segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Guiné 61/74 - P26325: Tabanca da Diáspora Lusófona (27): o luso-canadiano, de origem madeirense, João E. Abreu, ex-sold cond auto, CART 1742 (Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69) - Parte II




Foto nº 7 > Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > CART 1742 (Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69) > Buruntuma >  c. abril 68 / mai 69  > "Eu e meus companheiros Manuel Filipe (já falecido) com o Jose Carlos junto ao duche da colónia de ferias em Buruntuma.  CArt 1742, 1967/69". (O João é o direita, de bigode e chapéu.)



Foto nº 8 > Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > CART 1742 (Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69) > Buruntuma >  c. abril 68 / mai 69  > "Os condutores da CArt 1742, em  Buruntuma, preparando um bom petisco". (O João é o segundo,  da esquerda para a direita,  de bigode e chapéu.)







Foto nº 9 e 9A > Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > CART 1742 (Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69) > Buruntuma >  c. abril 68 / mai 69  > "Este menino na foto sou eu junto ao monumento da CCAÇ 1588 que fomos render em abril de 1968". (No monumento estão inscritos o nomes dos mortos da CCAÇ 1588,  "Os Cruzados" (1966/68).  (Mortos: 2 furrieis mil; 1 cabo; 6 soldados; 4 milícias).



Foto nº 10  > Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > CART 1742 (Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69) > Buruntuma >  c. abril 68 / mai 69  > "Quem se lembra deste grupo da  CART 1742 ?... Da esquerda para a direita: José Carlos Figueira, Avelar (falecido), João Eusébio Abreu, Manuel Filipe Silva Andrade (já falecido), e os restantes são camaradas não identificados, com exceção do Vieira (na ponta, em primeiro plano)"


Foto nº 11 > Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > CART 1742 (Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69) > Buruntuma >  c. abril 68 / mai 69  > "Grande amigo guinense,  Cupertino Gonçalves, 1º cabo de obus Buruntuma 1968/69... O que será  feito deste nosso colega ?"






Foto nº 12A e 12 > Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > CART 1742 (Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69) > Buruntuma  > 1968 >  "Aqui está o Gabriel Mateus Bagaço, do Pelotão de Morteiros 1191. Falecido num ataque em Buruntuma."

Fotos (e legendas): © João E. Abreu (2024). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1.
 Com a devida vénia, estamos a selecionar, editar e publicar algumas das fotos do nosso camarada João Eusébio Abreu, ex-sold cond auto, CART 1742 (Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69). 

Nascido na Madeira, emigrou para o Canadá, como tantos outros camaradas nossos (madeirenses e açorianos, em especial),  regressados da guerra colonial. Vive em Mississauga, Ontário. 

 Já o convidámos a entrar para o Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Só precisamos do seu OK e do seu endereço de email. Já é amigo do Facebook da Tabanca Grande. Um amigo comum é o Abel Santos, também da CART 1742, que muito tem contribuído para que os bravos "Panteras" não sejam votados ao esquecimento. Já trouxe com ele mais quatro camaradas da CART 1742. "Falta agora o Eusébio"...


A CART 1742, mobilizada pelo RAL 5 (Penafiel), era comandada pelo cap mil inf Álvaro Lereno Cohen. Partiu para o CTIG em  22ju167; desembarcou em 30jul67 e regressou à metrópole em 6jun69.

Em traços largos, a sua atividade operacional pode sintetizar-se da seguinte maneira:

(i) de início, ficou colocada em Bissau, substituindo no serviço de guarnição a CArt 1646 e sendo integrada no dispositivo do BArt 1904, com vista à segurança e protecção das instalações e das populações da área;

(ii)  em 14set67, foi rendida na guarnição de Bissau pela CCaç 1497 e foi deslocada para Nova Lamego, a fim de substituir a CCav 1963, na função de intervenção e reserva do sector, ficando na dependência do BCav 1915, depois do BCaç 1933 e ainda do BCaç 2835;

(iii) na zona leste, tomou parte em operações realizadas nas regiões de Ganguiró, Canjadude, Cabuca e Sinchã Jobel, entre outras e ainda em operações conduzidas em outros sectores da zona Leste, bem como em escoltas a Béli e Ché-Ché;

(iv) em 13abr68, após ser substituída na intervenção pela CArt 2338, iniciou o deslocamento por fracções, em 13, 17 e 23abr68, para Buruntuma, a fim de render a CCaç 1588; assumiu em 27abr68 a responsabilidade do respetivo subsector, com destacamentos em Camajabá e ponte do rio Caium, mantendo-se integrada no dispositivo e manobra do BCaç 2835 e depois do BArt 2857.

(v) em 29mai69, foi rendida no subsector de Buruntuma pela CArt 2338 e recolheu, em 1jun69, a Bissau, a fim de efetuar o embarque de regresso.

7 comentários:

Valdemar Silva disse...

A foto nº. 10 parece ser tirada à noite no destacamento da Ponte Caium.
Repare-se nas semelhanças do teto com a fotografia não identificada P19493.
Valdemar Queiroz

Tabanca Grande Luís Graça disse...

A foto nº 10 é mesmo de Buruntuma, a malta do abrigo nº 6...As instalações da Ponte Caium não eram subterrâneas...

Anónimo disse...

COMENTÁRIOS AO POSTE 26325 DE 30 DEZEMBRO DE 2024
JOÃO ABREU – DA CART 1742
Caro João Abreu e outros camaradas de Nova Lamego e do grande sector L1 que representava e era responsável em área, salvo erro por 1/3 da Guiné.
Finalmente aparece alguém que passou pelos mesmos trilhos no mesmo tempo que eu.
Começo por cumprimentar o nosso companheiro dos GABUS com votos de o ver aqui integrado nesta grande TABANCA.
João Abreu vamos tratarnos por tu pois é a norma do blogue. Também me custou de inicio quando afinal nos 2 anos de guiné e mais um das recrutas e afins, nunca fui capaz de tratar por tu os nossos soldados furrieis etc . Só tinha esse tratamento com os meus colegas Alferes milicianos. Acho que não tinha esse direito, quando eles me tratavam de outra forma.
A tua companhia 1742 e a 1744 são do mesmo batalhão? Qual era?
As companhias de intervenção em NL -1742 e mais tarde em S. Domingos (SD) -1744 , são da mesma Unidade ( O batalhão formou-se no RAL de Penafiel que bem conheço).
Eu, abaixo assinado, de meu nome de baptismo Virgilio Teixeira, vim ao mundo em plena 2ª guerra mundial, em 29 de janeiro de 1943, o dia da capitulação das tropas de HITLER, no cerco a Estalinegrado, comandadas pelo General/Marechal VON PAULUS.
Era ou fui Alf Mil do SAM, pertenço ao BCAÇ 1933 do RI15 de Tomar, e cheguei a Nova Lamego com o nosso comandante para render o BCAV 1915, em 22 de setembro de 1967.
“SAM” é o Serviço de Administração Militar, fazia parte do CA – Conselho Administrativo do batalhão e dependia apenas do comandante e 2º comandante.
Por mim passavam todas as contas das subunidades do sector, incluindo a da CCAÇ 1742. Não fui por isso um operacional como mandam as Neps, fiz e cumpri com zelo as funções que me foram cometidas pela Nação Portuguesa.
Por maldade ou como cumprimentos de boas vindas, nessa noite fui destacado para o Velório na capela local, de um militar morto. Comecei bem. Fiz pelo menos umas horas largas durante a noite, afinal nem me lembro onde dormi a 1ª noite no GABU.
O meu Batalhão chegou apenas em 03 de outubro de 1967, a bordo do TIMOR, e tomou posse do sector de NL em 04out67, rendendo o Bcav 1915, e mais tarde rendido pelo BCAÇ 2835.
Vou começar a corrigir um erro. Em 14/9/67 vocês foram render em NL a CCAV 1963!! Não existia este numero tão alto. Estará invertido e é a Ccav 1693?
O Pelotão de Morteiros 1191 aqui falado, era o seu comandante o Alferes Azevedo de Evora, convivi muito com ele, na chamada Tabanca do Morteiros, com boms petiscos por ele feitos com sabores a terras alentejanas, que tanto gosto, e já gostava antes.
Conheci o Capitão Cohen, ele ia algumas vezes jantar á nossa messe de oficiais, e tenho fotografias em que ele aparece. No Natal de 67, na mesa com o nosso comandante Tenente Coronel Saraiva, que em 20 de novembro de 68 foi ferido em combate em SD e evacuado .

Anónimo disse...

Temos algo em comum, o nosso interesse pela fotografia, eu tenho um grande lote dela digitalizadas, muitas já aqui postadas, podes ver consultando o blogue muitas fotos de NL talvez estejas em alguma delas, pois o certo é que não te conheci, acho eu.
Tenho fotos das colunas a formarem e sairem de NL a caminho de Madina, eu achava isso surreal, face ao que já se ouvia falar dessas terras, nunca fui em nenhuma, não era minha missão, mas ia lá a nossa tropa, e as demais de outras unidades, a 1742 por exemplo.
Numa delas, por exemplo, morreu,entre outros, o Major Pedras que era do BE de Bissau e ia nessa coluna para uma verificação àquele Ferry Boute de ultima geração.
Eu fui várias vezes em colunas, em especial para Piche e também Cabuca,
Numa dessas deslocações, ainda entrei numa coluna de Piche para Buruntuma, mas não sei porquê não me deixaram, eu não tinha funções dessas mas queria ir à já famosa estância de Buruntuma.
Fui algumas vezes à Companhia de Baixo, as instalações das companhias de intervenção.
Não conheci muita gente, parece que não eramos da mesma guerra, e eu aproveitava mais os tempos livres para fazer as fotografias, mas acho que fiz mal, se fosse hoje e integrava-me lá, como aconteceu com a 1744 em SD. Só que aqui era tudo muito pequeno, parecia uma quinta grande algures nos montes do nosso Minho e era tudo familia, aqui convivi muito com todos, pois não havia mais para onde ir.
Ponte Caium, a muito falada colonia penal em terras do Gabu. Desgraçadas as tropas que por aí foram sobrevivendo...
Fala-se aqui e vemos fotos da famosa jangada de bidóes de gasoleo, fazendo-nos lembrar o cataclismo – até podia chamar-lhe de Apocalips - do desastre de Cheche de má memória para todos, com o destaque para os 47 mortos , sendo 27 da CCAÇ 1790 e outros da CCAÇ 1440!!
E diz-se que foram mortos por acidente!
Isto não é morte em combate, pelo menos em combate com o Corubal e seus habitantes, crocodilos e afins. Aqui o Estado falhou redondamente.
Caro amigo e colega de NL, a conversa já vai longa, mas é a primeira vez que falo com pessoas que pisaram a mesma terra que eu ao mesmo tempo.
Vamos falando, e o pessoal que desculpe este comentário tão longo mas ao mesmo tempo uma tentativa de parecer engraçado!
Um abraço a todos,
E que todos estejam ‘Jamutum´
Bom ano de 2025, que afinal são todos iguais , bebe-se um flute de champanhe, umas passas e lá está o novo ano.
Em casa do meu filho aqui ao lado, vimos todos para a varanda e batemos com os testos dos tachos e panelas.
Virgilio Teixeira



Valdemar Silva disse...

Certo, como pareceu ser de noite, bem podia ser na Ponte Caium.
Então, não será e apenas considerei a hipótese por semelhança do tecto com P19493.
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

john crisostomo (by ermail)
30 dez 2024 00:51

Meus caros,
escrevi no post P26324 que gostava de poder falar com o João Abreu pelo telefone.

Mas agora reparo que ele vive em Mississágua, Toronto, onde vou uma vez por outra; ( não em Montreal). Portanto até será mais provável encontramo-nos mesmo pessoalmente .

Se me derem essa info quem sabe podemos fazer um “encontro” com outros camaradas. Há um camarada que vive também perto, e quando fui a Toronto liguei para nos encornáramos. E ele apanhou o telefone. mas estava na altura a passar férias nos Açores…

Feliz Ano Novo.

João, Nova Iorque

Anónimo disse...

João, é da tua jurisdição...A Tabanca da Diáspora Lusófona +e a maior tabanca da Tabanca Grande, vai de Nova Iorque até Dili, e de Toronto a Durban... Talvez o Abel Santos tenha o telefone do João Eusébio Abreu. Boa continuação das festas, grande régulo. "God Save America".

Luís