Mesquita de Barro. Construída pela CCAÇ 3 (1968) © A. Marques Lopes (2005)
Texto de A. Marques Lopes (ex-Alf Mil da CCAÇ 3, Barro, 1968).
É evidente que este blogue tomou uma projecção importante para a história da guerra, sobretudo na Guiné. No entanto, não exageremos. Fazendo uma pesquisa através do Google, como sugere o Luís Graça, cheguei à seguinte conclusão:
(i) o milhar dos 1.010 referêncais sobre Geba é a respeito do rio Geba, as restantes à tabanca de Geba;
(ii) das 10.050 sobre Barro só meia dúzia se referem à tabanca de Barro; as restantes são "colher de barro", "chão de barro", "panela de barro"... e alguns da Nova "Guiné".
Não é uma crítica, é só para colocar as coisas no nível devido. Mas foi-me muito útil essa pesquisa:
(iii) apanhei coisas que não sabia sobre Geba;
(iv) descobri que, em Barro, em Novembro de 2001, foi criada a rádio Tchéte Binhin, com 5 jornalistas e 4 técnicos, e cujo director é César Cumuca, e que está sedeada no edifício da Casa dos Médicos do Centro de Saúde de Barro; fiquei contente porque alguma coisa se fez desde 1998, altura em que lá estive: não havia nem rádio nem Centro de Saúde; falta muito, claro; a rádio só tem um raio de cobertura de 300 metros, é para a tabanca.
(v) Aproveito aqui para corrigir uma coisa e pedir desculpas ao Fernando Chapouto (já lhe tinha falado nisto mas ele nunca me disse nada) e ao Belmiro Vaqueiro: a fotografia que, em tempos mandei não era da construção da capela de Geba mas, sim, da mesquita de Barro. Mando uma fotografia dessa mesquita, essa, sim, construída pela CCAÇ 3. Confusões do tempo... e misturas de lembranças.
(vi) Também vi que o Fernando Chapouto tem dispersas várias fotografias de Camamudo, Banjara, Cantacunda e Geba. Apelo que as mande para o nosso blogue.
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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