Guiné > Região de Quínara > Tite > BCAÇ 1860 (1965/67) > Cópia da capa da brochura da da História da Unidade (*)
Guiné > Região de Quínara > Tite > BCAÇ 1860 (1965/67) > Resumo, ilustrado, da actividade não operacional do batalhão, entre Abril de 1965 e Abril de 1967.
Fotos: © Santos Oliveira (2008). Todos os direitos reservados.
Guiné > Região de Quínara > Tite > BCAÇ 1860 (Tite, Abril de 1965/Abril de 1967) > Campanha do arroz: Transporte, de 300 toneladas (Abril de 1965) a 3236 (Abrild e 1967)
Guiné > Região de Quínara > Tite > BCAÇ 1860 (Tite, Abril de 1965/Abril de 1967) > Acção psicossocial: (i) Cuidados de saúde: De 4472 consultas a 11722; (ii) Ensino: De 1 a 6 escolas escolas (em Enxudé, Ilha das Galinhas, Jabadá, Fulacunda, Empada e Tite); de 62 a 800 alunos matriculados
Guiné > Região de Quínara > Tite > BCAÇ 1860 (Tite, Abril de 1965/Abril de 1967) > Construções militares: 11 (Abril de 1965); 28 (Abril de 1967); Abastecimebnto de água: 10, 2 mil metros cúbicos (Abrild e 1965); 55,5 mil metros cúbicos (Abril de 1967)... O quartel de Tite era considerado um dos melhores senão o melhor da Província...
Guiné > Região de Quínara > Tite > Região de BCAÇ 1860 (Tite, Abril de 1965/Abril de 1967) > Construção de estradas e caminhos: mais 22,5 km no final da comissão; Assistência religiosa: construção de uma mesquita (muçulmana) (em Tite, onde só havia uma igreja, católica).
Guiné > Região de Quínara > Tite > BCAÇ 1860 (Tite, Abril de 1965/Abril de 1967) > População apresentada às autoridades portuguesas: 3435 (Abril de 1965); 9955 (Abril de 1967): Campanha da mancarra: Transporte: 57 toneladas em Abril de 1967. (**)
Excerto da História da Unidade (**):
[ Edição e legendas: L.G.]
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 4 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2504: BCAÇ 1860 (1965/67), o 3º Batalhão em Tite (Santos Oliveira)
(**) Fonte: História da unidade, conforme documentos digitalizados pelo nosso camarada Santos Oliveira (2.º Sarg Mil Armas Pesadas Inf, Pel Mort 912, Como, Cufar e Tite, 1964/66), enviados por mail em 2008...
A banda desenhada parece estar assinada, mas essa eventual assinatura é ilegível... Diga-se, de passagem, que se trata de uma notável ilustração, feita por camarada talentoso, um trabalho tecnicamente difícil, pois era gravado e reproduzido em "stencil"...
Lista, organizada pelo Santos Oliveira, das sub-unidades do BCAÇ 1860 (Tite, Abril de 1965/Abril de 1967)> Sub-unidade, sub-sector, período, comandante
(i) CArt 565, Fulacunda, antec /10Ago65, Cap Reis Gonçalves;
(ii) CCav 677, S. João, antec. 20Abr66, Cap Pato Anselmo, Alf Ranito, Cap Fonseca;
(iii) CCaç 797, Interv, 29Abr65/16Mai66, Cap Soares Fabião;
(iv) CCaç 1420, Fulacunda, 11Ago65/08Jan66, Cap Caria, Alf Serigado, Cap Moura; [Recorde-se que a esta infortunada companhia pertenceu, como alferes, o nosso camarada Rui Alexandrino Ferreira];
(v) CCaç 1424, S. João, 11Set65/25Nov65, Cap Pinto; [Companhia que também foi comandada pelo querido amigo e camarada Nuno Rubim, de Junho a Dezezembro de 1966];
(vi) CCaç 1423, Fulacunda e Empada, 30Out66/23Dez66, Cap Pita Alves;
(vii) CCaç 1487, Fulacunda, 08Jan66/15Jan67, Cap Osório;
(viii) CCaç 1549, Interv, 26Abr66, Cap Brito;
(ix) CCaç 1566, S. João e Jabadá, 19Mai66, Cap Pala e Alf Brandão;
(x) CCaç 1567, Fulacunda, 01Fev67, Cap Colmonero;
(xi) CCaç 1587, Empada, 27Nov66, Cap Borges;
(xii) CCaç 1591, Fulacunda (treino operacional), 18Ago66/01Out66, Ten Cadete;
(xii) CArt 1613, S. João (treino op), 03Dez66/15Jan67, Cap Ferraz e Cap Corvacho; [ A esta companhia pertenceu, entre outros, o nosso saudoso Zé Neto (1929-2007), o primeiro membro da Tabanca Grande a quem a morte levou];
(xiii) CCaç 1624, Fulacunda, 05Dez66, Cap Pereira;
(xiv) Pel Mort 912, Jabadá, antec /26Out65, Alf Rodrigues;
(xv) Pel Caç 955, Jabadá, antec/13Mai66, Alfs Lopes, Viana Carreira, Sales, Mira;
(xvi) Pel AM Daimler 807, Tite, antec/13Mai66, Alf Guimarães;
(xvii) Pel Art 8, Fulacunda, 10Fev66/03Mar66, Alf Machado;
(xviii) Pel Caç 56, Fulacunda e S. João, 31Out66, Alf Dias Batista;
(xix) Pel Mort 1039, Jabadá e Tite, 26Out65, Alf Carvalho;
(xx) Pel AM Daimler 1131, Tite, 12Ago66, Alf Antunes;
(xxi) Companhia de Milícia 6, Empada, antec, Alf 2ª Mamadi Sambu e Dava Cassamá;
(xxii) Companhia de Milícia 7, Tite, 05Ago65, Alf 2ª Djaló;
Estas sub-unidades foram atribuídas ao BCaç 1860 durante a permanência em Sector (desde Abr65).
[Imediatamente após a sua chegada à Guiné, o BACÇ 1860 entrou em Sector. Foi-he atribuído o Sector S1, integrado no Agrupamento Sul. Principais localidades: Tite, Fulacunda, S. João e Jabadá. Em Outubro de 1966 é atribuído ao Batalhão o Sub-Sector de Empada, enquadrando as penínsulas de Darsalame e Pobreza. Concomitantemente, passa a pertencer ao BCAÇ 1860 a CCAÇ 1423, aquartelada em Empada.]
11 comentários:
É só para dizer, que me fascinou a apresentação deste Balanço da actividade não operacional do Batalhão, feita em banda desenhada. Apraz-me registar o método e o aspecto cuidado das imagens desenhadas, pois sempre contactei de perto com a arte, pois o meu filho mais velho, o "João Carlos" para além de autodidacta em pintura e desenho, foi aluno das Belas-Artes em Design de Comunicação, e lembro-me de ele passar pela fase da banda desenhada a tinta da china, trabalho preciso, minucioso mas muito belo, e este trabalho apresentado, fez-me recordar os trabalhos do meu filho na sua fase de adolescente com 15 ou 16 anos, e
...senti saudades.
Parabéns ao artista que elaborou o trabalho apresentado e que o guardou até hoje, para que todos possamos apreciar.
é um registo feito que nos situa no tempo e nos dá uma perspectiva muito nítida do que havia e se fazia no lugar em tempo de guerra.
Um abraço para todos
Felismina Costa
Cara amiga Felismina:
Este trabalho é feita a "stencil", uma técnica de desenho e impressão de que os jovens de hoje, nascidos já na Galáxia da Internet, não fazem a mínima ideia do que seja... Na Guiné, as secretarias da companhia tinham pelo menos uma máquina de escrever (dactilografar), um duplicador (ou copiógrafo)manual, papel químico de "stencil", verniz corrector, escantilhão, estiletes...
Ver aqui a evocação desses tempos, áureos do "stencil", em Portugal, anos 60 (até princípios de 70)...
http://tempodascerejas.blogspot.com/2011/01/pacheco-pereira-e-epoca-do-stencil.html
Quem disse que a "época baixa", não tem encanto?
Nos hotéis os preços são mais baixos, mas na Tabanca, como não é paga, oferece surpresas.
Deste post pode-se inferir que:
1-Se só "andávamos a combater", como é possível proceder a todas as actividades descritas?
2- Se só fazia-mos as actividades indicadas, como havia tempo para combater?
Resultado:
Só o espírito Português permitiu que, todos fossemos soldados e todos fossemos solidários.
Qual seria a reacção daquele povo se hoje, mesmo volvidos quase 40 anos, voltasse-mos para os reajudar?
Mais comentários para quê?
Faz sentido, hoje.....?
.... amarmos a Guiné e o seu Povo?
É claro que sim!!!!!!!!!!
Quando no comentário anterior falei de "época baixa", referia-me ao facto de, no período de férias, haver "menos quantidade de produção literária" (a começar por mim, que tenho andado bastante arredado), o que permite ir buscar alguns textos mais antigos e reproduzi-los numa outra perspectiva.
Caro Amigo e Prof. Luís Graça
Muito obrigada pela informação de um trabalho que desconhecia.
Fiquei esclarecida e grata por me ter possibilitado o conhecimento da técnica do "stencil".
Quanta evolução nas técnicas daí para cá?
Bem-haja!
Felismina Costa
Felismina:
Antes do "stencil", ainda houve o "mimeógrafo" (que funcionava a álcool), a zincogravura, a litogravura, a xilogravura... Na Guiné, não havia "fotocopiadoras"... Eu escrevi a história da minha unidade (CCAÇ 12), à máquina (manual, só mais tarde vieram as eléctricas)... Tinha cerca de 50 páginas, e dois ou três desenhos (feitos pelo camarada Tony Levezinho, a estilete)...
Cada página (formato A4) correspondia a uma folha de "stencil" (papel químico, com um preparado de cera), onde as teclas gravavam directamente as letras, sem a famosa fita da máquina de escrever(que em geral tinha duas cores, o preto e... o carmesim, houve uma altura em que, na função pública, era proibido dizer-se "vermelho")...
Quando se queria fazer um desenho, usava-se o escantillhão e o estilete... Quando a gente se engava, tinha que usar um corrector, um verniz, para "tapar" a incisão feita no "stencil"...
O "stencil" eram constituído por 3 folhas, se não me engano, a folha de rosto (que tinha o tratamento à base de cera ou material equivalente, onde se gravavam as letras e/ou os desenhos), uma folha de papel químico e uma 3ª folha, mais grossa, tipo cartolina que "ajudava" a amortecer o martelar das teclas... e onde o papel químico deixava uma cópia, para leitura...
Dactilografado o "stencil", este funcionava como um "matriz" e era afixado ao "duplicador"... (em posição inversa, para a cópia sair direita). A cartolina e o químico separavam-se antes do "stencil" ir ao "duplicador"...
Tiravam-se, manualmente, tantas cópias quantas as necessárias... O "duplicador" era alimentado a tinta (em geral, preta; para o vermelho ou outra cor, tinha que haver um segundo ou um terceiro "duplicador")... Às vezes o "stencial" rasgava-se, ia para o lixo, tínhamos que voltar a bater tudo à máquina... Uma grande trabalheira!... Comparado com as nossas imopressoras actuais...
Felismina:
Estou a tentar "reconstituir" a técnica, de memória... É possível que haja erros e imprecisões... Se sim, espero que alguém me corrija...
Fiz boletins informativos (na Direcção Geral das Contribuições e Impostos...) usando o "stencil" ainda em meados dos anos 70... Mas depois acabou, arrumei a minha máquina de escrever (manual), ainda usei as máquinas de escrever eléctricas da IBM, nos anos 80, na Escola Nacional de Saúde Pública (onde ingressei em 1985, como docente)... Depois rendi-me ao processador de texto, com a chegada do PC (Personal Computer)...
Já agora, mais um informação: ainda sou do tempo dos "cartões perfurados" e das "main frames", os grandes computadores da IBM que dominavam o mundo antes do PC... Trabalhei na informática (pioneira) das Contribuições e Impostos, onde os dados eram introduzidos no sistema através dos famosos "cartões perfurados"... Estamos a falara da pré ou proto-história das TIC (tecnologias da informação e comunicação)...
Caros camarigos
Este 'post' é bastante interessante, em si mesmo, pelo que nos relata, pelo que nos mostra do elevado nível do trabalho efectuado com o stencil, como também pelas informações constantes nos diversos comentários.
Muito educativo.
Já agora, gostava de acrescentar que, caso não houvesse um copiador manual, por exemplo, sempre se podia desenrascar a 'coisa' com qualquer artefacto mais 'artesanal', chamemos-lhe assim, com base de madeira, uma esquadria também em madeira, um aplicação de meia de senhora e depois uma tiragem folha-a-folha.
Abraço
Hélder S.
Prof. Luís Graça
Muito obrigada por me esclarecer sobre esta matéria.
Creia que aprecio imenso o conhecimento.
Assumo a minha ignorância perante o que desconheço, e tento sempre dentro do possível, aprender mais e mais, se bem que, a cada dia que passa a capacidade vá diminuindo.
No entanto, ainda está nos meus sonhos, um sempre adiado curso de Psicologia. Um dia, encho-me de coragem e candidato-me para ver se consigo pelo menos ingressar...
Pelo sonho é que vamos...e este permanece.
Foi um prazer estar por aqui a falar consigo.
Um abraço da Felismina
Para os mais novos.
Os cartões perfurados eram uns cartões que ainda há pouco tempo existiam nas casas mais antigas, e que eram distributivos pelas empresas de água e electricidade, mas que nunca tiveram utilidade prática para as contagens. Apenas identificavam os contadores.
Isto passava-se ainda há 30 anos.
Aos computadores também se podiam dar instruções através de fitas perfuradas, por máquina própria para a função. Este sistemas veio substituir os cartões perfurados.
A fita era semelhante à que os tele-impressores produziam, para que a comunicação, via telefone, fosse mais barata.
Depois vieram os fax e agora a internete e as redes sociais.
Ainda existem muitos camaradas nossos que têm a especialidade de tele-impressores, tirada no Regimento de Transmissões, em Arca d'Água, no Porto.
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