Camarada Luís Graça,
Faz hoje 42 anos que embarquei para a Guiné.
Deu-me para recordar a data de embarque, relatando alguns pormenores desse mesmo dia.
Se entender por bem publicar o escrito que remeto em anexo, fico-lhe grato e se me quiser avisar da sua publicação, se assim o entender, ainda mais grato lhe fico.
As fotografias que vão anexas ao escrito são de Bissau daquele ano de 1968.
Nota - Chamo-me Carlos Manuel Rodrigues Pinheiro, sou natural de Alcanena e resido em Torres Novas. Assentei praça na EPC em Santarém em 10 de Outubro de 1967, chumbei no CSM, como muitos outros naquele Curso, tirei a Especialidade no RTM no Porto, vim para o BT em Lisboa, fui colocado no QG da 2.ª RM em Tomar e depois acabei por ser mobilizado pelo RI 15 de Tomar.
Embarquei em rendição individual destinado ao BCAÇ 1911 que afinal veio no mesmo barco em que fui. Passei a minha comissão no Centro de Mensagens do STM no Quartel General de Bissau.
Fui o 1.º Cabo Op. Msg. 03015366
Fui funcionário dos Serviços Médico Sociais em Torres Novas, Alcanena e Santarém onde estive desde 1964 a 1972, ano em que entrei para a Banca, Crédito Predial Português, tendo passado à reforma em 31.12.01.
Sobre mim acho que disse o essencial.
Já para aí tenho escrito, mas gostava mesmo de pertencer a essa Grande Família.
Diga-me por favor o que devo fazer.
Um abraço
Carlos Pinheiro
Já lá vão 42 anos
É verdade. Parece que foi ontem e já lá vão quarenta e dois anos desde o dia do embarque para a Guiné.
Depois de uma noite muito mal dormida nos Adidos, na Calçada da Ajuda, logo de manhã lá estava ataviado a preceito para embarcar para a guerra.
Carlos Pinheiro junto à estátua de Honório Barreto
Dois dias antes, ainda no RI 15 em Tomar, a minha Unidade mobilizadora para o BCaç 1911 que nunca vi que veio no barco onde fui, apanhei uma boleia com um senhor da minha terra que lá foi buscar o filho, para também embarcar para a guerra, salvo erro era para Angola. Lá fomos os três no Volkswagen 1300 do senhor, a caminho dos Adidos em Lisboa. Almoçámos, já não me lembro onde, e lá chegámos.
Entrámos os dois pela porta de armas, cada um foi para o seu sítio, mas no dia seguinte deixei de o ver. Afinal ficou cá. Não chegou a embarcar. Tinha as suas mazelas certamente. Eu também tinha as minhas, mas embarquei e ele ficou por cá.
No dia do embarque, no dia 23 de Outubro de 1968, como disse, logo de manhã lá estava fardado como deve ser, de saco às costas com os meus pertences. Foi só esperar que as camionetas começassem a chegar para levar toda aquela malta de rendição individual para o cais de Alcântara. Éramos cerca de sessenta.
Quando chegamos ao Cais, o grosso dos expedicionários já estava devidamente formado; era o Batalhão de Caçadores 2856 constituído por quatro Companhias, mais um Pelotão de Polícia Militar que ia para Cabo Verde e ainda outras Unidade mais pequenas, género Pelotões de Canhão Sem Recuo, Pelotões de Apoio Directo, etc.
Nós ficámos livres da formatura e, certamente por isso, fomos dos primeiros a embarcar. Ao cima das escadas lá estavam as senhoras do MNF – Movimento Nacional Feminino a darem um maço de cigarros "Porto", um isqueiro e uns aerogramas. Também por lá se viam uns senhores de chapéu e de sobretudo que alguns mais vividos diziam ser da Pide.
Carlos Pinheiro junto ao monumento do V Centenário da morte do Infante D. Henrique
O UÍGE atracado à espera, com a tropa formada, depois de um General ter passado revista às forças ao som de uma Banda Militar, depois dos discursos da ordem, lá começaram a embarcar, sempre com a Banda a tocar marchas militares.
Os nossos familiares estavam do outro lado das barreiras e muitos nas varandas da Gare.
Os lenços brancos a acenar eram mais do que muitos. Da minha parte lá estavam os meus pais e os meus tios que moravam em Lisboa. Sabia mais ou menos onde eles estavam posicionados porque tínhamos combinado antecipadamente. A amurada do barco do lado do Cais estava repleta de militares o que provocava um relativo adornar do navio.
Entretanto, cerca do meio-dia, as máquinas do navio começam a fazer mais barulho e a silvar. Vêem-se já os rebocadores que o hão-de ajudar a largar e a ganhar o rumo da Barra do Tejo. Foram momentos difíceis de descrever. Adivinhávamos facilmente que os familiares no Cais choravam. Alguns até gritavam. Ouvia-se.
A bordo também havia lágrimas em muitos olhos. O barco ganha rumo, a ponte "Salazar", era assim que se chamava a que hoje se chama "25 de Abril", começa a ficar cada vez mais perto até que passámos por baixo dela. Dali até à Barra e depois ao mar alto parece que foi um momento.
Mal ou bem lá fomos encaminhados para os nossos aposentos, para largarmos o nosso saco e para tomarmos conhecimento dos nossos beliches. A esmagadora maioria, onde eu estava incluído, viajámos nos porões que noutras viagens transportavam tudo e mais alguma coisa. O cheiro era horroroso. As camas eram mesmo tipo beliche, mas em madeira de pinho, com colchões de palha e uma manta da tropa em cima. A estrutura das mesmas, porque em madeira, estava já cheia de dedicatórias de toda a ordem que se possa imaginar, fruto de outras viagens de idas e de regressos.
Edifício do STM em Bissau
Já no mar alto fomos para a primeira refeição, o almoço, numa sala grande, a sala de jantar do barco, e a comida era aquela que nos quiseram dar, porque os orçamentos naquela altura já eram apertados.
Depois foram cinco dias a ver-se só mar e céu, tudo azul, e de vez em quando uns peixes voadores a acompanhar o UÍGE e por vezes até golfinhos como que a desejarem-nos boa viagem. Raras vezes avistámos outros barcos, mas sempre ao longe. Passámos relativamente perto das Canárias. Disseram-nos que, como aquilo era um Transporte de Tropas, estávamos a ser a ser acompanhados por um submarino. Já era a psico a funcionar.
No convés havia uma espécie de um bar onde se vendia cerveja e Coca-Cola, sendo esta uma novidade autêntica uma vez que na Metrópole a mesma ainda era proibida. A cerveja era holandesa. Eram garrafas de meio litro, verdes, que nós nunca tínhamos visto. Claro que com estes estimulantes a viagem parece que custava menos.
Nos porões, logo no primeiro dia, foram montadas bancas para a batota, neste caso a lerpa, e os profissionais dessa jogatina lá assentaram arraiais e foram depenando os mais desprevenidos, que eram muitos.
E assim chegámos a Bissau no dia 28, ao final do dia, tendo o barco ficado ao largo e o pessoal desembarcado para barcaças que de imediato tinham rodeado o navio.
A todos os que vão sobrevivendo e que há 42 anos a esta hora viajavam comigo no UÍGE, um grande abraço e votos de muita saúde.
Carlos Pinheiro
23 de Outubro de 2010
2. Comentário de CV:
Caro Carlos Pinheiro, bem-vindo à nossa Tabanca virtual, onde os camaradas mais ou menos operacionais, mais ou menos graduados e mais ou menos doutores na universidade ou na vida, têm lugar sem distinção.
Lá "fora" ficam as mordomices e tratamo-nos por tu, porque todos os ex-combatentes da Guiné são verdadeiros camaradas, pisaram o mesmo chão avermelhado, sentiram o mesmo calor húmido insuportável, passaram a mesma sede, e a maioria pensou muitas vezes se o dia seguinte seria ser o último da sua vida.
Descreves os momentos finais da tua partida, em Lisboa, comuns à esmagadora maioria de nós. Quanta dor e incerteza no porvir. Quantas mães, esposas, irmãs e namoradas se despediram dos seus entes queridos, pela última vez, sem o suspeitarem.
Tempos difíceis, Carlos, documentados no nosso Blogue, mas que nunca é demais relembrar para que nunca mais voltem a acontecer. Ressalvam-se os tempos actuais, mas isso são contas de outro rosário. Nós sim, fomos os verdadeiros expedicionários, o resto é tempo de antena nas TVs.
Carlos, a partir de hoje assumes a responsabilidade nos contares as tuas vivências, mesmo em Bissau aconteciam coisas, que nós homens do mato, gostamos de saber. Estás apresentado à tertúlia, portanto começa a trabalhar.
Pessoalmente, quero dar-te os parabéns por vires engrossar o já numeroso grupo dos Carlos, todos boas pessoas como tiveste ocasião de me escrever, mas convenhamos que temos na tertúlia um numeroso grupo de homens de excepção, independentemente de se chamarem Carlos ou não. Lembremos também as "nossas" senhoras, operacionais ou amigas, que dão ao nosso Blogue aquele toque de beleza, inteligência e sensibilidade, tão próprias delas.
Ao terminar deixo-te o indispensável abraço em nome da tertúlia e dos editores que terão muito gosto em publicar as tuas memórias.
Saudações do novo camarada e amigo
Carlos Vinhal
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Nota de CV:
Vd. último poste da série de 21 de Outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7150: Tabanca Grande (249): Carlos Fernandes, ex-1º Cabo Pára (CCP 122, 1971/74) e ex-elemento do Grupo Os Vingadores, do Alf Grad Marcelino da Mata
21 comentários:
Bem vindo Carlos Pinheiro.
És mais um TRMS que chega ao pelotão, ou será já companhia.
Ainda não contei, mas o que interessa e que apareças de vez em quando com as tuas histórias e com a tua presença nos encontros.
Abraço de Boas Vindas
Caro Carlos Pinheiro
Que sejas bem-vindo à Tabanca Grande, para engrossarmos a companhia do pessoal de transmissões.
Eu também fui em rendição individual, com acontecimentos, Ajuda, Adidos, embarque, semelhantes aos teus, mas a minha viagem foi mais degradante, e não tive a sorte de ficar em Bissau, mas sim 25 meses no mato sempre operacional.
Conta-nos as tuas aventuras…
Um abraço
José Corceiro
Obrigado pelas Boas Vindas ao Pelotão das TRMS. De facto quando lá cheguei aquilo era só a Delegação do STM com uma estrutura ainda em construção dirigida pelo Capitão Bento Soares. Independente era o Pelotão de Reabastecimento e Manutenção de Material de Transmissões comandando por um Sargento-ajudante de quem estou a ver a imagem mas que não me recordo do nome. Depois foi formada a CTRMS primeiramente comandada pelo Capitão Góis Ferreira. Depois veio o Agrupamento de Transmissões. Sempre a crescer a influência e a necessidade de cada vez haver mais e melhores Transmissões. Era Comandante das Transmissões da Guiné um major qualquer coisa Ramos.
É bom recordarem-se estas coisas. O mal foi aqueles que por lá ficaram. Felizmente que do STM, naquele tempo, não aconteceram baixas apesar de termos pessoal deslocado em Buba, no COP, um bom sito naquele altura para tudo do pior,também em Piche e em Farim primeiro no COP depois CAOP. Tudo bons sitios. Mas a malta safou-se.
Um abraço para todos e de uma forma especial para o pessoal das Transmissões.
Carlos Pinheiro
Carlos (Pinheiro, já que temos outros mais Carlos):
És o "tabanqueiro" nº 455. O Carlos Vinhal, que estava de serviço à porta de armas (salvo seja, ao pórtico da Tabanca Grande) já te deu as boas vindas em nome dele e de todos nós.
Agora que tens tempo e vagar, e que podes acompanhar, debaixo do nosso poilão, as nossas conversas (quase sempre serenas e amigáveis, uma vez ou outra mais alterosas e alteradas como as ondas do mar), ficamos à espera de mais impressões tuas dessas belas férias tropicais que passaste naquelas terras vermelhas, para lá do Trópico de Câncer e antes do Esquador...
Asseguro-te que te vamos ouvir, como se tu foras o primeiro viajante a retornar a casa. Gosto do teu relato da partida. Há pormenores deliciosos e novos, como a mesa da banca da lerpa e as cervejas de lata holandesas... Pese embora muitos dos camaradas que te precederam, na Tabanca Grandem, já terem contado, tim por tim, com náuseas e vómitos e tudo, como é que foi o cruzeiro das suas vidas...
Pessoalmente, sou capaz de encontrar sempre um encanto na descrição, que cada um de nós faz, daquilo que viu, ouviu, cheirou, provou e apalpou (aqui a ordem dos cincos sentidos é arbitrária)....
Muita saúde e longa vida para ti!... E sempre ao pé nós!
Camarada Luis Graça. Obrigado pelas tuas palavras de incentivo para que colabore mais, contando acima de tudo verdades insofismáveis. Assim procurarei fazer. Mas atenção, quanto a essa das férias tropicais, vou ali, já venho. Vocês amanuenses do gatilho muitas vezes pensam que só vocês é que passaram maus bocados. Mas olha que a malta na cidade também tem "estórias" para contar. E eu vou contá-las. Cada macaco no seu galho. Conta comigo que eu não andei muito distraido. Mas claro que nunca tive pretensões a saber tudo. Aliás, o sabe tuo ainda está para nascer. temos é que ser unidos, todos os dias, procurando esquecer o que nos possa dividir e dar toda a força ao que nops une e isso é sempre o mais importante.
Conta pois com a minha colaboração.
Eu também tive uma FBP à secretária, no meio de quatro paredes, quando se previa um ataque a Bissau. Sabias disso? O que é que podia fazer numa situação dessas? também comi ração e combate do QG. sabias que isso também acontecia nessas tais férias?
Volto a dizer, conta comigo!
Um abraço
Carlos Pinheiro
Carlos Pinheiro,
Como mais velho devias ter chegado primeiro, assim não foi, paciência, já chegaste e és bem vindo.
Mais um do STM que se apresenta, onde andam tantos outros?
Sobre as rações e combate todos as devem ter comido, uns mais que outros, nós os do meu grupo foi logo à chegada ao Agrupamento, é verdade...
Sobre a arma à secret´+aria em Bissau, também lá passei onze meses, sabes como é, é sempre diferente de um quartel ou destacamento no interior, fala-se disso depois.
Porque não apareceres esta Quarta-feira, dia 27 em Monte Real, perto de Santarém, na Pensão Montanha, para um cozido à Portuguesa que junta algum pessoal que esteve na Guiné. Por certo haverá comida para mais um, mesmo sem inscrição com o Camaraigo Mexia Alves.
Desculpa, Luis, aproveitar este espaço, parece-me ser por uma boa causa e razão e tu sabe-lo.
Um abraço,
BSardinha
Férias em Bissau?Caramba Luís,férias eram no campo...
Claro Amigo,que tens muitas
"estórias" para contar..
Ficamos à espera.
Abraço.
Jorge Cabral
Para o Sardinha
Obrigado pelo convite. Esta semana não me é possivel comparecer a esse "combate". Pergunto: - Qual é a frequência desses encontros?
Um abraço
Carlos Pinheiro
É, malta, não me levem a mal a brincadeira... A carapuça das "férias tropicais" era para todos/as os/as nossos/as amigos/as que cá ficaram e nunca beberam a água da bolanha...
Entre nós, há muito que estão abolidas, por consenso, as diferenças, entre pessoal do "back office" e do "front office"... Éramos todos soldadinhos de chumbo!... E nem me dei conta que o Carlos Pinheiro era um homem da Amura (julgo que o Centro de Mensagens do STM/QG/CTIG era lá, ou não ? ou seria em Santa Luzia?...).
Resumindo: é com muito gosto e apreço que vejam a rapaziada das transmissões a engrossar... a Tabanca Grande...
Transmissões, saúde, engenharia, capelania, serviço postal, informações, planeamento, comes & bebes, ferrugem, etc,. sem esquecer as bajudas, as madrinhas de guerra, os barbeiros e até os coveiros (!)... tudo o que era "back office" era tão (ou mais) importante como o "front office"...
Sem ironia. Com humor. Luís
Carlos Pinheiro,
Os encontros do Cozido à Portuguesa costumam ser na última Quarta-feira de cada mês. Para melhores esclarecimentos o "dono" da Tabanca do Centro, o Camarigo Mexia Alves.
Para o Luís,
Não vou dizer que o Centro de Mensagens era...No meu tempo, era em Santa Luzia, junto do QG, mais propriamente entre o matadouro e o refeitório da CCS. A dormida era no Agrupamento de Transmissões, na parte de baixo de um outro quartel que agora não me recordo, qualquer coisa 7, parece-me, e em frente, ao Quartel da Intendência, do outro lado da estrada.
Um abraço,
BS
Bem vindo Carlos Pinheiro, eu digo mais que o Zé Martins, nem pelotão nem companhia faltam poucos para ser-mos um BATALHÃO, Carlos és mais um que se junta a nós para contares a tua vivência durante a tua estadia na Guiné.
Um Abraço do Tamanho da Guiné para Ti e Tua Família.
AMILCAR VENTURA EX-FURRIEL MILº MECÂNICO AUTO DA 1ªCCAV/BCAV 8323
PIRADA-BAJOCUNDA-COPÁ 73/74
Boa tarde a todos
Estou a sentir-me importante com tanta gesto de boa camaradagem. De facto eramos muitos e pelo que vejo continuamos a teimar em resistir. Deve ter sido da água da bolanha que por lá bebemos.
Vamos falando e escrevendo algo.
Um abraço
Carlos Pinheiro
Caro Luis Graça
De facto, mesmo em situação de geurra, como era o caso, não há exército que se consiga aguentar, quanto mais vencer, se não tiver uma rectaguarda a mantê-lo. Mas no nosso caso dos Operadores de Centro de Mensagem repito que também tivémos colegas destacados nos COPs de Buba, de Farim e de Bigene. E cada Batalh~~ao também levava um. Por isso é que eu fui lá parar no fim da comissão do BCAÇ 1911 que veio no mesmo barco em que eu fui, como já disse.
Quanto à localização do Centro de Mensagens do QG/CTIG, naquele tempo era num edificio próprio que só tinha lá a mais a rapaziada do Centro Cripto e, pensso eu, da CHERET. O resto era tudo do STM. O edificio era em frente ao do SPM, tudo dentro dos muros do Quartel General em Santa Luzia, perto relativamente das REPs e da Sala de Operações onde muitas vezes iamos saber a localização de Unidades que se tinham mudado repentinamente e não nos tinham informado para lhe podermos endereçat correctamente, claro que em código.
O tal 7 de que outro falava no meu tempo tinha passado de BAC 7 para GAC 7. (Bateria de Artilharia de campanha, depois Grupo de Artilharia de Campanha)e ficava ao lado do refeitorio do QG e ia, penso eu, até à bolanha perto do sitio onde matavam o gado e que depois terá sido o matadouro.
Em frente, era o 600 onde estava instalada a Intendência que se tinha mudado da Amura e para onde depois foi a PM que tinha estado também no QG com mais uma Companhia de Cavalaria famosa, os Chicotes.
Um abraço para todos.
Carlos Pinheiro
Caro Carlos Pinheiro
Bem aparecido neste convívio .
Espero que o teu RACAL(?) ou Banana AVP 1 funcione tanto quanto possivel na transmissão de momentos que passaste e que,pela amostragem serão bem interessantes
Um abraço
Luis Faria
PS : já tinha escrito e mandado de manhã,pensava eu, um comentário mas,como dizia o A.G.Matos não sei o que raio fiz que pelo que agora vi,f...deu-se !!!
Amigo Vinhal
Não posso deixar passar em claro a bonita e gentil referência às Senhoras desta Tabanca.
Subscrevo inteiramente, se me permitem.
És na verdade um Gentleman, Carlos !
Cá vai o meu abraço
Luis Faria
...calma que ainda não disse.
Normalmente quando alguém se apresenta a esta Tabanca aparecem sempre alguns tertulianos, uns mais regulares e habituais que outros, a dar-lhes as boas-vindas.
Aproveito este comentário para o fazer também:
Bem-vindo Carlos Pinheiro és o tabanqueiro 455, como diz o Luís Graça, que não esquece as boas- vindas a quem se apresenta.
Agora em nota de roda pé é que disse... digo:
É incrível como é que há certos Post's que passam completamente a "leste", (despercebidos) dos tais 450 e muitos tabanqueiros!!!
Destes não houve uma alma, excepção feita ao Carlos Vinhal, por inerência, uma alminha repito, que desse as boas-vindas da "praxe" ao meu amigo e nosso camarada Vilaça no P7147.
Se é por ser meu amigo, resolvo já o problema e passo-me para o IN.
Isto é só uma constatação e um desabafo, quando até já há camaradas que têm um comentário "tipo" para publicar alusivo á circunstância e até o Cmdt Luís Graça não deixa passar, sem dar um ar da sua "Graça". Falhas ou desinteresse???
Um abraço ao Carlos Pinheiro
Um xi-coração para todos os 455+os que onde vir.
cumprim/jteix
Jorge Teixeira:
Tens carradas de razão, nem sempre nos tratamos uns aos outros com equidade, ou seja, de acordo com o princípio da igualdade de oportunidades...
Pela parte que me toca, "há dias e dias" (... mas raramente à boa vida). Quem habitualmente tem o pelouro da Tabanca Grande é o Carlos Vinhal que, coitado,lá está no seu posto para o "ombro arma"!... E já lá está há várias comissões, à porta (simbólica) da nossa Tabanca Grande... Há tanto tempo, coitado, que eu já não sei se é o Carlos, em carne e osso, se é um sósia, se uma estátua do Carlos, se é um espanta-periquitos...
De qualquer modo, quando ele saúda um tabanqueiro novo (um "periquito" nestas lides...), fá-lo em seu nome, dos demais editores (LG, EMR, VB) e do resto da maralha... Fá-lo, e muito bem , por delegação de competências, ou melhor, por perfeito entendimento, entre nós, do que o trabalho (e o espírito) de equipa...
Sempre que posso, também gosto de dar "um arzinho da minha Graça", a título pessoal, como simples leitor e membro da Tabanca Grande... Mas é, muitas vezes, aleatoriamente, sem estar a privilegiar A, B ou C... (e naturalmente correndo o risco de discriminar ou de ferir as susceptibilidades de D, E ou F...).
Quanto ao teu/nosso camarada Vilaça, foi o D, E ou F. Certamente que terei o prazer de comentar um próximo poste assinado por ele...
O que seria desejável era haver muito mais gente, pelo menos um terço dos tais 455, a comentar directamente os nossos postes... Mesmo assim, só de Junho até agora, em menos de 5 meses, já tivemos cerca de 15500 comentários (mais de 3 mil por mês, 100 por dia), o que não é nada mau.
Comentar é fácil, mas há muitos camaradas que não têm o hábito, nem o gosto, nem o traquejo...
Um Alfa Bravo para ti e para o Vilaça. Luís
Caro Luís
Calma!... também não era preciso um tratado sociológico.
Mas... Deus te pague já que nada é de "Graça" e eu não consigo ter troco para tal argumentação.
Um abraço e desculpa o desabafo.
ah!... e um bem-haja ao Carlos Vinhal pelas "comissões" prestadas.
cumprim/jteix
Camarada,tão distraido eu andava que não dei por nenhum Pinheiro,fomos contemporaneos no QG
tu no STM e eu na central electrica do QG.Finais de 68 até 14 de Janeiro de 70,sê Bem Vindo a esta nossa Tabanca,
Votos de Boa e longa estadia.
josé nunes
Boa noite José Nunes
Não admira que estando nós no mesmo circulo, não nos tivessesmos conhecido. Éramos tantos a comer à mesa do refeitório da CCS/QG e certamente tivémos lá muitas vezes debaixo do mesmo teto e se calhar ao Domingo a comer aquele frango assado ao almoço ou ao jantar a pôr de lado aquele famoso arroz de polvo tipo massa de sapateiro. Mas olha, mesmo não te conhecendo, lembro-me bem duma noite em que estava de serviço e falhou a luz da tua central. E para complicar as coisas o nosso gerador de recurso, um Lister daqueles grandes, também trabalhou pouco por falta de gasoleo. Foi uma confusão do caraças. Ficámos sem contacto com o interior e o serviço para o exterior teve que ser garantido temporariamente pela Marinha. Vê lá que não conhecemos mas afinal tivemos ligações, deste caso desligadas, em directo.
Um abraço
Carlos Pinheiro
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