1. Mensagem, de ontem, dia 12, às 9h17, do nosso camarada José Eduardo Reis de Oliveira (JERO), foi Fur Mil da CCAÇ 675 (Binta, 1964/65), o mais activo e produtivo dos nossos periquitos (*), grande contador de histórias (já lá vai dezena e meia) e autor do livro Golpes de mão's - Memórias de guerra.
Assunto - O gasóleo do Amilcar Ventura e a emboscada de Sare Dicó aos militares do 7 de espadas
Bom dia, Grande Luís:
Mais velho mas sem idade, estou agora a ganhar novas rotinas. Levanto-me, visto o meu fato de ginástica e antes de sair de casa venho até ao nosso blogue. Já lá fui hoje e verifico que está ao rubro, o que é fantástico.
1) P4939 de Vasco da Gama [Banalidades do Mondego, IV]
Grande senhor, este camarada de Coimbra. Não conhecia e já comentei a sua postagem onde, entre várias coisas, cumprimento e felicito os editores LG e MR. A história abana mesmo (**)... No que me diz respeita, e graças ao Vasco da Gama,deixou de me engasgar...
2) P4930: emboscada em Sare Dicó a militares do 7 de Espadas
Já recebi vários comentários e já soube notícias do meu colega e amigo do aerograma: o Carlos Cardoso Dias, da CCaç 674. Vivia em Cascais e faleceu em 2005. Vou tentar localizar a família para lhes oferecer o aerograma (que guardo há 43 anos) e algumas fotos que tenho com o Carlos. Foi um choque pois, à distância no tempo, guardamos sempre a imagem de um jovem robusto e cheio de saúde. É essa recordação que quero guardar dele.
3) O MR já tem mais uma história minha em que satirizo os nossos jogadores ' naturalizados' da Selecção Nacional, que não sabem cantar o Hino. Refiro depois outro Hino, cantado por ex-combatentes.
Vou prá rua...andar uma hora e desenferrujar a língua com vários amigos.Obviamente que lhes vou falar do blogue do 'nosso' Luís Graça e Camaradas da Guiné.
Bom fim de semana.
Um abraço do
JERO
__________
Notas de L.G.:
(*) Vd. poste de 14 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4686: Tabanca Grande (162): José Eduardo Oliveira, ex-Fur Mil, CCAÇ 675, Binta, 1965/66
(**) 11 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4936: O segredo de... (6): Amílcar Ventura: a bomba de gasóleo do PAIGC em Bajocunda...
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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3 comentários:
Camarada Oliveira desloco-me a Alcobaça muitas vezes no ano estou ainda no activo e faço assisteência electromecânica a diversas fruteiras aí da zona,Cooperfruta,Frubaça,um dia que aí vá gostaria de te cumprimentar.Até um dia destes.
José Nunes
Beng 447
68/70
Caros camaradas
Aproveito este "post" do JERO para também tecer alguns comentários sobre o "assunto do momento", ou seja, a revelação do Amílcar Ventura de que teria transportado algum combustível destinado ao PAIGC, já que o mesmo é referido pelo JERO no "post" e de uma forma que me parece justa.
Sobre estes assuntos melindrosos gosto de deixar "assentar um pouco a poeira", ou seja, gosto de deixar passar algum tempo para amadurecer as idéias e não reagir impulsivamente, a quente.
Ao tempo da escola primária, em que naquela época e naquela região onde vivia era normal haver alcunhas para todos, era o "Canita", o "Cão Grande", o "Polícia", o Pandeireta", e por aí fora, eu era o "Cafeteira" porque, diziam, "fervia com pouca água". É claro que aprendi a dominar essa irascibilidade e por isso normalmente pondero antes de agir.
Reconheço ao Amílcar o direito de não se identificar com a "justeza" da guerra para a qual foi incorporado.
No entanto, considero que a forma que encontrou (e não sabemos as circunstâncias que originaram e possibilitaram os diversos "fornecimentos", porque foram mais do que um) não pode ser aplaudida, acho mesmo pelos que também de algum modo não estavam de acordo com a situação vivida, pois fosse qual fosse a motivação, "aquilo" era sempre algo que seria utilizado contra os seus compatriotas, pessoas concretas, e não contra o regime ou os seus mandantes. Mesmo que fosse para "comprar" a paz ou a tranquilidade num determinado local, isso seria afectado noutros locais, com outras pessoas, porventura onde também haveriam quem discordasse e até se opusesse à guerra.
Também já escrevi directamente ao Amílcar dando conta das minhas críticas e opiniões. Foram para ele directamente para, porventura, poderem ser mais argumentadas e não terem por detrás a carga, em certa medida panfletária, que podia resultar da sua inclusão nos vários comentários.
Destes, li de tudo!
E acreditem que alguns me fizeram ficar de boca aberta e a tentar descobrir em que ano estamos...
E não vou aqui repetir as palavras do António Matos, com as quais estou de acordo, no seu comentário ao "post" com as revelações do Amílcar.
A minha maior preocupação agora vai mais no sentido de saber se se matou de vez com a possibilidade de se virem a conhecer outros eventuais segredos, pois que se previligiou a atitude "justiceira", impulsiva, "caceteira" até, em vez de se ser educador, esclarecedor, aproveitando as confissões do Amílcar para com serenidade mas com frontalidade e firmeza lhe explicar porque agiu mal. Acho que dificilmente haverá quem se atreva a eventualemente "exorcizar" fantasmas.
E, penso eu, estas coisas, estas situações reveladas no Blogue, só agora, ao fim de tantos anos, só foi possível por o Blogue ter tomado a dimensão que tomou e a credibilidade que lhe está associada.
As pessoas devem poder continuar a confiar no Blogue. Devem poder acreditar que serão esclarecidas. Devem esperar ser corrigidas, contraditadas, aplaudidas, assobiadas. Mas não deverão temer pelotões de execução!
Um abraço à Tabanca
Hélder S.
Hélder Valério
Assino por baixo o teu comentário.
Quanto aos purismos de que se vai tomando nota, só tenho a dizer que cristal é tão puro, que parte com leve som.
Um abraço para todos
Juvenal Amado
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