1. Mensagem de Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 12 de Julho de 2011:
Meus queridos confrades,
O pintor Manuel Botelho não pára, não lhe chegam as fotografias com armamento, as histórias dos aerogramas, uma instalação gigantesca com vídeos no tempo do Natal do Soldado.
Agora quero trabalhar guiões, guiões verdadeiros, em tamanho real.
Olhou para mim, surpreso, quando lhe disse que não tinha guiões e, como ele sabe por experiência própria, é coisa que não aparece na Feira da Ladra.
O melhor nestas coisas é aproximar o consumidor do produtor, o artista de quem possuiu, eventualmente, as ditas flâmulas. Peço encarecidamente a quem puder ajudar o Manuel Botelho que o contacto através do email manuelbot@netcabo.pt ou pelo telefone 967 073 648. Confesso-me antecipadamente grato por quem puder ajudar o artista plástico que, desde sempre, mais tem feito pela nossa causa.
Um abraço do
Mário
2. Mensagem de Manuel Botelho dirigida a Mário Beja Santos
Caro Mário
Agosto aproxima-se, e com ele a promessa de um breve momento de maior disponibilidade para o meu trabalho plástico. Como sabes tenho andado a fazer fotografias com miniaturas de guiões das companhias mobilizadas no ultramar; desejava agora, se possível, ter acesso a guiões verdadeiros, em tamanho real! Haverá alguém que tenha ficado com esse tipo de material e mo possa emprestar durante uns tempos para fazer o meu trabalho fotográfico?
No blogue aparece, por exemplo, a foto deste guião… onde estará? Em Abrantes, no Regimento de Infantaria?
Guião do Batalhão de Caçadores nº 2879
Regimento de Infantaria 2 - Abrantes
Foto - ex-Fur Mil Carlos Silva
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Notas de CV:
(*) Vd. poste de 13 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8549: Notas de leitura (256): Amílcar Cabral – Vida e morte de um revolucionário africano, por Julião Soares Sousa (2) (Mário Beja Santos)
Vd. último poste da série de 14 de Julho de 2011 > Guiné 63/71 - P8554: Em busca de... (169): Pessoal do CAOP 1, Teixeira Pinto, 1969 a 1971 (Albino Silva)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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3 comentários:
Pela lógica os guiões das unidades combatentes deveriam estar (?) nas unidades mobilizadores.
No entanto, com as reformas do exército, com fusões e extinção de unidades, é provavel que tenham tido como destino as unidades que receberam o espólio das extintas.
No páteo dos Canhões, no Museu Militar em Lisboa havia uma série de miniaturas de guiões. Nessa sala tambem estava o Estandarte Nacional do Comando Territorial Independente da Guiné.
Meus Amigos
Até parece que não foram militares.
Claro que os Guiões ficaram nas Unidades Mobilizadoras.
Mas alguém em particular iria ficar com os guiões/estandartes?
Aqueles que por vezes se vêem por aí, são cópias que a malta mandou fazer.
Este do Poste é uma foto do original que eu fui de propósito tirar ao RI 2 - Abrantes após 35 anos do meu regresso, mas:
1º Escrevi para o Comandante a pedir autorização para o efeito, e depois de obter a autorização fui lá.
2º Nessa Unidade e no Museu vi dezenas de guiões/estandartes do Regimento; Batalhões; Companhias Independentes e Pelotões.
3º O Guião do meu Batalhão nem vê-lo, foi então que o oficial de dia que me acompanhou nessa tarefa, lembrou-se de telefonar para o Comandante e este deu-lhe pistas onde poderia encontrar e foi assim que fomos encontrá-lo no Auditório onde estavam mais guiões expostos.
Aliás há mais fotos no meu Site de originais de guiões tiradas por camaradas a quem tenho pedido para irem à Unidade e fazer esse trabalho, RC3 Estremoz; RAP 2, Gaia.
Dada esta explicação e na sequência do que refere o Zé Martins, cada vez se tornará mais difícil tal trabalho, pois com a reestruturação e extinção das Unidades, não sei por onde andará tão valioso espólio, por ex. o RI 2 extinguiu-se e passou para Abrantes a EPC de Santarém.
Aliás, como há outro tipo de espólio que nem os actuais responsáveis militares sabem, onde param, por exemplo Ordens de Serviço etc. que agora fazem muita falta para os mais diversos efeitos.
Um abraço
Carlos Silva
Caros Senhores
Guiões em tamanho real,esqueçam, pois a grande maioria (dos que ficaram nas Unidades), desapareceu irremediavelmente, devido as convulsões pós-25ABR e transferência de Unidades ou desactivação das mesmas. Lamento, não imaginam o granel que é. Vi coisas numa sala da EPA com dezenas e dezenas de Guiões do tempo do Ultramar a criar bolor, não sei do que é feito e nas ouras Unidades é a mesma treta.
Se houver alguem com interesse por isto vá que não vá, doutro modo são arrumados e tá a andar.
Para tentar reconstituir os Guiões o melhor são com os Mini-Guiões das Unidades, agora com os originais, prepare-se para levar um murro no estomago. Vai ver acretide.
Onde estão os que estavam na Liga dos Combatentes, e esses que fala o Carlos Silva, no Museu Militar, tentei fotografa-los mas não passava da intenção devido as dificuldades apresentadas.
No Museu do Porto fizeram há uns anos uma exposição com Mini-Guiões e Distintivos de Unidades do Ultramar, que emprestei, foi a ultima vez que emprestei alguma coisa a esta tropa.
Levei os meus albuns(7) ao Arquivo Militar TIVERAM A DISTINTA LATA DE PERGUNTAR SE OS PODIA LÁ DEIXAR PARA FOTOCOPIAREM PARA ARQUIVO.
Uso oculos mas não sou cego.
Tenho cerca de 2800 Unidades devidamente ordenadas e catalogadas, mas ando a compilar há cerca de 15 anos garanto-lhe carissimo que se não fossem 3 ou 4 carolas todo este acervo Histórico já tinha desaparecido se estivessemos à espera da tropa.
Se precisar de alguma cousa entre en contacto comigo.
Carlos Coutinho
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