Na primeira década do séc. XVI, um em cada dez habitantes de Lisboa era negro, ou seja, de origem africana, sem contar com os seus descendentes... Igual proporção foi encntrada em outras cidades da península ibérica, como Sevilha, Barcelona, Málaga... Fotogramas do 2º episódio (com a devida vénia)
Pode ler-se no "Público", de 21 de janeiro de 2019, o seguinte sobre os realizadores da série:
(...) Os três autores, Daniel Cattier, Juan Gélas e Fanny Glissant, têm ligações ao tema em causa. Daniel Cattier, filho de pai belga e mãe zimbabueana, tem colocado África e a exploração das questões de identidade no centro da sua filmografia, em que se inclui o documentário animado Kongo: Grand Illusions. Juan Gélas tem no currículo Noirs de France, série documental sobre a História da população negra de França. Já Fanny Glissant, descendente da relação entre uma escrava e o seu proprietário, tem aqui a sua estreia na realização. Há também segmentos animados, uma bem-vinda companhia para os depoimentos recolhidos e para as imagens de arquivo, a cargo de Olivier Patté.(...)
(...) No segundo episódio, 1375-1620: Por Todo o Ouro do Mundo, o foco são os portugueses. São entrevistados, entre outros, investigadores e historiadores como António de Almeida Mendes, da Universidade de Nantes, Isabel Castro Henriques, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Filipa Ribeiro da Silva, do Instituto Internacional da História Social, em Amesterdão, bem como Izequiel Batista de Sousa, da Universidade de Reunião, que vem de São Tomé, uma ilha muito importante nesta parte da história. Ao longo das próximas duas semanas, analisar-se-ão as plantações de açúcar e algodão, os Estados Unidos e os tempos em mudança que trouxeram com eles a abolição. (...)
As Rotas da Escravatura
2º episódio disponível "on ine" (durante 7 dias, desde 21 de janeiro de 2019) >
1375-1620: Por Todo o Ouro do Mundo, 52m
Documentários - História
Documentários - História
RTP 1 > 2ª feira, 21 janeiro de 2019
Sinopse:
Sinopse:
No século XIV, a Europa abre-se ao mundo e apercebe-se de que se encontra à margem da mais importante zona de trocas comerciais do planeta.
Este mapa, o "Atlas catalão", aguça o apetite de conquistas dos europeus. Mapa dos ventos, o Atlas guia os marinheiros como viajantes por terra firme. Mapa político faculta informações sobre as forças em presença. Por fim, como mapa económico, indica as rotas comerciais com destino a África e aos seus recursos.
Um pequeno reino é o primeiro a lançar-se ao assalto das costas africanas: Portugal. Na sua esteira, desenha-se uma nova rota da escravatura.
Próximos episódios:
1620-1789: Do Açúcar à Revolta
A escravatura moldou a nossa história. Na Ilha de São Tomé, os portugueses inventaram um modelo económico de rentabilidade inigualável: a plantação de cana-de-açúcar.
No século XVI, toda a Europa procura imitá-los. Uma demanda pelo lucro que vai mergulhar todo um continente no caos e na violência. Perto de 13 milhões de africanos são apanhados nas redes da escravatura e levados para o Novo Mundo onde ingleses, franceses, espanhóis e holandeses esperam tornar-se ricos... imensamente ricos. Mais viciante do que a pimenta ou a canela, o açúcar alastra pela Europa como um rastilho de pólvora. A partir do séc. XVII, o alimento raro e dispendioso faz virar as cabeças.
Episódio 3 > 28 Jan 2019
1789-1888: As Novas Fronteiras da Escravatura
Em 1790, o tráfico negreiro atinge o seu zénite. Mais de 100 000 cativos são deportados todos os anos.
No advento do séc. XIX, a violência dos negreiros dita a condenação do tráfico transatlântico. Doravante, a Europa terá de encontrar um meio de enriquecer sem recorrer a este tráfico, agora, imoral.
Nos anos que se seguem à proibição do tráfico, os europeus vão fazer recuar as fronteiras da escravatura.
O Brasil guarda nele a herança dos últimos anos da escravatura [, que só será abolida em 1888, no grande país sul-americano...].
No momento em que o comércio de escravos é proibido, uma segunda vaga de deportações de cativos chega à Baía do Rio de Janeiro.
Com mais de dois milhões de escravos desembarcados no séc. XIX, o Rio tornou-se o maior porto de tráfico do mundo.
[... Mas a escravatura não se extinguiu: haverá ainda 40 milhões de escravos, em todo o mundo, segundo as estimativas das Nações Unidas.]
Último poste ds série > 16 de janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19406: Agenda cultural (668): Absolutamente a não perder: RTP1, todas as 2ªs feiras, às 23h45, a partir de 14/1/2019, "As Rotas da Escravatura", em 4 episódios de 53 m cada... Do séc. VII até hoje, a África foi o epicentro de um gigantesco tráfico global de seres humanos: mais de 20 milhões de africanos foram deportados, vendidos e submetidos à escravatura: Núbios, Fulas, Mandingas, Songais, Sossos, Akans, Iorubás, Igbos, Bacongos, Ajauas, Somalis...
Este mapa, o "Atlas catalão", aguça o apetite de conquistas dos europeus. Mapa dos ventos, o Atlas guia os marinheiros como viajantes por terra firme. Mapa político faculta informações sobre as forças em presença. Por fim, como mapa económico, indica as rotas comerciais com destino a África e aos seus recursos.
Um pequeno reino é o primeiro a lançar-se ao assalto das costas africanas: Portugal. Na sua esteira, desenha-se uma nova rota da escravatura.
Próximos episódios:
1620-1789: Do Açúcar à Revolta
A escravatura moldou a nossa história. Na Ilha de São Tomé, os portugueses inventaram um modelo económico de rentabilidade inigualável: a plantação de cana-de-açúcar.
No século XVI, toda a Europa procura imitá-los. Uma demanda pelo lucro que vai mergulhar todo um continente no caos e na violência. Perto de 13 milhões de africanos são apanhados nas redes da escravatura e levados para o Novo Mundo onde ingleses, franceses, espanhóis e holandeses esperam tornar-se ricos... imensamente ricos. Mais viciante do que a pimenta ou a canela, o açúcar alastra pela Europa como um rastilho de pólvora. A partir do séc. XVII, o alimento raro e dispendioso faz virar as cabeças.
Episódio 3 > 28 Jan 2019
1789-1888: As Novas Fronteiras da Escravatura
Em 1790, o tráfico negreiro atinge o seu zénite. Mais de 100 000 cativos são deportados todos os anos.
No advento do séc. XIX, a violência dos negreiros dita a condenação do tráfico transatlântico. Doravante, a Europa terá de encontrar um meio de enriquecer sem recorrer a este tráfico, agora, imoral.
Nos anos que se seguem à proibição do tráfico, os europeus vão fazer recuar as fronteiras da escravatura.
O Brasil guarda nele a herança dos últimos anos da escravatura [, que só será abolida em 1888, no grande país sul-americano...].
No momento em que o comércio de escravos é proibido, uma segunda vaga de deportações de cativos chega à Baía do Rio de Janeiro.
Com mais de dois milhões de escravos desembarcados no séc. XIX, o Rio tornou-se o maior porto de tráfico do mundo.
[... Mas a escravatura não se extinguiu: haverá ainda 40 milhões de escravos, em todo o mundo, segundo as estimativas das Nações Unidas.]
Episódio 4 > 5 Fev 2019
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Nota do editor:
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