Porto > Rua da Alegria, nº 39 > 10 de julho de 2019 > Edifício da Liga dos Combatentes, Núcleo do Porto, antigo Palacete do Visconde de Pereira Machado, adquirido para o efeito em 15 de março de 1974 pelo então presidente do núcleo, coronel Mário Fernandes da Ponte
No sítio da Liga dos Combatentes pode ler.se_ "Este palacete, construído em meados do do século XIX, tornou-se uma das residências mais requintadas da cidade do Porto, célebre pelos sumptuosos bailes e brilhantes festas. Neste edifício funciona, além da estrutura administrativa, um Museu dedicado às 1.ª e 2.ª Guerras Mundiais, à Guerra do Ultramar, uma biblioteca e o Centro de Apoio Médico, Psicológico e Social (CAMPS).
"Das características arquitectónicas do palacete, com fachada granítica, encimada por frontão com brasão, escadaria interior imponente, estuques de estilo barroco, destaca-se a existência de uma das clarabóias mais belas da cidade."
O Núcleo do Porto da LC fica na Rua da Alegria, 39 Porto - Tel: 222006101 - Horário: Segunda a Sexta 9h30 às 12h00 e das 14h00 às 18h00.
Fotos (e legenda): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mensagem, com data de 11 de julho passado. do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); é economista e gestor, reformado; é natural do Porto; vive em Vila do Conde; tem mais de 130 referências no nosso blogue]
Assunto - Fotos da Liga dos Combatentes, Núcleo do Porto
Luís, obrigado por te lembrares de mim, enviando estas belas fotos [do Cachi] (*)., que já comentei no Poste. Não sei se era para eu dizer alguma coisa sobre elas, mas são de outras guerras que não a minha.
Tenho andado na minha senda, nas minhas rotas pelo Porto, ontem de tarde foi na Liga dos Combatentes, finalmente me autorizaram a fotografar por dentro, daquele belo Palácio! Mas não tudo pois andam agora em obras.
Tenho andado na minha senda, nas minhas rotas pelo Porto, ontem de tarde foi na Liga dos Combatentes, finalmente me autorizaram a fotografar por dentro, daquele belo Palácio! Mas não tudo pois andam agora em obras.
Só que por fora, está tudo degradado, só quem sabe se apercebe que aquele edifício é da Liga, do Porto, porque tem lá numa porta o símbolo pequeno, depois é tudo ocupado por um restaurante churrasqueira os Leitões e uma pequena Pensão explorada pela Direcção, não percebo, é triste.
Fiz mais de 80 fotos, agora me apercebo que temos um espólio urbano fantástico, nunca ligava, passava como conhecia achava normal.
Estive na Lapa, Igreja da Nossa Senhora da Lapa, o Cemitério anexo antigo só para ricos, o Hospital-Ordem da Lapa onde nasceu a minha neta mais velha, e depois o Quartel General, ainda lhe chamo isso, mas é um enorme espaço ocupado com nada...
Vim a saber depois, que está depositado em lugar de alta segurança, na Igreja da Lapa, a maior que já vi até hoje, e que por lá andei na minha juventude, um 'coração' de um rei ou rainha, que foi doado pelo próprio, à cidade do Porto, a quando da revolução dosLiberais e outros mais. A última vez que foi visto foi em 2009, rodeado de altas cautelas, pois está em mau estado, está dentro de um recipiente com clorofórmio, isto nunca me passou pela cabeça.
Tenho fotos de Monumentos, Edifícios, Igrejas e outros Locais, ' de elevado interesse histórico, cultural e arquitectónico', por dentro e por fora, que não ficam atrás dessas que são publicadas pelo amigo Beja Santos, de lugares e países que nada têm a ver connosco.
Só que é preciso legendar tudo, e falta-me 'competência histórico-cultural e arquitectónico' para tão grande tarefa. É um trabalho para muito tempo.
Mas vou continuando, enquanto tiver pernas para andar, só me faz falta uma boa máquina com lentes especiais mais abrangentes, que estão fora de causa, isto é um trabalho amador só. (**=
Um abraço,
Virgilio Teixeira
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Notax do editor:
(*) Vd. poste de 11 de julho de 2019 > Guiné 61/74 - P19967: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IX: O 'bu...rako' do Cachil (set 1965 / jan 1966)
(*) Vd. poste de 11 de julho de 2019 > Guiné 61/74 - P19967: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IX: O 'bu...rako' do Cachil (set 1965 / jan 1966)
Vd. tamném poste de 4 de julho de 2019 > Guiné 61/74 - P19947: Os nossos seres, saberes e lazeres (336): As minhas loucuras no Porto... (Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, CCS/BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)
15 comentários:
Sobre o Palacete do Visconde de Pereira Machado, ver aqui um artigo interessante, publicado no blogue Porto de Antanho, editado por Américo Conceição e Simão Gomes.
http://portodeantanho.blogspot.com/2017/10/continuacao-14.html
Embora a Liga dos Combatentes indique como seu endereço postal no Porto a Rua da Alegria, a verdade é que a fachada principal do edifício, tal como se vê na primeira fotografia, se situa na Rua Formosa. O palacete faz esquina entre as duas ruas, mas na Rua da Alegria fica apenas a "porta do cavalo". A porta principal, que abre para a escadaria que se vê na segunda imagem, é na Rua Formosa que fica.
Antes de 1970 ou à volta disso, este palácio alojou o Arquivo de Identificação, onde se tiravam os bilhetes de identidade, os passaportes e outras coisas que tais. Eu mesmo entrei lá várias vezes nessa altura e subi esta mesma escadaria, várias vezes também. Quando a Liga dos Combatentes adquiriu o palácio, voltei a entrar neste edifício mais vezes, para pagar as cotas de membro da Liga.
Além deste palácio, a Liga dos Combatentes possui no Porto a Quinta Amarela, na Rua Oliveira Monteiro, ao Carvalhido, oficialmente designada Complexo Social Nossa Senhora da Paz. A página correspondente é esta.
Quanto à igreja e Ordem da Lapa, no Porto, atrevo-me a acrescentar mais alguns esclarecimentos. O cemitério da Ordem, que fica ao lado da imponente igreja, poderá ser só para ricos, não o nego, mas a verdade é que é nele que se encontra sepultado, numa modesta campa rasa, um dos maiores vultos das letras portuguesas: Camilo Castelo Branco. É uma campa tão modesta que não se nota. Em contraste, o sertanejo Silva Porto, de quem se diz ter sido o fundador da cidade que tomou o seu nome em Angola (a qual agora se chama Cuíto), tem no mesmo cemitério um mausoléu vistoso e que é objeto de romagem por parte de retornados de Angola.
O rei cujo coração se encontra na igreja da Lapa é D. Pedro IV. Doou o coração à cidade do Porto, como agradecimento pelo apoio recebido pela população durante o cerco que a cidade sofreu por parte dos absolutistas. O coração está conservado em formol, que é renovado em intervalos de não sei quantos anos, e, tanto quanto sei, está até em muito bom estado. Encontra-se embutido na parede do lado esquerdo da capela-mor da igreja da Lapa e a chave está no gabinete do presidente da Câmara Municipal do Porto.
Fernando de Sousa Ribeiro, ex-alferes miliciano da CCAÇ 3535, do BCAÇ 3880, Angola 1972-74
Caro Fernando Ribeiro, não é verdade que os restos mortais de Camilo Castelo Branco estejam no Cemitério da Lapa em modesta campa rasa, está sim no jazigo de família de João António Freitas Júnior. Confere aqui: http://visao.sapo.pt/opiniao/historias-portuenses/2016-03-19-O-misterio-das-letras-C.S
Abraço
Vinhal
Quanto ao comportamento das gentes da cidade do Porto.
Depois de desembarcar na Praia de Pampelido (em Perafita), mais conhecida pela Praia dos Ladrões, vindo da Ilha Terceira, D. Pedro IV e as sua tropas dirigiram-se para a cidade onde resistiu quase 2 anos ao cerco das tropas do seu irmão Miguel.
O sacrifício imposto ao povo do Porto e a sua bravura em defesa da Carta Constitucional foi reconhecido por D. Maria II que lhe atribuiu o título de "Invicta" que só o Porto ostenta: "Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto".
Já agora, para os mais distraídos, a primeira tentativa de implantar a República aconteceu na Invicta em 31 de Janeiro de 1891, daí a nossa Rua 31 de Janeiro, denominada no tempo da outra senhora por Rua de Santo António.
Vinhal
Caro Carlos Vinhal
O que parece correcto é o Camilo Castelo Branco estar sepultado no jazigo do seu amigo José António de Freitas Fortuna, no cemitério da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa.
(ah!ah!ora, vai te lixar q'é a mesma coisa, dizes tu)
Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz
Caro Carlos Vinhal, eu iria jurar que era numa campa rasa que Camilo Castelo Branco estava sepultado, mas afinal parece que não. Seja como for, o que me impressionou foi a modéstia da sepultura dada a um dos maiores escritores portugueses de sempre. Nem sequer está dentro do jazigo! Está numa gaveta exterior, como se lhe fizessem um grande favor em deixá-lo ficar ali! Imperdoável.
É frequente dizer-se que D. Pedro IV e as suas tropas desembarcaram no Mindelo, Vila do Conde, mas é falso. Desembarcaram, sim, na Praia dos Ladrões, em Pampelido, Matosinhos, onde se encontra um grande obelisco a assinalar o facto. De Pampelido até ao Mindelo ainda são vários quilómetros de distância.
Depois de desembarcar, D. Pedro e as suas tropas encaminharam-se para o Porto, tendo encontrado resistência por parte dos miguelistas que dominavam a região. Antes que conseguissem entrar no Porto, combatendo ao longo do trajeto, as tropas liberais estiveram acampadas num terreno existente na zona do Carvalhido, terreno este que viria a chamar-se Praça do Exército Libertador. O "Exército Libertador" que deu o nome à praça é o exército de D. Pedro IV.
Existem outros topónimos na cidade do Porto que recordam o cerco a que a cidade esteve submetida em 1832-33, topónimos estes que foram atribuídos pelo próprio D. Pedro IV, por D. Maria II ou pelas vereações camarárias da cidade nos anos subsequentes ao cerco. Por exemplo, muito perto da estação dos caminhos de ferro de Campanhã esteve instalada uma bateria de artilharia, que esteve quase isolada do resto da cidade e foi submetida a intensíssimos bombardeamentos por parte dos absolutistas postados para os lados de Rio Tinto. Foi a chamada bateria da Lomba. A comandar esta bateria esteve um oficial liberal chamado Saldanha, o mesmo Saldanha que mais tarde foi duque, marechal e primeiro-ministro! Ora a rua que liga o centro do Porto à estação de Campanhã é chamada Rua do Heroísmo, em homenagem ao heroísmo demonstrado pelos defensores da Lomba, incluindo o próprio Saldanha, claro. A Rua da Firmeza, que é paralela à Rua Formosa, também deve o seu nome a acontecimentos do cerco do Porto.
E que dizer dos nomes atribuídos na ilha Terceira? A cidade de Angra foi rebatizada Angra do Heroísmo por D. Maria II, que lhe atribuiu o título de "Mui Nobre, Leal e Sempre Constante Cidade de Angra do Heroísmo", pelo apoio dado pela cidade à causa liberal. Aliás, em Angra do Heroísmo também existe um obelisco, num jardim sobranceiro à cidade, que assinala a partida das tropas de D. Pedro IV para Pampelido. Há um obelisco a assinalar a partida, em Angra do Heroísmo, e há outro obelisco a assinalar a chegada, na praia que foi "dos Ladrões" e agora é "da Memória".
A antiga vila da Praia, também na ilha Terceira, passou a chamar-se Praia da Vitória, como recordação da vitória conseguida pelos liberais sobre os miguelistas, que naquela vila tinham tentado desembarcar. Praia da Vitória é agora uma cidade.
Relativamente à Igreja da Lapa, já la fui várias vezes, depois dessa data para tirar novas fotos, pois aquilo é tão grande que nunca acaba, eu andei por lá nos anos 50 e 60, ia com as minhas irmãs à missa da Lapa. Mas nunca liguei muito, só ia para lá ver os 'sacristãos' que andavam à esmola por aqueles imensos corredores, e depois sem o menor recato, metiam a mão na saca e vinha uma molhada de notas que metiam ao bolso, Não havia moedas, era tudo gente de dinheiro, só davam notas. É a imagem que tenho, e depois esperávamos as meninas cá fora, para dar duas de conversa. O cemitério nunca o visitei até agora.
A ultima vez que estive na Igreja da Lapa,foi precisamente faz hoje 16 anos, que a minha neta nasceu na Ordem da Lapa, e enquanto esperávamos pelo parto, eu e a minha mulher lá fomos rezar qualquer coisa.
Esta data, além dos 16 anos da minha neta, também me é lembrada, pois nesse dia 27set67 o navio TT Timor, zarpou de Lisboa com o meu Batalhão, o 1933 e o 1932, mas não completo com todas as companhias. Eu já era uma 'velhice' na Guiné quando eles chegaram a 4OUT67.
Virgilio Teixeira
Caro Fernando Ribeiro
A propósito do obelisco da Terceira, quando estive na Ilha, subi ao local acompanhado por uma Guia que afirmava ter D. Pedro IV desembarcado no Continente na praia do Mindelo. Disse-lhe que não, haveria um erro histórico, mas a senhora não se deixou convencer, nem por eu lhe dizer que morava no concelho de Matosinhos, a escassos quilómetros do local, e conhecer exactamente a fronteira, junto ao mar, entre os concelhos de Matosinhos e Vila do Conde, o rio Onda. A sul fica a praia de Angeiras (Matosinhos) e a norte a praia de Labruge (Vila do Conde). Só mais uma informação, não para ti, claro, a seguir à praia de Labruge fica a de Vila Chã e só depois aparece a praia de Mindelo. Segue-se a de Azurara (minha freguesia de nascimento) que confina com o Rio Ave.
Vinhal
Fernando Ribeiro, temos de nos encontrar no Porto, pois sabes muito mais da história do Porto do que eu, natural daquela Invicta cidade. Eu vou pelos menos duas vezes por semana de vila do conde ao porto, e traço previamente as 'rotas' que vou fazer, ir ver e fotografar, tudo a pé, são 3 a 4 horas sempre em cima dos pés, quando chego estou derreado. A conclusão é que não conhecia a cidade, ou seja só conhecia as ruas, os cinemas e salas de espectáculo e os restaurantes e cafés, tudo que fosse feito de carro, e assim não sabemos o que esconde a cidade, a sua zona histórica e da baixa. Tenho belas fotos, já vou nas 6700 feitas ontem.
Vamos então esclarecer alguns pormenores, pois na maioria as tuas descrições estão correctas, algumas coisas não sei.
1 - Liga dos Combatentes: Posso falar à vontade pois já fui lá meia dúzia de vezes, a última na terça feira 24set19, pelas 15h. A porta da Rua Formosa, a principal, com aqueles grandes batentes não se abre ao publico, está fechada, bem como a outra abaixo, sem numero.
Temos de entrar obrigatoriamente pela porta do cavalo, na rua da Alegria, porta pequena sem nenhum prestigio, bates de frente na entrada com a 'Pensão' que é explorada pela Liga, sobes as escadas de madeira até o 1º andar e tens a recepção e aquela menina pouco simpática.
Na porta ao lado, no portão e talvez antigo logradouro, está instalado o restaurante, que até posso dizer rasca, uma churrasqueira de Leitões. Todo o RC do palacete está ocupado com o restaurante, quer na rua da alegria, quer na rua formosa. Tenho imensas fotografias, e já lá dentro, que é de uma grande beleza. Chocou-me ver aquilo transformado numa restaurante e numa pensão. Depois acabei por saber da Quinta Amarela, e então já vi que tem instalações que ocupam um quarteirão inteiro, rua da quinta amarela, av da frança e rua oliveira monteiro. Tenho tudo fotografado, com imenso reportório, a maioria está legendada, mas falta muita coisa.
continua.......
continuação:
2 - O cemitério da Lapa é uma coisa enorme, acho que disse para ricos, mas para pessoas importantes não tenho duvidas. Eu não teria lugar lá, está tudo cheio, é só casinhas, pouca coisa rasa, também não visitei tudo, era preciso uma tarde. Não faço ideia se o Camilo está lá, mas um dia vou lá voltar e pergunto.
Lá do alto do cemitério, tem uma vista enorme, consegui fotografar de cima as traseiras do QG, a Ordem da Lapa e muita coisa do Porto.
Conheço pouca história dos lugares, vou fotografando, onde existe, as informações e depois com a ajuda do google vou sabendo coisas inimagináveis antes.
3 - Por estar no capitulo dos cemitérios, visitei também o monumental de Agramonte, na Boavista, nunca tinha visto coisa igual, tem ruas com nomes de pessoas, e só vi jazigos com os nomes importantes da burguesia portuense. Tenho fotos daquilo tudo, mas ficou mais de metade por ver, tenho de lá voltgar um dia.
4 - Depois temos o cemitério do Prado do Repouso, paredes meias com as instalações da antiga PIDE, é outro lugar, mais acessivel, mas também enorme.
5 - E ainda o cemitério do Bonfim, lá no alto ao lado da Igreja do Bonfim, é igualmente grande e mais acessivel aos mortos remediados. Consegui fazer fotos com ângulos e posições dificeis (um dia ainda vou malhar do alto de qualquer coisa, mas deve passar nos jornais), apanhei Rio Tinto e Valongo, que tão bem conhecia.
6 - Quanto a cemitérios há mais, eu só conheço bem o de Paranhos, onde estão sepultados os meus pais e a mãe da minha mulher. É um cemitério quase raso, com alguns jazigos. Não irei para lá, pois já avisei que queria ser incinerado e as cinzas lançadas ao Douro, apesar de ser proibido, acho que tenho filho para isso.
Virgilio Teixeira
Quanto ao assunto de D. Pedro IV e o coração, está tudo bem.
Só não compreendo as histórias do desembarque pois a ideia que passa é Mindelo-Vila do Conde, não conheço mais nenhuma história, mas não procurei nada.
Sabemos que junto ao Castelo, tem ali uma praceta e o monumento lembrando o desembarque no Mindelo! É na praia do Forno, muito protegida dos ventos e também muito pequenina, muitos rochedos e muito sargaço. Fica em baixo, e não faltam 'mirones' cá em cima, a apreciar as belas mulheres a tomar banhos de sol, antes da época e nos dias de nortada. Sim, também já dei umas olhadelas, como todos, e até fiz uma fotos, da praia, não tenho culpa de estar lá gente deitada...
Neste obelisco tenho varias fotos do local, é um ponto obrigatório dos domingos de manhã para os motoqueiros que se concentram por ali às centenas.
Virgilio Teixeira
Já agora aqui fica este texto tirado da Wikipédia, com a devida vénia:
"Ao anoitecer do dia 7 de julho de 1832 instalou-se o pânico entre as forças militares e as autoridades absolutistas do Porto: a esquadra liberal estava à vista, para grande surpresa dos miguelistas que nunca haviam previsto uma invasão por este ponto do país. No entanto, D. Pedro avançou com a sua armada em direção a Vila do Conde, local onde planeara o desembarque.
Na manhã de 8 de julho foi enviado a terra, para parlamentar com as forças militares aí estacionadas, o major Bernardo de Sá Nogueira - futuro marquês de Sá da Bandeira. As negociações foram, no entanto, completamente estéreis, tendo aquele emissário sido recebido com ameaças de fuzilamento. Frustradas, pois, que foram estas tentativas de desembarque pacífico, foi decidido efetuá-lo em pé-de-guerra.
Este ocorreu ao princípio da tarde desde as praias de Mindelo até à Praia dos Ladrões, em Arnosa de Pampelido, no limite das freguesias de Lavra e Perafita, no concelho de Matosinhos. Na ocasião, D. Pedro dirigiu às tropas a célebre incitação - "Soldados! Aquelas praias são as do malfadado Portugal" - que se pode ler numa das faces do obelisco da Memória.[4]
A escolha deste local, que perpetuou historiograficamente esta operação militar como "Desembarque do Mindelo", deveu-se ao facto de nele se poder realizar esta operação com facilidade e segurança, uma vez que o mar se apresentava "bastante profundo quase até à areia". Tal indicação terá sido dada, segundo a tradição, por um dos 7.500 "bravos", de seu nome Francisco José da Silva, natural de Paiço, freguesia da Lavra.
O desembarque foi rápido e não encontrou qualquer tipo de resistência, sendo, de imediato, tomados os pontos estratégicos da região. Os batalhões de Caçadores nºs 2 e 3 ocuparam as cristas das elevações que se prolongam até à margem direita do rio Leça. O batalhão da Marinha fixou-se em Perafita. O batalhão de Caçadores nº 5, em Pedras Rubras, onde acampou no Largo da Feira.
Padrão comemorativo da primeira tentativa de desembarque na Vila do Conde
As estradas que ligavam o Porto a Vila do Conde encontravam-se igualmente tomadas e os liberais estavam também em condição de observar as movimentações que as forças absolutistas estacionadas em Leça realizariam. Às seis horas da tarde D. Pedro desembarcou em Pampelido e, às nove horas, já todo o "Exército Libertador" se encontrava em terra. Nessa noite D. Pedro pernoitou em casa do proprietário Manuel Andrade. Houve beija-mão real no Largo, findo o qual D. Pedro se dirigiu ao Porto.
O desembarque permitiu às forças liberais tomar a cidade do Porto no dia 9 de julho de 1832, apanhando de surpresa o exército miguelista que haveria de as submeter ao prolongado Cerco do Porto.
D. Miguel acabou por capitular em 1834, com a Concessão de Évora Monte, abrindo caminho à implantação definitiva do Liberalismo."
Digo eu, agora, que na freguesia de Perafita existe uma rua dedicada ao 9 de Julho, mais uma prova de que foi nesta freguesia que se deu o desembarque.
Vinhal
Muito bem. Interessante informação histórica.
(Agora, não nos venham com ...conheço tudo e tal..cemitérios... isso não sabia... praias de desembarque... fotos por acaso eu… e, depois, esquecer aquela populista: o que é que isto tem a ver com Guiné.)
Valdemar Queiroz
Luis li o teu email, só hoje, ando por aí, agora são as fotos da minha terra que mais ordenam. Por outro lado, ainda fui comentar este Poste já fora de prazo, numa tentativa de alinhar com algo, mas novamente cheguei à triste conclusão, que não tenho 'arcaboiço' de conhecimentos como a maioria dos nossos ilustres companheiros de Blogue, por isso, e sem nada responder, está tudo dito.
Não tenho mais paciência para isto.
Como alguém disse há muito tempo 'Não ter grandes expectativas quanto aos camaradas....'
Virgilio Teixeira
Olá amigos... estive na Guiné de 71 a 73 quase três anos, em Bissau, mais propriamente no Comado-Chefe a fortaleza chamada de amura, onde estava a policia militar sou de Aveiro.
Um abraço para todos e muita saúde!
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