terça-feira, 19 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8572: Blogpoesia (153): Na Guiné, com a minha bajuda (Albino Silva)

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva* (ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70), com data de 18 de Julho de 2011:

Bom dia Carlos Vinhal
Neste inicio de uma nova semana, creio que estou a começar bem. Depois de vários temas de que já falei, faltava-me falar da minha badjuda e excelente companheira, enquanto estive na Guiné.
Sim porque isto de badjudas só mesmo na Guiné, e a minha foi bem estimada, nunca a troquei por outra, senão vejam.

Abraços para toda a Tabanca Grande, e ainda para quem a visita e faz dela seu jornal, tal como eu.
Albino Silva.

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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 16 de Julho de 2011 > Guiné 63/71 - P8562: Em busca de... (171): Doutores José Luís Pinto Bessa de Melo e Jaime Francisco da Cruz Maurício, CAOP 1, 1968 e 1969 (Albino Silva)

Vd. último poste da série de 18 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8566: Blogpoesia (152): Uma parte de nós ficou para sempre lá (Juvenal Amado)

4 comentários:

Luís Graça disse...

A propósito desta "erotização" poétioa da G3, "inseparável companheira" do combabente, veja-se o poste 9 de Janeiro de 2011
Guiné 63/74 - P7579: Álbum fotográfico de Jacinto Cristina, o padeiro da Ponte Caium, 3º Gr Comb da CCAÇ 3546, 1972/74 (6): Evocando a G3...., em dia de aniversário da nossa amiga Cristina ! (Luís Graça(...

Na altura escrevi o seguinte:

(...)" As fotos que acima publicamos, de verdadeira declaração de amor à G3 e demais acessórios de qualquer atirador de infantaria (cinturão com 4 cartucheiras, com 20 munições cada, de calibre 7,62; baioneta; cantil; faca de mato; granada ofensiva e defensiva...) devem constar em milhares de álbuns de camaradas nossos que passaram pelo TO da Guiné e que tratavam religiosamente o seu álbum fotográfico... Devem-se ter vendido milhares de fotos destas. Nunca tive álbum fotográfico, nem mandei, para a metrópole, nenhuma foto destas... Nem sei se a malta mandava fotos destas, pelo correio, às namoradas, madrinhas de guerra, irmãs, mães, amigas... Aqui a G3 aparece como um verdadeiro fétiche, um talismã, um escudo protector, uma companheira inseparável: andámos juntos, fomos unha com carne na Guiné, amei-te muito, devo-te a vida, jamais te esquecerei... Em termos físicos, simbólicos, psicológicos e até culturais, a G3 é, antes de mais uma figura feminina, uma arma de defesa; é uma amante, mas também uma mãe: não sei se a interpretação... algo freudiana, é abusiva; para outros combatentes, poderia ser vista também sob uma perspectiva mais falocrática: uma extensão do nosso corpo, a nossa "canhota", o nosso pénis mortífero." (...)

Parabéns ao nosso poeta Albino Silva!... Estas quadras deverão figurar na antologia poética do nosso blogue, que um dia ainda deveremos organizar e publicar, se para tanto não nos faltar o engenho, a arte, a saúde e algum... patacão!

Anónimo disse...

Oh..Oh... meu amigo
então o que dizer dos artilheiros se entendessem.. as granadas,para já não falar dos obuses ou peças,como objecto fálico..fogo,perdão,alto ao fogo..chiça..
Bem é verdade que mesmo para os artilheiros as G3 também eram muito queridas, pelo menos para mim, gostei muito da minha

C.Martins

Albino Silva disse...

Ao C. Martins
Vi teu Comentário e até gostei, mas,fui eu Albino Silva que só usei a G3, e daí só falar dela,pois se fosse a falar de todo o material de guerra certamente não saía mais daqui.
Esta é que foi a minha Badjuda...

Albino Silva

Albino Silva disse...

Grande Camarigo Luis Graça,

De vez em quando dá-me para escrever coisas assim, mas não sou Poeta.
De todo o modo é assim que gosto de dizer as coisas, e podes contar com muito mais, pois não ficarei por aqui,e se um dia a Nossa Tabanca quiser fazer seja o que for com as tais Blogopoesias, o Bino está aqui.
Um Abraço de Camarigo,

Albino Silva