sexta-feira, 28 de março de 2008

Guiné 63/74 - P2693: Operação Macaréu à Vista - II Parte (Beja Santos (25): A festa do meu casamento, 7 de Fevereiro de 1970

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > 7 de Fevereiro de 1970 >Foto 1 : “Festa do meu casamento… Nunca mais peguei numa catana para cortar um bolo...De costas, [o tenente-coronel] Jovelino de Sá Moniz Pamplona Corte Real segue os movimentos, para isso também era o 1º comandante [do BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70]!” (BS)


Foto 2 > "O major [de operações, Herberto ] Sampaio pontifica, calmo porque bem jantado, o Abel [da CCAÇ 12], de costas, parece escutá-lo, estava com um ataque de paludismo, o capitão Figueiras diz uma pilhéria ao tenente Pinheiro, o já falecido Rodrigues [ da CCAÇ 12] a tudo assiste bem disposto, de costas o Augusto, o Valentim da Justiça e o Reis sapador [os três da CCS], atrás do Rodrigues, que ainda tentou uns conflitos pela noite fora" (BS)...

Foto 3: "o Tenente Pinheiro estava jocoso, coisa rara, não falou em autos nem nada que se relacionasse com secretaria, o Vidal Saraiva [ o médico,] deve ter correspondido à observação ambígua do capitão Figueiras, íamos na 1ª rodada de cervejas, eu ainda não sabia o que a noite me reservava" (BS)...

Fotos (e legendas): © Beja Santos (2008). Direitos reservados.

Texto do Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), enviado, com correcções, em 15 de Janeiro de 2008:

Operação Macaréu à vista > Episódio n.º XXV > HOJE É A FESTA DO MEU CASAMENTO! (1)
por Beja Santos

(i) Conversas desgarradas entre o edifício do comando e a escola

O Moreira e eu saímos em bicos de pés do nosso quarto, o Abel tirita debaixo de dois cobertores de papa, destila os suores do paludismo, gemeu toda a noite. Tomo o pequeno almoço à pressa, tenho que levar um oficial superior de Bafatá em visita aos Nhabijões, segue-se o serviço de justiça, prometi ao tenente Pinheiro que o auto dos dois militares que se feriram recentemente na rampa de Bambadinca ficará adiantado antes de eu partir, ao anoitecer, para a ponte de Udunduma, onde ficaremos quatro dias.

À porta, espera-me o Cherno com a lista de pedidos para as compras a fazer na Europa (falei no meu casamento, entreolharam-se quando falei numa cerimónia por procuração, em África um homem quando casa vai buscar a mulher à tabanca dos pais dela). Bala, o ordenança do comando, acena-me, indicando que sou chamado ao 1º comandante. Com o oficial superior de Bafatá já a impacientar-se junto ao Unimog onde aguarda uma secção do Pel Caç Nat 52, apresento-me a Jovelino Corte Real. Segue-se na minha imaginação o diálogo travado:
- Beja, hoje não vai à noite para a ponte de Udunduma, mandei fazer uma cerimónia, jantamos, haverá bolo e espumante. Não casamos todos os dias. Amanhã de manhã junta-se aos seus soldados. Falei com o coronel Neves Cardoso, do agrupamento de Bafatá, acerca da sua licença, com carácter excepcional, ele só vê dificuldades, recomenda mesmo que não se deposite mais esperanças na iniciativa, o RDM é taxativo. Ontem lembrei-me de falar com o Vidal Saraiva, pedi-lhe a opinião sobre uma sua baixa, você aparecia em Bissau para um hipotético tratamento, ele escreveria um relatório para o Payne, simulava-se um internamento.
- Meu comandante, agradeço-lhe essa prova de consideração. Mas parece-me bastante macabro eu ir casar e ter que ir parar ao hospital. Deixe-me pensar uns dias, por favor.
- Não comece com a sua retórica. Você é punido no início de 1969, em Missirá, recorre, e muitos meses depois, mesmo com a alteração de redacção da punição, fica tudo na mesma. O RDM é mudado, ninguém que seja punido pode gozar férias a não ser dois anos depois, nessa altura você já está na Metrópole, não sei o que é que quer que lhe faça. Resolve casar-se, requer uma licença para ter casamento religioso, era o que faltava que o deixasse casar aqui na capela do aquartelamento de Bambadinca, em pleno teatro de operações. Para ir a Bissau é preciso um pretexto, em Janeiro esteve lá a tratar-se uns dias, qual é o problema de se simular uma recaída? Tem proposta melhor?
- Não tenho, meu comandante. Só que não me passou pela cabeça ir para lua de mel e ser hospitalizado. Vou só reconsiderar e agradeço-lhe o que está a fazer por mim. Permita-me agora que parta para os Nhabijões, quero estar aqui ao meio dia para falar com a minha mulher, felicitá-la em primeira mão.

Como se tratava de um dia extraordinário, ao preparar-me para subir ao Unimog, D. Violete chama-me com determinação, sem possibilidade de lhe fugir ao que tinha para me dizer. Sim, tem novidades para mim, andou a remexer nas estantes, lá em casa, encontrou uns livros do comandante Teixeira Mota e um texto sobre o islamismo na Guiné Portuguesa onde se fala da conversão dos mandingas e da islamização dos soninqués, dos beafadas, dos fulas-pretos e dos fulas-forros. E disse-me algo como isto:
- Sr. alferes, já sei de onde é que vêm os Mané, a tal família do Cuor. Li que os balantas islamizados procuram distinguir-se dos animistas adoptando o apelido Mané, que é de origem mandinga. Temos pois os Soncó, que eram beafadas, e temos os Mané que eram balantas.
Sem lhe esconder a minha satisfação pela informação, pedi-lhe licença para continuarmos a conversa depois, sugeri-lhe um encontro em breve, o oficial de Bafatá acompanhou esta conversa visivelmente intrigado.

Desempenhei-me na missão dos Nhabijões, eram dez para o meio dia quando entrei nos correio de Bambadinca. Depois de uma vozearia ao bocal, indicam-me a cabina, e começo igualmente aos gritos para Lisboa. Os senhores das Conservatória estão a chegar, a casa está cheia de familiares e camaradas da Guiné. Não preparei nenhum discurso, saiu-me tudo aos tropeções: que andava a ler Naná, de Émile Zola; que se podiam ouvir os prelúdios de Chopin, o disco estava encarquilhado pelo sol, mas uma das faces era audível; que o amytal sódico estava a dar bons resultados, mesmo na ponte de Udunduma, com os cibes em decomposição com os bichinhos tipo serradura a caírem na cama, não dava por nada, dentro do mosquiteiro; que estava a terminar a minha gerência de messe e que ia passar as contas ao Augusto, uma complexa contabilidade de queijo, conservas e bebidas alcoólicas e outras.

A Cristina ouvia toda esta cantilena como se fosse a coisa mais natural do mundo eu estar preocupado em dia de casamento com o inventário do fardamento, as qualidades do cabo Queirós, proposto para o prémio Governador da Guiné, depois perguntei quem lá estava, se ela se sentia feliz, ela respondeu-me a tudo, mas queria saber quando é que eu previa chegar a Lisboa.

Não sei como é que arranjei coragem para lhe dizer a verdade, informando-a mesmo que o comandante propusera qualquer coisa como uma baixa psiquiátrica para eu ir até Bissau, prometi escrever-lhe, queria saber a sua opinião. Assegurei que lhe ia telefonar novamente dentro de dias, depois as nossas vozes embargaram-se, falei de saudades, dei comigo a repetir tudo o que escrevia nos aerogramas. A cabina dos correios tinha a porta aberta, vi expressões arrelampadas, certamente não estavam à espera de assistir a um casamento por telefone.

(ii) A festa na messe de Bambadinca

O capitão Figueiras, comandante da CCS [do BCAÇ 2852], pediu-me à hora do almoço para ir levar doentes à Bantajã Mandinga e à Ponta Brandão (era uma serração de madeira, havia lá um alambique para a aguardente de cana, um dos irmãos Brandão tinha ali também um estanco) e depois a Bricama, entregando umas mercadorias no agrupamento de Bafatá e trazendo correio.
Aproveitei o resto da tarde para comunicar ao mundo o meu estado de alma, acabara de me casar. Registei no aerograma à Cristina:
“Tudo mudou, sopra um novo vento, mas estranho esta nossa vida em comum... Há momentos em que a solidão é irrecusável, ficamos entregues a um disco, a uma leitura, a uma recordação que se irá dispersar quando eu partir para Sinchã Dembel, Queroane ou Bambadincazinho. Amanhã escrevo-te mais da ponte de Udunduma. O Pires vai de férias, contar-te-á os últimos acontecimentos. Decidi recomeçar com as lições escolares, há um plano de obras na ponte, não quero parar”.
Não esqueci a ementa do jantar, pois o Gomes da messe tudo fez para que fosse uma refeição especial, até o vinho era bebível, havia pataniscas e depois bifes tenros, bem apimentados. Findo o jantar, aclimatámos à volta de uísques e cervejas, veio depois um bolo, entregaram-me uma catana para o cortar, seguiram-se discursos do Jovelino Corte Real e do major Sampaio, o Vacas de Carvalho e o Calado entoaram cantares alentejanos, cada ronda de felicitações era acompanhada de uma rodada de álcool, nas fotografias que restam vejo os sorrisos de todos, o tenente Pinheiro conseguiu nunca falar de serviço, o Abel saiu da cama, o Reis sapador tentou implicar, o calvário veio depois, tive que fazer e refazer a cama um sem-número de vezes, os ferros presos por arames, os lençóis cheios de açúcar, de manhã antes de partir para a ponte de Udunduma enxuguei-me a uma toalha cheia de sal. Assim mudara a minha vida.

(iii) Um novo serão com D. Violete

No regresso da ponte, não resisti a procurar D. Violete, ela, sempre prestável, dava as explicações que podia. Sim, Abdul Injai fora régulo do Oio (talvez tenha sido também régulo do Cuor, mas não tinha a certeza), tivera relações péssimas com a população, era um jalofo do Senegal, caíra rapidamente em desgraça, fora deportado para a Madeira mas morrera em Cabo Verde; não tinha nenhuma teoria sobre o fundamento das tensões entre os caboverdianos e os guineenses, ela própria era filha de caboverdiano, era bom não esquecer que o caboverdiano chefiava sempre, era chefe de posto, notário, conservador, professor, médico e farmacêutico, consideravam-se pessoas civilizadas (não eram indígenas como os outros), eram cristãos, sentiam um ascendente natural sobre gente que por vezes nem o crioulo arranhava, mas considerava que não havia razão especial, um dado estrutural, para se falar em racismo; quanto ao islamismo, conversa que tínhamos iniciado, de facto fora a religião de Mafoma que levara à reorganização das etnias, os mandingas e os soninqués tinham no passado empurrado os beafadas e os balantas para o litoral, vieram depois os fulas, muitos séculos depois dos mandingas, instalaram-se no Gabu, tinham feito uma guerra religiosa perto do fim do século XIX e depois aliaram-se aos portugueses nas chamadas guerras da pacificação, já no século XX. O islamismo apareceu apoiado pelos postos militares portugueses, os caramôs ou os agentes religiosos do Islão, vinham da Gâmbia e do Casamansa, instalaram-se em Jabicumba, no regulado de Gussará, e em Bijine, no regulado de Badora.
Agradeci tudo à professora Violete, pedi-lhe para que a nossa próxima conversa andasse à volta das doenças mais correntes e dos animais da Guiné. Ela sorriu:
- Sr. alferes, só me faltava andar a estudar para satisfazer a sua curiosidade. Ando surpreendida com a descoberta destes séculos de história que os portugueses tanto ignoram, eles que mandaram sobretudo analfabetos e criminosos colonizar esta terras.

Capa de Djamília, de Tchinghiz Aitmatov Foi uma surpresa, esta novela oriunda das estepes da Ásia Central.Pode não ser a mais bela história de amor do mundo, mas é quase.Capa de João da Câmara Leme, Livro de Bolso da Portugália Editora,v s/data, tradução, a partir da versão francesa , de Alfredo Brás.

Foto (e legenda): © Beja Santos (2008). Direitos reservados.

(iv) Uma semana de livros policiais e uma revelação vinda da Quirguízia

Eu ainda não sei que este mês de Fevereiro está a levedar a minha experiência operacional mais violenta, e que tudo vai ocorrer já mês de Março. O prisioneiro que eu levara a Bissau vai fugir num patrulhamento na região do Buruntoni; em Ponta Varela o inimigo atacou com gravidade embarcações que avançavam para Bambadinca; a tabanca do Enxalé irá ficar incendiada numa flagelação; o capitão Maltez, do Xime, ficará ferido num patrulhamento na margem esquerda do rio Geba. Neste entretanto, continuarei a exercer as minhas funções de recoveiro e julguei enlouquecer quando soube da morte do meu mais querido amigo. Como irei contar.


Numa Noite Solitária, de Mickey Spilklane. Capa de Luis Filipe de Abreu,tradução de H.Silva Horta,Editora Ulisseia,s/data.A Ulisseia tentou, nos anos 60, uma alternativa à Colecção Vampiro,escolhendo autores como Craig Rice e Horace McCoy, sem fugir aos consagrados Dashiell Hammett e Agatha Christie.este livro de Spillane está solidamente escrito,mas não tem originalidade face a outras aventuras de um lendário detective justiceiro, Mike Hammer.

Foto (e legenda): ©
Beja Santos (2008). Direitos reservados.

Li de Mickey Spillane “Numa Noite Solitária”, Mike Hammer, o mais solitário dos detectives justiceiros descobre uma rede comunista que se prepara para conquistar o Capitólio. Só o macartismo podia permitir esta literatura de ódio, o tratamento dos comunistas norte-americanos como bandidos, agentes do Kremlin, apátridas, desgraçados morais, gente totalmente inescrupulosa. Hammer liquidara na ponte de Brooklin um assassino que se preparava para matar uma mulher em fuga. Ambos tinham cartões verdes que eram códigos de identificação de membros do partido comunista. Entretanto, surge o nome Lee Deamer, candidato às próximas eleições para senador, que tem um estranho irmão gémeo. Começa uma caçada que termina com a justiça feita por Hammer executando o cabecilha dos comunistas, exactamente na mesma ponte onde tudo começara. Tirando esta demência do macartismo, Spillane escreve como poucos, é um controle exímio das frases da expressão dos sentimentos, um registo que por vezes roça o sublime das cores, dos movimentos, das paixões.

Capa de O primeiro inquérito de Maigret, de Georges Simenon. Capa de Cândido da Costa Pinto,tradução de Maria Ivone d. Alves,nº83 da Colecção Vampiro.Simenon desenhou neste livro personagens espantosas e uma admirável atmosfera da Belle Époque,sem hesitar na crítica a esse tempo de permuta de favores sociais e políticos, onde a polícia não era excepção.
Foto (e legenda): © Beja Santos (2008). Direitos reservados.

Noutra dimensão, voltei contente à leitura de Georges Simenon, neste caso O primeiro inquérito de Maigret. Um flautista apresenta-se numa esquadra onde Maigret é secretário do comissário, tudo se passa em 1913. Vira uma mulher gritar por socorro numa varanda de um prédio, batera á porta, fora espancado por um mordomo, vinha apresentar queixa. Maigret acompanha-o ao local, descobre que é a casa dos Gendreau-Balthazar, dos famosos cafés Balthazar. Percorre toda a casa, vê mesmo o aposento onde ocorrera o pedido de socorro, não há indícios. Maigret não se conforma e vai começar o seu primeiro inquérito, afinal houvera falsas declarações do mordomo e do dono da casa, descobrir-se-á o móbil do crime, Maigret terá conversas com um escroque cheio de sentimentos, Dédé, uma das mais notáveis criações de Simenon, um pouco como o flautista Justin Minard que além de trabalhar nos Concertos Lamoureux, uma das mais prestigiadas orquestras clássicas em França, também toca em cervejarias e cafés. É um grande Simenon que não disfarça a critica social e política em torno dos favores que a polícia faz aos ricos, encobrindo-os. É a seguir ao desenlace deste caso que Maigret é transferido para o lendário Quai des Orfévres.
Outra grande revelação é Djamília, de Tchinghiz Aitmatov, natural da Quirguízia. O poeta Louis Aragon teceu o seguinte comentário a esta obra: “A mais bela história de amor do mundo. Uma história a um tempo breve e intensa. Uma história de amor onde não há uma palavra inútil, uma frase que não tenha eco no coração”.
Tudo começa com uma recordação à volta de um pequeno quadro com uma estepe de absintos onde se vêem as pegadas de dois viajantes que se vão desvanecendo na distância. É uma recordação de juventude, uma história de amor durante a guerra, os adultos combatiam nas frentes de batalha, em plena Rússia, os velhos, as mulheres e as crianças trabalhavam nos kolkhozes. O irmão do narrador partira para a guerra, ficara a sua mulher Djamília, a cargo da dona da casa, a sogra desta heroína. São lindas descrições realçadas pela simplicidade:
“Havia em Djamília um não sei quê que desconcertava aos sogros. Ela manifestava uma alegria sem disfarce, como a de uma garoto. Algumas vezes ponha-se a rir sem motivo e, apesar disso, o seu riso era tão forte, tão alegre! Quando regressava do trabalho, não reentrava simplesmente em casa, mas corria para a porta, atravessando o aryk de um salto e punha-se a beijar e a abraçar, sem haver porquê uma ou outra das suas sogras. E Djamília gostava também de cantar; estava sempre a cantarolar qualquer coisa, sem se acanhar com a presença dos mais velhos. Tudo isto, sem dúvida, em nada correspondia à representação que se fazia da aldeia da conduta de uma nora em família”.
Portanto, Djamília tinha o seu marido Sadyk a combater contra os alemães. À aldeia vai chegar Daniiar, ferido em combate, sempre a coxear da sua perna ferida. O narrador mostra um ex-combatente introvertido que gradualmente se afeiçoa por Djamília, sendo a inversa também verdadeira. Acabarão por fugir, durante a fúria dos familiares e de toda a comunidade É este desaparecimento que o narrador fixará numa tela, registando a impressão que lhe provocara tão lindo amor:
“Eles caminham na estepe outonal. Diante deles, os longes vastos, luminosos... o meu quadro é-me infinitamente querido, é a minha primeira emoção consciente de criar. Ainda hoje tenho desânimos, minutos pesados em que perco a fé em mim. E em tão volto-me para este quadro que me é caro, para Daniiar e Djamília. Onde estais agora, marchais sobre que estradas? Tu partiste, minha Djamília, pela larga estepe, sem olhar para trás. Terás perdido a fé em ti? Apoia-te a Daniiar. Que ele te cante a sua canção sobre o amor, a terra, a vida! Que a estepe se agite e exiba todas as suas cores! Vá, Djamília, não te arrependas, tu encontraste a tua difícil felicidade!”.

É em Daniiar e Djamília que penso quando vamos para a ponte de Udunduma. Também eu estou a viver a mais bela história de amor do mundo.
_________

Nota dos editores:
(1) Vd. último poste, desta série: 21 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2668: Operação Macaréu à Vista - II Parte (Beja Santos) (24): Cartas de Bambadinca, Janeiro / Fevereiro de 1970

1 comentário:

Anónimo disse...

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