sexta-feira, 4 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18604: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XXXI: As minhas estadias por Bissau (iii): 4º trimestre de 1967



Foto nº 4 > Bissau > Dezembro de 1967 > No restaurante Nazareno, com o Furriel Riquito à civil e o Alferes Verde, do BCAÇ 1932. Um jantar de Natal, provavelmente em fins de Dezembro de 67.


Foto nº 26 > Bissau > 23 de dezembro de 1967 > Jantar no Restaurante Nazareno, com toalha regional, bom vinho Aveleda de garrafa redonda...


Foto nº 25 >  Bissau > 23 de dezembro de 1967 > Na varanda exterior do Restaurante Nazareno. [Segundo o nosso camarada Carlos Pinheiro, que conheceu bem Bissau, em 1968/70, o "Nazareno” era restaurante e casa de fados, sendo mais tarde rebaptizada de "Chez Toi"] (*)


Foto nº 11 > Bissau > Dezembro de 1967 > Uma foto na Amura, sendo tirada por outro camarada, com uma outra máquina, igual, e que também era minha. É como se fosse uma foto que agora se chama de "selfie".


Foto nº 13 > Bissau > Novembro de 1967 >Vista parcial da avenida marginal do Porto de Bissau, com o cais e porto, o estuário do rio Geba, as gentes locais. Pouco movimento de viaturas, era um local para apreciar o rio e o movimento de embarques e desembarques das nossas tropas.


Foto nº 23 > Bissau > Novembro de 1967 > Na marginal do porto de Bissau, cais na maré baixa, vazio de água, muro vedação para sentar, muito lixo também.


Foto nº 24 >  Bissau > Novembro de 1967 > Um banho na piscina do QG em Santa Luzia. O calor aperta  [. Início da época seca, que ia até abril.]


Foto nº 29 >  Bissau > Outubro de 1967 > Inauguração de um novo bairro para a população, já construído parcialmente com recurso a materiais mais nobres, como o cimento e terra amassada, coberto com folhas de palmeira. 


Guiné > Bissau > CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69).


Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); natural do Porto, vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado; tem já meia centena de referências no nosso blogue.


Guiné 1967/69 - Álbum de Temas: T031 – Bissau - Parte 1 > (iii) Out / Dez 1967 > Legendagem (**)


F04 – No restaurante Nazareno, com o Furriel Riquito à civil e o Alferes Verde do BC1932. Um jantar de Natal, provavelmente em fins de Dezembro de 67. Bissau, Dez67.

F11 – Uma foto na Amura, sendo tirada por outro camarada, com uma outra máquina, igual e que também era minha. É como se fosse uma foto que agora se chama de "selfie".  Bissau, Dez67.

F13 > Vista parcial da avenida marginal do Porto de Bissau, com o cais e porto, o estuário do rio Geba, as gentes locais. Pouco movimento de viaturas, era um local para apreciar o rio e o movimento de embarques e desembarques das nossas tropas. Buissau, Nov67.

F23 – Na marginal do porto de Bissau, cais,  na maré baixa, vazio de água, muro vedação para sentar, muito lixo também. Bissau, Nov67.

F24 – Um banho na piscina do QG em Santa Luzia. O calor aperta. Bissau, Nov67.

F25 – Na varanda exterior do Restaurante Nazareno. Bissau, 23Dez67.

F26 - Jantar no Restaurante Nazareno, com toalha regional, bom vinho Aveleda de garrafa redonda, bem gelado, os copos como se pode ver, não são de pé alto, são comuns de água, mas não havia outros. Um dia, estava eu aqui a jantar e fazer as fotos com um tripé, então o empregado distraído dá um toque no tripé e cai tudo, partindo a lente da máquina. Mandei repará-la e teve de ir para o Japão, e demorava uns meses a regressar. Como já não podia passar tanto tempo sem uma máquina, já estava viciado, então comprei uma igual, e mais uma prestação para pagar. Fiquei com as duas até ao fim da comissão, depois acho que alguém se ofereceu para me comprar uma delas e lá foi, hoje não faria isso, até porque tinha as duas, sendo uma com rolo de fotografias a preto e branco, e a outra para slides a cores, que me fizeram falta mais tarde no navio de regresso, pois acabou-se depressa o rolo e não fiz as fotos no navio, na viagem, da chegada a Lisboa, das cerimónias, do encontro com a família, do desfile em Tomar, ficou isso por fotografar, fiquei com pena de não ter pensado antes, porque o dinheiro da venda não me resolveu nada. Vésperas de Natal. Bissau, 23Dez67.

F29 – Inauguração de um novo bairro para a população, já construído parcialmente com recurso a materiais mais nobres, como o cimento e terra amassada, coberto com folhas de palmeira. Bissau, Out67.

______________

Guiné 61/74 - P18603: Blogpoesia (565): "Sombras nos olhos", "Hora das acácias...", e "O sabor das coisas...", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728

1. Do nosso camarada Joaquim Luís Mendes Gomes (ex-Alf Mil da CCAÇ 728, Cachil, Catió e Bissau, 1964/66) três belíssimos poemas, da sua autoria, enviados entre outros, durante a semana, ao nosso blogue, que publicamos com prazer:

Sombras nos olhos 

Como as nuvens fazem ao sol, 
As imagens ficam mais pobres 
Quando há sombras no olhar. 
Fica sombrio o pensamento. 
Propício ao entristecer. 
As formas se tornam imperfeitas. 
Se atropelam as ideias. 
As conclusões saem erradas. 
A acção é um desastre. 
Gera choques e atropelos. 
A confusão. 
Fica mais fácil o desentendimento. 
Vem a desordem. 
Morre a paz. 
Se instala a guerra. 
Mais vale a cegueira total. 
Apesar das dependências, 
Onde só reina a inteligência 
E o bem sentir. 
A vontade fica humilde. 
A alma mais reverente. 
Se agradece a entreajuda. 
O respeito gera amizade. 
Desfaz todas as sombras 
E enriquece o coração… 

Ouvindo concerto n.º 1 de Brahms por Hélène Grimaud ao piano
Lindo dia de sol 
Berlim, 29 de Abril de 2018
Jlmg

********************

Hora das acácias…

Por todos os lados, se revestem os valados dos caminhos, de giestas brancas e amarelas. 
Ficam arbóreas. Pendem de sombra, perfume e cor. 
Fazem o encanto da Primavera, silvestre e rude. 
Esvoaçam os pássaros. Trinados lindos. 
E as borboletas, de cores garridas, parecem flores ou andorinhas. 
Se fazem feiras e romarias. Tudo se vende. 
Tendas de pano. Carroças prenhes. 
Reina a alegria. 
Escorre a vinhaça. Pipas e odres. Das melhores adegas. 
Fervem os tachos. Bolinhos sem espinhas. 
Ó que sabores! 
O bacalhau é rei. 
Pelas alamedas, engalanadas, giram cortejos, 
De novos e velhos. 
Brilham os olhos. 
Canta-se a paz. Reina a harmonia… 

Lindo dia de sol 
Berlim, 30 de Abril de 2018 
6h33m
Jlmg

********************

O sabor das coisas... 

Há uma lei inscrita em nós: 
- O sabor das coisas é directamente proporcional à sua pequenês e ao quadrado da distância. 
Se agudiza, certeira e viva, 
à medida que a vida passa. 
Transforma a vida num grande lago, 
onde corre uma brisa fresca. 
Onde nos banhamos e mergulhamos em cada dia para revigorar e ganhar coragem. 
Nos surpreendem as mais pequenas no dealbar da infância, 
quando as luzes do universo estavam todas direccionadas para nós. 
Dá tristeza e nos enternece lembrar aquelas mais tristes, também as houve. 
Ó que saudade!... 
Dão-nos o equilíbrio necessário para sempre ter esperança e acreditar. 
A vida é breve mas muito rica. 
O que importa é aproveitá-la... 

Berlim, 2 de Maio de 2018 
6h24m 
lindo dia de sol 
Jlmg
____________

Nota do editor

Último poste da série de 29 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18580: Blogpoesia (564): "Depois das cataratas...", "Dos confins dos tempos...", e "Por sebes e veredas...", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728

Guiné 61/74 - P18602: Notas de leitura (1063): Os Cronistas Desconhecidos do Canal do Geba: O BNU da Guiné (33) (Mário Beja Santos)

Navio Portugal, propriedade da Sociedade Comercial Ultramarina


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 13 de Dezembro de 2017:

Queridos amigos,
Entrámos na década de 1950 e socorri-me de um trabalho do investigador António Duarte Silva para procurar situar as transformações operadas na colónia-modelo, no exato momento em que se iniciam as hostilidades anticoloniais, a partir das Nações Unidas e é bem percetível que está em curso a reivindicação da União Indiana para pôr termo ao Estado Português da Índia.
É nesse contexto que a agricultura guineense dá inequívocos sinais de prosperidade e começam as experiências com a cultura do caju. Está em curso o recenseamento agrícola conduzido por Amílcar Cabral e por sua mulher. Não há uma só referência a qualquer tensão étnica e também o comércio prospera.
É nesse contexto que começa a progredir o interesse do BNU pelo domínio absoluto da Sociedade Comercial Ultramarina.

Um abraço do
Mário


Os Cronistas Desconhecidos do Canal do Geba: O BNU da Guiné (33)

Beja Santos

Julga-se do maior interesse, agora que chegámos ao dealbar da década de 1950, situar o pano de fundo em que decorre a vida da província. Serve-nos de orientador António E. Duarte Silva e a sua obra "Invenção e Construção da Guiné-Bissau", Edições Almedina, 2010. Começa por nos dizer que a década de 1940 se caraterizou não só pela reorganização e expansão do aparelho administrativo como pela promoção dos assimilados e cabo-verdianos enquanto se dá, em simultâneo, o alargamento da atividade comercial e a chegada das etnias muçulmanas ao litoral povoado pelos animistas; entretanto, o crioulo ia-se impondo como língua franca. Ao tempo, começa a identificar-se uma forma social bissau-guineense, distinta das colónias fronteiras do Senegal e da Guiné Conacri. O recenseamento de 1950 procurou determinar com rigor a população, foi dirigido por António Carreira, um dos nomes incontornáveis da historiografia guineense. Atenda-se aos números apresentados:  
“As distinções fundamentais eram entre civilizados (dotados de cidadania portuguesa) e indígenas, por um lado, e entre portugueses e estrangeiros, por outro. Civilizados seriam 8320 residentes – dos quais 1501 eram originários da metrópole, 1703 provinham de Cabo Verde e os restantes 4644 da própria Guiné. Acresciam 366 estrangeiros, a maioria libaneses. A taxa de analfabetismo dos civilizados ultrapassava os 43%. Quanto à restante população, contaram-se aproximadamente meio milhão de indígenas, distribuídos por 30 grupos étnicos”.

Já se viu como Sarmento Rodrigues apostou na Guiné como colónia modelo, vinha motivado para incrementar o progresso da colónia: transportes, estradas, rios e canais, portos, aviação, assistência sanitária e águas, agropecuária, comunicações, urbanização, rede telefónica e radiodifusão, promoção missionária, cultural e desportiva. Como observa Duarte Silva, inaugurou o seu programa com dois atos emblemáticos na legitimação da colonização, a criação da “Missão de Estudo e Combate à Doença no Sono na Guiné”, as “Comemorações do V Centenário do Descobrimento da Guiné”. Intensificaram-se as relações com o Instituto Francês da África Negra, procurava-se uma duradoura parceria nas investigações etnológicas e “inquéritos de franca utilidade prática sobre a situação biológica, alimentar, sanitária e demográfica das populações, e as suas psicologias e capacidades”. Vale a pena de novo referir a criação do Centro de Estudos da Guiné Portuguesa e a sua obra de referência o Boletim Cultural. O mandato de Sarmento Rodrigues correspondeu a um período particular de coesão e progresso na história colonial da Guiné, correspondeu também ao apogeu do sistema colonial português, o Governador manteve a política de aliança com os muçulmanos, desenvolveu o aparelho administrativo mediante o preenchimento do quadro de dirigentes com uma elite metropolitana e a entrega da administração intermédia a cabo-verdianos e mestiços. É neste quadro ascensional que irão decorrer as primeiras hostilidades e ameaças de um movimento anticolonial que tem a sua sede nas Nações Unidas.

É tempo de regressar aos relatórios do BNU em Bissau, sente-se que a mudança de gerente torna as análises mais frias e formais, tecem-se comentários dirigidos para uma apreciação de números, dá-se conta do que está a acontecer na agricultura e faz-se a análise da praça. Estamos em 1953, o relator informa que houve uma importante redução nos preços das oleaginosas, quebra essa fortemente compensada com um apreciável aumento da produção. E aparece uma observação em tom lisonjeador, para nos mostrar que os tempos são outros:  
“Este bem marcado progresso da filial no novo importante impulso recebeu – o maior, sem dúvida, desde a sua fundação, – já no início do corrente exercício, com os muitos e vultuosos créditos que, em consequência da extraordinária actividade que aqui desenvolveu, nos poucos dias que durou a sua recente visita a esta província, foram concedidos à praça pelo nosso Excelentíssimo Administrador Senhor Capitão Teófilo Duarte, visita que ficou também assinalada por um rasto de forte e geral simpatia que perdura e cimentará o ambiente favorável que criou a actuação da nossa instituição, objectivos que Vossas Excelências tiveram, como se dignaram a informar-nos, ao aproveitarem a vinda de Sua Excelência a esta província e que constituiu um verdadeiro triunfo”.

Quanto à situação da Praça, não havia praticamente nada de novo:
“Como também sucedeu no anterior, o comércio vendeu, no ano findo, muito menos do que esperava e para que se preparara, pois ao nulo comércio que se continua a registar com os territórios franceses vizinhos e da falta de ouro em pó dessas proveniências, veio juntar-se, logo no início do ano, uma redução de $20 no preço da mancarra e por outro lado o agravamento, que se diz no dobro, do imposto de capitação em que foi convertido o de palhota, diminuíram grandemente o poder de compra do indígena”.

A situação das colheitas é outra preocupação que se espelha neste relatório de 1953:
“Não é possível determinar com rigor a produção agrícola desta província, que as estimativas oficiais avaliam, em amplos limites, entre 119 mil a 143 mil toneladas dos 4 mais importantes produtos. Assim, servindo-nos dos dados respeitantes à exportação e estes com base em elementos colhidos na Filial, pois os oficiais, infelizmente, estão longe de ser coordenados, verifica-se que a produção da mancarra no ano findo foi superior em 3 mil toneladas, a do coconote foi inferior em 6800 toneladas.

Encontra-se em execução o recenseamento agrícola, trabalho que constituiu uma realização dos Serviços Agrícola e Florestais, tendo isso encarregado de planifica-lo e de dirigir a sua execução o Engenheiro Agrónomo Amílcar Cabral. Visa a obtenção de elementos essenciais, qualitativos e quantitativos, tanto a agricultura indígena como da dos não indígenas. Acha-se quase finalizado o trabalho de campo relativo ao recenseamento da agricultura indígena. É executado pelo método de amostragem, através do estudo das explorações familiares em povoações tipo. Assim, obter-se-á uma estimativa dos elementos essenciais da agricultura indígena, aliás a única informação possível nas actuais condições económicas e culturais do agricultor nativo.

O apuramento dos elementos escolhidos será levado a efeito por todo este ano. Entretanto, pode afirmar-se o seguinte:
a) De uma maneira geral as porções são boas, tanto no que se refere às culturas alimentares como às industriais.
b) No sul da província as produções unitárias são geralmente superiores às verificadas noutras regiões, em especial no que se refere ao arroz e à mancarra.
c) Devido à intensificação da cultura da mancarra, as queimadas atingem proporções alarmantes, nomeadamente as praticadas pelos Fulas e pelos Mancanhas.
d) Alguns parasitas prejudicam de maneira sensível as produções das espécies conhecidas por “milho brasil”, “milho cavalo” e “milho preto”.
e) No Quínara, principalmente a produção de arroz foi prejudicada pelas águas vivas.
f) No ano findo, esteve nesta Província o senhor Jean David Bruce, de nacionalidade holandesa, técnico de óleos, que, a convite do ministério do Ultramar, se deslocou à Guiné para estudar as possibilidades da província nos novos métodos de culturas e exportação, as espécies mais recomendáveis às condições ecológicas, com o objectivo de uma produção dirigida mais consentânea com as ricas possibilidades da Província.
g) Foi feita a cultura, em grande escala, por toda a província de sementes de caju importadas de Moçambique, que germinaram bem e em alguns pontos se desenvolveram rapidamente. Essa sementeira foi precedida da vinda a esta Província do professor do Instituto Superior de Agronomia Dr. Carlos Rebelo Marques da Silva que, em missão do Ministério do Ultramar, veio estudar as suas possibilidades económico-culturais”.


Instalações da Sociedade Comercial Ultramarina em Bafatá

Entre Maio e Junho desse ano decorre uma inspeção do BNU na Guiné e aparece um importante documento do seu responsável endereçado à administração da Sociedade Comercial Ultramarina, com a qual gradualmente o BNU vai aumentando a sua participação. Iremos seguidamente tomar nota do seu conteúdo e conhecer a situação de 1954 designadamente do que se estava a passar na agricultura.

(Continua)
____________

Notas do editor

Poste anterior de 27 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18568: Notas de leitura (1061): Os Cronistas Desconhecidos do Canal do Geba: O BNU da Guiné (32) (Mário Beja Santos)

Último poste da série de 30 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18582: Notas de leitura (1062): Retrato do colonizado e retrato do colonizador, por Albert Memmi; editado por Gallimard (1) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P18601: Parabéns a você (1430): José Martins Rodrigues, ex-1.º Cabo Aux Enf.º da CART 2716 (Guiné, 1970/72)

____________

Nota do editor

Último poste da série de 3 de Maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18597: Parabéns a você (1429): Eng.º António Estácio, Amigo Grã-Tabanqueiro, natural da Guiné-Bissau e Delfim Rodrigues, ex-1.º Cabo Aux Enf. da CCAV 3366 (Guiné, 1971/73)

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18600: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (16): "Três caras novas" ou "periquitos" em Monte Real... O Jaime Silva (Fafe e Lourinhã) e Mário Leitão (Ponte de Lima)... O que têm em comum? Ambos estiveram em Angola, um nos paraquedistas, outro na Farmácia Militar; ambos foram autarcas; mas o que os notabiliza é a sua luta, hoje, para não deixar ficar na "vala comum do esquecimento" os bravos das suas terras que combateram (e alguns morreram) em África... De Ponte de Lima, vem ainda um "histórico" do nosso blogue, que participou no I Encontro Nacional, em 2006, na Ameira: Manuel Oliveira Pereira, ex-fur mil, CCAÇ 3547 (Contuboel, 1972/74)


Angola > Leste > 1970 > O alf mil paraquedista, 1ª CCP / BCP 21 (1970/72), em 1970, no leste de Angola, a norte do Rio Cassai,

Foto ( e legenda): © Jaime Silva (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Geraça & Camaradas da Guiné)



Mário Leitão, limiano,  farmacêutico reformado, escritor

Foto: © Mário Leitão (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Geraça & Camaradas da Guiné)


1. Vêm, pela primeira vez, a Monte Real, ao nosso XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande. Nenhum deles esteve no TO da Guiné. Ambos passaram por Angola.  

E ambos têm, em comum, a experiência de autarcas... São os dois membros da Tabanca Grande, tendo-lhes sido reconhecido o grande mérito de resgatarem a memória dos seus conterrâneos que combateram (e alguns morreram) em terras de África, na guerra colonial / guerra do ultramar. O Mário não foi paraquedista mas, tal como o Jaime, leva muito a sério a a divisa dos paraquedistas: "Ninguém fica para trás".

Jaime Bonifácio Marques da Silva

Vive no Seixal / Lourinhã, é  professor de educação física reformado, ex-autarca na Câmara Municipal de Fafe (com o pelouro da cultura e desporto); membro da nossa Tabanca Grande, n.º 643, tem 44 referências no nosso blogue;  grande dinamizador de iniciativas ligadas à preservação da memória dos antigos combatentes da guerra colonial.

De entre outras iniciativas que ele levado a cabo, em Fafe e na Lourinhã, destaque-se a "Exposição evocativa da participação dos jovens do Seixal, Lourinhã, na guerra colonial: 1961-1974" (Clube Recreativo do Seixal, 8 de agosto - 5 de setembro de 2009).
A ideia surgiu-lhe aquando de um das suas periódicas visitas à sua terra natal, Seixal, Lourinhã. Começou por  encontrar casualmente, no clube local, alguns ex-combatentes da guerra colonial, seus conterrâneos, vizinhos, colegas de escola, etc. Não se viam há muitos anos, nomeadamente os que saíram para fora da terra, incluindo para o estrangeiro (França, Alemanha, Canadá, etc.).
"Uns emigraram para o estrangeiro, outros organizaram as suas vidas aqui na terra ou noutras zonas do país. Agora, por força do efeito inexorável do tempo que nos está a empurrar para o final da vida, aqui estamos de novo a regressar à terra que nos viu nascer e crescer e a relembrar os tempos de escola, do campo, do Largo da Festa onde jogávamos ao pião, ao botão, onde jogávamos à bola com uma bexiga de porco ou ainda onde saltávamos à fogueira na noite de São João, etc., etc."

 “Lutar contra a cultura do esquecimento que se instalou em Portugal após o final da guerra colonial”, foi a sua motivação principal… Directa ou indirectamente todas as famílias foram afectadas pela guerra colonial. Ora, segundo ele, se há algo mais condenável do que a guerra, é o silêncio sobre ela, é o fazer de conta que a guerra nunca existiu.


António Mário Leitão

É natural de (e vive em) Ponte de Lima. Farmacêutico reformado e escritor;  ex-fur mil na Farmácia Militar de Luanda, Delegação n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), 1971/73; membro da nossa Tabanca Grande, n.º 741, tendo 18 referências no nosso blogue.

Proprietário da Farmácia Lopes, em Barroselas, Viana do Castelo,  ambientalista, escritor, Mário Leitão tem-se dedicado, de alma e coração, nos últimos anos à recolha e tratamento da informação relativa aos limianos, os naturais do concelho de Ponte de Lima, mortos nos TO de Angola, Guiné e Moçambique bem como no continente ou outros territórios, no cumprimento do serviço militar, no período que abarca a guerra colonial (1961/74). É autor dos livros "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012). Está a ultimar um  segundo livro, com as histórias de vida dos "bravos limianos"...

Apesar de já termos estado perto um do outro, em Ponte de Lima, e telefonarmo-nos, umas meia dúzia de vezes, além da troca de emails, ainda não nos conhecemos "em carne e osso"... Vamos finalmente vermo-nos em Monte Real, no dia 5. (***)


Montemor-o-Novo > Ameira > 14 de Outubro de 2006 > O nosso I Encontro Nacional > O grupo de camaradas fotografados, por volta da 13 horas, antes do almoço no Restaurante Café do Monte, na Herdade da Ameira. Ainda não tinham chegado todos... De qualquer foi o ano em que ainda "cabiam todos" na fotografia... Mas vejamos quem foram os "históricos" que  estava naquele momento, da esquerda para a direita:

(i) na primeira fila, António Baia (de óculos escuros, enfermeiro num Pelotão de Intendência, veio com o Fernando Franco), José Bastos, Pedro Lauret, Lema Santos, Sampedro (foi capitão em Fajonquito, veio com o Manuel Pereira), Manuel Oliveira Pereira (CCAÇ 3547), Aires Ferreira (de óculos escuros), Vítor Junqueira (também de óculos escuros), David Guimarães, José Casimiro Carvalho (de joelhos), Fernando Calado (ex-alf mil, CCS do BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70), Constantino (ou Tino) Neves, Jorge Cabral e, por fim, Luís Graça;

(ii) na segunda fila, Carlos Vinhal (que viria a seguir ser coaptado para coeditor do blogue), Fernando Franco, Fernando Chapouto, Eduardo Magalhães Ribeiro (outro coeditor), Zé Luís Vacas de Carvalho, Neves (um empresário que veio com outro empresário, o Martins Julião, da CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72 ), Humberto Reis (de óculos escuros, da CCAÇ 12,  Contuboel e Bambadinca, 1969/71), Virgínio Briote (, outro coeditor), Raul Albino...

Faltavam, na foto,  outros camaradas que foram pioneiros nestas lides, e que por um razão ou outra não estão na foto: lembro-me, por exemplo, do Paulo Santiago, do Carlos Fortunato, do Carlos Santos (que trouxe notícias do Rui Alexandrino Ferreira), do António Pimentel, do Paulo Raposo e do Carlos Marques dos Santos (os dois organizadores do encontro), do António Santos, do Hernâni Figueiredo, do José Martins, do Manuel Lema Santos (ilustre representante da Marinha, juntamente com o Pedro Lauret, dois imediatos da LFG Orion, embora em épocas diferentes), do Rui Felício, do Sérgio Pereira, do Victor David...

Nesse primeiro encontro do nosso blogue, na Ameira, éramos umas escassas 8 dezenas de participantes, contando com as nossas companheiras...

Foto (e legenda): © (2006). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Geraça & Camaradas da Guiné)


2. Curiosamente, o Mário trará com ele, de Ponte de Lima, outro grande limiano como ele, e também nosso grã-tabanqueiro, este da primeira hora... 

Mas também ele "cara nova" (ou "periquito") em Monte Real, não obstante ser um "dionssauro" da nossa Tabanca Grande: veio ao nosso I Encontro Nacional, na Ameira, Montemor-o-Novo, em 14 de outubro de 2006... Depois disso, foi apenas dando notícias esporádicas...

Manuel Oliveira Pereira

Limiano, também, de Ponte de Lima; ex-Fur Mil da CCAÇ 3547  "Os Répteis de Contuboel", (Contuboel 1972/74), que pertencia ao BCaç 3884 (Bafatá, 1972/74).

Conheci-o Ameira e temo-nos encontrada por aí, a última vez na Casa do Alentejo, na sessão de lançamento do último livro do José Saúde, em 21 de outubro de 2017.  Trabalhou durante anos no Hospital da CUF, em Lisboa, como técnico de gestão, ligado à produção, licenciando-se, entretanto, em Direito (se não erro). Regressou agora à sua terra natal.

Vai ser um grande prazer juntar e abraçar estes três camaradas, em Monte Real... O Jaime viajará comigo e a Alice, a partir da Lourinhã.  O Manuel Oliveira Pereira  vem de mais longe, com o Mário Leitão.
_____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 31 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12658: Tabanca Grande (423): Jaime Bonifácio Marques da Silva, ex-alf mil paraquedista, BCP 21 (Angola, 1970/72), natural da Lourinhã, a viver em Fafe, grã-tabanqueiro nº 643

(ªª) Vd. poste de 12 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17237: Tabanca Grande (432): Mário Leitão, ex-fur mil farmácia, Luanda, 1971/73, passa a ser o nosso grã-tabanqueiro nº 741... Está a fazer um trabalho de grande mérito ao resgatar a memória dos 52 camaradas de Ponte de Lima que morreram nos 3 teatros de operações da guerra de África, do Ultramar ou colonial (como se queira)... e que estão na "vala comum do esquecimento"!

(***)  Último poste da série > 3 de maio de 2018 >  Guiné 61/74 - P18598: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (15): são 133 os bravos que responderam à nossa chamada e estarão presentes em Monte Real, no próximo sábado, dia 5, a partir das 10h.

Guiné 61/74 - P18599: Tabanca Grande (463): Luís Encarnação (1948-2018), nosso grã-tabanquieiro nº 773, a título póstumo (Francisco Palma / Hélder Sousa)


Foto n.º 1 > Convívio do pessoal da CCAV 2748 (Canquelifá, 1970/72): o Luís Encarnação é o segundo a contar da esquerda, e o Hélder Sousa o quinto (e último)


Foto n.º 2 > O Francisco Palma e o Luís Encarnação, ambos de pé... Muito provavelmente num convívio anual da sua CCAV 2748. Um e o outro organizaram convívios do pessoal da companhia(*).


Foto n.º 3 > Convívio anual da CCAV 2748 (Canquelifá, 1970/72) > O Luís Encarnação é o primeiro, da direita.


Foto n.º 4 > Convívio anual da CCAV 2748 (Canquelifá, 1970/72) > 27 de junho de 2011 >  O Luís Encarnação e o Francisco Palma, ao centro, em segundo plano.


Luís Encarnação (1948-2018)

Fotos (e legendas): © Francisco Palma (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O Francisco Palma, nosso grã-tabanqueiro (ex-soldado condutor auto rodas da CCAV 2748 / BCAV 2922, Canquelifá, 1970/72), mandou-me ontem, às 22:35, algumas fotos do Luís Encarnação (1948-2018), seu camarada, amigo e vizinho (, que ontem foi  cremado, e passou a figurar, simbolicamente,  na lista dos membros da Tabanca Grande, sob o n.º 773) (**):

Luís,  o que consegui encontrar do Encarnação são estas 4  fotos, sempre acompanhado. Quando mudei de PC perdi muitas. O Hélder Sousa pode identificar muitos dos convivas que estão com ele, além de mim. A última, com ele, já te tinha mandado

Desculpa,
Francisco Palma



2. Comentário do Hélder Sousa ao poste P18593 (*)

Estive com o Luís Encarnação em Santarém, no 1.º Ciclo do CSM [, Curso de Sargentos Milicianos], em Julho de 1969 (3.ª incorporação) e pertencemos ao mesmo Esquadrão.

Pertenceu a uma das companhias de intervenção do BCAV 2922, a que eu estive adido durante cerca de 6 meses, em Piche, do início de Dezembro de 70 até quase ao final de Maio de 71.

Reencontrei-o por cá nos encontros que o também nosso tertuliano e contemporâneo de Santarém e Piche, o falecido Luís Borrega, foi arranjando.

Também aceitei, pelo menos duas vezes, os convites que ele e o Francisco Palma me fizeram para incorporar os Almoços da sua CCAV 2748 e ainda chegámos a estar juntos num ou dois dos almoços da Tabanca da Linha!

A notícia do seu falecimento "bateu forte", não estava à espera, pelo menos agora, pois sabia que tinha tido um problema, que estaria a recuperar, falei com ele ao telefone ainda não há duas semanas, falou-me de uma bactéria qualquer...

Não consegui acompanhá-lo à última morada. Fiquei triste.

Que descanse em paz! (***)

Hélder Sousa
____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de  11 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11375: Convívios (513): 15º Almoço/Convívio da CCAV 2748/BCAV, 41º ano da saída das tabancas CANQUELIFÁ / DUNANE, dia 25 de Maio em Caldas da Rainha (Francisco Palma)

(**) Vd. poste de2 de maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18593: In Memoriam (314): Luís Encarnação (1948-2018), ex-Fur Mil Cav, MA, CCAV 2748 (Canquelifá, 1970/72). O funeral é hoje, em Barcarena, às 15 horas. Entra, a título póstumo, para a Tabanca Grande, sob o n.º 773

(***) Último poste da série > 10 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18508: Tabanca Grande (463): Mário Santos, ex-1.º Cabo Especialista MMA (F 86 e Fiat G91) da Força Aérea Portuguesa (BA 12, 1967/69), Grã-Tabanqueiro 772 da nossa

Guiné 61/74 - P18598: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (15): são 133 os bravos que responderam à nossa chamada e estarão presentes em Monte Real, no próximo sábado, dia 5, a partir das 10h.







Infografias: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2018)


1. Já dei ontem  os meus parabéns à comissão organizadora do nosso XII Encontro Nacional, o Carlos Vinhal, o Joaquim Mexia Alves e o Miguel Pessoa:

Camarigos:

Boa ponta final!... 133 é um nº confortável... Está próxima da média dos anos 2010 (156), 2011 (126), 2013 (131), 2014 (145) e 2017 (134)... Só em três vezes é que conseguimos fazer o pleno (200) ou andámos lá próximos (2012, 2015, 2016) (Vd. gráfico 2).

Há pelo menos uma vintena de camaradas e amigos que costumam vir, e desta vez falham, pelo me disseram, por razões de calendário: têm férias, têm festas de família, têm viagens, têm outros convívios... As pernas (e o patacão) também começam a pesar... É o costume. Mas, como sempre, há caras novas, felizmente...

Pelo que já vi, vamos ter bom tempo em Monte Real: sol, 22 graus máxima, 8º mínima... Seria ótimo que os aperitivos (das 13h às 14h), antes do almoço (sentados à mesa), fossem servidos na varanda da sala  Dom Dinis do Palace Hotel Monte Real, como previsto no programa... É a melhor ocasião para estarmos em interação uns com os outros, depois da chegada dos participantes (a partir das 10h), da missa (11h30)  e da foto de grupo (12h30).

O hotel sabe, por outro lado, que somos excelentes e fiéis clientes, desde 2010: também temos, na nossa equipa, um imprescindível e insubstituível "elemento de ligação", o Joaquim, que funciona como nosso "advogado", e que tem contribuído, em muito, com brio, brilho e paciência, para o sucesso destes eventos, e sobretudo para que tudo corra bem, com o pessoal satisfeito, a nível das amenidades (instalações e refeições).

O hotel tem, de facto, excelentes instalações, e beneficia de uma centralidade única, o que também é muito importante para eventos deste tipo. De qualquer modo, é já um "casamento" de 9 anos, são 9 encontros no Palace Hotel Monte Real...

Um oscarbravo [obrigado] para vocês três. O alfabravo [abraço] é para vos dar no sábado, ao vivo. Luis

PS - É pressuposto o Joaquim convidar o celebrante da missa (de resto seu amigo e vizinho, o Padre Patrício)  para almoçar connosco, ou pelo menos estar um bocadinho connosco. Temos-lhe essa dívida de gratidão.




2. De acordo com os gráficos 1 e 3, temos  133 inscritos, oriundos sobretudo da Grande Lisboa (35%), Grande Porto (28%) e Centro (26%).

A Grande Lisboa inclui Lisboa (cidade), mais os seguintes 8 concelhos:  Amadora, Cascais, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira. Não temos nenhum participanet oroiundo de Odivelas e Vila Franca de Xira.

O Grande Porto inclui o Porto (cidade) mais os seguintes 13 concelhos: Espinho, Gondomar
Maia, Matosinhos, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia. Temos representantes do Porto, Espinho, Maia, Matosinhos, Penafiel, Póvoa do Varzim  Trofa,  Vila do Conde e Vila Nova da Gaia.

A região Centro inclui todos os concelhos, situados a sul do rio do Douro e a norte  do Tejo, que não fazem parte do Grande Porto e da Grande Lisboa. No nosso encontro deste ano, estão representados os seguintes concelhos, a maioria  do litoral centro: Alcobaça, Aveiro, Cantanhede, Figueira da Foz, Leiria, Lourinhã, Marinha Grande, Montemor-o-Velho, Tomar, Torres Novas,  São 3 são do interior centro: Pampilhosa, Penamacor, Viseu.

A região Norte está representada por camaradas e amigos que vêm de Braga,  Ponte de Lima, Régua, Viana do Castelo e Vila Real.  O Sul por sua vez limita-se a três concelhos: Almada, Beja e Setúbal.

Não temos, desta vez, nenhum representante nem das regiões autónomas dos Açores e Madeira nem da diáspora lusitana.

3.  Camaradas e amigos, terminou na 2ª feira, 30 de abril, à meia-noite o prazo de inscrições. Total de inscritos: 125, mais 8,  da última hora, o que perfaz 133. Estamos gratos a todos os que se inscreveram e aos que gostariam de vir, mas não o podem fazer por razões que temos de aceitar e compreender.

Se houver alguma desistência, motivada por razões de peso, à última hora (, oxalá que não!), por favor comuniquem à comissão organizadora.

Sábado, dia 5 de maio, vai haver "ronco" em Monte Real: vamos celebrar a vida, a amizade, a camaradagem e a solidariedade, tendo a Guiné como traço de união!... Ainda por cima, temos previsão de bom tempo, com sol!

Contacto: Carlos Vinhal:
telem: 916 032 220

email: carlos.vinhal@gmail.com

____________

Guiné 61/74 - P18597: Parabéns a você (1429): Eng.º António Estácio, Amigo Grã-Tabanqueiro, natural da Guiné-Bissau e Delfim Rodrigues, ex-1.º Cabo Aux Enf. da CCAV 3366 (Guiné, 1971/73)


____________

Nota do editor

Último poste da série de 1 de Maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18586: Parabéns a você (1428): José Carlos Neves, ex-Soldado TRMS do STM/CTIG (Guiné, 1974) e Manuel Luís Lomba, ex-Fur Mil Cav da CCAV 703 (Guiné, 1964/66)

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18596: Efemérides (280): No dia 1 de Maio de há 48 anos, o BCAÇ 2912 desembarcava no cais de Pidjiguiti (António Tavares, ex-Fur Mil SAM)

EXCELENTE E VALOROSO era a Divisa do BCaç 2912 - RI2


1. Mensagem do nosso camarada António Tavares (ex-Fur Mil SAM da CCS/BCAÇ 2912, Galomaro, 1970/72), datada de 1 de Maio de 2018:

Camarigos,

Neste dia 1 de Maio de há 48 anos, o BCaç 2912 desembarcava no cais de Pidjiguiti.

Quem do BCaç 2912 se reconhece na fotografia?
- Identifico o falecido Comandante.

Chegada do BCaç 2912, em 01 de Maio de 1970, ao cais de Pidjiguiti, em Bissau

Camarada (tratamento entre militares) a esta hora (19 horas) o que estarias a fazer?

- Estarias a caminho do quartel de Brá?
- Dentro do aquartelamento a tratar do teu precário alojamento?
Não sabemos!
Sabemos que já tínhamos percorrido umas milhas terrestres dentro do território guineense.
Sabemos que andávamos cheios de receber Ordens. Ordem para isto… Ordem para aquilo!

E ao final dos dias saía a Ordem de Serviço n.º. xxx do BCaç 2912.
O Comandante do Batalhão determinava e mandava publicar.

Ordens por vezes muito mal dadas pelos comandos…
Tivemos o exemplo disso!
A primeira Ordem que recebi:
- Ir à Manutenção Militar – Intendência – levantar 21 caixas de uísque. Caixas que receberam todas as mordomias até ao quartel de Galomaro.

Quartel de Galomaro, em Maio de 1970

No quartel foram distribuídas somente pelos Sargentos e Oficiais segundo Ordens do Comando. Os milicianos poucas garrafas levantaram. Constava que não faltaria uísque durante a comissão. Foi puro engano.

Embora houvesse a Ordem de não distribuir o uísque às Praças, e dentro dos possíveis, com a colaboração dos Sargentos e Oficiais milicianos, nunca lhes faltou o precioso líquido especialmente nos aniversários.
Os comerciantes vendiam as garrafas de uísque, de qualidade inferior ao da tropa, por valores exorbitantes.

Eu e um Oficial Superior por razões diferentes fomos das pessoas do Batalhão que mais lidámos com o uísque. Até essa data nunca tinha bebido a totalidade do conteúdo de uma garrafa de 0,75 l. Habituei-me a bebê-lo com Coca-Cola.

Recordação do quartel de Galomaro, em Março de 1972

No quartel de Brá encontrei a primeira pessoa conhecida da Foz do Douro. Éramos praticamente vizinhos. Falamos um pouco. Ele, Capitão Miliciano, estava em recuperação em Bissau e na circunstância com as Ordens de receber e alojar o Batalhão.
Eu e um Camarada da CCS encontrámos uma tábua, talvez de alguma cama, e colocámo-la em cima de uma mesa e os dois passámos a noite ao ar livre e de barriga para o ar sem nos mexer. Tínhamos de nos equilibrar. O tombo a dar teria mais de um metro de altura.
Entretanto as cruéis matas do Leste do Comando Territorial Independente da Guiné esperavam-nos. Infelizmente alguns militares do nosso batalhão faleceram neste Teatro de Operações… O Vietname português, de 1963 a 1974.
A primeira morte do BCaç 2912 deu-se nas águas do rio Corubal com o desaparecimento de um militar da CCaç 2701, aquartelada no Saltinho.

Passados quatro anos passaríamos a festejar livremente O Dia do Trabalhador, festejado desde 1886 nos Estados Unidos da América.

Abraço do
António Tavares
Foz do Douro, Terça-feira 01 de Maio de 2018
____________

Nota do editor

Último poste da série de 28 de Abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18571: Efemérides (279): O 25 de Abril de 1974... visto de Bissau, através de aerogramas enviados por Jorge Gameiro ( REP / ACAP / QG / CC) à sua esposa Ana Paula Gameiro e ao seu filhinho Nuno Gameiro... Documentação comprada no OLX, há 5 ou 6 anos (Carlos Mota Ribeiro, Maia) - Parte III

Guiné 61/74 - P18595: Convívios (854): Encontro dos "Ilustres TSF" em Campanhã - Porto (Hélder Valério Sousa, ex-Fur Mil TSF)


Convívio dos Ilustres TSF em Campanhã - Porto
Da esquerda para a direita: Lã, Martinho, Eduardo, Reis, Hélder, Cruz, Miguel e Marques.

 
1. Mensagem do nosso camarada Hélder Valério de Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 6 de 29 de Abril de 2018:

Caros amigos:

Hesitei em dar conta deste evento por não ser propriamente do âmbito do nosso Blogue mas como aparecem notícias de encontros vários, atrevo-me a fazê-lo.

Para este Encontro apareceram 8 elementos. Muitos? Poucos? Depende....
Na realidade, o que chamamos de "Ilustres TSF" (não sei dizer quem, quando, como e porquê, sugeriu esta designação) é o conjunto de 'mancebos' que no já longínquo ano de 1969 (fará para o próximo ano e Encontro 50 anos!), se encontraram no então BT, em Sapadores, à Graça, em Lisboa, para fazerem o 2.º Ciclo do CSM com a especialidade de "TSF".

Eram 15, que vieram do 1.º Ciclo do CSM, em Julho de 1969, de vários locais da recruta: Caldas da Rainha, Santarém, Vendas Novas e Tavira. Por sua vez eram oriundos, à época, de vários pontos do País: o Carlos Lã, de Faro; o José Canudo, de Elvas; o Nelson Batalha, de Setúbal; o José Alves, dos Açores; o Fernando Marques, de Alhandra; o Hélder Sousa, de Vila Franca de Xira; o António Calmeiro, de Tinalhas; o António Camilo, de Castelo Branco; o José Fanha, de Torres Novas; o Eduardo Pinto e o Luís Dutra, de Viseu; o Fernando Cruz e o José Reis, do Porto; o Manuel Martinho de São Martinho do Campo e o Mário Miguel, de Barcelos.

Desses 15 dois deles, o José Reis e o Fernando Marques não chegaram a sair de cá. Dos outros 13, foram 2 para Moçambique, 4 para Angola e os restantes 7 (mais de 50% dos mobilizados) para a Guiné (e aqui já temos pontos comuns com o conteúdo do Blogue).
Neste espaço de tempo já faleceram 3. Curiosamente todos estiveram na Guiné. O Dutra, o Calmeiro e o Batalha.

Durante vários anos os nossos Encontros foram esporádicos (o 1.º ocorreu, salvo erro, em 1990 ou 91) e só agora, mais recentemente temos procurado manter uma regularidade anual. Este ano foi no Porto. Para o ano [, 2019], comemorando os 50 anos, será em Lisboa, para uma visita ao local onde nos conhecemos, o BT [, Batalhão de Transmissões]. Já temos dia: 4.ª feira, 19 de Abril. Veremos quantos seremos!

Se for do interesse do Blogue poderei avançar com mais alguns apontamentos dos "Ilustres".
Por agora segue assim, acompanhado da "foto de grupo", tirada à mesa na "Casa Inês", ali perto de Campanhã onde, da esquerda para a direita se podem ver o Lã, o Martinho, o Eduardo, o Reis, o Hélder, o Cruz, o Miguel e o Marques.

Abraços
Hélder Sousa
____________

Nota do editor

Último poste da série de 1 de Maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18588: Convívios (853): XXX Encontro do pessoal do BART 3873 (Bravos e Sempre Leais) (Bambadinca, 1971/74), dia 26 de Maio de 2018 em S. Pedro do Sul (Sousa de Castro)

Guiné 61/74 - P18594: Antropologia (27): Uma preciosidade: arte indígena portuguesa, 1934 (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 21 de Junho de 2016:

Queridos amigos,
Já aqui se referiu detalhadamente a I Exposição Colonial Portuguesa, que se realizou no Porto em 1934. Henrique Galvão comissariou e trouxe gentes de várias proveniências. Da Guiné vieram principalmente Mandingas e Bijagós.
Artistas como Eduardo Malta ficaram embevecidos com o porte das gentes, ficaram desenhos para a posteridade; as meninas Bijagós saracoteavam-se de peito ao léu, para escândalo das senhoras respeitáveis, que foram apresentar queixa de tal desmando, faziam-se aliás excursões para ver aquelas "aves raras".
A Agência Geral das Colónias investiu a fundo num alvo em que os fotógrafos eram todos de primeira linha, disputadíssimos: Mário Novais, San Payo e Alvão. A capa foi entregue a Almada Negreiros e o texto principal era da responsabilidade de Diogo de Macedo.
Uma preciosidade e um enaltecimento da arte Bijagó, como aqui se mostra. Uma gema que não podia ficar mais tempo no esquecimento.

Um abraço do
Mário


Uma preciosidade: arte indígena portuguesa, 1934

Beja Santos

No âmbito da I Exposição Colonial Portuguesa, que se realizou no Porto, em 1934, a Agência Geral das Colónias promoveu uma publicação cuja capa pertence a Almada Negreiros e o repositório fotográfico foi entregue a três artistas conceituados: Mário Novais, San Payo e Alvão. O texto introdutório é da responsabilidade de Luiz de Montalvor e o texto sobre a arte indígena é assinado por Diogo Macedo. Escreve Luiz de Montalvor que reabilitar a arte gentílica no seu injusto e obscuro isolamento é o propósito da publicação. Esta arte vive ainda a idade pura da alma humana e por isso há gente que a apelida de primitiva e de bárbara. Ele corrige: pode ser primitiva mas não é bárbara. Espraia-se em considerações, chega mesmo a introduzir uma interrogação totalmente peripatética: “Conceberá ela, um dia, nos refolhos do tempo, na indústria dos seus sonhos – atingida uma idade de ouro, radicada no domínio pleno dos seus recursos – a gestação de um Cellini, de um Ângelo, de um Botticelli indígenas, operários futuros de uma nova Beleza?”. Atenda-se que estamos a falar do mesmo Luiz de Montalvor modernista, ligado à publicação do Orpheu, poderá ser por aí que se justificará o descabimento desta diatribe.

Diogo de Macedo revela outra preparação e conhecimentos. Retoma a tónica do que é primitivo e bárbaro, dizendo que temos hoje na Oceânia e em África inúmeros tribos e povos a quem os europeus chamam raças primitivas, talvez por guardarem ainda todo o caráter inculto e rítmico dos costumes e das crenças que outros povos abandonaram em prol de um outro tipo de civilização. Só por isso é que poderá ser aceitável a designação de primitiva. Estamos a falar de povos em que a arte é principalmente escultórica, composta de feitiços, manipansos, divindades, ídolos e simples figurações animais. E desce a observações de quem refletiu cuidadosamente sobre o que viu e está a escrever: “Existe o mistério da origem da arte africana e da sua migração. Com as depreciações do estilo, da expressão e até da religião, o enigma, por enquanto, não foi resolvido. No Congo, há humildade e certa morbidez decadente; no Benim, espírito guerreiro e virilidade epopeica; na Costa Oriental, exuberância de fantasia e de grotesco; nos Camarões, tragédia e violência; a arte de Ioruba é religiosa, de mitos e de lendas; e só a da Guiné é natural e anedótica. Ali é escultura é lírica e racionalista, embora amaneirada”. Considera que o povo Bijagó é uma raça de artistas plásticos e com tendências fáceis à assimilação ocasional de ritos.

E não deixa de fazer justiça a um fenómeno sobre o qual, nessa década de 1930, muito pouco se fala ainda em Portugal: “Paris, há alguns anos e pela perceção dos pintores Matisse, Vlaminck, Picasso, Dérain e Lhote, tentou impor a arte negra como irmã da grega, da gótica ou da barroca, no seu estilo de descoberta. Aproveitaram-se da sua estrutura e expressionismo para defesa da pintura chamada “fauve” e para apoio dos ensaios do cubismo. Um grande artista – Modigliani – chegou mesmo a criar uma obra baseada na sua estética, assim como Zadkine e Lipchitz se inspiraram nestes segredos de composição para talharem a sua escultura”.

Mulher com o filho às cavalitas

Dois coloniais portugueses

Ídolo do sonho, figura de homem sentado e com a cabeça deitada sobre os braços

Gazela em madeira branca

É um álbum que honra e enaltece a genialidade da escultura guineense. A fatia de leão vai para os Bijagós, 17 gravuras num total de 107, onde se incluem obras vindas do Moxico, Macondes, Lunda, florestas de Cassinga, Congo, Cabo Delgado, Gaza e Benim.
____________

Nota do editor

Último poste da série de 25 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18560: Antropologia (26): “Produtos, Técnicas e Saberes da Tradição Bijagó”, por Fanceni Baldé, Cleunismar Silva e Mary Fidélis, editado por Tiniguena, 2012 (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P18593: In Memoriam (314): Luís Encarnação (1948-2018), ex-Fur Mil Cav, MA, CCAV 2748 (Canquelifá, 1970/72). O funeral é hoje, em Barcarena, às 15 horas. Entra, a título póstumo, para a Tabanca Grande, sob o n.º 773


Luís Encarnação (1948-2018), na Magnífica Tabanca da Linha. Foto de Manuel Resende.


Luís Encarnação (1948-2018), em sua casa.  Foto de Francisco Palma-



Caros Magníficos,

A Magnífica Tabanca da Linha está mais pobre.

Nesta madrugada de 1 de Maio de 2018 perdemos um dos nossos Magníficos, o Luís Encarnação. Paz à sua alma e condolências à família.

Oportunamente o seu amigo Francisco Palma irá fornecer aqui outros elementos.

O corpo está exposto desde as 16 horas na Igreja de S. Domingos de Rana. Amanhã, dia 2, será o funeral pelas 15 horas, seguindo para o Cemitério de Barcarena onde será cremado.


2. O Francisco Palma já ontem nos tinha dado a triste notícia. Por ele, soubemos em primeira mão do falecimento do seu amigo, camarada e vizinho Luís Encarnação que tinha 70 anos. Na página do Facebook da Magnífica Tabanca da Linha ele deixou o seguinte comentário;

Amigos, não acrescento mais nada, a não ser a enorme tristeza, pois era um grande amigo pessoal, e camarada combatente de Minas e Armadilhas, da minha Companhia em Canquelifá, onde bastante passámos de maus momentos. Era ainda meu colega, organizador dos nossos convívios da CCAV 2748.

Que encontres a Paz e eterno descanso.


3. Comentário do editor Luís Graça:

À família enlutada, aos camaradas da CCAV 2748, aos amigos mais íntimos, à Tabanca da Linha, apresento, em nome da Tabanca Grande, a manifestação da nossa solidariedade no luto e na dor (*). E comunico que decidi inscrever, a título póstumo, o Luís Encarnação, como membro, nº 773, da nossa Tabanca Grande.

O Luís vivia em Cascais, era membro da Magnífca Tabanca da Linha.  Há, por outro lado,  várias referências no nosso blogue ao seu nome, é coautor, inclusive, de um poste, também com o saudoso Luís Borrega (1948-2013) (**). E tive o grato prazer de o conhecer em Monte Real, já em 2014, no IX Encontro Nacional da Tabanca Grande.

Já em tempos tinha pedido ao Luís Borrega para apadrinhar a entrada do Luís Encarnação na Tabanca Grande. O que infelizmente não aconteceu em vida de ambos... Cumpre-se agora o meu desejo ao fim de 8 anos e meio depois. Recordo o que escrevi em 9/10/2009 (**):

(...) "Obrigado aos dois. Djarama! Peço ao 1º Luís (Borrega) que traga o 2º (Encarnação) até à nossa Tabanca Grande. Para que ele se possa também sentar no bentém à sombra do nosso mágico, secular, grandiosos, simbólico, fraterno poilão!" (...).
___________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 10 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18509: In Memoriam (313): Armando Teixeira da Silva (1944-2018), ex-Soldado Atirador da CCAÇ 1498/BCAÇ 1876 (Có, Jolmete, Bula, Binar e Ponate, 1966/67), falecido no passado dia 4 de Abril. Natural de Oliveira de Azeméis, vivia em Santa Maria da Feira. Era (e é) nosso grã-tabanqueiro nº 636

(**) Vd. poste de 9 de outubro de 2012 Guiné 63/74 - P10505: Antropologia (20): Funeral Fula / Funeral Islâmico (Luís Borrega / Luís Encarnação)