Marco de Canavezes > Paredes de Viadores > Candoz > Quinta de Candoz > 24 de agosto de 2012 > As nossas ferramentas de trabalho...
1. Cerca de duas dezenas mensagens circularam, por estes dias tórridos de setembro, no correio interno da Tabanca Grande, e na caixa de comentários do poste P10368, à volta da questão O Que Fazer Com Este Blogue ?... Eis alguns excertos das dez primeiras mensagens, com o apreço e o reconhecimento dos editores :
(i) Luís Graça, 12/9/2012:
(v) José Manuel Dinis, 12/9/2012 (em comentário ao poste P10368)
Camaradas: O Cerqueira lançou um desafio ao Luís e à Tabanca para que o blogue passe a acolher textos de intervenção política. Já o fizémos no âmbito de acções relacionadas com a Guiné (autonomia de manifestação pelo 10 de Junho, e comparência na inauguração da Alameda General Spínola).
(i) Luís Graça, 12/9/2012:
Amigos e camaradas: Deixem-me partilhar esta conversa, entre mim e o Henrique Cerqueira, que não é um "particular", uma "conversa a dois", é afinal um "desabafo", em voz alta, em plena caserna... Comentários serão bem vindos... Luís Graça.
(ii) Henrique Cerqueira, 12/9/2012 (em comentário ao poste P10368)
Camaradas e ex-combatentes da Guiné e outras ex-provincias: Este nosso Blogue tem servido e muitíssimo bem para expormos e contarmos a nossa passagem pela Guerra do Ultramar. Eu já sou um autêntico "dependente" desta espaço e como tal eu dou comigo a pensar: "Não será altura de começarmos a olhar para 'dentro' deste nosso país? Estamos todos os dias a ser [delapidados] dos nossos bens, literalmente roubados nas nossas reformas e direitos de cidadania, já não mandamos em nosso Portugal. Afinal, porque andámos nós pela Guiné, Angola Moçambique...perdemos a nossa soberania em África (com razão ou sem ela, não está aí agora a questão). E por cá como é???"...
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Camaradas e ex-combatentes da Guiné e outras ex-provincias: Este nosso Blogue tem servido e muitíssimo bem para expormos e contarmos a nossa passagem pela Guerra do Ultramar. Eu já sou um autêntico "dependente" desta espaço e como tal eu dou comigo a pensar: "Não será altura de começarmos a olhar para 'dentro' deste nosso país? Estamos todos os dias a ser [delapidados] dos nossos bens, literalmente roubados nas nossas reformas e direitos de cidadania, já não mandamos em nosso Portugal. Afinal, porque andámos nós pela Guiné, Angola Moçambique...perdemos a nossa soberania em África (com razão ou sem ela, não está aí agora a questão). E por cá como é???"...
Desculpem lá, eu sei que o blogue não foi criado para esse fim, mas nós, ex-combatentes e ex- militares, continuamos caladinhos? Eu penso que ainda temos idade e força para podermos intervir. Não me acredito que estamos tão acomodados que só se discuta os problemas da Guiné.
Caro Luís Graça, desculpa lá, o teu blogue (nosso) já tem expressão e credebilidade mais que suficiente para que possa haver alguma intervenção e, quem sabe, um dia os nossos netos digam que afinal não só lutámos na Guiné mas sim e também cá em Portugal e desta vez com a... Arma da Escrita.
Perdoem todos, estou demais revoltado por estar constantemente a ser roubado e não poder fazer nada. Um abraço, Henrique Cerqueira.
(iii) Luís Graça, 12/9/2012 (em comentário ao poste P10368)
Meu caro Henrique: Li e entendi, com todo o respeito E apreço, o sentido, a força e a justeza do teu grito... O que queres dizer é... que é preciso salvar Portugal!
Quantas vezes eu próprio falo para os meus botões: "Porra, a Guiné foi há 40/50 anos, estás aqui a falar de um país que já não existe, de um Altântida perdida na tua memória!... Estás p'ra aqui a exorcizar fantasmas do passado quando tudo à tua volta se está a desmoronar... O país que conheceste, o país que foi o teu berço já não é mais o mesmo, o mundo onde nasceste e cresceste já não é mais o mesmo... Porra, estás cercado, e na iminência de colapso das muralhas da tua cidade... e tu discutes o sexo dos anjos, como os sábios bizantinos aquando do cerco de Constantinopla pelos otomanos em 1453!"...
Henrique, percebo e respeito a tua indignação... É preciso salvar a Guiné, é preciso salvar Portugal, quiçá a Europa (envelhecida, decadente, impotente...), e o resto do mundo, o Ártico, a Gronelândia, a Amazónia, os oceanos, o clima, a África, os leões, o planeta...
A hora é de pessimismo, mas quem teve 20 anos e passou pela Guiné também teve direito a esses "estados de alma"... Dois milhões de portugueses nos anos 50/60/70 sairam dos seus buracos e fizeram-se à vida!...
Acontece que este blogue é o que é: não é de opinião, não é generalista, não fala (ou não deve falar) de política, de religião e de futebol, foi criado para reunir uma comunidade virtual, os combatentes da guerra colonial que estiveram no TO da Guiné... Serve basicamente para partilhar memórias desse tempo... Com afeto, sem ressentimentos, sem ira, sem gritos de vingança, sem rancores, sem ajustes de contas...
Essas regras não as posso eu mudar ou violar de motu proprio..., embora a mudança seja uma constante da vida...
A Tabanca Grande tem uma página no Facebook onde não estás limitado pelo espartilho das nossas "10 regras de ouro"... Confesso que não vou lá todos os dias, mas muitos camaradas, grã-tabanqueiros, frequentam-na, assiduamente... Tens aí um bom meio para deixar falar a tua alma sobre a hora que passa... e que eu só espero que não se eternize... Não vou dizer, como o outro safado, que me piro... mas essas decisões são do foro pessoal, do domínio da cidadania... Se algum dia decidir pirar-me, anuncio a decisão com antecedência a todos os meus amigos e camaradas, a começar pelos que se reunem aqui, todos os dias ou quase os dias, sob o poilão da nossa Tabanca Grande.
Na realidade, há limites para a resistência humana, para o stress físico e mental, para a intolerância, a arbitraiedade, a incerteza, o medo...
Todas as hipóteses podem e devem ser ponderadas... Quando este blogue deixar de fazer sentido e ficar às moscas, é por que deixámos cair as muralhas e fomos derrotados pela amnésia, a lassidão ou o desespero...
Henrique, somos um povo bipolar, com altos e baixos, tal como as ondas... Somos um povo dado a euforias e a depressões... E neste vaivém já se passaram mil anos, 40 gerações...
Terei sempre orgulho em ser português, isto é, falar, ler e escrever (n)a minha língua materna, e reconhecer-me neste pedaço do mundo, nas formas, nos cheiros, nos sabores, nas cores, deste pequeno rectângulo da península ibérica que será sempre nosso (mesmo que hipotecado)... Na realidade, podem roubar-te tudo menos os afetos e as memórias...
Olha, fez-me bem o teu intempestivo comentário... Um abração.
(iv) Alberto Branquinho, 12/9/2012
Luís e, por arrastamento e maioria de razão, também o Henrique Cerqueira: Essa raiva, revolta, necessidade de acção, fazer parte de uma mudança quanto ao que está a acontecer em Portugal neste momento, acompanhado de um sentimento de frustração por não estarmos a fazer nada para que este estado de coisas se altere, NADA TEM A VER COM ESTE BLOGUE.
Este blogue não é o espaço para ser feita qualquer coisa nesse sentido. Com esse sentido, tentado dar corpo a esse estado de espírito e chamando à acção, há muitos blogues por aí, procurando protagonismo - uns mais, outros menos.
(iii) Luís Graça, 12/9/2012 (em comentário ao poste P10368)
Meu caro Henrique: Li e entendi, com todo o respeito E apreço, o sentido, a força e a justeza do teu grito... O que queres dizer é... que é preciso salvar Portugal!
Quantas vezes eu próprio falo para os meus botões: "Porra, a Guiné foi há 40/50 anos, estás aqui a falar de um país que já não existe, de um Altântida perdida na tua memória!... Estás p'ra aqui a exorcizar fantasmas do passado quando tudo à tua volta se está a desmoronar... O país que conheceste, o país que foi o teu berço já não é mais o mesmo, o mundo onde nasceste e cresceste já não é mais o mesmo... Porra, estás cercado, e na iminência de colapso das muralhas da tua cidade... e tu discutes o sexo dos anjos, como os sábios bizantinos aquando do cerco de Constantinopla pelos otomanos em 1453!"...
Henrique, percebo e respeito a tua indignação... É preciso salvar a Guiné, é preciso salvar Portugal, quiçá a Europa (envelhecida, decadente, impotente...), e o resto do mundo, o Ártico, a Gronelândia, a Amazónia, os oceanos, o clima, a África, os leões, o planeta...
A hora é de pessimismo, mas quem teve 20 anos e passou pela Guiné também teve direito a esses "estados de alma"... Dois milhões de portugueses nos anos 50/60/70 sairam dos seus buracos e fizeram-se à vida!...
Acontece que este blogue é o que é: não é de opinião, não é generalista, não fala (ou não deve falar) de política, de religião e de futebol, foi criado para reunir uma comunidade virtual, os combatentes da guerra colonial que estiveram no TO da Guiné... Serve basicamente para partilhar memórias desse tempo... Com afeto, sem ressentimentos, sem ira, sem gritos de vingança, sem rancores, sem ajustes de contas...
Essas regras não as posso eu mudar ou violar de motu proprio..., embora a mudança seja uma constante da vida...
A Tabanca Grande tem uma página no Facebook onde não estás limitado pelo espartilho das nossas "10 regras de ouro"... Confesso que não vou lá todos os dias, mas muitos camaradas, grã-tabanqueiros, frequentam-na, assiduamente... Tens aí um bom meio para deixar falar a tua alma sobre a hora que passa... e que eu só espero que não se eternize... Não vou dizer, como o outro safado, que me piro... mas essas decisões são do foro pessoal, do domínio da cidadania... Se algum dia decidir pirar-me, anuncio a decisão com antecedência a todos os meus amigos e camaradas, a começar pelos que se reunem aqui, todos os dias ou quase os dias, sob o poilão da nossa Tabanca Grande.
Na realidade, há limites para a resistência humana, para o stress físico e mental, para a intolerância, a arbitraiedade, a incerteza, o medo...
Todas as hipóteses podem e devem ser ponderadas... Quando este blogue deixar de fazer sentido e ficar às moscas, é por que deixámos cair as muralhas e fomos derrotados pela amnésia, a lassidão ou o desespero...
Henrique, somos um povo bipolar, com altos e baixos, tal como as ondas... Somos um povo dado a euforias e a depressões... E neste vaivém já se passaram mil anos, 40 gerações...
Terei sempre orgulho em ser português, isto é, falar, ler e escrever (n)a minha língua materna, e reconhecer-me neste pedaço do mundo, nas formas, nos cheiros, nos sabores, nas cores, deste pequeno rectângulo da península ibérica que será sempre nosso (mesmo que hipotecado)... Na realidade, podem roubar-te tudo menos os afetos e as memórias...
Olha, fez-me bem o teu intempestivo comentário... Um abração.
(iv) Alberto Branquinho, 12/9/2012
Luís e, por arrastamento e maioria de razão, também o Henrique Cerqueira: Essa raiva, revolta, necessidade de acção, fazer parte de uma mudança quanto ao que está a acontecer em Portugal neste momento, acompanhado de um sentimento de frustração por não estarmos a fazer nada para que este estado de coisas se altere, NADA TEM A VER COM ESTE BLOGUE.
Este blogue não é o espaço para ser feita qualquer coisa nesse sentido. Com esse sentido, tentado dar corpo a esse estado de espírito e chamando à acção, há muitos blogues por aí, procurando protagonismo - uns mais, outros menos.
E não é por termos sido ou não combatentes que temos mais ou menos obrigação, mais ou menos aptidão para esse efeito. O que quer que possa ser feito, poderá ser fora dos partidos políticos, que já chateiam e... demais.
Por exemplo: a condição de reformados ou pensionistas, que quase todos nós temos ou estamos, rapidamente, em vias de ter, poderia dar origem a uma associação, um lobby de pressão, procurando que essa condição (no fim da vida) não seja tão pisada, esquecida, prejudicada, por não ter representantes, por não estar integrada num "colectivo" (não partidário ou susceptível de ser partidarizado). (...)
Abraços, Alberto Branquinho
Camaradas: O Cerqueira lançou um desafio ao Luís e à Tabanca para que o blogue passe a acolher textos de intervenção política. Já o fizémos no âmbito de acções relacionadas com a Guiné (autonomia de manifestação pelo 10 de Junho, e comparência na inauguração da Alameda General Spínola).
Compreendo muito bem o desabafo do Cerqueira neste ambiente de camaradagem. No entanto, tenho que considerar que tal abertura poderia tornar-se divisionista, pelo que concordo com a resposta do Chefe.
No entanto, posso sugerir que em Portugal, as pessoas assumam uma capacidade de intervenção cívica, pela organização de fóruns onde debatam os problemas, e tomem decisões. Poderá ou não constituir-se um núcleo coordenador desses fóruns, e desencadear-se a partir dessas acções um Movimento nacional de cidadania, à defesa dos partidos, ou dos vira-casacas, que congregue a generosidade e a participação em situações públicas sempre que necessário.
E parece-me ser a solução necessária e pacífica, para dar vazão às ideias mais sensatas e realistas, no que respeita à tomada de conhecimento da realidade do país, às medidas de poupança necessárias, às medidas com vista ao desenvolvimento tecnológico e ao progresso económico e social, tendo em conta que perdemos empresas, perdemos meios financeiros desviados para off-shores (muitos milhares de milhões), perdemos competitividade, e existe um exército de desempregados que pressiona os níveis salariais.
Abraços fraternos, JD
Caros camaradas: Este poste, com este tema e suas implicações, veio também 'agitar as águas' mais um pouco. Embora se tenha corrido o risco de criar condições para nos imiscuirmos na 'vida interna' de um país soberano (alegadamente, mas também por esse aspecto a soberania portuguesa não se pode ficar a rir), acho que valeu a pena. Adiantaram-se argumentos, pontos de vista e trocaram-se opiniões.
O Blogue, este Blogue, em si mesmo, não deve enveredar pelo caminho do fórum político. Em pouco tempo estaria mortalmente inquinado e liquidado, perdendo-se assim (quase) todo o trabalho de recolha e divulgação que tem vindo a ser feito. (...)
Para expor teses político-partidárias existe o Facebook. É de leitura mais rápida, pode-se 'amandar' bocas à vontade e há à disposição para todos os gostos.
Abraços, Hélder S.
(xi) Eduardo Francisco da Cruz Estrela, 15/9/2012
Acabo de ler a mensagem do companheiro, amigo e camarada Henrique Cerqueira, bem como a tua resposta, Luis!
(vi) Joaquim Mexia Alves, 12/9/2012
Caro Luís: Sabes o que penso! Já passámos por isto mesmo no tempo do Mário Soares. As pessoas têm memória curta! Pois, a cor era diferente!!!!
Também não concordo com algumas destas medidas e já o fiz público no meu espaço do facebook.
Se é para discutir politica, é mais um blogue entre muitos! Para isso, nesse espaço não contam comigo e então retirar-me-ei definitivamente, o que também não incomoda ninguém com certeza.
Um abraço amigo do
Joaquim Mexia Alves
(vii) Juvenal Amado, 13/9/2012
Embora eu esteja de acordo com o H. Cerqueira quanto às nossas preocupações, que devem ser direcionadas para o combate aos polí9ticos corruptos e contra este tipo de política que nos está a enterrar vivos, a minha opinião é que é muito arriscado.
Olha, sinceramente eu penso que o blogue está a fazer o percurso para que foi criado. Quando muitos de nós falamos do antes e do durante já é dificil, mas falar do presente nestas páginas é correr o risco de trazer para o blogue, o mais primário extremismo tanto de esquerda como a direita mais reacionária. (...)
Caro Luís: Sabes o que penso! Já passámos por isto mesmo no tempo do Mário Soares. As pessoas têm memória curta! Pois, a cor era diferente!!!!
Também não concordo com algumas destas medidas e já o fiz público no meu espaço do facebook.
Se é para discutir politica, é mais um blogue entre muitos! Para isso, nesse espaço não contam comigo e então retirar-me-ei definitivamente, o que também não incomoda ninguém com certeza.
Um abraço amigo do
Joaquim Mexia Alves
(vii) Juvenal Amado, 13/9/2012
Embora eu esteja de acordo com o H. Cerqueira quanto às nossas preocupações, que devem ser direcionadas para o combate aos polí9ticos corruptos e contra este tipo de política que nos está a enterrar vivos, a minha opinião é que é muito arriscado.
Olha, sinceramente eu penso que o blogue está a fazer o percurso para que foi criado. Quando muitos de nós falamos do antes e do durante já é dificil, mas falar do presente nestas páginas é correr o risco de trazer para o blogue, o mais primário extremismo tanto de esquerda como a direita mais reacionária. (...)
Um abraço, Juvenal.
(viii) Manuel Luís Sousa, 13/9/2012
Bom dia, camaradas:
- Permitam que dê a minha opinião sobre o teor do comentário do “camarada Henrique”, que desde já cumprimento, manifestando a minha solidariedade na revolta que mostras sentir.
- Eu parti para a Guiné no dia 01 de Abril de 1974, vivi o efeito psicológico do 16 de Março de 1974, tendo já nesse dia o nosso batalhão manifestado da forma possível, estar disponível e solidário com os revoltosos das Caldas. Como forma de agradecimento o cmdt do batalhão sugeriu a sua colocação na zona mais critica do TO, Cantanhz/Cadique/Jemberem.
- Mas como já o referi no blogue, no final de Abril na ilha de Bolama onde decorreu o IAO, retribuímos a “simpatia do cmdt” despachando-o para Bissau.
- Isto serve para nos situarmos no tempo, nas nossas capacidades, disponibilidades, na saturação provocada pelo “ar bafiento/podre/ que se respirava”, e como a fruta “estava demasiado maduro e tinha de cair” com o aplauso e mobilização de mais de 90% da população.
- O tempo que vivemos caminha a passos largos nessa direcção, não apenas no nosso pequeno rectângulo àbeira-mar plantado, mas em escala mais ampla, e o que está para chegar vai ser doloroso e destruidor.
- Aguardemos serenamente o amadurecimento da situação, os sinais de ruptura e pré conflito surgem de todas as direcções, e os principais intervenientes vão ser como sempre os jovens, desiludidos, sem expectativas de futuro e sem o amparo dos idosos que vão partindo.
Recomenda-se serenidade e paciência….
Um abraço a todos, MS
(ix) José Martins, 13/9/2012
Caro Luis & Camaradas: Li e entendi, qualquer um dos textos destes mails. É o estado de alma presente, infelizmente, mas é.
O "grito" do Henrique Cerqueira é legitimo. Tão legítimo que assino por baixo. A tua resposta é "única", não por ser única mas por ser a única possivel no nosso espaço: Blogue e Facebook.
De vez em quando há "pequenos desvios" mas, pelo que tenho visto noutras páginas, o nosso caminho tem sido "muito certinho"
Abraço
M@rtin'5 (simbiose de Martins + net + ccaç 5)
(viii) Manuel Luís Sousa, 13/9/2012
Bom dia, camaradas:
- Permitam que dê a minha opinião sobre o teor do comentário do “camarada Henrique”, que desde já cumprimento, manifestando a minha solidariedade na revolta que mostras sentir.
- Eu parti para a Guiné no dia 01 de Abril de 1974, vivi o efeito psicológico do 16 de Março de 1974, tendo já nesse dia o nosso batalhão manifestado da forma possível, estar disponível e solidário com os revoltosos das Caldas. Como forma de agradecimento o cmdt do batalhão sugeriu a sua colocação na zona mais critica do TO, Cantanhz/Cadique/Jemberem.
- Mas como já o referi no blogue, no final de Abril na ilha de Bolama onde decorreu o IAO, retribuímos a “simpatia do cmdt” despachando-o para Bissau.
- Isto serve para nos situarmos no tempo, nas nossas capacidades, disponibilidades, na saturação provocada pelo “ar bafiento/podre/ que se respirava”, e como a fruta “estava demasiado maduro e tinha de cair” com o aplauso e mobilização de mais de 90% da população.
- O tempo que vivemos caminha a passos largos nessa direcção, não apenas no nosso pequeno rectângulo àbeira-mar plantado, mas em escala mais ampla, e o que está para chegar vai ser doloroso e destruidor.
- Aguardemos serenamente o amadurecimento da situação, os sinais de ruptura e pré conflito surgem de todas as direcções, e os principais intervenientes vão ser como sempre os jovens, desiludidos, sem expectativas de futuro e sem o amparo dos idosos que vão partindo.
Recomenda-se serenidade e paciência….
Um abraço a todos, MS
(ix) José Martins, 13/9/2012
Caro Luis & Camaradas: Li e entendi, qualquer um dos textos destes mails. É o estado de alma presente, infelizmente, mas é.
O "grito" do Henrique Cerqueira é legitimo. Tão legítimo que assino por baixo. A tua resposta é "única", não por ser única mas por ser a única possivel no nosso espaço: Blogue e Facebook.
De vez em quando há "pequenos desvios" mas, pelo que tenho visto noutras páginas, o nosso caminho tem sido "muito certinho"
Abraço
M@rtin'5 (simbiose de Martins + net + ccaç 5)
(x) Hélder Sousa, 14/9/2012 (em comentário ao poste P10368)
O Blogue, este Blogue, em si mesmo, não deve enveredar pelo caminho do fórum político. Em pouco tempo estaria mortalmente inquinado e liquidado, perdendo-se assim (quase) todo o trabalho de recolha e divulgação que tem vindo a ser feito. (...)
Para expor teses político-partidárias existe o Facebook. É de leitura mais rápida, pode-se 'amandar' bocas à vontade e há à disposição para todos os gostos.
Abraços, Hélder S.
(xi) Eduardo Francisco da Cruz Estrela, 15/9/2012
Acabo de ler a mensagem do companheiro, amigo e camarada Henrique Cerqueira, bem como a tua resposta, Luis!
Não me quero alongar em comentários, mas tão sómente deixar um abraço de solidariedade fraterna e juntar o meu ao grito de revolta do Henrique.
Preserve-se no entanto a isenção do Blogue, respeitando os fins para o qual foi criado.
Para todos um grande abraço.
Eduardo Estrela
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Eduardo Estrela
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Nota do editor:
Último poste da série > 15 de agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8675: O Nosso Livro de Estilo (4): O que nós (não) somos... Em dez pontos!