Foto: © J. Pardete Ferreira (2011). Todos os direitos reservados.
A. Primeira parte de uma mensagem do nosso camarigo J. Pardete Ferreira (cujo BI Militar se reproduz acima, emitido pelo QG Bissau, com data de 24 de Junho de 1969, e assinado pelo Director do HM241, Major Médico Felino de Almeida, recentemente falecido)
Data: 30 de Junho de 2011 01:28
Assunto: Médicos do HM241 e outros
Caros camarigos,
Se me permitem, vou tentar seguir uma ordem aproximadamente lógica.
1 - Caro Bino, finalmente esclareceste a história dos 15 dias (*)... mas vens logo moer-me o juízo: mas eu não me furto ao exame, fui para lá [, CAOP, Teixeira Pinto,] de helicóptero, [, no princípio do mês de Fevereiro de 1969].
Da pista levaram-me aos tombos em cima de um Daimler e, por fim, distribuiram-me um quarto cuja janela tinha sido feita por uma munição de canhão sem recuo, num dia em que chegaram ao arame farpado.
Vi o Coronel Neto e o Major Amaral fazerem um bombardeamento nocturno à Caboiana mas, para azar meu, o pescador felupe tinha-se fartado de trabalhar e lá fiquei eu sem camarões do rio.
Havia duas CCaç, uma de açoreanos e outra de madeirences, que tinham um rivalidade terrível.
Mandei evacuar para o HM241 um Cabo Enfermeiro, o que espantou toda a gente porque era o mais operacional. Detectei-lhe um sopro cardíado. Depois do HM241, veio para o HMP. Foi à junta [médica] e, na consequência, para a peluda! Pelo menos, fiz uma boa obra. (...)
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Notas do editor:
(*) Vd. comentários do Albino da Silva ao poste de 27 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8474: Tabanca Grande (292): José Pardete Ferreira, ex-Alf Mil Médico (Teixeira Pinto e Bissau, 1969/71)
(**) Último poste da série > 29 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8485: Os nossos médicos (29): O arraial minhoto do Alf Mil Med Pinheiro Azevedo no Xitole, em 4 de Abril de 1972 (Joaquim Mexia Alves, CART 3492 / BART 3873, 1971/74)
1 comentário:
Vocês desculpem lá...mas é necessário tudo isto?
A palavra nao serve, de um "camarigo"?É necessário andar com testes, provas,ah!E atestados há?
Nós na ADFA é que precisamos, quando não houve processo, testemunhas presenciais...
Mas aqui???
Já me esquecia de que há por cá uns que são futuros doentes de Alzheimer (parece pela maneira como os tratam), outros senhores de memórias prodigiosas.às vezes tão grande que até se lembram de "por onde não andaram na Guiné".
Deixem-se disso.
Contem-nos coisas, ajudem-nos a recordar, ajudem-nos a aliviar os tempos mortos agora que reformaqdos.Lutas intestinas...
Luis Nabais
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