quarta-feira, 3 de julho de 2013

Guiné 63/74 - P11800: Estórias avulsas (64): A bananeira armadilhada e o frango desvitaminado (João Rebola)

1. Mensagem do nosso camarada João Rebola (ex-Fur Mil da CCAÇ 2444, CacheuBissorã e Binar, 1968/70), com data de 28 de Fevereiro de 2013:

Olá, amigo Carlos
Seguem duas "estorinhas" passadas em Bissorã.
No fundo, de entre muitas, foram situações vivenciadas em terras da Guiné, onde um pouco da nossa juventude foi severamente delapidada.

Um abraço
JRebola


A bananeira armadilhada e o frango desvitaminado

Estávamos em princípio de Abril de 1969. Os quartos dos furriéis da CÇac 2444, ficavam um pouco mais acima do tasco do “ Labinas”. Eu tive a sorte de conseguir um pequeno espaço, onde já se encontrava uma cama, uma mesinha de cabeceira e uma estante em madeira, ao fundo do quarto, pregada à parede. Mais, era impensável. E aqui assentei armas e bagagem, durante 14 meses.

Na “suite”, nada faltava: havia luz, rádio gira-discos, whisky, a foto da amada

Antes de iniciar estas pequenas “estórias”, pergunto-vos se ainda se lembram do” Labinas”?! Dele falarei um pouco mais à frente.

Então vamos lá às “estórias”.

Em frente dos quartos, encontrava-se um quintal com algumas árvores, arbustos e uma atrevida bananeira, que suspendia, para o vulgo apreciar, um grande cacho de bananas. Pelo mesmo, vagueava um belo frango. Dava gosto olhá-los. Mas era necessário tê-los debaixo de olho, não fosse o diabo tecê-las… Ora como o local era muito movimentado, devido à presença dos vários furriéis, que ali dormiam, não era fácil, durante o dia, serem surripiados. O leitor amigo, pergunta-me: - E de noite? Bom, responderei que a noite era boa conselheira, já que ninguém ousava entrar no quintal, sabendo que estava sujeito a arrepender-se!

Mas era eu que mostrava mais interesse pelos mesmos.

Ora, um dia, o pobre galináceo, talvez por só comer arroz ou por qualquer outro motivo, não conseguia levantar-se. Estava sem forças. E se lhe desse, as vitaminas que tomávamos na messe? Se bem pensei, bem o fiz! E deu resultado, pois ao fim de algum tempo, sem grande dificuldade, já se erguia, percorrendo-o e depenicando ali e acolá.

Acontece que tinha férias marcadas e pensei numa maneira de tentar que o cacho lá permanecesse até ao meu regresso: armadilhá-lo! Depois de dar conhecimento aos meus colegas do que me propunha fazer, assim procedi e com efeitos muito práticos. Passei vários fios pelas ditas – só para assustar - e dependurei uma granada de bazooka e algumas de mão – sem detonador, claro - e pronto, já está!

Que melhor guarda de honra poderia ter aquele cacho de bananas?!

Entretanto, nada aconteceu durante a minha ausência, em relação às bananas, mas algo tinha desaparecido do quintal: o frango, que me fora oferecido e que preso por uma pata o explorava, alimentando-se de arroz, dado pelos meus colegas e daquilo que as suas unhas iam descobrindo nos buracos que abriam.


Ah! Vamos ao “Labinas”.

Manuel Lavinas Soares, de seu nome, era um destemido soldado, condecorado com a Cruz de Guerra, pertencente a uma companhia sediada em Bissorã, em meados dos anos 60, terminando aqui a sua comissão. Talvez “ferido” pelas setas do Cupido, regressou para junto da companheira e filhos até a guerra terminar.

Paralelamente, ao ramo da restauração, tinha outro negócio, ou seja, dedicava-se também à compra de mancarra e caju, principalmente, dando, em troca, depois de pesados, o produto base da alimentação da população: arroz.

A pesagem (vi algumas) era feita num anexo contíguo ao tasco, afastada de qualquer olhar! Em Bissorã, no meu tempo, a messe dos sargentos funcionava numa casa particular, a do sr. Maximiano, marido da D. Maria, ambos cabo-verdianos. Era da responsabilidade desta última a confecção das refeições.

Ora, muitas das vezes, a comida não nos agradava e como tal, íamos ao “restaurante” do “Labinas”, que nos servia, entre outras coisas, frango assado com bastante “gindungo” e batatas fritas. Bebidas também não faltavam.

Foto de 1970 – petiscando (2º. à esquerda) com elementos do meu pelotão, no tasco do Labinas

Voltemos à “estória”.

Desaparecido o galináceo, que acabou por sucumbir, possivelmente, às mãos de (des)conhecidos para seu repasto - restaram as bananas. Bom, fosse quem fosse, o segredo ainda perdura!

O cacho das bananas foi cortado e dependurado no meu quarto, aí amadureceram e foram desaparecendo consoante a minha vontade.

E assim, vinguei o desaparecimento do meu frango.

Fotos de 2011 

O que resta da messe dos sargentos

Posando à porta onde era o tasco do Labinas

E acabaram assim estas simpáticas “estórias” que foram recordadas, passo a passo, quando me desloquei à Guiné-Bissau, com um grupo de ex-combatentes, numa viagem de saudade, em 2011. Ao fim de 41 anos, o sonho de um dia regressar àquelas terras, tornou-se realidade.

Espero ainda poder voltar, e se for o caso, direi: “Até ao meu regresso”
____________

Nota do editor

Último poste da série de 22 DE MARÇO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11296: Estórias avulsas (63): O menino que não sabia ler (António Eduardo Ferreira)

14 comentários:

Anónimo disse...

Quando um homem sobrevive a uma guerra, ficam milhares de histórias para recordar o resto da vida, não tenho dúvidas, pois até eu, só de ler as vossas, até me parece que as vivi também, apesar de ser apenas vossa contemporânea e ter seguido com todo o interesse o desenrolar dos acontecimentos.
A primeira e a segunda Grandes Guerras, foram-me contadas aos serões, pelo meu avô, que servia na Marinha Portuguesa em 1917/1918 e então as histórias contadas, tinham o fascínio de ter sido vividas, por ele, e dignas de todo o crédito, agora são os meus amigos, meus irmãos no tempo, que me contam as alegrias e tristezas, da vossa Guerra.
Nasci e morro ouvindo falar de Guerras, mas também de sobrevivências, de grandes amizades, de formação de caracteres, de valorização pessoal, pois o sofrimento faz com que as pessoas cresçam valorizando a vida e o muito ou o pouco que ela tem de bom.
Através de si, João Rebola, segue mais uma vez, um abraço fraterno aos "Meninos Homens" da geração de 60/70, que foram e continuam a ser, os meus Heróis verdadeiros, que respeito, admiro e me orgulham.

Felismina mealha

Hélder Valério disse...

Caro camarada João Rebola

Fizeste bem em 'tentar' proteger o 'teu' património....
É claro que as bananinhas poderiam ter sido 'surripiadas', uma ou outra, que poderias não dar por isso. Agora o franguinho...

E, por acaso, por esses dias, não foste convidado para nenhuma petiscada com frango? Não? Lembra-te lá bem, pois pode ter acontecido!

Em 'defesa do património' também se deu uma liçãozinha a um 'artista' que tinha o hábito de se intrometer na moradia que eu habitava, com mais uns quantos, para ir beber água fresca e limpa que tínhamos por lá, num daqueles dispensadores, com filtros, meticulosa e regularmente limpos.
Ia lá, servia-se, não pedia, e ainda por cima gozava dizendo que ali era melhor até porque era de borla e trabalhavam para ele.
Tendo sido convidado a colaborar na limpeza e manutenção, recusou. Ficou avisado que a sua atitude não seria tolerada.

Acho que nunca percebeu bem como foi arranjar uma monumental 'caganeira' que o colocou a 'evacuar de repuxo' durante mais de um dia. Uma coisa é certa: à cautela, nunca mais invadiu casa alheia e deixou de ir beber água ao nosso 'pote'.

Uma coisa que aprendi é que os oito comprimidos laxantes dissolvidos teriam sido demais, mas não foi necessário repetir o 'tratamento'.

Abraços
Hélder S.

JD disse...

Camaradas,
Foi como contar com o ovo no cú da galinha: o nosso amigo Rebola, rebolava-se de gozo no puto, enquanto uns manos eram destacados para dar arroz ao bicho, que continuava a engordar para a festa do reencontro na Guiné.
Não foi mal pensado, apesar de se inscrever numa daquelas atitudes que alguns, mais tarde, qualificaram de exploração do(s) homen(s) pelo homem.
Ora, cá para mim, vista a coisa do ponto de vista da crença, o laminácio só por milagre continuaria a desenvolver-se "até ao meu regresso".
Meu caro Rebola, não acredito que tenha acontecido qualquer quebra de confiança, apenas acho plausível, que os milagres não aconteceriam naquelas paragens.
Abraço
JD

JD disse...

No comentário anterior deve ler-se galinácio.
JD

Hélder Valério disse...

Caro João Rebola

Estive a olhar bem para a primeira foto, onde dizes que 'não falta nada', mas sou forçado a discordar, pois noto a falta de uma ventoinha, coisa que seria indispensável na Guiné.

Por acaso lembrei-me de ter comprado uma pequena, de 'mesa de cabeceira'. Comprei-a em Bissau logo no 2º dia, conforme me aconselharam. Liguei-a e trabalhou até me acompanhar até Piche. Lá, liguei-a e trabalhou até me acompanhar de volta a Bissau. Aqui chegado voltei a ligá-la e acredito que, excepto nas falhas de energia, ainda hoje esteja a trabalhar.
Incansável, a 'bichinha'!

Abraço
Hélder S.

Luís Graça disse...

João:

Duas notas:

1. Pois que fique registado para a história que foste tu quem, na Guiné, na altura querida província ultramarina portuguesa, em 1969, foi o primeiro a criar "frango de aviário"!...

É verdade que andaste a criar o bicho para os outros, o que é uma prova de elevado altruísmo: alguém, na tua ausência, assaltou-te a capoeira... Ao menos podia ter deixado um bilhete de agradecimento, e com a gentil informação de que o frango de chabéu estava, à boa maneira queirosiana, "um petisco de se lhe tirar o chapéu, meninos"!...

Eu acho que se alguém tem pegado na tua ideia luminosa de criar frangos com vitaminas, e industrializasse a coisa, como se fez na metróplole nessa época, nós teríamos, não direi ganho a guerra, mas pelo menos aguentado o barco mais uns aninhos!...

Em boa verdade, nunca nenhum general ganhou uma guerra com soldados de estômago vazio!... Por outro lado, estás a ver a Guiné de Spínola a fazer frango de aviário, a alimentar o fula e o balanta, a marcar pontos na ação psicossocial, e ainda por cima fazer divisas com a exportação...

Imagina ainda a FAP, em vez de largar bombas sobre as "áreas libertadas", despejar toneladas de frango para matar a malvada às pobres coitadas das populações que viviam no mato... Era a psico no seu melhor!

2. DEspertou-me a curiosidade sobre o "cafrealizado" Labinas... Vou procurar no blogue e encontrei dois apontamentos deixados por gente de Bissorã (bissoranhenses ?) ilustres como o Henrique Cerqueira e o Manuel Joaquim.

Escreve o primeiro: "Também comíamos no Labinas, que era o único restaurante de Bissorã, que fez um acordo com a tropa e servia de messe para Sargentos e oficiais, pois que, se te lembras, a messe era mesmo minúscula"...

O Manuel Joaquim (mais conmhecido por Bispo1419) veio acrescentar:


"Meu caro Henrique Cerqueira:
Só para dizer que o Labinas era o Manuel Lavinas Soares, já falecido. Conheci-o muito bem pois foi soldado da minha CCaç 1419, tendo sido condecorado com a Cruz de Guerra. Acabada a comissão, voltou para Bissorã onde se estabeleceu.

"No meu tempo, a messe de sargentos era a 'messe' da D. Maria e sr. Maximiano, um rudimentar 'restaurantezinho' que nos fornecia a paparoca em troca do subsídio de refeição dos comensais. A comida não terá sido abundante para alguns mas era muito apetitosa. Os oficiais e as praças comiam em 'casa', no aquartelamento. Estivemos, a CCaç 1419, um ano completo em Bissorã (out/65- out 66)." (...)


Comentários ao poste

21 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10839: Conto de Natal (9): O meu Natal de 1965 em Bissorã (Manuel Joaquim)

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2012/12/guine-6374-p10839-conto-de-natal-9-o.html

Luís Graça disse...

E por se falara de frango de chabéu, em madrugada de insónias, lembrei-me que há dias, no Jumbo, compre uma lata de óleo de palma, para cozinhar um petisco um dia destes... A ideia era matar saudades do frango de chabéu que a esposa do Rendeiro nos fazia, de tempos a tempos, em Bambadinca...

E fui encontrar uma receita na Net, com que começa com história, apetitosa. em poste de 13/2/2013:

(...) "Arroz de frango com óleo de palma

"Por alturas do fim da década de 80, mais precisamente no ano de 1988, o meu pai levou a família {a minha mãe, eu, a minha irmã e ainda o gato} para África. Guiné-Bissau. Questões profissionais.

"Na altura eu tinha 10 anos, mas tenho muitas memórias desse tempo. Lembro-me do dia em que chegámos, da viagem do aeroporto até aquela que seria a nossa casa durante 1 ano, do calor húmido que se colava à pele, do cheiro da terra depois de uma chuvada, dos grilos e das baratas gigantes, do cheiro a peixe no mercado do Bandim, dos panos coloridos que se viam por todo o lado, das ruas ladeadas de mangueiras carregadas de mangas.....e também da comida! Do chabéu de galinha, da cachupa (receita original de Cabo Verde), da fruta madura.......enfim, muitas memórias mesmo!

"Este arroz de frango nada tem a ver com a comida guineense, mas o cheiro do óleo de palma fez-me voltar atrás no tempo...

(...) "Ingredientes:

- 1 canastro de frango (frango inteiro sem as pernas e os peitos)
- 2 cebolas picadas
- 1 embalagem de bacon aos cubos (200gr)
- 1 folha de louro
- 1 dente de alho
- 3 colheres de sopa de óleo de palma
- azeite q.b.
- sal a gosto
- 1 colher café pimenta branca
- 1 colher café noz-moscada
- 1 medida de arroz estufado

"Cozer o frango em água temperada de sal com o louro, a pimenta e a noz-moscada. Depois de cozido, deixar esfriar, limpar de peles e ossos e desfiar. Reservar a água.
Levar ao lume um tacho com o azeite e a cebola. Refogar e juntar o bacon. Regar com uma concha de sopa da água de cozer o frango e deixar levantar fervura. De seguida juntar o frango e o óleo de palma e cozinhar durante 10 minutos em lume brando.

"Adicionar 3 medidas de caldo para 1 de arroz e cozinhar durante 25 minutos ou até o arroz estar cozido. Se este ficar muito seco juntar mais caldo.

"Rectificar os temperos, colocar tudo numa travessa e levar ao forno, a tostar.

"Servir com couves de bruxelas salteada em azeite e alho. Bom apetite!" (...)

Fonte:

Blogue O Que É que Se Come Aqui

http://oquequesecomeaqui.blogspot.com.es/2013/02/arroz-de-frango-com-oleo-de-palma.html

Luís Graça disse...

Mais histórias e fotos de Bissorã desse tempo, no blogue Rumo a Fulacunda, do nosso camarada Henrique Cabral, ex-Fur Mil da CCAÇ 1420/BCAÇ 1857, Guiné, 1965/67,e nosso tabanqueiro...

Histórias de tempos e lugares que já não existem mais a não ser nas gavetas (meio desarrumadas) da nossa memória...


http://rumoafulacunda.wordpress.com/bissora/

Luís Graça disse...

Manuel Joaquim:

A história do teu sold Manuel Lavinas Soares, Cruz de Guerra de 4ª Classe, por feitos em campanha (1967), merecia ser conhecida e divulgada... no nosso blogue. Um abraço madrugador. LG

Bruno disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Henrique Cerqueira disse...

Caro Camarada João Rebola
Tal como já deves saber e até o Luís já o assinalou ,eu também estive em Bissorã e inevitavelmente fui cliente do Lavinas do qual guardo boas e saudosas recordações,pois que embora ele fosse um comerciante era daqueles que sabiam viver com a malta e diga-se de passagem que até não era nada explorador era na realidade um Homem que soube tirar partido da vida que escolheu.
Comi lá quase toda a comissão de Bissorã pois que ele tinha um "acordo"com o Batalhão e funcionava como uma extenção da messe e cantina militar.Além disso ele fazia uns bons petiscos extras á refeição.
João rolo quando fui para Bissorã (CCAÇ 13)também fui para uma casa civil logo acima do Lavinas e quem sabe estive nos mesmos aposentos que tu estivestes. A nossa casa tinha um pequeno quintal nas traseiras onde tentamos fazer alguma "agricultura de subsistência"só que nunca chegamos a terminar porque no meio dos trabalhos a cerveja pesava demais no estômago e na cabeça e vai daí a sachola ficava cansada e nós tinha-mos que parar pois a ferramenta é que mandava.
Mais tarde e quando a minha mulher e filho foram viver comigo eu me mudei para uma "casa" no largo dos correios que funcionava como antiga escola de condução.Lá consegui meter água canalizada que fui buscar ao jardim do largo central e criar algumas condições de habitabilidade para mim e para a família.
Bom camarada João trilhamos os mesmos caminhos mas quanto a frangalhadas lá ou noutro local o melhor era comer logo para não ganhar "bolor".
Já agora e atalho de foice nos finais de 1973 um dos familiares do Amílcar Cabral ,(penso que se chamava Luís Cabral)deu em empreendedor de galinácios do dia e começou a criar pintos em dezassete dias e lá fomos tirando a barriga de misérias com aquela espécie de frango.
Um abraço
Henrique Cerqueira

Bispo1419 disse...

Meu caro Luís:
A história do soldado Lavinas da CCaç1419 terá, com certeza, muito de interessante para ser contado aqui mas não sou eu que o posso fazer porque o pouco que dele sei, para além da sua atividade militar, é de índole pessoal e particular e refere-se à decisão que tomou de, no final da comissão, não regressar a Lisboa mas ficar na Guiné e estabelecer-se em Bissorã. Aqui enveredou pela vida comercial e constituiu família.
Fura-vidas que era, consta-me ter-se saído bem nos negócios até ser obrigado pelas circunstâncias políticas a regressar a Portugal, tendo-se estabelecido na zona do Barreiro, na área da restauração e mantendo-se afastado das confraternizações anuais da CCaç.1419.
Portanto, da sua vida na Guiné, para lá da militar, nada sei. Sei que foi um soldado voluntarioso, do tipo "ou vai ou racha", corajoso e decidido em combate mas, para dele falar em especial, não me lembro de qualquer facto.
Tornei a encontrá-lo, há cerca de cinco ou seis anos atrás, num encontro de confraternização da CCaç.1419, em O. Azeméis, o primeiro e único a que ele compareceu, talvez para se "despedir" de nós, penso eu agora.
Atingido por doença grave, faleceu poucos meses depois.

Abração
Manuel Joaquim

armando pires disse...

Claro que este artista, o João Rebola, tem muitas histórias para contar, algumas das quais eu fui testemunha.
Por exemplo, fico à espera que ele nos fale da maravilhosa motoreta que comprou em Bissau e na qual me ensinou a andar de mota.
armando pires

Alfredo Miranda disse...

Amigo Rebola abcabei de ler a tua hestória o que eu acgei bastante entrssante pois me trouxe muitas recordações de Bissora e Tambem dos grandes almoços que tinha-mos nessa casa do Labinas.
Alfredo Miranda