segunda-feira, 21 de março de 2011

Guiné 63/74 – P7974: Blogpoesia (121): Canção ao Lavrador Desconhecido, de António Cabral (José Barros)

1. Neste Dia Mundial da Poesia, façamos um intervalo nas dolorosas lembranças de guerra, evitemos a troca comentários, aos comentários, e resolvamos os problemas pessoais e as diferenças não reprimíveis, recorrendo à troca de mensagens pessoais e directas. A tertúlia pode e deve ser evitada aos desmandos, venham eles de onde vierem.

Assim, passamos a apresentar a mensagem do nosso camarada e amigo José Ferreira de Barros (ex-Fur Mil At Cav, CCav 1617/BCav 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato, 1966/68), com data de 21 de Março de 2011:

Caro amigo Carlos Vinhal,
Sendo eu, um homem do teatro, não podia neste dia Nacional da Poesia, deixar de homenagear António Cabral poeta Transmontano-Duriense que canta o Douro - homem como ninguém.

Aqui fica um dos seus poemas e que eu logo à noite num encontro cultural irei recitar.
Não sei se poderá ou não ser publicado. Tu, saberás se pode ou ser publicado.

Um abraço amigo,
J.Barros


Alto Douro Vinhateiro, Património Mundial da Humanidade > Vila de Foz Coa  > Pocinho > Estação terminal da linha de caminho de ferro do Douro (Porto-Pocinho) > Pormenor dos azulejos da estação, da Fábrica Sant'Anna (fundada em 1741): a vindima... Foto gentilmente cedida por L.G. (Pocinho, 3/9/2010)

 
CANÇÃO AO LAVRADOR DESCONHECIDO

Se não fosse a trovoada,
se não fosse o desavinho,
se não fosse o oídio e o míldio,
se as carquejas dessem vinho…

Se herdasse a Quinta dos Frades,
se a lua me pertencesse,
se não houvesse ladrões,
se a minha avó não morresse…

Se tivesse menos filhos,
se tivesse mais dinheiro,
se isto fosse mesmo Douro,
se fosse ouro verdadeiro…

Se tivesse mais videiras,
se tivesse, se tivesse,
se me fizessem Ministro,
se a minha avó não morresse…

(António Cabral)
____________

(*) Vd. poste de 14 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7940: Tabanca Grande (270): José Ferreira de Barros, ex-Fur Mil da CCAV 1617/BCAV 1897, Mansoa, Mansabá e Olossato (1966/68)

Vd. último poste da série de 21 de Março de 2011 Guiné 63/74 – P7973: Blogpoesia (120): Mãe, granadas o que são? (Armor Pires Mota)

4 comentários:

admor disse...

Caro José Barros,
Gostei muito deste poema, que não conhecia assim como o seu autor.
Gostei também da ideia de se promover qualquer coisa como "O DIA DO DESCANSO DO GUERREIRO" no nosso Blog que pode coincidir com o "DIA MUNDIAL DA POESIA" ou não pode-se escolher outro dia.
É só uma ideia.
Um grande abraço para todos.

Adriano Moreira

Jose Marcelino Martins disse...

Ao Exmº Sr ANÒNIMO

A frase "Foto retirada da Internete, com a devida vénia ao seu autor" ou escrever na foto DR (para quem não sabe é uma sigla usada na impresnsa para referir que não se sabe quem é o autor, mas existem direitos reservados sobre a mesma), parece ser a mesma coisa, ou seja, mais do mesmo.

É como assinar ANÓNIMO ou JOAQUIM DAS ISCAS, com o respeito ao Sr, Joaquim das Iscas, se é que existe.

O comentador deste, existe
e assina-se por

José Marcelino Martins

Carlos Vinhal disse...

O comentário anónimo foi removido, não porque o seu conteúdo era uma crítica ao editor do poste em causa, mas por não estar devidamente assinado.
Carlos Vinhal

Luís Graça disse...

É pública e conhecida a nossa política de direitos de autor, constante da coluna do lado esquerdo da página principal do blogue:

"Tabanca Grande > As Nossas 10 Regras de Convívio

(...)

"x) respeito pela propriedade intelectual, pelos direitos de autor... mas também pela língua (portuguesa) que nos serve de traço de união, a todos nós, lusófonos.

"PS - Defendemos e garantimos a propriedade intelectual dos conteúdos inseridos (texto, imagem, vídeo, áudio...)".

Naturalmente, estamos gratos a todos, autores, editores, colaboradores e leitores, que nos ajudam todos os dias a concretizar este propósito. Bem hajam!