Pessoalmente tinha a ideia de que havia 1 médico por batalhão (, o mesmo se passava com o capelão). As companhias independentes não tinham médico, na sua composição orgânica. Ou tinham, inicialmente ? A minha CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, por exemplo. não tinha médico, pelo menos no meu tenmpo (Contuboel e Bambadinca, maio de 1969/março de 1971).
É claro que chegámos a conhecer mais do que um médico, na sede batalhão (, prestando cuidados a 4 companhias + população civil)... Em Bambadinca, entre junho de 1969 e março de 1971, conheci pelo menos 3, nos batalhãoes em que esteve integrada a CCAÇ 12 (BCAÇ 2852, a968/1970), e BART 2917, 1970/72).
Muitas vezes o médico do batalhão acabava por ser transferido para outro sítio ou para o HM 241 (Bissau)...
É claro que chegámos a conhecer mais do que um médico, na sede batalhão (, prestando cuidados a 4 companhias + população civil)... Em Bambadinca, entre junho de 1969 e março de 1971, conheci pelo menos 3, nos batalhãoes em que esteve integrada a CCAÇ 12 (BCAÇ 2852, a968/1970), e BART 2917, 1970/72).
Muitas vezes o médico do batalhão acabava por ser transferido para outro sítio ou para o HM 241 (Bissau)...
Nos anos 60/70, o país tinha ainda poucos médicos: 7 mil (1960), 8 mil (1970)... As carreiras médicas, a nível nacional, datam de 1971... Os internatos médicos não eram como são hoje, Muitos médicos, embora mais velhos do que nós, tinham ainda pouca experiência clínica... Eu calculo que cerca de 1600 tenham sido mobilizados para as 3 frentes do ultramar...
O nosso camarada J. Pardete Ferreira (ex- Alf Mil Med, CAOP, Teixeira Pinto; HM 241, Bissau, 1969/71), e outros camaradas que prestaram serviço no TO da Guiné como médicos (Amaral Bernardo, Mário Bravo, Manuel Valente...) podem falar com mais propriedade do que eu destas questões.
Diz-me o J. Pardete Ferreira [, foto acima], por email recente:
Caro Luís Graça, tenho duas correcções a fazer e alguns informações suplementares:
(i) Em princípio seguiam 3 médicos por Batalhão;
(ii) As Carreiras Médicas iniciaram-se em 1956, com a referida reforma [da saúde] e, antes dela já havia carreira nos Hospitais Civis.
(iii) A estimativa peca por defeito pois com 3 médicos por Batalhão os 1600 passam para 4800.
(iv) O HM241 tinha em média 35 médicos.
(v) A "instrução de especialidade" fazia-se no Hospital Militar Principal: eram cerca de 6 meses...
2. Amigos e camaradas, gostávamos de conhecer a vossa experiência nesta matéria:
(i) Quantos médicos seguiram com o vosso batalhão, no barco ?
(ii) Quantos médicos é que o vosso batalhão teve e por quanto tempo ?
(iii) Lembram-se dos nomes de alguns ? Idades ? Especiallidades ?
(iv) Precisaram de alguma consulta médica ?
(v) Estiveram alguma vez internados na enfermeria do aquartelamento (se é que existia) ?
(vi) Foram a alguma consuta de especialidade no HM 241 ?
(vii) Foram evacuados para a metrópole, para o HMP ?
(viii) Tiveram alguma problema de saúde que o vosso médico ou o enfermeiro conseguiu resolver sem evacuação?
(ix) O vosso posto sanitário também atendia a população local ?
(x) (E se sim, o que é mais que provável:) Há alguma estimativa da população que recorria aos serviços de saúde da tropa ?...
Enfim, ficamos se responderem a alguns destas questões que também são importantes para completar o dossiê das nossas memórias...
Respondam, por favor, através do nosso mail: luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com, diretamente em comentário a este poste.
Um abraço para todos/as. Luís Graça
__________________
Nota do editor:
Último poste da série > 22 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11608: Os nossos médicos (46): Dá-me os meus olhos! Homenagem ao Oftalmologista, Dr. José Luís Bettencourt Botelho de Melo (Mário Beja Santos)
O nosso camarada J. Pardete Ferreira (ex- Alf Mil Med, CAOP, Teixeira Pinto; HM 241, Bissau, 1969/71), e outros camaradas que prestaram serviço no TO da Guiné como médicos (Amaral Bernardo, Mário Bravo, Manuel Valente...) podem falar com mais propriedade do que eu destas questões.
Diz-me o J. Pardete Ferreira [, foto acima], por email recente:
Caro Luís Graça, tenho duas correcções a fazer e alguns informações suplementares:
(i) Em princípio seguiam 3 médicos por Batalhão;
(ii) As Carreiras Médicas iniciaram-se em 1956, com a referida reforma [da saúde] e, antes dela já havia carreira nos Hospitais Civis.
(iii) A estimativa peca por defeito pois com 3 médicos por Batalhão os 1600 passam para 4800.
(iv) O HM241 tinha em média 35 médicos.
(v) A "instrução de especialidade" fazia-se no Hospital Militar Principal: eram cerca de 6 meses...
2. Amigos e camaradas, gostávamos de conhecer a vossa experiência nesta matéria:
(i) Quantos médicos seguiram com o vosso batalhão, no barco ?
(ii) Quantos médicos é que o vosso batalhão teve e por quanto tempo ?
(iii) Lembram-se dos nomes de alguns ? Idades ? Especiallidades ?
(iv) Precisaram de alguma consulta médica ?
(v) Estiveram alguma vez internados na enfermeria do aquartelamento (se é que existia) ?
(vi) Foram a alguma consuta de especialidade no HM 241 ?
(vii) Foram evacuados para a metrópole, para o HMP ?
(viii) Tiveram alguma problema de saúde que o vosso médico ou o enfermeiro conseguiu resolver sem evacuação?
(ix) O vosso posto sanitário também atendia a população local ?
(x) (E se sim, o que é mais que provável:) Há alguma estimativa da população que recorria aos serviços de saúde da tropa ?...
Enfim, ficamos se responderem a alguns destas questões que também são importantes para completar o dossiê das nossas memórias...
Respondam, por favor, através do nosso mail: luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com, diretamente em comentário a este poste.
Um abraço para todos/as. Luís Graça
__________________
Nota do editor:
Último poste da série > 22 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11608: Os nossos médicos (46): Dá-me os meus olhos! Homenagem ao Oftalmologista, Dr. José Luís Bettencourt Botelho de Melo (Mário Beja Santos)
9 comentários:
Muitos dos camaradas tal como eu não devem poder responder a este formulário, porque quando surgiu tudo em força e rápido para a Guiné uma grande maioria foram mobilizados como companhias independentes.
Um Alfa Bravo.
Colaço.
Zé:
Mas tiveste um médico, precisaste de um médico... ou não ?
Amigos & Camaradas
Na História do meu Bat Caç 2879, apenas consta 1 médico, no entanto, pelo menos durante 1 ano haviam 2 médicos no Batalhão. 1 em Farim e outro em Cuntima.
Um abraço
Carlos Silva
Sim Luís tive necessidade de consulta e tratamento médico médico pois como é do conhecimento da tertúlia, fui apanhado pelas febres do paludismo, (talvez pelo mau passado no Cachil) que me acompanharam até cerca dos anos 80 assunto que o nosso Tertuliano C. Martins esclareceu em poucas palavras o motivo de me ver livre do dito e ficar imunizado.
Um abraço
Colaço.
Zé Colaço:
Tens aqui um poste teu, sobre o médico da tua companhia, entretanto falecido (em 2010, o dr. Rogério da Silva Leitão... LG
__________________
13 DE NOVEMBRO DE 2009
Guiné 63/74 - P5264: Os nossos médicos (8): O Dr. Rogério da Silva Leitão, aveirense, cardiologista, CÇAÇ 557, Cachil, Como, 1963/65 (José Colaço)
Respostas parvas de "parvalhão"
Após os acontecimentos tristes de maio a junho de 73 em gadamael o médico que devia lá estar recuou estrategicamente para cacine, não sei se por iniciativa própria ou mandado.
Precisei dos serviços médicos e de enfermagem quando me raptaram para o H.M. em Bissau onde fui tratado de forma exemplar.
Não faço a mais pequena ideia de quem foram, assim como da enfermeira-pára que me salvou a vida.
Aqui lhes presto a minha singela HOMENAGEM DE AGRADECIMENTO.
Recordo-me do médico em Cacine a partir de jan./74 que estava ou se fazia apanhado do clima..andava muitas vezes com "arco" a fingir de puto reguila.
Felizmente nunca precisei dos seus serviços.
Em Gadamael estavam julgo que dois furrieis enfermeiros e não me recordo do nome deles.
Julgo que aos fins-de-semana colocavam à frente do prato vários comprimidos coloridos que eu engolia de uma só vez com meio copo de "old parr"..estupidamente.
Seriam certamente suplementos vitaminicos e cloroquina para a profilaxia do paludismo.
Precisei dos serviços deles quando às vezes decidia ir até ao pólo sul em plena Guiné tropical e também quando as minhas tripas decidiam entrar em trânsito acelerado, vulgo "caganeira".
Foi esta a minha experiência com os serviços de saúde militares na Guiné.
C.Martins
No Bat.4610/72 com a CCS em Bissorã Havia só um médico que uma vês por mês ou de quinzena a quinzena este médico fazia uma ronda pelas companhias do batalhão . Normalmente deslocava-se juntamente com o capelão e um capitão da administração do Bat. Este capitão se chamava Pontes Fernandes e era do Algarve.O médico na altura não me recordo de seu nome,mas em finais de 73 já eu estava na CCAÇ 13 em Bissorã e foi para lá um novo médico de seu nome Fleming e hoje este é ortopedista no Porto ( boa praça).
O primeiro médico que não me lembro o nome em Bissorã extrai-me um estilhaço de RPG do braço e das costas que eu tinha apanhado logo no inicio da comissão no Biambe. ´´e engraçado que ambos os estilhaços estavam alojados em zonas mosculares e foi necessário deixar que subissem á face da pele para serem extraídos e fora a sangue frio.Foi perfeito e não doeu nada.
Mais tarde fui a consulta externa ao Hospital militar mas a cardiologia e conheci outro grade médico que se chamava Dr. Gomes e era do Porto tinha família perto da Boavista.Foi esse médico que medisse que qualquer militar ou civil fosse amigo ou inimigo que entrasse naquele hospital,tudo seria feito para os salvar e se não conseguisse não era pelo facto de tudo terem tentado.Jamais me esqueci dessas palavras.
Um grande obrigado a esses médicos que também "combateram" a sua Guerra e muitos deles viram as suas carreiras interrompidas cá na "Metrópole" por serem mobilizados para as colónias.
Henrique Cerqueira
Camaradas, vou responder pela ordem:
I)-4 médicos no Batº
II)-Ficaram toda a comissão
III)-Cart.642-DrºRaul Silva, Otorrino-Porto (fal). Cart.643-Drº Manuel Lourenço R.Campos, Albergaria na Velha. Cart.644- DrºJosé Luis Barbosa, Espinho. CCS- DrºFernando Xavier, Ortop. Lisboa.
IV)-Fui consultado várias vezes.
V)-Não havia enfermaria.
VI)-Ao HM241, fui uma unica vez.
VII)-Sim fui evacuado para o HMP.por ferimentos em combate.
VIII)-Não.
IX)-Sim a população era atendida diáriamente.
X)- Centenas por mês.
Um abraço do Rogerio Cardoso,Cart.643-AGUIAS NEGRAS
Enganei-me. A nossa especialidade enquanto médicos era feita no HMP durante 6 SEMANAS e não seis meses, como, por engano escrevi.
Por outro lado, é natural que, à medida que o tempo foi passando o número de médicos por Batalhão fosse diminuindo. A comprovar há um comentário num dos "post's" que aponta, cronológicamente, de 4 no princípio a 1 no final. Penso que os Médicos não se importariam de ver os seus nomes entre os "Heróis".
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