1. Um Anónimo deixou este naco de prosa à laia de comentário ao poste P3689 (*):
JÁ PERGUNTARAM À CLASSE DE PRAÇAS DE GUILEJE SE TERIAM ABANDONADO O AQUARTELAMENTO? NÃO TERIAM, SE TIVESSEM OUTRO CO [MANDANTE], EM VEZ DE UM C..., QUE AINDA ESTÁ REFORMADO DO EXÉRCITO, QUANDO DEVIA TER SIDO EXAUTORADO (**) EM PRAÇA DE ARMAS.
2. O José Colaço deu conta e de imediato comentou:
Camaradas e amigos, é lamentável que apareçam estes heróis anónimos....Que tenham opiniões diferentes estão no seu direito próprio, mas proferirem expressões ofensivas e esconderem-se atrás do anonimato.... Estes sim são uns C.... Não estão na Guiné para se protegerem atrás do morro baga-baga. Assume-te, deves ser homem.
Um alfa bravo. Colaço
3. Comentou por sua vez o editor do blogue, L.G.:
Colaço: Obrigado pro estares atento...O nosso Anónimo não é (não pode ser) um verdadeiro camarada da Guiné... E nem sequer conhece as nossas regras do jogo... Sobre os comentários dizemos o seguinte (ver coluna do lado esquerdo da 1ª página do blogue):
(...) "Não precisas de ter uma conta Google/Blogger. Podes fazer um comentário como anónimo, mas é conveniente (e desejável) que deixes sempre um contacto teu (nome, localidade, antiga unidade e, se possível, e-mail, no caso de ainda não pertenceres à nossa Tabanca Grande).
"Os amigos e os camaradas da Guiné não se escondem atrás do baba-baga, são pessoas habituadas a dar a cara".
Vou pedir ao nosso Anónimo, que se escondeu por detrás do baga-baga, que dê um passo em frente, e nos diga quem é... Felizmente que estas situações tem sido raras. Podemos discordar uns dos outros e manifestar publicamente essas discordâncias, mas não temos que nos insultar, muito menos sem dar a cara ao(s) outro(s)...
Não é bonito, não é leal...
Como diz o nosso povo, "os homens conhecem-se pelas palavras e os bois pelos cornos".
O editor do blogue, Luís Graça (***)
Como o nosso homenzinho não quis sair detrás do baga-baga e assumir publicamente o que escreveu, decidi eliminar o seu comentário, uma prerrogativa que estou a usar pela segunda vez desde que os comentários no nosso blogue passaram a ser publicados automaticamente, sem moderação. A primeira foi um insulto, gratuito, de um guineense da diáspora, com sotaque brasileiro... Espero não voltar a fazê-lo muito mais vezes... Não tenho vocação para cantoneiro de limpeza (sem ofensa para os anónimos almeidas que prestam um enorme serviço à comunidade, todos os dias, todas as noites)...
O número de comentários cresceu exponencialmente desde que decidimos eliminar o mecanismo da moderação. Só no mês passado tivémos cerca de 300 comentários. Isto mostra que é possível haver blogues em que liberdade e responsabilidade não são incompatíveis, pelo contrário fazem parte do mesmo binómio.
Como eu gosto de dizer, podemos (e devemos, quando for caso disso) discordar uns dos outros, sem termos que puxar da G3 para resolver o conflito... nem sequer do palavrão (para nos insultarmos)... Mas o pior ainda, é a emboscada, atrás do baga-baga ou do poilão. Poça, que dessa(s) já temos doses que cheguem!
Em suma, só posso congratular-me pelo facto de a generalidade dos meus amigos e camaradas da Guiné, enquanto bloguistas periquitos, estarem a dar um belo exemplo à restante rapaziada que, nestas coisas da blogosfera, se reclama da velhice...
___________
Notas de L.G.
(*) Vd. poste de 2 de Janeiro de 2009 >Guiné 63/74 - P3689: A retirada de Guileje, por Coutinho e Lima (7): Antecedentes relacionados e breve comentário (V. Briote)
(**) Despojar um militar das insígnias do seu posto, em cerimónia pública
(***) Vd. último poste desta série > 25 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3668: (Ex)citações (9): Obrigado, Cristina, por esta doce e terna prenda de Natal (Torcato Mendonça / Hélder Sousa)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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3 comentários:
Camarada Luis Graça
Exerceste o teu direito e acho que muito bem.
Depois, brindaste-nos com uma prosa excelente.
Mais, para quê?
BSardinha
Apoiado!
O individuo considera uma cobardia a operação da retirada, e fá-lo de maneira acintosa, mas sem argumento, nem lucidez, apenas com intenção provocatória, cobardemente refugiado no anonimato. Tem o meu desprezo.
José Dinis
Júlio Pinto para eu
mostrar detalhes 17:24 (2 horas atrás)
Responder
Eu não estive na Guiné, mas sim em Angola, sou ex-2º sargento MILº Júlio Pinto, já vosso conhecido.
Fiquei abismado e ao mesmo tempo triste como é possível haver gente como esta que se esconde cobardemente no anonimato.
Reproduzo aqui, para os devidos efeitos, uma mensagem do Júlio Pinto:
Não era nem é admissível tal demonstração de falta de solidariedade e de camaradagem.
Concerteza este "herói" (não há letra mais pequena), foi daqueles que sempre estavam protegidos atrás dos bidões de terra sem nunca, como se dizia em Angola, ter ido para a mata dar sangue.
Se o bicho ler isto só tenho que lhe dizer: Você é um COBARDE.
Júlio Pinto
vppinto@bragatel.pt
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