Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 5 de fevereiro de 1971 > Foto nº 7 > Pista de Guileje com algumas visitas militares: à direita, o Alf Rodrigues, Alf Cristina, o Capº Parracho ao centro e o Alf Almeida, com dois pilotos e com o nosso Guia Abdulai Jaló. [Segundo informação do nosso camarada António Martins de Matos, os dois pilotos são o ten cor pilav Almeida Brito e o maj pilava Pedroso de Almeida, e o DO-27 é o 3499].
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 5 de fevereiro de 1971 > Foto nº 8 > Pista de Guileje com algumas visitas militares: à porta de armas, podemos ver da direita para a esquerda, o Alf Cunha, eu, o Cap Parracho ao centro, o Alf Cristina e o Alf Almeida, com alguns Oficiais Superiorers de Bissau.
Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 3325 > 1971 > Foto nº 5 > Croquis do aquartelamento de Guileje (1971)
Fotos: © Orlando Silva (2009). Todos os direitos reservados.
1. Continuação da publicação da história da CCAÇ 3325, que esteve eem Guileje, de janeiero a dezembro de 1971, reproduzida aqui com a devida autorização do autor, José Orlando Almeida e Silva, ex-alf mil, residente em Aveiro (*)
CHEGADA A BISSAU – 26 de janeiro de 1971
Cabe aqui referir como aspecto altamente desmoralizante, a “propaganda” negativa de Guileje, que foi feita por elementos das Forças Armadas, inclusivamente por Oficiais, durante o único dia de estadia da Companhia em Bissau, logo que o navio atracou, sem qualquer conhecimento da região e das dificuldades que nos esperavam. De realçar que, tendo chegado num dia à noite, e sem qualquer experiência de combate, fomos enviados no segundo dia para o pior Quartel de toda a Guerra Colonial.
O comando notou, por isso, uma quebra nítida entre a disposição de toda a sua tropa um dia antes e um dia depois da chegada a Bissau, unicamente pelas razões apontadas, perdendo-se assim, num dia, um trabalho de moralização de meses, obrigando a novo esforço no mesmo sentido, notando-se no entanto que se tinha perdido parte da confiança e alegria anteriores, o que só o tempo havia de voltar a dar. Podia afirmar-se que o IN não precisava de fazer acção psicológica neste aspecto, pois tinha quem a fizesse embora inconscientemente.
GUILEJE – 30 de janeiro de 1971
Como comandante do 2º Grupo de Combate dos Cobras de Guileje, e após ter lido o artigo publicado no jornal Correio da Manhã, de 25/02/2008, não posso, em homenagem a todos os mortos e feridos, e a todos aqueles que não têm voz que os defenda, calar a revolta que me vai na alma.
GUILEJE – 30 de janeiro de 1971
Como comandante do 2º Grupo de Combate dos Cobras de Guileje, e após ter lido o artigo publicado no jornal Correio da Manhã, de 25/02/2008, não posso, em homenagem a todos os mortos e feridos, e a todos aqueles que não têm voz que os defenda, calar a revolta que me vai na alma.
Porque sofremos em silêncio desde 1972 (regresso da Guiné), sem que a verdadeira história do Ultramar Português se fizesse, mais não fosse por homenagem a todos os mortos (que não se podem defender) e a todos os feridos que, como já disse, não são ouvidos por ninguém (só o são pelos seus familiares, que muito têm sofrido com isso), e porque sentimos na pele os rigores, a dureza, os sacrifícios e a dor, motivados pelo árduo cumprimento da n/missão militar e patriótica em Guileje, desde Janeiro/1971, tenho obrigatoriamente que corrigir os factos, e as afirmações de pessoas que, no desempenho das suas funções, e tendo abandonado (fugindo) o nosso Aquartelamento, vieram mais tarde afirmar que tinham sido obrigados a fazê-lo por estarem a ser atacados por todos os lados. NÃO É VERDADE!
A verdade é que os combatentes do PAIGC, como não vissem qualquer reacção às suas flagelações ao Quartel, começaram a aproximar-se lentamente, até que, ao fim de três dias, como viram que não havia nenhuma reacção (a população abandonou com as tropas), entraram à vontade no mesmo. Quem não souber o que aquilo era, até pode acreditar. Agora quem sabe, quem passou pelas mesmas situações mas trabalhou e não virou as costas, esses, apesar do sofrimento, sentem-se tristes com esta situação.
A minha introdução explica tudo isto. O aproveitamento pessoal de situações que o povo desconhece (inclui os Média), e a deturpação dos factos por vergonha da verdade. Mas ao calar, estávamos a ser cúmplices do que se tem afirmado, e estávamos a deixar que meia dúzia de pessoas ridicularizassem e envergonhassem uma mão cheia de Militares que se orgulham de ter defendido com honra as cores da Bandeira Nacional.
A confirmar o que acabo de dizer, basta assistir àquela novela que um Jornalista Português realizou e apresentou e está a apresentar em episódios na Televisão, filmado à volta da Guiné, Angola e Moçambique, mas entrevistando quase somente pessoas que tudo fizeram para ridicularizar de todas as formas a actuação dos Portugueses no Ultramar. Bem sabemos que aquele trabalho não foi feito por ignorância, mas sim direccionado para fins políticos.
E a sua intenção é “ocultar e disfarçar a cobardia de todos os Portugueses, que, arrastados pela degradação de valores que referi, julgam que ser democrático é criticar a História de Portugal e os Portugueses.”
Para demonstrar que não somos iguais, vou falar um pouco sobre a nossa actuação no TO da Guiné e mais propriamente em Guileje: Companhia Independente de Caçadores 3325 – Cobras de Guileje
OFICIAIS E SARGENTOS
Oficiais:
Capitão Jorge [Saraiva] PARRACHO (hoje Coronel do Exército) – Comandante - Mafra
Alferes Adriano CUNHA (hoje Coronel da GNR) – 1º Grupo – Vila Real
Alferes Almeida e SILVA – 2º Grupo - Aveiro
Alferes Alberto ALMEIDA – 3º Grupo - Estarreja
Alferes Escalera RODRIGUES – 4º Grupo - Lisboa
Neste aquartelamento existia também um pelotão de Artilharia, comandado pelo Alferes Cristina – Portimão; e um médico permanente: Alferes Acácio Bacelar (Dr) - Oeiras
Furriéis Milicianos:
Marreiro António – 1º Grupo
Maximiano Sousa – 1º Grupo
Bernardino Vale - 2º Grupo (Falecido em 16 de fevereiro de /1971)
Plácido Silva – 2º Grupo
Artur Pimenta – 2º Grupo
Manuel Oliveira – 3º Grupo (Falecido em 18 de abril de 1971)
Mário Prada – 3º Grupo
Acácio Barosa – 3º Grupo (Transferido para outra Unidade)
António Fragoeiro – 3º Grupo
João Noronha – 4º Grupo (minas e armadilhas)
Manuel Ferreira – 4º Grupo
António Bragança (2º Sargento) – 4º Grupo
Carlos Oliveira – 4º Grupo
Júlio Sequeira –Transmissões (Falecido em 17 de maio de 1971)
Alexandre Agra – Transmissões
Artur Alfama – Vaguemestre
José Jorge – Mecânico Auto
Luis Tomé – Enfermeiro
A verdade é que os combatentes do PAIGC, como não vissem qualquer reacção às suas flagelações ao Quartel, começaram a aproximar-se lentamente, até que, ao fim de três dias, como viram que não havia nenhuma reacção (a população abandonou com as tropas), entraram à vontade no mesmo. Quem não souber o que aquilo era, até pode acreditar. Agora quem sabe, quem passou pelas mesmas situações mas trabalhou e não virou as costas, esses, apesar do sofrimento, sentem-se tristes com esta situação.
A minha introdução explica tudo isto. O aproveitamento pessoal de situações que o povo desconhece (inclui os Média), e a deturpação dos factos por vergonha da verdade. Mas ao calar, estávamos a ser cúmplices do que se tem afirmado, e estávamos a deixar que meia dúzia de pessoas ridicularizassem e envergonhassem uma mão cheia de Militares que se orgulham de ter defendido com honra as cores da Bandeira Nacional.
A confirmar o que acabo de dizer, basta assistir àquela novela que um Jornalista Português realizou e apresentou e está a apresentar em episódios na Televisão, filmado à volta da Guiné, Angola e Moçambique, mas entrevistando quase somente pessoas que tudo fizeram para ridicularizar de todas as formas a actuação dos Portugueses no Ultramar. Bem sabemos que aquele trabalho não foi feito por ignorância, mas sim direccionado para fins políticos.
E a sua intenção é “ocultar e disfarçar a cobardia de todos os Portugueses, que, arrastados pela degradação de valores que referi, julgam que ser democrático é criticar a História de Portugal e os Portugueses.”
Para demonstrar que não somos iguais, vou falar um pouco sobre a nossa actuação no TO da Guiné e mais propriamente em Guileje: Companhia Independente de Caçadores 3325 – Cobras de Guileje
OFICIAIS E SARGENTOS
Oficiais:
Capitão Jorge [Saraiva] PARRACHO (hoje Coronel do Exército) – Comandante - Mafra
Alferes Adriano CUNHA (hoje Coronel da GNR) – 1º Grupo – Vila Real
Alferes Almeida e SILVA – 2º Grupo - Aveiro
Alferes Alberto ALMEIDA – 3º Grupo - Estarreja
Alferes Escalera RODRIGUES – 4º Grupo - Lisboa
Neste aquartelamento existia também um pelotão de Artilharia, comandado pelo Alferes Cristina – Portimão; e um médico permanente: Alferes Acácio Bacelar (Dr) - Oeiras
Furriéis Milicianos:
Marreiro António – 1º Grupo
Maximiano Sousa – 1º Grupo
Bernardino Vale - 2º Grupo (Falecido em 16 de fevereiro de /1971)
Plácido Silva – 2º Grupo
Artur Pimenta – 2º Grupo
Manuel Oliveira – 3º Grupo (Falecido em 18 de abril de 1971)
Mário Prada – 3º Grupo
Acácio Barosa – 3º Grupo (Transferido para outra Unidade)
António Fragoeiro – 3º Grupo
João Noronha – 4º Grupo (minas e armadilhas)
Manuel Ferreira – 4º Grupo
António Bragança (2º Sargento) – 4º Grupo
Carlos Oliveira – 4º Grupo
Júlio Sequeira –Transmissões (Falecido em 17 de maio de 1971)
Alexandre Agra – Transmissões
Artur Alfama – Vaguemestre
José Jorge – Mecânico Auto
Luis Tomé – Enfermeiro
Vd. Foto nº 5, acima
A – Casernas/Abrigo
B – Caserna/Abrigo dos Oficiais
C – Secretaria/Depósito de Géneros e Secretaria
D – Bar dos Soldados/Enfermaria/Gabinete Médico
E – Comando/Alojamento do Comandante e Bar de Oficiais
F – Bar dos Sargentos
G – Transmossões
H – Capela
I – Messe
J – Cozha/Padaria
K – Escola
L – Paiol
M – Motor/Gerador
N – Abrigos de Morteiro 10,7
O – Campo de Futebol/Pista de Aviação
P – Heli-Porto
Q – Trilho para Gadamael por onde fugiu Coutinho Lima
R – Caminho de Garrafas feito pela C.Caç. 3325 (fotos 11/15/16)
S – Monumento aos Mortos feito pela C.Caç.3325 (fotos 13/14)
T – Avioneta que reconstruímos c/palmeira e lona (fotos 4/9/10)
X – Abrigo das Peças de Artilharia 11,4 (foto 19)
Sobre a Caserna/Abrigo (A) situada junto ao Abrigo dos Oficiais, estavam marcadas todas as direcções das Bases de Fogos do IN.
Chegados a 31 de janeiro de 1971 a Guilege, onde fomos render a CCAÇ 2617 que acabava a sua comissão neste Aquartelamento e ia ser transferida para Quinhamel, efectuámos uma sobreposição de 16 dias, realizando-se em 7 de Fevereiro a transmissão do Comando e daí a transferência da responsabilidade da Zona. [A CCAÇ 2617, os Magriços de Guileje, estiveram em Guileje de março de 1970 a fevereiro de 1971, L.G.]
A CCAÇ 3325 recebeu como reforço o 5º Pelotão de Artilharia pertencente à GA 7 que já se encontrava do antecedente em Guileje, comandado pelo Alferes Cristina.
Era uma zona particularmente difícil, com sérios problemas em todos os aspectos, onde a iniciativa pertencia de um modo geral ao inimigo, dado o grande potencial em efectivos e os meios que dispunha na região, dentro e fora do Território Nacional, e, pelo seu isolamento, Guileje só podia ter auxílio em caso de necessidade e rapidamente, através do apoio aéreo, e mesmo esse, só durante o dia.
O Inimigo circulava com um certo à vontade dentro da zona ou nas suas proximidades, utilizando inclusive viaturas no Corredor de Guileje, para as suas deslocações e transporte de material.
Procurou-se por isso, dentro dos condicionalismos impostos e dentro do princípio da economia de meios, ir progressivamente alargando as áreas de acção nas patrulhas que se iam realizando, podendo garantir-se, ao fim de 3 meses, que não havia inimigo instalado na zona, o que se podia considerar excelente.
Nas primeiras flagelações sofridas, o pessoal reagiu bem de um modo geral e com calma, sem atropelos, nunca evidenciando sinais de pânico, embora logo no dia seguinte à nossa chegada a Guileje, tivéssemos sofrido uma flagelação com Morteiros 120 mm perfurante e Foguetões 122 mm.
A preocupação constante do comando era, a partir dessa altura, a mentalização das tropas e a ocupação do tempo livre.
Para o nosso reabastecimento, existia unicamente uma picada entre Gadamael e Guileje, só utilizável após a época das chuvas e da intensa desminagem. Convém assinalar que estivemos isolados sem reabastecimento por terra durante 5 meses e meio. Até ovos nos foram lançados de pára-quedas.
Durante o mês de Março [de 1971] os reabastecimentos faltaram, ficando a tropa cerca de 15 dias a alimentar-se exclusivamente de pão e conservas. Também faltou a gasolina durante 8 dias, o que se reflectiu na actividade operacional, pois o pessoal teve de ser todo empregue no transporte a braço de água e lenha.
Todo o pessoal se encontrava bem instalado em abrigos-caserna (alguns em conclusão) à prova de 120 perfurante, com excepção de um Grupo, pois estava ainda a ser construido a caserna/abrigo que lhes era destinado (Foto nº 6).
A actividade da Companhia visava evitar que o IN se instalasse dentro da nossa Zona de Acção, procurando o contacto com ele, e criar-lhes insegurança para se evitarem flagelações frequentes ao Quartel, tanto pela execução frequente (diária) de acções, como utilizando a Artilharia e os Morteiros Pesados para bater a zona, e ainda manter o itinerário de reabastecimento livre. A Artilharia tinha instaladas 3 peças (Obus 11,4).
No dia 2 de Fevereiro de 1971, fomos visitados por Sua Exa, o General Comandante-Chefe António Spínola. No Brifing que se seguiu com todos os Oficiais, Sexa o General Spínola afirmou que, apesar de termos sido enviados para esta zona de guerra, e da inexperiência em combate, pois tratava-se de uma Companhia nova, confiava plenamente nas nossas tropas. Disse também, que iria acompanhar de perto a nossa actividade militar, pois iríamos enfrentar uma zona muito difícil.
Está mais que provado, de facto, que era a zona mais difícil de toda a Guerra do Ultramar.
No dia 5 de Fevereiro de 1971, fomos visitados pelo Comandante-Adjunto, Brigadeiro José Luís Ramires, e pelo Chefe e alguns Oficiais da Repartição de Operações do Comando Chefe. (Fotos nºs 7 e 8).
(Continua)
______________
Nota do editor:
Último poste da série > 14 de agosto de 2012 > Guiné 63/74 - P10264: CCAÇ 3325, Cobras de Guileje (1971/73): Parte I (Orlando Silva)
Chegados a 31 de janeiro de 1971 a Guilege, onde fomos render a CCAÇ 2617 que acabava a sua comissão neste Aquartelamento e ia ser transferida para Quinhamel, efectuámos uma sobreposição de 16 dias, realizando-se em 7 de Fevereiro a transmissão do Comando e daí a transferência da responsabilidade da Zona. [A CCAÇ 2617, os Magriços de Guileje, estiveram em Guileje de março de 1970 a fevereiro de 1971, L.G.]
A CCAÇ 3325 recebeu como reforço o 5º Pelotão de Artilharia pertencente à GA 7 que já se encontrava do antecedente em Guileje, comandado pelo Alferes Cristina.
Era uma zona particularmente difícil, com sérios problemas em todos os aspectos, onde a iniciativa pertencia de um modo geral ao inimigo, dado o grande potencial em efectivos e os meios que dispunha na região, dentro e fora do Território Nacional, e, pelo seu isolamento, Guileje só podia ter auxílio em caso de necessidade e rapidamente, através do apoio aéreo, e mesmo esse, só durante o dia.
O Inimigo circulava com um certo à vontade dentro da zona ou nas suas proximidades, utilizando inclusive viaturas no Corredor de Guileje, para as suas deslocações e transporte de material.
Procurou-se por isso, dentro dos condicionalismos impostos e dentro do princípio da economia de meios, ir progressivamente alargando as áreas de acção nas patrulhas que se iam realizando, podendo garantir-se, ao fim de 3 meses, que não havia inimigo instalado na zona, o que se podia considerar excelente.
Nas primeiras flagelações sofridas, o pessoal reagiu bem de um modo geral e com calma, sem atropelos, nunca evidenciando sinais de pânico, embora logo no dia seguinte à nossa chegada a Guileje, tivéssemos sofrido uma flagelação com Morteiros 120 mm perfurante e Foguetões 122 mm.
A preocupação constante do comando era, a partir dessa altura, a mentalização das tropas e a ocupação do tempo livre.
Para o nosso reabastecimento, existia unicamente uma picada entre Gadamael e Guileje, só utilizável após a época das chuvas e da intensa desminagem. Convém assinalar que estivemos isolados sem reabastecimento por terra durante 5 meses e meio. Até ovos nos foram lançados de pára-quedas.
Durante o mês de Março [de 1971] os reabastecimentos faltaram, ficando a tropa cerca de 15 dias a alimentar-se exclusivamente de pão e conservas. Também faltou a gasolina durante 8 dias, o que se reflectiu na actividade operacional, pois o pessoal teve de ser todo empregue no transporte a braço de água e lenha.
Todo o pessoal se encontrava bem instalado em abrigos-caserna (alguns em conclusão) à prova de 120 perfurante, com excepção de um Grupo, pois estava ainda a ser construido a caserna/abrigo que lhes era destinado (Foto nº 6).
A actividade da Companhia visava evitar que o IN se instalasse dentro da nossa Zona de Acção, procurando o contacto com ele, e criar-lhes insegurança para se evitarem flagelações frequentes ao Quartel, tanto pela execução frequente (diária) de acções, como utilizando a Artilharia e os Morteiros Pesados para bater a zona, e ainda manter o itinerário de reabastecimento livre. A Artilharia tinha instaladas 3 peças (Obus 11,4).
No dia 2 de Fevereiro de 1971, fomos visitados por Sua Exa, o General Comandante-Chefe António Spínola. No Brifing que se seguiu com todos os Oficiais, Sexa o General Spínola afirmou que, apesar de termos sido enviados para esta zona de guerra, e da inexperiência em combate, pois tratava-se de uma Companhia nova, confiava plenamente nas nossas tropas. Disse também, que iria acompanhar de perto a nossa actividade militar, pois iríamos enfrentar uma zona muito difícil.
Está mais que provado, de facto, que era a zona mais difícil de toda a Guerra do Ultramar.
No dia 5 de Fevereiro de 1971, fomos visitados pelo Comandante-Adjunto, Brigadeiro José Luís Ramires, e pelo Chefe e alguns Oficiais da Repartição de Operações do Comando Chefe. (Fotos nºs 7 e 8).
(Continua)
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Nota do editor:
Último poste da série > 14 de agosto de 2012 > Guiné 63/74 - P10264: CCAÇ 3325, Cobras de Guileje (1971/73): Parte I (Orlando Silva)