domingo, 3 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8040: Carta Aberta a... (6) Sr. Presidente da República: o 10 de Junho, Dia dos Combatentes (Joaquim Mexia Alves)

1. Mensagem do nosso camarigo Joaquim Mexia Alves:


Data: 31 de Março de 2011 15:42
Assunto: Carta Aberta ao Presidente da República



Meus caros camarigos editores:

Hoje mesmo enviei via site da Presidência da República, a carta que anexo, ao Senhor Presidente da República. Esta carta surgiu das ideias ontem apresentadas pelo António Martins Matos no Encontro da Tabanca do CentroA ele enviei o primeiro esboço desta carta, tendo-me dado conselhos preciosos para chegar ao texto final, que como acima afirmo, já foi enviado pelo site da Presidência.

Já recebi aliás a informação de que tinha sido recebida. O texto da carta envolve-me obviamente a mim, mas julgo que expresso, mais coisa menos coisa, o sentir da grande maioria dos Combatentes.

Fica à vossa disposição para publicação na Tabanca Grande e quem sabe, poder posteriormente receber a assinatura de todos aqueles que nela se revejam. Poder-se-á perguntar porque não a submeti à anterior apreciação de todos? Eu respondo, pela experiência que tenho e todos vós também, que tão cedo não teríamos um texto final que pudéssemos enviar. Assim, como acima refiro, a carta envolve-me a mim, mas pode ser expressão de todos aqueles que a ela queiram a aderir.

O modo de fazer essa adesão deixo-o ao cuidado de quem sabe mais do que eu dessas coisas.

Um abraço camarigo para todos do
Joaquim Mexia Alves

2. Carta aberta ao Presidente da República

Exmo. Senhor Presidente da República
Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva

Escrevo esta carta aberta a V. Exa., pois na sua qualidade de Presidente da República é também o Comandante Supremo das Forças Armadas de Portugal.

Aproxima-se o dia 10 de Junho, e como sempre acontecerão as respectivas celebrações e actividades, que se vão tornando no tempo e na história, cada vez mais afastadas daquilo que deveriam efectivamente ser.

Com efeito, hoje já não faz sentido o chamado “Dia de Camões e das Comunidades”, por razões tão óbvias que nem precisam ser enumeradas

O dia 10 de Junho, que deveríamos entender como o Dia de Portugal, esteve sempre ligado, na sua mais original génese, aos Combatentes de Portugal, que ao longo da História da Nação foram dando o melhor de si para a servir.

E é perfeitamente legitimo que assim seja, porque uma Nação que se honra da sua História, sempre deve homenagear os seus filhos que por essa História se entregaram com risco, e muitas vezes entrega da própria vida.

A maior parte das nações que de um modo geral Portugal considera aliadas ou amigas, têm em cada ano, um dia especialmente dedicado aos seus Combatentes, independentemente das razões ou legitimidade das guerras travadas.

Assim, em nações como a Grã-Bretanha ou os Estados Unidos da América, (para citar apenas estas duas), esse dia é comemorado com “pompa e circunstância” e os Combatentes são a figura principal das celebrações desse dia, sem distinção, conotações políticas, ou quaisquer outras, mas apenas respeitando e homenageando aqueles que serviram a Pátria com as suas próprias vidas.

Se o 10 de Junho não é entendido nesta dimensão, (e é óbvio pelo passado recente que o não é), duas coisas há a fazer:

- Ou fazer do 10 de Junho esse dia de homenagem e respeito aos Combatentes.

- Ou criar um novo dia específico para essa homenagem, na certeza porém, de que o 10 de Junho nos moldes em que é celebrado agora, perderá rapidamente a anuência e empenho dos Portugueses que agora, apesar de tudo, ainda minimamente tem.

Não se perguntarão as autoridades de Portugal, o porquê de, ainda havendo tantos Combatentes das guerras recentemente travadas por Portugal, ser tão diminuta a afluência às celebrações do 10 de Junho?

A resposta é sem dúvida muito fácil. É que os Combatentes não se revêem na forma como esse dia é celebrado e muito menos ainda na forma como são tratados nesse dia e em todos os dias.

Escrevo a V. Exa. por mim, mas também por muitos que ouço e pensam como eu.

Não se trata agora de subsídios, ou outras “compensações” financeiras, seja por que motivos forem, mas sim, única e exclusivamente, de respeito e consideração por aqueles que, tendo deixado tudo, (voluntária ou involuntariamente), não deixaram de servir Portugal, a maior parte das vezes em condições de terrível sobrevivência.

Foram gerações sacrificadas, mas generosas, como V. Exa. muito bem disse no seu recente discurso na “Cerimónia de Homenagem aos Combatentes no 50º Aniversário do início da Guerra em África”, e que, mesmo não tendo na sua maior parte “ido à guerra” de modo voluntário, não deixaram de cumprir até á exaustão com tudo o que lhes foi exigido, e em condições de inigualáveis dificuldades, prestigiaram Portugal e todos aqueles que pela Nação combateram desde a sua própria Fundação.

Pode parecer uma escrita épica, ou desajustada das “realidades” de hoje, mas é verdadeira para todos aqueles que se orgulham de ser Portugueses e se orgulham da sua História.

E isto, repito, nada tem a ver com política, ou formas de interpretar as guerras, mas sim como o respeito que sempre deve existir por aqueles que se deram pelos outros.

Nós, Combatentes, não queremos ser anónimos, nem envergonhados, (que o não somos), mas queremos sim, (tal como nos países acima referidos), desfilar, de pé, de cadeira de rodas, ou conduzidos por outros, seja qual for a nossa condição, acompanhados pelos estandartes e símbolos, sob os quais servimos Portugal.

Não nos movem quaisquer razões político/partidárias, nem conotações com qualquer regime, mas sim, a razão de querermos desfilar em Belém, pois queremos desfilar em homenagem e honrando aqueles que estão inscritos naquele Monumento aos Combatentes, e que deram tudo o que tinham a Portugal, ou seja, a sua própria vida.

Não queremos discursos de circunstância que ninguém ouve, nem queremos discursos de instituições mais ou menos estatizadas, queremos sim ouvir algum ou alguns de nós, que nos encham a alma, o coração, bem como o Comandante Supremo das Forças Armadas, para nos sentirmos vivos, para nos sentirmos respeitados, para sentirmos que a «Pátria nos contempla», não para nosso orgulho, mas para nosso respeito, e para que as gerações vindouras saibam que Portugal honra os seus filhos.

Senhor Presidente da República, está nas suas mãos ouvir os Combatentes!

Não, como acima refiro, as instituições mais ou menos “estatizadas” de Combatentes, mas ouvindo os Combatentes, que até pela força do seu passado, com muita facilidade se organizarão para responder a um seu convite.

Estamos, como V. Exa bem sabe, pois também fez uma comissão em Moçambique, a ficar cada vez mais velhos, já para além dos 60 anos, pelo que é tempo de se corrigir o desprezo a que foram e são votados os Combatentes de África.

E não só os de África, mas os de todos os tempos que serviram Portugal.

Desfilaremos, transportando com tanto orgulho o estandarte das nossas unidades militares da guerra em África, como com o estandarte dos nossos irmãos mais velhos da guerra na Europa, ou em qualquer parte do mundo.

Portugal precisa, mais do que nunca, de se olhar, de olhar as suas gentes, de redescobrir a generosidade com que os Portugueses sempre se deram pela sua Nação, para não corremos o risco de cada vez mais nos fecharmos em nós próprios apenas para “lambermos as nossas feridas”.

Homenageando, respeitando e enaltecendo os Combatentes, homenageamos, respeitamos e enaltecemos a vontade inabalável dos Portugueses.

Homenageando, respeitando e enaltecendo aquelas gerações, fazemos também com que as gerações de agora e as vindouras, sintam orgulho e vontade de pertencerem à Nação que «deu novos mundos ao mundo».

Está nas suas mãos, Senhor Presidente da República, marcar uma viragem importante e imprescindível nas celebrações do 10 de Junho, e assim, dar aos Portugueses e ao mundo, uma nova imagem de Portugal que honra os seus filhos, porque só por eles existe e é Nação.

Com os meus respeitosos cumprimentos

Joaquim Manuel de Magalhães Mexia Alves
Alferes Miliciano de Operações Especiais na disponibilidade.
Guiné 1971/1973

3. Nota dos editores:

Amigos/as, camaradas, camarigos/as:

Se quiserem manifestar o vosso apoio  a esta "carta aberta", podem fazê-lo directamente no sítio da Presidência da República Portuguesa... Cliquem em Escreva ao Presidente.  Têm à vossa frente um formulário que oferece uma interface gráfica para o envio da vossa mensagem, que não pode excer dos 10 mil caracteres (tomem como termo de comparaação a carta do JMA que tem cerca de 6600 caracteres com espaços).

Não se trata de nenhum abaixo assinado nem de nenhum petição pública. Trata-se apenas de informar os serviços da PRP que, a título pessoal, apoiam o conteúdo da carta do nosso camarada (sugerindo que seja repensado o tradicional formato das comemorações do 10 de Junho, em que os ex-combatentes não se revêem). Pode ser uma mensagem do seguinte teor: "Subscrevo a Carta Aberta ao Presidente da República Portuguesa, enviada em 31 de Março de 2011, por esta via, pelo cidadão e ex-combatente Joaquim Manuel de Magalhães Mexia Alves"...

Preencham os campos de resposta obrigatória, assinalados com asterisco (nome, e-mail, morada, etc.). Em relação ao motivo do envio da mensagem, podem responder o seguinte: Motivo=Informação. Temática= 10 de Junho, dia dos Combatentes.

41 comentários:

José Marcelino Martins disse...

Camaradas de Armas

Já subcrevi a carta do Mexia Alves, no site da Presidência.

Espero não ter sido o primeiro, e faço votos para que não tenha sido o último.

Juntos vamos mostrar a nosso orgulho de ter-mos sido/sermos Soldados de Portugal.

Em frente, marche!

Anónimo disse...

Caro Joaquim. Sinto ORGULHO em ter-te por AMIGO!

Anónimo disse...

Meu caro,
Joaquim Mexia Alves,

Tornado publico o teu texto neste espaço, deixa-me dizer:

Políticas à parte, embora esta não seja outra coisa que não uma questão política e, mesmo não me revendo neste presidente, reconheço-lhe, como escreves, ter sido um meliciano em Moçambique, razão primeira que o devia colocar-se de imediato ao nosso lado.

Quero, por isso, deixar bem expressa e clara a minha posição.

Compreendo a razão que te levou a enviar um texto sem qualquer consulta prévia. Estou até de acordo quando dizes que nunca mais haveria texto, porém, embora nele possa estar implicito, que fique inequivovo não se tratar de qualquer forma saudosista ou de apoio ao anterior regime, ou, a qualquer outro semelhante que se prepare na sombra ou exista no espírito ou pensamento seja de quem for.

Posto isto, estou confiante e apoio a iniciativa. Como disse na altura, nunca fui a nenhum 10 de Junho, mas desta lá estarei presente, assim nada o impeça.

Um abraço
BSardinha

Pedro Neves disse...

Camarada Ranger, Mexia Alves,
Subscrevo a totalidade da carta enviada ao Presidente da Republica.
Espero que não encontre nenhum "Spam" pelo caminho.
Um Abraço
Pedro Neves
Ex Furr. Mil. OP. Esp.
C.Caç. 4745 - Águias de Binta
Guiné 73/74

Anónimo disse...

A carta do Joaquim Mexia Alves merece ter o máximo de assinaturas.
Caro José Marcelino Martins, como fizeste para subscrever a carta?
Um abraço,
Carlos Cordeiro

Anónimo disse...

Caro Joaquim,

És de facto um homem grande e um grande homem.
Um grande abraço para ti e para o José Martins que não está só pois também já fiz o mesmo.

Homens desta Grande Tabanca vamos em frente, não queremos benesses mas sim que os nossos olhem para nós com orgulho, não pela guerra, mas pelo que sofremos e dever cumprido.

Do tamanho do Cumbijã um abraço para todos,

Mário Fitas

Anónimo disse...

O que fiz foi mandar uma mensagem a dizer que me associava à carta-aberta do Joaquim Mexia Alves. Julgo que é o único modo de fazer.
Recebi já a mensagem a acusar a recepção.
Um abraço,
Carlos Cordeiro

Antº Rosinha disse...

Camarigo Joaquim, esta carta é pelo menos uma maneira de tentar tirarmos a "cabeça da areia".

Porque cada vez que se tenta contar a história há sempre alguem a mergulhar-nos a cabeça na areia.

É ler o que se escreveu quando o Presidente da República falou em nós recentemente, caiu o carmo e a trindade

manuelmaia disse...

Caro Joaquim Mexia,

Esperemos que o teu repto nao tenha caido em saco roto.
Vou ser obrigado a encurtar este texto,limitando-me a dizer parafraseando o Mario Fitas,que es um homem grande e um grande HOMEM.
E encurto-o porque inexplicavelmente ,nao consigo por assentos pois ficam a dobrar...
Se alguem, me puder valer com informaçao que um ignorante destas novas tecnologias possa entender,muito agradeço.
so poderei subscrever depois da correcç~~ao desta trapalhada...

alma disse...

Olá AMIGO!

Estou contigo!

RESPEITO e DIGNIDADE!

Abraço!

Jorge Cabral

António Martins Matos disse...

Caros Amigos
A carta do camarigo Mexia Alves mostra a sua insatisfação perante o que tem ocorrido e uma vontade de mudança, consequentemente, todas as vossas afirmações de apoio ao MA decerto que o sensibilizarão.
Mas, deixem-me dizer-vos, não é isso que se pretende.
O que se pretende é um vosso comentário dizendo:
“Recebido e compreendido, neste 10 de Junho não vou assistir, vou pôr a minha boina e desfilar”.
Imaginem 1 Batalhão de antigos combatentes a desfilar em continência aos nossos camaradas lá inscritos.
Muita coisa vai mudar...
Abraço
AMM

Juvenal Amado disse...

Como outros também estive presente a quando a troca de ideias entre o Vasco da Gama e o António M. Matos.
Vou esconder que nunca participei até à data e não estava a fazer conta de participar no 10 de Junho, uma vez que a data na forma como até aqui tem sido celebrada, nada tem a haver comigo.
Antes celebrava uma coisa, hoje celebra outra e tanto uma coisa como outra, não eram de molde a me levar a participar.
No entanto há na proposta do camarigo António M.Matos, que de certa forma o Mexia Alves deu seguimento com a carta aberta em presença, dados novos com que respeitando as várias sensibilidades passo a estar de acordo, pois o direito dos antigos combatentes e suas famílias terem um dia para festejar. A predisposição em combater pela Pátria num combate errado ou não, consoante o crer de cada um, foi uma dádiva da nossa juventude.
Vamos pois reivindicar um dia onde honremos os combatentes, os nossos mortos e as suas famílias se sintam honradas finalmente e para que nunca seja esquecido aqueles dias incertos.

Penso que os dois poste se ligam e por isso o meu comentário é referente aos mesmos.

Um abraço para todos e neste caso em especial para o Mexia e António M.Matos.

Anónimo disse...

Camarigo Joaquim Mexia Alves

Subcrevo a carta enviada ao site da Presidência da Républica.

Importante estarmos unidos unidos pois apoio esta iniciativa,e fico pronto para dar tudo de mim no que for necessário.

Lá estarei no 10 de Junho como de costume.

Um abraço

António Marques

Estou contigo

Joaquim Mexia Alves disse...

Absolutamente de acordo com o António Martins Matos.

Importa desfilar e importa fazer chegar ao site da Presidência da República o nosso acordo com sta carta ou não, mas sobretudo com o principio de que queremos desfilar em honra aos mortos da Nação e ao respeito aos combatentes.

Quanto a mim aceito e apoio a liderança do nosso, (com orgulho o digo), nosso General António Martins Matos.

Por isso que os comentários sejam então de apoio àquilo que todos, julgo eu, queremos fazer.

Um grande e camarigo abraço para todos

Anónimo disse...

Atenção à navegação.

Pelo que é explicito pelo António Martins de Matos e pelo Joaquim Mexia.
Isto não é para simplesmente escrever e dizer que vamos por a boina.
É para trabalharmos em todas as frentes: Marinha, Força Aéria Exército e tudo o que mexa.
Comunicação Social, Blogs, Organizações, Camaradas, Amigos e Inimigos. Isto é para avançar, que cada um faça um pequeno esforço e movimente todos os meios para demonstração do respeito que nos é devido.

Para todos os Combatentes o fraternal abraço.

Mário Fitas

antonio graça de abreu disse...

antonio graça de abreu disse...

Serei mais um a desfilar a 10 de Junho. Vamos todos engrossar o número, dois ou três batalhões, dois mil homens, não é pedir demais. Abraço,

António Graça de Abreu

Anónimo disse...

Camaradas,
Só quero comunicar que acabei de subscrever no sitio www.presidencia.pt/?action-3 a carta do Joaquim. Claro, a 10 de Junho lá estarei a engrossar a tropa.
Abraços fraternos
JD

Fernando Gouveia disse...

Mexia Alves:

Claro que assino por baixo, só que não conseguir descobrir a carta na página da Presidência.

Um abraço.
Fernando Gouveia

Anónimo disse...

SUBSCREVO PLENAMENTE A CARTA DO CAMARIGO MEXIA ALVES.
PASSEMOS À ACÇÃO.
"BORA LÁ" TODOS A MARCHAR NO 10 DE JUNHO.

C.Martins

Chapouto disse...

Companheiro e amigo subscrevo a tua carta e tmos de uma vez dar um empurrão aqueles que nos ignoram nos temos orgulho em sermos portugueses por isso merecemos todo o respeito
Um forte abraço

F Chapouto

Anónimo disse...

Camaradas na Guerra / Irmãos na Paz
Recebido e compreendido, neste 10 de Junho não vou assistir, vou pôr a minha boina e desfilar”.
JERO

PS-Ganda Joaquim .Que orgulho em ter-te como vizinho e amigo.

Nuno poeta da FAP disse...

Subscrevo totalmente.Como DFA sinto plenamente o ostracismo a que foram condenados os Combatentes.
Todos os anos ouvimos dizer que somos credores da dívida da nação para connosco... mas assistência para aqueles que acartam com graves sequelas psico-traumáticas...nicles-batatóide!!!
Nuno Almeida - FAP/ALLIII Guiné 1972

Hélder Valério disse...

Caro camarigo Mexia Alves

Texto muito bem escrito.
Formulação correcta.
Merece o meu apoio.

Outras considerações serão feitas noutra ocasião.

Parabéns!
Hélder S.

Sotnaspa disse...

Bom dia.

Acabei de fazer copy paste da tua carta para o mail do Sr. Presidente.
Venha mais um!

ASantos
SPM 2558

JC Abreu dos Santos disse...

Apoiado, sem quaisquer reservas.
João Carlos Abreu dos Santos

jose almeida disse...

Camarigo Mexia Alves.

Louvo a tua iniciativa mas!!?

Se o Comandante Supremo das Forças Armadas.

Quizesse honrar os Ex.Combatentes,
há muito que os podia ter Honrado e
Homenageado.
Contínuo a achar que sua Exª,deve andar a viajar por Marte ou Neptuno
Ausentou-se do País, pelo menos Há cinco Anos.
Não desfilo de boina ou de calções
de campanha.
Cumpri o meu dever,como recrutado.
Quando posso,revejo e reavivo os
Ex. Camaradas e Amigos no Memorial
que, não foi Edificado nem rectifi-
cado pelo Actual Comandante Supremo das Forças Armadas.


Fernando Almeida

2ºSarg.Miliciano na Disp.
Fur.Mil.C.Caç 2590(C.Caç 12)
Guiné 69/71

Um abraço, do camarigo

Anónimo disse...

Agora meus Senhores?Agora?Depois de
treze anos de guerra e de trinta e
sete,após o fim das hostilidades?Depois de muitos de nós a contri_
buir,com as nossas"lamúrias"de vi_
timas de uma guerra que não queri_
amos que era injusta,fomos uns sa_
crificados?para que não fossemos apelidados de Fascistas;Reacionári_
os,escondemos a cabeça na areia.
Agora?Camaradas,Agora que a nação e
o povo se estão borrifando para nós? nem sabem quem somos,nem o que
foi a guerra,nem porque foi.No pró_
ximo dia 30 de Abril,em França ce_
lebra-se um acontecimento militar
que está na memória dos Franceses e
bem vivo na vida de todos os mili_
tares de todas as nacionalidades e
condição social, menos assassinos.
Estes homens,eram e são mercenários
servem uma França que não foi menos
colonialista e expancionista que Portugal.Amaram e amam a França co_
mo,ou mais que os seus países na_
tal.Não têm bons ordenados,nem boa
vida.A seguir à tomada da Bastilha
é um dos dias mais festivo,em todo o mundo onde quer que estes homens se encontrem.O povo sai aos Campos
Elíseos,para ver com orgulho e res_
peito a sua Legião Estrangeira,como
já adivinharam é deles que falo.
Camaradas,crucifiquem-me;chamem-me
nomes ou simplesmente,ignórem-me.
Sou um modesto e anónimo visitante deste fabuloso blogue,o meu nome,
para que conste: Carlos Nabeiro
B.Caç2842-C.Caç.2357-Moçambique-ZOT-1968/70.Não devo nada a ninguém
nem tenho que pedir,desculpa a nin_
guém.Setúbal,o4 de Abril do ano do
nosso descontentamento.Obrigado a
todos.

Anónimo disse...

Apenas para dizer que graças aos bons ofícios do exímio co-editor Carlos Vinhal, acabo de informar a Presidência da República que subscrevo a excelente exposição do CAMARIGO MEXIA ALVES.

Farei os possíveis para comparecer.

Jorge Picado

Anónimo disse...

Sobre a carta aberta referida informo que subscrevo o seu conteúdo, acrescentando o seguinte:

- Lembro a maneira digna como decorreram as comemorações do Dia de Portugal no ano passado, em Faro (minha terra natal), onde se realizou, pela primeira vez, um desfile de antigos combatentes, integrado nas cerimónias oficiais.

- Recordo que há alguns anos, quando estava em discussão a cerimónia de homenagem aos militares falecidos na Guerra do Ultramar, em 10 de Junho, eu e bastantes oficiais (um deles foi o General Ricardo Durão, com tomada de posição pública na Imprensa), se manifestaram a favor de que o Dia do Combatente devia ser o 10 de Junho e não o 9 de Abril. Nesta data incompreensivelmente é comemorada uma derrota na Batalha de La Lys. Assim a proposta de Mexia Alves vem no sentido de se comemorar o Dia do Combatente em 10 de Junho, Dia de Portugal.

Cor. Ref. Manuel Bernardo

Anónimo disse...

Caro Mexia Alves:

Concordo em absoluto com a ideia: mostrar no 10 de Junho que, obrigados ou não, estivemos lá, mioritariamente pensando que aquele era o caminho certo e prestar homenagem aos nossos camaradas que por lá deixaram as suas vidas, desfilando ante eles.

Um abraço

Carvalho de Mampatá

Amsoares disse...

Camarigo Joaquim.

Já subscrevi a carta no site da Presidência.

Vamos em frente. Temos de fazer ouvir a nossa voz e a razão que nos assiste.

Um abraço
Artur Soares

José Barros disse...

Caro amigo

Parabéns pela carta aberta ao Presidente.

Já subscrevi a tua carta no site da Presidência.
Se formos,ouvidos,lá estarei para honrar a memória dos que partiram e mostrar a todos quantos desdenham, que temos orgulho em ser ex-combatentes.
Um abraço
J.Barros

Anónimo disse...

Caro amigo Mexia Alves,

Acabei de subscrever a tua mensagem no site da Presidência.
Muitas têm sido as vezes que aqui, nos States, tenho participado nas paradas do dia de Portugal.

E continuarei a fazê-lo sempre que tiver oportunidade para tal.

Um abraço amigo,
José Câmara

Anónimo disse...

Desculpem...a americanice
"paradas". Deve ser substituída por "desfiles".
José Câmara

Unknown disse...

Subscrevo totalmente a iniciativa.
Também já subscrevi no site da Presidência e gostaria que todos dissessem presente nesse dia.
Um abraço a todos os Camaradas.

João Moura
Ex-Furriel Mil.CCS/BCAV 2922
Piche - Guiné 1970/72

Luís Dias disse...

Camarigo Joaquim Mexia Alves

Concordo contigo plenamente. Só hoje tive possibilidades de vir ao blogue da nossa Tabanca Grande e enviar-te um abraço, daqueles fortes, daqueles feitos com o calor da Guiné, com a convicção de um combatente. O meu obrigado.
Luís Dias

PS: Apenas um senão, que não tem nada de importante. Tu és Tenente na disponibilidade. Os Alferes foram todos promovidos uns tempos depois. Se consultares a tua folha militar, lá deve estar essa promoção.

JC Abreu dos Santos disse...

... permita-me o venerável segundo-sargento miliciano na disponibilidade Fernando Almeida, que serviu na CCac2590/CCac12 – portanto, camarada-de-armas do fundador/editor-mor deste blogue –, o seguinte reparo.
Quer fazer passar a [errada] ideia,
que o «Memorial não foi Edificado nem rectificado pelo Actual Comandante Supremo das Forças Armadas».
E que teria esse falso pretexto, a ver para "apreciação da causa"?
Mas não seja por isso!
Sucede que, a personificar responsabilidades por actos ou abstensismos, o "actual" Chefe do Estado e (por inerência) Comandante Supremo das Forças Armadas, nos idos da década de 1990, era 'de facto' e 'de jure' o responsável pelo Governo que disponibilizou importantes verbas e apoios, permitindo à Comissão Organizadora e Executiva, presidida pelo general Altino Amadeu Pinto de Magalhães, então presidente da direcção-central da Liga dos Combatentes, concretizar aquele Monumento Nacional Aos Combatentes do Ultramar.

Afinal, ao que veio o seu comentário: subscreve a "Carta Aberta" de autoria do camarada Mexia Alves? não subscreve?

Renovo o meu apoio, sem quaisquer reservas.
João Carlos Abreu dos Santos
(RMA Nov71-Mar74)

Anónimo disse...

Caro
Joaquim M Alves

Sobre a tua carta, já assinei por baixo no Site da Presidência.

No 10 de Junho lá estarei.

Um Abraço
António Paiva

antonio barbosa disse...

Companheiro Mexia Alves
Subscrevo e assino por baixo a carta enviada a Sua Ex. o Presidente da Republica, era bom que todos nós tivessemos consciencia de que O QUE NOS UNE É
MUITO SUPERIOR AO QUE NOS DIVIDE, nunca por nunca ser deixaremos que meia duzia de politicozecos de meia tigela consigam aquilo que há muito pretendem que é o alterarem a história de uma NAÇÃO e quer eles
gostem ou não nós os COMBATENTES fazemos parte integrante dela, nos próximo 10 de Junho iremos mostrar do que somos feitos e iremos a Belém prestar homenagem aos nossos
mortos e desfilaremos com honra e orgulho VIVA PORTUGAL
ANTONIO BARBOSA Ex.Alf.Mil.Op.Esp
Guine 73/74

jose almeida disse...

João Carlos Abreu dos Santos.

Por lapso disse que sou 2ºSarg.Mil.
na Disp. quando na verdade fui colocado na Reserva Teritorial em1982.
As verbas avultadas,para erguer o
monumento,foram angariadas por:
Ministério da Defesa,Chefe do Estado Maior das Forças Armadas,todos os Ramos das F. Arma-
das. Donativos individuais de Associações de Combatentes,Núcleos da Liga de Combatentes.Autoridades Locais e Empresas Diversas.
O seu a seu dono.

À questão que me coloca,continuo a
afirmar todo o meu apoio à iniciativa do Mexia Alves.Os Ex.
Combatentes Merecem um dia dedicado
à sua memória
Discordo que seja o dia 10de Junho,
que já é o Dia das Comunidades Por-
tuguesas,que muitos que combateram ao nosso lado,estejam na Indía ou Macau,consideram que fazem parte de uma Comunidade.
Fernando Almeida

JC Abreu dos Santos disse...

Fernando Almeida,

De facto, o seu a seu dono. E é bom que, tal como eu de há muito o saiba, também conheça e aqui venha de novo escrever sobre a Monumento Nacional, deixando boa nota de quem o financiou: seja, o Ministério da Defesa Nacional, do Governo chefiado por Aníbal Cavaco Silva; sejam, as chefias dos Estados Maiores dos três Ramos das Forças Armadas, de reporte àquele mesmo Ministério, do governo de Cavaco Silva; seja, a Liga dos Combatentes, sob tutela pessoal do ministro da Defesa Nacional, do governo de Cavaco Silva, e os diversos núcleos regionais daquela Liga; sejam, algumas (poucas então existentes) Associações de Veteranos da Guerra do Ultramar. Tudo isso, e muito mais, desde há quase três anos se encontra disponível ao público no sítio
ultramar.terraweb.biz/MonumentoNacionalCombatentesUltramar_ReptoAntonioAlmeida.htm#Do_Veterano_de_Guerra

O "10 de Junho", em momento muito anterior ao derrube da Monarquia já era considerado como "Dia de Camões" e "Feriado Nacional". Na sucedânea República, continuou a ser celebrado como Dia de Camões e, também, considerado Feriado Nacional, ao que acresceu a partir de 10 de Junho de 1920, inclusivé, a celebração do "Dia do Combatente": veja-se a sessão solene levada a efeito, naquele dia, na Sociedade de Geografia de Lisboa, presidida pelo maçon António José de Almeida, presidente da República.
Posto o que, nem a data é "invenção" do regime republicano; nem do regime dito "salazarista". Apropriação e manipulação, isso sim, a diluição das cerimónias nacionais desse Dia 10 de Junho, com a adenda "das Comunidades Portuguesas", cuja subjacente ideia (de um governo soarista) nada tem a ver com a devida homenagem aos outros Portugueses, nascidos em outros latitutes e longitudes, que (lembra muito bem) «combateram ao nosso lado».

Quanto ao dia 9 de Abril, nunca foi considerado feriado nacional: é data que tão somente faz parte das celebrações estatutárias da Liga dos Combatentes. Não recorda qualquer brilhante actuação de Portugal e dos seus combatentes. Pelo contrário, recorda a hecatombe da frente portuguesa em La Lys. Já muito se escreveu, e ainda virá a ser escrito, sobre o assunto, sendo estulto aqui estar a expôr opinião quanto àquele infausto acontecimento. Ademais, até ao momento os dirigentes da Liga dos Combatentes (direcção central), à parte honrosas excepções, não viram com bons olhos, sequer apoiaram, pós-25 de Abril, quaisquer celebrações do "10 de Junho" como "Dia do Combatente".

Para saber mais, sugere-se visita ao sítio
ultramar.terraweb.biz/Celebracoesdo10JUN/Celebracoes_EncontrosNacionais_LX

Cpts
JCAS