968 > Foto nº 32 A >  As instalações das transmissões, em primeiro plano, e atrás as instalações da manutenção auto


Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/ BCAÇ 2852 (1968/70) > c. 2º semestre de 1968 > Foto nº 32 B >  A parada do aquartelamento...  À esquerda, vê-se o pau da bandeira... Não identifico os edifícios em frente...


Fotos: © João Calado Lopes (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]



1. A foto é do alf mil art João Calado Lopes, BAC 1, 1967/69... Foi tirada (esta e outras que temos vindo a publicar) (*),  no 2º semestre de 1968, quando esteve em Bambadinca em trânsito para Piche, com o seu pelotão de artilharia.

 Como já o referimos, o João Calado Lopes foi colega do liceu do João Martins e ambos foram artilheiros, do mesmo curso ou um antes do outro, em Vendas Novas.

Estas fotos são um "aperitivo!" anets da sua entrada (formal) na Tabanca Grande... Além de excelente fotógrafo (, tendo uma belíssima coleção de "slides", segundo me confidenciou o João Martins), é também o primeiro fotógrafo, de entre os nossos camaradas da Guiné, que vem dizer publicamente que subiu a mais de 30 metros, ao alto do mastro de comunicações de Bambadinca, para bater estas fabulosas vistas de cima.... (que é parecem tiradas de helicóptero!).

Incitamos o leitor a conferir estas imagens com as vistas aéreas de Bambadinca que temos publicado, nomeadamente as do álbum do Humberto Reis. Praticamente a totalidade das instalações e edifícios de Bambadinca da época de 1969/70 estão identificados. Conferir aqui. (LG).

2. Duas mensagens do nosso futuro grã-tabanqueiro, de 17/12 /2014

(i) Caros camaradas

Peço desculpa de só agora dar notícias. Tenho andado à procura da correspondência que enviei da Guiná mas só encontro a que recebi da família e amigos durante a comissão. Assim não consigo precisar exatamente quando estive em Bambadinca. Como tenho a correspondência que me enviaram, talvez se consiga saber pelos SPM  por onde andei. Como já devem ter percebido sou um bocado desorganizado. Andei à procura na Net e não encontro uma listagem dos SPM. Alguém me sabe dizer qual era o SPM de Bambadinca? Por aí talvez consiga.

Quanto à história que me pediram e as fotos estou a tratar disso e em breve vos envio.

(iii) (...) Com já disse antes não tenho a correspondência que enviei da Guiné. No entanto descobri um aerograma da minha namorada, hoje minha mulher, com data de 07/09/1968 em que refere expressamente: "pensava que ias ficar pouco tempo aí (em Piche) mas pelo que me dizes não é assim. Eu acho que já era tempo de te mandarem outra vez para Bambadinca Daqui a nada já faz 15 dias". Este aerograma foi enviado para o SPM 0548.

 Isto significa que em Agosto de 1968 eu estava em Bambadinca com o meu pelotão de 10,5. 

Por outro lado sei que estive em Cabedu, no Cantanhez, desde o principio da comissão (Janeiro de 1968) até Junho ou Julho e que logo a seguir fui para Bambadinca. isto significa que de facto estive em Bambadinca só de passagem. Fui para Piche e depois para Burumtuma. Por agora é tudo quanto consigo apurar.

Cordiais saudações para todos

Um abraço do camarada
João Calado Lopes

Guiné 63/74 - P14074: Parabéns a você (835): Fernando de Jesus Sousa, ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 6 (Guiné, 1970/71) e João Rebola, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2444 (Guiné, 1968/70)


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Nota do editor

Último poste da série de 23 de Dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14070: Parabéns a você (834): Albano Costa, ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 4150/73 (Guiné, 1973/74); Felismina Costa, Amiga Grã-Tabanqueira e Carlos Pinheiro, ex-1.º Cabo TRMS do STM/QG/CTIG (Guiné, 1968/70)

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14073: Facebook...ando (37): Cartão de Boas Festas (Maria Alice Carneiro)

CARTÃO DE BOAS FESTAS DA NOSSA AMIGA GRÃ-TABANQUEIRA 
MARIA ALICE CARNEIRO



Queridos(as) amigos(as):

Venham morar para a rua 
que faz esquina com a esperança,
neste natal e ano novo que aí vem….

Como os tempos mudaram!
Agora já não mandamos mais cartões de boas festas pelo correio.
Eu ainda sou do tempo…
dos cartões de boas festas,
dos carteiros a pé
cuja silhueta ao longe
fazia estremecer o coração de ansiedade e de alegria;
eu ainda sou do tempo…
do caderno de duas linhas para treinar a caligrafia,
da missa do galo,
do par de meias no sapatinho,
do café de chicória que se bebia no dia de natal,
do “nós por cá todos bem” das áfricas perdidas,
dos soldados, meus irmãos, na guerra,
das janeiras cantadas de porta em porta em noites de nevão,
do vinho fino e das rabanadas,
da mesa farta nos dias santos e festas da aldeia,
do Portugal do Minho a Timor,
das mulheres que vestiam de preto,
do candeeiro a petróleo…

Sobretudo ainda sou do tempo da esperança…
claro, tínhamos 20 anos 
e o “mundo á nossa frente”…

Que aconteceu ? 
Mudamos ou moldaram-nos ?
Mudamos e fomos moldados,
somos mais livres, materialmente falando,
e, por algum tempo, mais iguais,
quiçá até mais gregários e solidários…

Mas eu não sei como vão ser os nossos netos e bisnetos
que nasceram na galáxia da internet
e cujos filhos já serão produto do génio da genética…
Não nos resta muito tempo
para repor a ordem natural das coisas
e aliviar o planeta do sufoco,
não temos muito tempo
para emendar erros,
castigar crimes,
nem que seja a título simbólico,
aprender com as asneiras,
voltar a aprender…

Neste natal e ano novo que aí vem,
apetece-me ser um simples ser humano,
com direito a sonhar,
e a sonhar com um mundo mais maneirinho,
respirável…
Bolas, como eu não respiro há muito,
como eu preciso de ar fresco,
como quero que me tirem o papel de cenário
que me puseram à frente dos olhos como uma venda…

Meus amigos, minhas amigas,
ainda há filhos da mãe, parafraseando o Zeca Afonso,
que se recusam a tirar a venda dos olhos
e que continuam a ouvir o discurso dos sacanas
que pensam que mandam neste mundo.

Neste natal e ano novo que aí vem,
eu decreto que a minha rua
vai passar a chamar-se
a rua que faz esquina com a esperança.
E quero que vocês se mudem para lá,
nem que seja por um simples ato de magia...
Não, recuso-me a ir ao enterro
da esperança
que, no meu tempo, era a última coisa a morrer.

Abraço, beijinhos, xicorações, carícias
22 de dezembro de 2014
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Nota do editor

Último poste da série de 24 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13936. Facebook...ando (36): Joaquim Vidigueira Ferreira, natural de Santarém, técnico oficial de contas (TOC), ex-fur mil, CCAÇ 1498 / BCAÇ 1876 (Có, Jolmete, Bula, Binar, Ponate e Bissau, 1966/67)

Guiné 63/74 - P14072: Fotos à procura de... uma legenda (50): Que marca de uisque se bebia em Caboxanque, no mítico Cantanhez, no Natal de 1972 ? (Rui Pedro Silva, ex-cap mil, CCAV 8352, 1972/74)


Foto nº 7 B


Foto nº 7 A 


Foto nº 7

Guiné > Região de Tombali > Caboxanque >  Dezembro de 1972 > CCAV 8352 >  Ábum do cpa mil Rui Pedor Silva > Foto nº 7 > A “messe” de oficiais  e também a minha primeira “secretária” . Da esquerda para a direita alf Pratas e Sousa, Furriel Urbano,  alf Nobre Almeida e alf Santos. Ao fundo as tendas  que nos “abrigaram” durante os primeiros meses.

O alf Duarte deveria estar numa operação.  No centro da mesa o “remédio” para alguns males de  que íamos padecendo por lá.


Fotos (e legendas): © Rui Pedro Silva  (2014). Todos os direitos reservados [Edição: LG]


[Foto à esquerda; Rui Pedro Silva ex-alf mil, CCAÇ 3347 (Angola, 1971), ex-ten mil, BCAÇ 384'0 (Angola, 1971/72), e ex- cap mil, CCAV 8352 (Guiné, Caboxanque, 1972/74)]

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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de dezembro de  2014 > Guiné 63/74 - P14071: Fotos à procura de ... uma legenda (49): a escolinha do nosso tempo e a Carta de Portugal Insular e Ultramarino (Luís Graça)

Guiné 63/74 - P14071: Fotos à procura de... uma legenda (49): a escolinha do nosso tempo e a Carta de Portugal Insular e Ultramarino (Luís Graça)


Foto nº 1 > A famosa Carta de Portugal Insular  e Ultramarino (autor: Gaspar de Almeida; editor: Manuel Pereira)



Foto nº 2 > Carta de Portugal Insular e Ultramarino > Detalhe: carta da Guiné  





Foto nº 3 > Reconstituição  de um recanto da sala de aula de uma escola primária da década de 1960




Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira > 14 de dezembro de 2014 > ADL - Associação para o Desenvolvimento da Lourinhã >  Exposião de fotografias antigas


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados


1.  Segundo o portal TV Ciência, esta carta seria de 1958. Foi através dela que nos começamos a famililiarziar com os topónimos guineenses como Cacine. Mansoa, Bambadinca, Bedanda, Pitche... Notas:

Autor: Gaspar de Almeida, Desenhador do Ministério do Ultramar - Lisboa
Editor: Manuel Pereira - Livraria Escolar Progredior Porto
Açores - Escala 1:2.000.000
Planisfério
Distrito de Dio - Escala 1:200.000
Distrito de Damão - Escala 1:400.000
Madeira - Escala 1:600.000
Cabo Verde - Escala 1:1.500.000
Angola - Escala 1:5.000.000
Moçambique - Escala 1:5.000.000
Distrito de Goa - 1:600.000
Macau - Escala 1:150.000
Guiné - Escala 1:2.000.000
S. Tomé Príncipe - Escala 1:1.200.000
Timor - Escala 1:2.000.000
Coordenada e desenhada pelo autor
5.000 Exp. Julho-1962
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Nota do editor:

Último poste da série > 13 de dezembro de  2014 > Guiné 63/74 - P14020: Fotos à procura de ... uma legenda (48): O fim das hostilidades entre as NT e o PAIGC em Mansoa (Mário Vasconcelos, ex-alf mil trms, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, COT 9 e CCS/BCAÇ 4612/72, Mansoa, e Cumeré, 1973/74)

Guiné 63/74 - P14070: Parabéns a você (834): Albano Costa, ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 4150/73 (Guiné, 1973/74); Felismina Costa, Amiga Grã-Tabanqueira e Carlos Pinheiro, ex-1.º Cabo TRMS do STM/QG/CTIG (Guiné, 1968/70)



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Nota do editor

Último poste da série de 22 de Dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14063: Parabéns a você (833): Miguel Vareta, ex-Fut Mil CMD da 38.ª CCMDS (Guiné, 1972/74)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14069: Blogoterapia (264): Infelizmente para mim e para quem me é mais próximo, este Natal não será como dantes (Joaquim Cardoso)

1. Mensagem do nosso camarada Joaquim Cardoso (ex-Soldado de TRMS do Pel Mort 4574, Nova Lamego, 1972/74), com data de 22 de Dezembro de 2014:

Caros amigos:
Luís Graça, Carlos Vinhal, restantes editores e camaradas em geral.
Vivendo-se já tempos de advento e, faltando apenas quatro dias para o Natal, é pois altura de, através deste meio, enderessar meu desejo de que todos tenhais um Natal cheio de amor e alegria na companhia de quem vos é mais querido.

Infelizmente para mim e para quem me é mais próximo, este Natal não será como dantes, porque notar-se-á um lugar à mesa por preencher. 
Sinto e, sentirei mais nesse dia, a ausência da minha esposa, Maria Teresa, que durante 38 anos me fez companhia.
Quis o destino ou a lei da natureza o ordenou, que no dia 11 do passado mês de outubro nos deixasse partindo para outro mundo. Faltaram apenas 9 dias para o seu quinquagésimo nono aniversário.
Lá, onde estiver, que tenha eterno descanso.

À parte, envio estes versos que são fruto das minhas angustiadas memórias da Guiné, ano de 1972/74.
É o primeiro poema, (se assim se pode chamar), que escrevo, pedindo desde já desculpa aos poetas pela minha ousadia, pois reconheço que não o sou nem pretendo obter tal título, apenas é uma forma de ocupação de tempos livres.


O Pilão e Grão

Tum tom, tum tom
De parte incerta chega o som
Longe ou perto, estou certo,
É o bate que bate do pilão

Bem aprumado
Por mãos agarrado
Sobe e desce e sem paixão
Com sua forte batida
Vai moendo e remoendo
O doirado grão

E o grão coitado
Tão mal tratado
Relado, esmagado
perde seu nome
De milho passa a farinha
E desta ao pão que se come

Da desfeita não se queixa
É grande a sua nobreza
Tudo aceita nada enjeita
Desde o campo até à mesa

Ei-lo chegado aqui
Acabado de cozer
Tem gosto e dará gosto
A quem o puder comer

E ao grãozinho doirado
Só uma coisa o consome
Ver tanto pão estragar-se
E haver crianças com fome

Joaquim Cardoso
Ex-Soldado TRMS
Nova Lamego
Guiné, 1972/74

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Comentário do Editor:

Obrigado caro amigo Joaquim Cardoso, por, apesar de estares a sofrer pela recente perda da tua esposa, vires até nós para, generosamente, desejares a todos nós aquilo que tu não vais ter, uma noite de Natal com alegria.

Embora com atraso, aqui deixamos a nossa solidariedade e a certeza de que na noite do dia 24, muitos de nós irão dedicar uns momentos de introspecção em memória da tua esposa.

Recebe um abraço amigo
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 20 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13920: Blogoterapia (263): O Homem entre o Amor e a Guerra (Francisco Baptista, ex-Alf Mil da CCAÇ 2616 e CART 2732)

Guiné 63/74 - P14068: Estórias e memórias de Silvério Dias, radialista, PFA, 1969/74 (4): "É Natal, / De todos diferente, / Mais quente / Que os outros Natais. / Hoje, só tenho ais, / Quando no passado / Ria feliz, / Contigo a meu lado. / Natal de tristeza, / O Destino assim quis, / Natal que defino / Com uma só certeza: / - Nasceu o Menino" (Silvério Dias, 2º srgt art, CART 1802, Farim, dezembro de 1967)







Foto: © Silvério Dias (2014). Todos os direitos reservados [Edição: LG]


1. Mensagem de hoje, do Silvério Dias [ ex-2º srft art,
CART 1802, Nova Sintra, 1967/69; 1º Srg Art, locutor do PFA, Bissau QG/CTIG, 1969/74: civil, delegado de propaganda médica, 1974/76; 1º srgt art ref):


Caro "Homem Grande da Tabanca", manda tocar o clarim a reunir para que todos vejam o pragmático aerograma (para nós, bate-estradas), na emissão especial de Natal, este datado de Dezembro de 1967, altura em que eu, "periquito", passei as "festas" em Farim, local de "pouso" após desembarque no Cais de Pidjiguiti.

Silvério Dias
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Nota do editor:

Guiné 63/74 - P14067: Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: boas festas 2014/15 (8): José Eduardo Oliveira, Luís Fonseca, José Carlos Mussá Biai, Joaquim Nunes Sequeira, José Teixeira, António M. Sucena Rodrigues, José R. Firmino, António Tavares, Ernestino Caniço, Júlio C. Abreu e Abel M. Santos

Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: Boas Festas 2014/15


1. Mensagem do nosso camarada José Eduardo Oliveira (JERO), ex- Fur Mil Enf.º da CCAÇ 675, (QuinhamelBinta e Farim, 1964/66), com data de 17 de Dezembro de 2014:

Boa noite
As minhas primeiras palavras vão para o amigo especial, e que muito prezo, que é o fundador, administrador e editor da primeira hora, que responde pelo nome de Luís Graça Seguem-se nos meus agradecimentos os co-editores e os colaboradores permanentes.
Tomo a liberdade de distinguir a "trave-mestra" do Tabanca Grande, Carlos Vinhal. Que bem merece uma estátua pelo seu trabalho e dedicação. Que acontece já há tantos anos. Muito obrigada a todos.

Abraço fraterno e cisterciense de Alcobaça.
JERO

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2. Mensagem do nosso camarada Luís Fonseca, ex-Fur Mil Trms da CCAV 3366/BCAV 3846, Suzana e Varela, 1971/73, com o seu postal natalício:






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3. Mensagem do nosso amigo guineense José Carlos Mussá Biai, com data de 19 de Dezembro de 2014

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.
Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira - Cancioneiro de Natal. 
Lisboa: Edições Rolim, 1986.

Votos de um Feliz Natal e um Bom Ano Novo!
José C. Mussá Biai

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4. Mensagem do nosso camarada Joaquim Nunes Sequeira, ex-1.º Cabo Canalizador do BENG 447, Guiné, 1965/67, com data de 19 de Dezembro de 2014:

Camarada Luís Graça e companhia.
Segue Boas-Festas e ao mesmo tempo vão umas fotos de Farim de 1966 para tentar dar mais um toque do que era Farim naquele tempo.
Há dias vi as fotos do companheiro Patrício Ribeiro e fui ao baú tirar as que seguem dá para marcar mais uns pontos no nosso blogue.

Um Abraço a todos os Camarigos do
Sempre “Sintra” da Guiné.
Camarigo n.º 608

Nota do editor:
As fotos alusivas a Farim, porque são muitas, serão publicadas oportunamente na série A memória dos lugares

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5. Mensagem do nosso camarada José Teixeira (ex-1.º Cabo Aux. Enf.º da CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70), com data de 19 de Dezembro de 2014:

Bom amigo.
Todos os anos, pelo Natal, somos convidados:
A parar um pouco no tempo e olharmo-nos com outros olhos.
A distribuir amor à nossa volta com sorrisinhos e votos de Boas Festas.
A dar oportunidade à Família.
A olhar os mais frágeis (coitadinhos) com outros olhos.

e depois...


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6. Mensagem do nosso camarada António Manuel Sucena Rodrigues (ex-Fur Mil da CCAÇ 12, Bambadinca e Xime, 1972/74), com data de 20 de Dezembro de 2014:

A todos os camaradas desejo Boas Festas



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7. Do nosso camarada José Rodrigues Firmino, ex-Soldado Atirador da Companhia de Caçadores 2585/BCAÇ 2884 Jolmete, 1969/1971:





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8. Do nosso camarada António Tavares, ex-Fur Mil da CCS/BCAÇ 2912, Galomaro, 1970/72:






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9. Do nosso camarada Ernestino Caniço, ex-Alf Mil, CMDT do Pel Rec Daimler 2208, MansabáMansoa e Bissau, 1970/72:






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10. Mensagem do nosso camarada Júlio da Costa Abreu, ex-1.º Cabo Comando, Chefe da 2.ª Equipa do Grupo de Comandos "Centuriões" (Brá, 1964/66); a viver na Holanda:

Caros Amigos Luís e Vinhal,
Por este meio e desta fria Hollanda, venho juntar os meus votos sinceros de UM NATAL MUITO FELIZ e UM ANO 2015 muito próspero para todos os colegas (e famílias) não só da Guiné, mas também de Angola e Moçambique, onde perderam parte da juventude e se formaram verdadeiros Homens e Mulheres, comendo o pão que infelizmente o diabo amassou.

Júlio Abreu
Grupo de Comandos  Centuriões
Ex-Guiné Portuguesa

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11. Mensagem do nosso camarada Abel Santos (ex-Soldado Atirador da CART 1742 - "Os Panteras" - Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69), com data de 14 de Dezembro de 2014:

Para os meus camaradas ex. combatentes e toda a tertúlia, assim como seus familiares um Santo e Feliz Natal.

Abel Santos

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Nota do editor

Último poste da série de 22 de dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14066: Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: boas festas 2014/15 (7): Continuo a ter razões para acreditar na existência do Menino Jesus (José da Câmara)

Guiné 63/74 - P14066: Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: boas festas 2014/15 (7): Continuo a ter razões para acreditar na existência do Menino Jesus (José da Câmara)

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de 18 de Dezembro de 2014:

Caros camaradas, amigos
Quase todos nós vivemos as celebrações do Natal em Portugal. Nos Açores, em particular na Ilha das Flores, o Natal era o Dia do Menino Jesus, símbolo da Vida e da Esperança que todos os anos se renovam.

Para nós, pequenada daqueles tempos nas aldeias portuguesas, amanhecíamos, alguns, porque em muitas casas o Menino Jesus era extremamente pobre, com um pequeno embrulho de figos passados, uma buzina de azul celestial com o Galo de Barcelos, um carrinho puxado a bois de sabugos. As meninas acordavam com lindas bonecas feitas com trapos ou de fiado de lã nos seus braços. Inocentemente, quando recebíamos algum presente corríamos a vizinhança a mostrar aos nossos amigos e amigas os lindos presentes que o Menino Jesus nos trouxera.

Um dia, de várias maneiras, a nossa inocência foi sacudida e acordámos para a realidade. Quase sem darmos por isso éramos crianças feitas homens e mulheres capazes de lavrar, de ordenhar, de cavar e sachar, tomar conta de um bebé, cozinhar, cozer pão, remendar umas calças. Aos poucos os nossos pais foram depositando as suas esperanças em nós e com elas caíam em cima dos nossos ombros a responsabilidade da renovação da vida.

O cumprimento do serviço militar obrigatório, a guerra do Ultramar, qual fasquia de vida e morte, deixou-nos recordações que a neblina da memória não conseguiu apagar. É por isso que aqui, na Tabanca Grande, nos encontramos dia após dia, ano após ano. Para recordar a nossa meninice, os nossos tempos de tropa, aqueles que deram o melhor de si mesmos a esta grande Nação Portuguesa, os que nos deixaram, os que vão chegando. Aqui tentamos passar o nosso testemunho sócio militar aos nossos filhos e netos. Para que a história da nossa juventude passada em terras do Ultramar nunca seja desventrada.

O Natal, mais que outra época qualquer, passado na Guiné tem histórias mil. Algumas são dolorosas, hilariantes outras, a amizade está em todas elas. Que os anos apenas serviram para a solidificar. Nada mais verídico do que aquilo que aconteceu entre os militares das açorianíssimas CCaç 3326, 3327 e 3328. No primeiro Natal passado naquela Província Ultramarina, foram trocadas mensagens de esperança entre os militares daquelas Companhias. Por nessa altura já me encontrar no Pel Caç Nat 56, sediado no Destacamento de São João, não fiz parte da troca daquelas mensagens… Isto é, até recentemente, 43 anos passados que foram sobre esse longínquo Natal de 1971, quando recebi a mensagem que os furriéis da CCaç 3328 endereçaram aos furriéis da CCaç 3327.


Sem dúvida alguma, uma mensagem que não chegou tarde, apenas me fez regressar às Bolanhas da Guiné, ao meu Natal de Criança. Sim, eu continuo a ter razões para acreditar na existência do Menino Jesus.

Para todos vós Festas Felizes e Bons anos.
José Câmara
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Nota do editor

Último poste da série de 21 de Dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14060: Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: boas festas 2014/15 (6): Carlos Rios, Manuel Lema Santos, Vasco Santos, Armando Teixeira da Silva, Mário Gaspar, Vasco Pires, José Lima da Silva, Sivério Dias, Benito Neves, Sousa de Castro, José Martins, João Coelho e Manuel Alheira