sábado, 6 de julho de 2013

Guiné 63/74 - P11810: A minha guerra a petróleo (ex-Cap Art Pereira da Costa) (11): Ainda o poste do Cherno Baldé e outros



1. Mensagem do nosso camarada António José Pereira da Costa (Coronel de Art.ª Ref, ex-Alferes de Art.ª na CART 1692/BART 1914, Cacine, 1968/69 e ex-Capitão de Art.ª e CMDT das CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74), com data de 20 de Fevereiro de 2013:

Aqui vai um texto que será para a minha Guerra a Petróleo.
Penso eu de que...

Um Ab.
António J. P. Costa


A MINHA GUERRA A PETRÓLEO

11 - AINDA O POSTE DO CHERNO BALDÉ E OUTROS

Fiquei deveras surpreendido com a reacção dos participantes no blog a um post onde se descrevia a morte, por fuzilamento, de dois guineenses – dos quais um ex-colaborador das NT durante a guerra colonial – na sequência de uma insubordinação de uma grupo de ex-milícias e ex-soldados do Exército Português, ocorrido em Cuntima, a 14 de Novembro de 1976.

Efectivamente, em pouco tempo, o número de comentários ultrapassou os quarenta e, curiosamente, muitos deles traduziam um antagonismo entre os participantes no blog que ia muito para além do simples comentário ao acontecimento que fora narrado. Na análise de alguns comentários detecta-se até uma espécie de sentimento de culpa que, pelo menos em relação a este facto concreto, não se justificará muito. Para além de estarmos perante algo que sucedeu já em plena independência da Guiné, no fundo, trata-se de uma reacção popular (violenta, é certo) a algo que deveria ser feito e não se fez, embora seja patente que os contestatários, em virtude da sua vivência anterior, não estariam muito dispostos a aceitar as determinações do novo poder. Era de esperar que assim fosse. O mais curioso é que o próprio narrador situa bem o sucedido numa linha de actuação do PAIGC, em relação às populações do país que se incumbiu de governar. Assim, chegado ao poder efectivo havia cerca de um ano (em 10 de Setembro de 1974) procurava afirmar-se nele, como seria lógico. Porém, essa afirmação seria feita não tanto numa acção positiva, materializada pela melhoria das condições de vida das populações, isto é, da acção governativa eficaz, mas antes e pelo contrário de uma acção repressiva que visava manter aquelas num estado de disciplina, mais ou menos imposta pela hierarquia que saíra da vitória na guerrilha.

Enfim, nada que pudesse ser da responsabilidade directa da “guerra” ou das actuações do Exército Português.

Donde veio então este debate de ideias inconciliáveis?

O PAIGC, como movimento guerrilheiro africano do final dos anos cinquenta do Séc. XX, apresentava as práticas de disciplina interna (a tal "disciplina revolucionária" que lhe conhecemos através da documentação de informações) que lhe garantiram a sobrevivência ao longo de uma guerra feroz e desgastante e que lhe teriam sido inculcadas pelos doutrinadores da URSS. Compreende-se. Assim como se deverá compreender que se tenha constituído, após a tomada do poder, como partido único, responsável pelo funcionamento da sociedade guineense. Não é justo que se exija a quem se expôs a tudo e arriscou tudo para tomar o poder que se vá sujeitar a um “referêndum” para partilhar o que tanto lhe custou a ganhar. Depois, com andar dos tempos, ainda se aceita a disputa política, mas naquele momento é sinceramente uma injustiça.

Conhecemos as características das lideranças africanas, quer naquele tempo, quer na actualidade. Porventura mais duras naquele tempo, quando era necessário levar para o combate e sofrimento alguns milhares de guineenses e evitar que desistissem da "luta". Muita da adesão popular foi coercivamente obtida, no início da “guerra”, e mantida por um policiamento apertadíssimo por parte das unidades do partido. Mas o que é inegável é que as deserções de combatentes e fugas da população foram raras, o que não significa que as populações a aceitassem livremente. Por outro lado, após a independência, estender a “disciplina revolucionária” a toda a população não era boa técnica, como já se começava a ver em todos os países onde a doutrina política apontava para o partido único. Além disso, o povo guineense permanecera na sua maior parte sob controlo e protecção das NT o que lhe concedeu um estatuto e condições de vida que o partido cada vez menos podia assegurar. Mas há um outro aspecto importante a considerar, na análise do problema. A ocupação pela força de dado um território (como o PAIGC sustentava que era a situação) nunca pode ser feita sem a colaboração de uma parte mais ou menos considerável da população. Não seria este exactamente o caso da Guiné. As autoridades locais que materializavam a acção do governo central só abusivamente podem ser consideradas como ocupantes, mas dispunham de um considerável número de apoiantes, alguns decididamente colaborantes, outros fazendo-o mais ou menos tacitamente. A retirada de um invasor deixa sempre para trás um número de “colaboracionistas” que não o acompanham na saída. Só a título de exemplo, recordemos a dramática saída dos sul-vietnamitas da embaixada dos Estados Unidos, em Saigão. As características da guerra subversiva aproximam-na muito de uma guerra civil que, frequentemente atinge graus elevados de violência, muitas vezes gratuita, e gera a existência de vencidos da guerra, ou seja, aqueles que combateram por uma causa, perderam a guerra, mas não abandonaram as suas convicções, constituindo-se sempre como resíduos de uma possível contestação aos vencedores.

E não se podem matar todos!...

Sinais dos tempos, pois antigamente e em muitas situações podiam exterminar-se na totalidade. A História está aí para no-lo mostrar e, com se sabe, quanto mais “velho” é um país mais fácil é recolher, no seu passado, bons e maus exemplos…

A retirada das Forças Armadas Portuguesas da Guiné foi feita sob diversas pressões das quais podemos referir apenas as duas principais: uma interna, consequência da fadiga e revolta inerentes a 13 anos de guerra que já fazia parte do nosso “dia-a-dia” e outra externa, proveniente do PAIGC que, nunca tendo esperado que a vitória lhe surgisse assim, ficou ébrio e nada mais queria do que assumir o poder. Claro que há aqui um erro de avaliação. O partido não tinha estruturas nem quadros que lhe permitissem desenvolver a sua acção político-administrativa e, mesmo tendo necessidade dela, a colaboração da administração portuguesa era a última que lhe conviria para o apoiar ou auxiliar.

É à luz destes dois parâmetros que deve ser vista a saída dos militares portugueses da Guiné, deixando para trás muitos guineenses que tinham colaborado, por vezes muito activamente, com as FA de Portugal.

Cheguei a admitir que a maturidade do partido e as raízes unitárias com que foi constituído poderiam ser a garantia de que o ambiente se pacificaria. Não me surpreendeu, por isso, que o PAIGC tivesse assumido como guineenses os “colaboracionistas com as FA” e/ou os “vencidos da guerra civil”. Confesso que tive dúvidas, pois conhecia aquele povo e o partido que tomara o poder, mas… podia ser que fosse assim.

Não contei com uma manobra (de longo alcance) do PAIGC que lhe permitiu constituir um bode expiatório para os seus falhanços e um exemplo para mostrar aos contestatários das suas opções políticas e económicas. Se os "traidores guineenses que tinham lutado do lado dos colonialistas” fossem considerados portugueses seriam intocáveis, por serem estrangeiros, e poderiam sair da Guiné se o desejassem ou serem a tal obrigados pelas novas autoridades. No fundo seria uma forma de punição: a perda da nacionalidade.

Esta actuação do PAIGC, ocorrida em Novembro de 1976, foi assim uma tentativa de disfarçar a sua incapacidade de reconstruir o país. Recorreu a demonstrações de força (esta e outras), a cargo de militantes seus de uma fidelidade canina, capazes de extrema violência, mas dotados de pouca cultura e abdicando do uso da inteligência. Aterrorizar as populações, especialmente as das áreas onde tinha menor implantação ou em que os contornos éticos lhe fossem mais dissonantes passou a ser possível. Se acrescentarmos a prepotência e as vaidades de quem tem “o rei na barriga”, temos todas as condições para que estas situações ocorressem e continuem a ocorrer. Agora, porém, a ligação ao colonialismo é mais difícil, mas é sempre possível de estabelecer. Como já disse, estes exemplos proliferaram por todo o continente na sequência das independências, ganhas ou concedidas, e, às vezes para meu desespero, eram bem previsíveis. Mas não era politicamente correcto anunciá-los…

Tenho para mim que se o Amílcar Cabral fosse vivo naquela altura – e até alguns anos depois – isto também sucederia. O ambiente e os factos, nomeadamente a cisão do partido em PAIG e PAICV confirmam o que digo.

Não vejo, por isso motivo para nos culpabilizarmos por este caso ou casos similares. Outra atitude do PAIGC, mais madura e justa, poderia tê-lo até dado a maior respeito interno e internacional. Era o que se esperava de um partido velho, com muito tempo de luta violenta e dotado de uma maior maturidade, o que não sucedera a tantos outros a quem a independência foi dada de bandeja. Mas a sua opção foi noutra e isso só aos guineenses diz respeito.

Admiti que o povo da Guiné poderia ganhar muito com a independência em áreas como a agricultura, pescas e pecuária, agora que apenas dependia de si mesmo para atingir os seus objectivos e afinal enganei-me.

Talvez seja sina da África ser governada por sistemas de partido único, constituídos por homens imbecis, ou até válidos e bem-intencionados, mas que rapidamente embrutecem e se tornam insuportáveis. Aí não posso, nem devo, nem quero fazer nada (para além de simples conselhos). Será uma espécie de via-sacra que os povos têm que seguir até que, a sua cultura e (porque não dizê-lo?) a sua maturidade lhes permitam reduzir, que não anular, este tipo de procedimentos.

Contudo, estávamos no Séc. XX (e agora já XXI) e, por isso, seria bom que cada povo aproveitasse a experiência dos outros e, pelo menos tentasse evitar cair nos erros cometidos. Não me sinto culpado de nada do que sucedeu na Guiné depois da independência e, muito mais agora que aquele povo “tomou o seu destino nas próprias mãos” há quase 40 anos (duas gerações). Limito-me a observar de longe e constatar que ali não houve excepção relativamente ao sucedido noutros países da mesma área geográfica.

Parece-me, isso sim, que, com a vitória, o PAIGC contraiu uma série de responsabilidades, nomeadamente no que respeita aos seus heróis e à sua história que é uma fracção já considerável da História da Guiné e que lhe deverá servir de arrimo ao seu percurso político.

Por favor não aceitem as culpas que não temos e se digladiem por causa delas.

Não esqueçam que, em Direito, os principais responsáveis são sempre os autores materiais do crime. O facto de existirem “condições” não quer dizer que o crime seja cometido.

António José P. da Costa
____________

Notas do editor

Ilustração retirada da História do BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1972/74), unidade que foi rendida pelo BCAÇ 4612/74 (Mansoa, 1974)... 
Um exemplar da história desta unidade, o BCAÇ 4612/72, foi-nos oferecido, em formato papel e em pdf, pelos nossos camaradas Agostinho Gaspar e Jorge Canhão (ex-Fur Mil 3ª C/BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74).
Este documento tem cerca de uma dúzia de interessantes (e raras) ilustrações, feitas por um ilustre desconhecido, a estilete sobre "stencil"...
Imagens: Cortesia de Jorge Canhão (2011).

Último poste da série de 28 DE FEVEREIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11172: A minha guerra a petróleo (ex-Cap Art Pereira da Costa) (9): A praxe da Ivone

8 comentários:

Henrique Cerqueira disse...

Caro Pereira da Costa
Eu tenho algumas dificuldades em comentar o teu texto na integra mas,uma coisa consigo comentar que é o facto do sentimento de culpa.
Na verdade não tenho qualquer sentimento de culpa pelo que se passou no pós Independência e até no antes. É que eu e muitos milhares de camaradas fomos apenas os "piões"dum tabuleiro de jogo no qual não pedimos para "jogar".
No entanto não posso esquecer alguns "barões" da descolonização que no pós Independência pouco ou nada se preocuparam com os EX.Portugueses da Guiné que combateram nas nossas fileiras acreditando"ingenuamente???" que a Guiné depois de Independente iria ser humana e condescendente com os seus irmãos que combateram do lado Português. Convém não esquecer que no pós Independência alguns desses "barões" se instalaram com empresas de pescas que segundo me parece apenas beneficiou os ditos "barões" é claro.
Eu não sou lá muito estudioso nos assuntos das nossas guerras coloniais,mas ainda me lembro das notícias em relação a esses temas nos famosos anos do pós Independência .
Bom como eu também comentei o poste do Cherno achei por bem e em consciência comentar este poste embora que à minha maneira e aproveito para reafirmar que segundo a minha teoria Portugal não tem nada a ver com os fuzilamentos ou a chamada disciplina do PAIGC.Mas penso que tem responsabilidades no abandono dos nossos eis camaradas naturais da Guiné que foram Portugueses que Lutaram por Portugal.
Mesmo assim não me sinto culpado por esse erro Histórico dos nossos responsáveis pelas descolonização.
Talvez haja algum desses "senhores" que um dia participem neste blogue e nos expliquem tim...tim por tim..tim...O procedimento da descolonização em referencia a este aspecto.Até lá acho legítimo que qualquer um de nós interprete esse facto como achar melhor.
Um abraço ao Pereira da Costa e restantes tertulianos e um especial ao meu camarada de Batalhão e Poeta Manuel Maia.
Henrique Cerqueira

Anónimo disse...

Caro camarada P. da Costa

Estou plenamente de acordo com a análise feita.

Eu fui um dos que se manifestou como "responsável" ou melhor "MORALMENTE RESPONSÁVEL"...explico.

Fruto das circunstâncias,estive nos primeiros contactos com o então IN e o meu aquartelamento (gadamael) foi dos primeiros a fazer a retracção.

Apesar de não ser minimamente responsável pelas decisões então tomadas,tanto políticas como militares,suspeitei que algo de grave poderia acontecer no pós-independência..é evidente que mesmo que quisesse não poderia fazer nada..só que naquela altura eu apenas desejava vir-me embora..estava farto de tudo, e por pensar dessa forma é que ainda hoje carrego na minha consciência um sentimento de culpabilidade..é só isso.
Cada um é como é..a minha consciência apenas a mim diz respeito.

Um alfa bravo

C.Martins

Anónimo disse...

Política-Responsabilidade-Consciência-Culpabilidade.....seräo palavras a näo serem usadas,por desprovidas de sentido, no continuado estado de "RETRACCÄO"(feliz palavra de C.Martins) em que nos encontramos hoje e....desde há muito, no nosso querido Portugal.

Anónimo disse...

Camarada C. Martins
Já lembrei que quem carrega no gatilho é que mata. Nem sequer é o que "aconselha a matar", nem mesmo as "condições propícias" ao crime podem servir de atenuantes.
Claro que "quem conversa com os guarda-freios é moralmente responsável pelos desastres motivados por distracção". Mas é só. O guarda-freio é que guia...
Por isso, não somos culpados e, acima de tudo, não devemos andar a "combater" uns contra os outros cada vez que...
A máxima liberdade (do PAIGC e restantes autoridades da Guiné) traz a máxima responsabilidade.
Um Ab.
António J. P. Costa

Anónimo disse...

Näo se poderá descartar "ad limit" o facto de alguns dos fuzilados terem sido Soldados (efectivos) de Portugal,mesmo que em data anterior à independência.À luz do Direito Internacional Privado os fuzilamentos destes ex-soldados de Portugal poderá ser considerado de dois modos.A)-Se por accöes destes,(posteriores à independência!),e tendo unicamento em conta o ordenamento jurídico do próprio país-Guiné/Bissau-na altura da decisäo que levou aos fuzilamentos.Ou,B)-Levando em conta(também)o ordenamento jurídico de Portugal,responsável jurídico(único) pelo comportamento destes soldados,e seus possíveis "crimes",em todo o período da guerra que levou á independência....(caso acusacöes referidas a esse período!).Se minimamente interessado,Portugal poderia ter pedido (exigido?),à luz do acima referido,uma participacäo,pelo menos, como observador jurídico,aquando destes acontecimentos.Como o näo fez...näo se sabe qual teria sido a resposta das autoridades guineenses,e as inerentes consequëncias para os acusados.Os resultados säo hoje factuais.As dúvidas vamos ter que viver com...o resto das nossas vidas. Um abraco.

manuelmaia disse...

Henrique,

A descolonização não foi um "ERRO HISTÓRICO" deves rotulá-la de "HEDIONDO CRIME"...

Ainda por aí cirandam,como se nada tivesse acontecido, alguns dos seus autores materiais.

Contrariamente à afirmação do Pereira da Costa, sou dos que entende que tão ladrão é o fulano que vai aos figos como aquele que fica a vigiar pelo sucesso da operação, logo a culpa dos crimes não pode ser imputada exclusivamente aos elementos do PAIGC...

Compreendo a atitude do dr. C.Martins quando diz que mesmo que quisesse não poderia fazer nada... ele era apenas alferes miliciano e homem de bem.

O mesmo já não se pode dizer das "elites" militares e políticas ( gosto do nome...) essas têm largas culpas no cartório.

Convirá não se tentar branquear os seus comportamentos com o "momento" algo conturbado do pós golpada militar...

Por alguma razão uns eram soldados e outros generais...

Infelizmente de há uns anos a esta parte, a culpa morre sempre solteira...

A tentativa desesperada de deturpar a história gizada pelos historiadores de serviço encostados à esquerda (ao invés de isentos...) que conseguem vestir a farda da ignomínia depois de passarem por Penafiel onde compraram os famosos óculos, tem levado à omissão de factos duma relevância extraordinária para que dessa forma se "cimente" a sua versão de que Portugal não é culpado no genocídio que assolou os antigos territórios ultramarinos portugueses.

Têm aliás procurado imputar as culpas ao passado ( porque não a Afonso Henriques ?)

Custe o que custar, a verdade é esta...
Nos pelotões de fuzilamento de soldados, milícias, e -pasme-se - até faxinas, para além dos elementos do PAIGC que premiram os gatilhos, estavam os responsáveis político militares portugueses que têm nome, como todos deverão estar recordados...

A essa CORJA não me peçam que lhes perdoe...

um abraço a todos os "tabanqueiros", em especial ao Henrique, ao Belo,( lá nos frios nórdicos) ao C.Martins e ao Pereira da Costa.

mm

Anónimo disse...

Considero muito pertinentes as considerações do Camarada Joseph Belo, mas relembrarei que as considerações de Direito - com letra grande - só são válidas para quem as queira ou quisesse respeitar.
Em África, hoje e naquele tempo, é e era tudo assim e ao contrário também. Ou seja, tudo era possível...
E eu creio que o PAIGC era quem, naquele tempo, tinha a iniciativa e faria ou deixaria fazer o que mais lhe "conviesse".
Um Ab.
António J. P. Costa

Hélder Valério disse...

Caro camarada A.P da Costa

Por razões várias que não quero aqui adiantar, não fiz qualquer comentário ao post do Cherno nem ao que por isso e por causa disso lhe sucedeu,

E não é agora também que o vou fazer.
Apenas te digo que li com atenção todo o teu discurso, o teu raciocínio com os teus conceitos e 'explicações' para os casos que foram relatados e devo dizer que estou de acordo com a caracterização que fazes do 'antes, do durante e do depois', principalmente do 'depois', da independência.

Abraço
Hélder S.