Foto de origem desconhecida, editada por nós, e gentilmente cedida pelo Pepito, fazendo parte do acervo fotográfico do Projecto Guiledje ( © AD - Acção para o Desenvolvimento ). Seria importante incluir o testemunho do actual coronel, na reforma, Coutinho e Lima, nos trabalhos do
Simpósio Internacional de Guiledje, a realizar na Guiné-Bissau, de 1 a 8 de Março de 2008.
1. Mensagem do Beja Santos, com data de 20 de Agosto último:
Luís, passei uma semana de férias e recomendo as Astúrias a toda a gente. Seguia na excursão o Coronel José Galamba de Castro, com duas comissões na Guiné, a primeira em Mansabá e a segunda no Comando Chefe, de 72 a 74.
Falou-me detalhadamente no Coronel Alexandre Coutinho Lima, que abandonou Guileje em 1973. Ele foi o único oficial do quadro preso por deserção, visto que, contrariando as ordens do Comandante Chefe, abandonou Guileje com duas companhias e toda a população civil (1). Acordei com o Coronel Galamba de Castro procurar estabelecer um contacto contigo para veres se gostarias de ter a versão do Coutinho Lima sobre tal episódio. Se quiseres, dou-te os contactos telefónicos.
Quanto ao mais, espero hoje mandar-te o 5º episódio da nova série [da Operação Macaréu à Vista], e se possível ainda esta semana mandar-te um outro episódio, pois farei a última semana de férias a seguir. Vi hoje o apontamento sobre o Queta (2), que muito te agradeço. Recebe toda a cordialidade do Mário.
___________
Notas de L.G.:
(1) O então major de artilharia Alexandre da Costa Coutinho e Lima era o comandante do COP 5, na altura da batalha de Guileje e Gadamael. Segundo informação do Nuno Rubim, a primeira unidade a ir para Guileje foi um Grupo de Combate reforçado da CART 494, em Jan / Fev de 1964. A Companhia estava a instalar o quartel em Gadamael.
Só mais tarde é que um grupo da CART 495, em final de Fevereiro desse ano, foi reforçar a guarnição até à chegada das primeiras forças da CCAÇ 726, em 31 de Outubro, permanecendo ainda algum tempo em sobreposição.
A CART 494 era comandada pelo então Capitão Coutinho e Lima, "que assim fica para sempre ligado ao início e fim de Guileje" ... Não sei se o Nuno Rubim ou o Pepito, já conseguiram contactar pessoalmente o Coutinho e Lima, e assegurar a sua decisiva contribuição para a preservação da memória de Guileje.
A história de Guileje/Gadamael precisa desta testemunha-chave, que nestes útimos trinta e tal anos tem-se remetido a um voluntário (?) silêncio. O coronel na reforma Coutinho e Lima terá, à inteira disposição, o blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, para nos contar, sem quaisquer reservas, se assim o entender, a sua versão dos dramáticos acontecimentos de Guileje/Gadamael de Maio/Junho de 1973 e inclusive poderá defender a sua honra como oficial e como português, uma vez que terá sido tratado - em meu entender - pela hierarquia militar de então como um autêntico bode expiatório da falência da política spinolista.
Agradeço ao Beja Santos este precioso contacto, sugerindo-lhe que forneça directamente ao Nuno Rubim, ao Pepito e a mim próprio o contacto telefónico dos coronéis José Galamba de Castro e Alexandre da Costa Coutinho e Lima. O convite que endereço ao Coronel Coutinho e Lima também é, obviamente, extensível ao Coronel Calamba de Castro. O editor do blogue, Luís Graça.
Vd. posts de:
31 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1478: Unidades de Guileje: Coutinho e Lima, ligado ao princípio e ao fim (Nuno Rubim)
2 de Julho de 2005 > Guiné 69/71 - XCI: Antologia (6): A batalha de Guileje e Gadamael (Afonso M.F. Sousa / Serafim Lobato)
(2) Vd. post de 20 de Agosto de 2007 > Guiné 63/74 - P2063: Álbum das Glórias (24): O pretoguês Queta Baldé, uma memória de elefante e um grandecíssimo camarada (Beja Santos)
Luís, passei uma semana de férias e recomendo as Astúrias a toda a gente. Seguia na excursão o Coronel José Galamba de Castro, com duas comissões na Guiné, a primeira em Mansabá e a segunda no Comando Chefe, de 72 a 74.
Falou-me detalhadamente no Coronel Alexandre Coutinho Lima, que abandonou Guileje em 1973. Ele foi o único oficial do quadro preso por deserção, visto que, contrariando as ordens do Comandante Chefe, abandonou Guileje com duas companhias e toda a população civil (1). Acordei com o Coronel Galamba de Castro procurar estabelecer um contacto contigo para veres se gostarias de ter a versão do Coutinho Lima sobre tal episódio. Se quiseres, dou-te os contactos telefónicos.
Quanto ao mais, espero hoje mandar-te o 5º episódio da nova série [da Operação Macaréu à Vista], e se possível ainda esta semana mandar-te um outro episódio, pois farei a última semana de férias a seguir. Vi hoje o apontamento sobre o Queta (2), que muito te agradeço. Recebe toda a cordialidade do Mário.
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Notas de L.G.:
(1) O então major de artilharia Alexandre da Costa Coutinho e Lima era o comandante do COP 5, na altura da batalha de Guileje e Gadamael. Segundo informação do Nuno Rubim, a primeira unidade a ir para Guileje foi um Grupo de Combate reforçado da CART 494, em Jan / Fev de 1964. A Companhia estava a instalar o quartel em Gadamael.
Só mais tarde é que um grupo da CART 495, em final de Fevereiro desse ano, foi reforçar a guarnição até à chegada das primeiras forças da CCAÇ 726, em 31 de Outubro, permanecendo ainda algum tempo em sobreposição.
A CART 494 era comandada pelo então Capitão Coutinho e Lima, "que assim fica para sempre ligado ao início e fim de Guileje" ... Não sei se o Nuno Rubim ou o Pepito, já conseguiram contactar pessoalmente o Coutinho e Lima, e assegurar a sua decisiva contribuição para a preservação da memória de Guileje.
A história de Guileje/Gadamael precisa desta testemunha-chave, que nestes útimos trinta e tal anos tem-se remetido a um voluntário (?) silêncio. O coronel na reforma Coutinho e Lima terá, à inteira disposição, o blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, para nos contar, sem quaisquer reservas, se assim o entender, a sua versão dos dramáticos acontecimentos de Guileje/Gadamael de Maio/Junho de 1973 e inclusive poderá defender a sua honra como oficial e como português, uma vez que terá sido tratado - em meu entender - pela hierarquia militar de então como um autêntico bode expiatório da falência da política spinolista.
Agradeço ao Beja Santos este precioso contacto, sugerindo-lhe que forneça directamente ao Nuno Rubim, ao Pepito e a mim próprio o contacto telefónico dos coronéis José Galamba de Castro e Alexandre da Costa Coutinho e Lima. O convite que endereço ao Coronel Coutinho e Lima também é, obviamente, extensível ao Coronel Calamba de Castro. O editor do blogue, Luís Graça.
Vd. posts de:
31 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1478: Unidades de Guileje: Coutinho e Lima, ligado ao princípio e ao fim (Nuno Rubim)
2 de Julho de 2005 > Guiné 69/71 - XCI: Antologia (6): A batalha de Guileje e Gadamael (Afonso M.F. Sousa / Serafim Lobato)
(2) Vd. post de 20 de Agosto de 2007 > Guiné 63/74 - P2063: Álbum das Glórias (24): O pretoguês Queta Baldé, uma memória de elefante e um grandecíssimo camarada (Beja Santos)
2 comentários:
a foto deve ser do fur carlos santos da ccav 8350.
abraço
jose carvalho
Comentário do Torcato Mendonça, nosso camarada do Fundão (torcatomendonca@gmail.com), com data de 5 de Setembro de 2005:
(...) Coronel Coutinho Lima. Se for vontade dele contar a sua versão dos acontecimentos seria, quanto a mim, apesar de nem conhecer o senhor, óptimo. "De quantas verdades se faz uma mentira" – diz o Eduardo Águalusa – no livro "As mulheres do meu pai". E, digo eu, que bom seria saber a versão do Coronel Coutinho Lima. Se for essa a sua vontade, difícil?! Certamente!!! Parece-me que ele merece um “reparo”.
Podíamos até inverter a frase do Águalusa, ou melhor, juntar as versões na busca da verdade e acabar com certos mitos e heróis…
Comentário inseroido por L.G., editor do blogue
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