sábado, 8 de outubro de 2011

Guiné 63/74 - P8873: Nós da memória (Torcato Mendonça) (2): Retaliação





1. Em mensagem do dia 7 de Outubro de 2011, o nosso camarada Torcato Mendonça* (ex-Alf Mil da CART 2339 Mansambo, 1968/69), enviou-nos o segundo texto para publicação na sua nova série "Nós da memória":





Mansambo > Torcato Mendonça com Braimadicó, CMDT do PAIGC, com quem trabalhou durante a Operação Lança Afiada
Foto de Torcato Mendonça, editada por Carlos Vinhal


NÓS DA MEMÓRIA
(…desatemos, aos poucos, alguns…)

2 - RETALIAÇÃO

Não apareceram do nada. Não.
Vieram num regresso de raiva. Vieram dos lugares para onde os haviam empurrado. Fundamentalmente vieram dizer que estavam vivos, fortes e prontos a lutar. Vieram dizer que nunca os seus Inimigos, os Colonialistas, teriam descanso naquela Terra. Vieram em vingança contra a destruição sofrida com a Operação “Lança Afiada”, ao descrédito e humilhação suportada com a destruição das ditas “Zonas Libertadas” e à fragilidade de suas defesas.

Só que ao aparecerem agora, assim, em força, quiseram dizer ter havido mau planeamento, fugas de informação, má condução daquela Operação no terreno por parte das NT (Nossas Tropas). Algo decorrera menos bem.

Vieram, então, retaliar pelos danos causados e a afronta sofrida.

Era Março, Março de 69, perderam certamente - as NT - mais de um mês a planear, a preparar, onze longos dias a executar a Operação no terreno e, posteriormente, demasiados a recuperar, a fazer relatórios e análises, a arrotar o efeito de uma triste vitória. A maioria que o fazia por lá não tinha andado. Hábitos que se mantinham.

Eles, o IN, furtaram-se a grandes combates. Emboscadas e flagelações aqui ou acolá, estrategicamente nos locais apropriados pois eram bons conhecedores do terreno. Depois continuavam, noite fora, cambando livremente o Corubal. Transportavam populações em atraso de fuga, militares feridos e salvavam ainda alguns haveres e armamento. Pode parecer estranho mas no outro lado, na margem esquerda do Corubal, não havia tropas especiais emboscadas. Era a guerrilha sem a contra guerrilha. Regressavam certamente alguns a juntarem-se aos que tinham permanecido perto dos apelidados “Santuários”, os míticos Baio, Buruntoni ou Fiofioli. As NT entravam quase livremente banalizando o dito poder das bases IN. Destruíam infra-estruturas, culturas, celeiros, escolas e postos sanitários ou mesmo um hospital no Fiofioli, armamento escondido em locais denunciados pelos prisioneiros. Alguns elementos das populações eram aprisionados para serem levados nos hélis dos abastecimentos. Outros, devido à idade eram deixados por lá entregues à sua sorte.

Baixas ao IN, aos militares do PAIGC e cooperantes internacionalistas ou mercenários, foram causadas poucas, muito poucas. Uma dúzia - confirmadas - ou nem tanto. Voltaram as NT a quartéis depois do Soldado Português ter suportado estoicamente longos dias de sede, de má alimentação, de temperaturas de mais de quarenta graus à sombra e superiores a setenta ao Sol. Era Março, Março de 69.

Voltaram as NT depois de vulgarizar locais míticos do In, tinham ido, como sempre o foram, aonde lhes fora pedido. Nada, depois desta Operação, desta destruição imensa ficara na mesma. Nem mesmo as tropas do PAIGC, ou os nossos Militares. Aquela vasta região passara por uma enorme destruição. Uma área imensa fora arrasada: - do Xime ao Corubal e por este abaixo até ao Xitole e, para cima, pela estrada do Xitole, Mansambo até Bambadinca. Seria uma vitória das NT? Ainda hoje penso nisso e não sei ao certo.

Essa dúvida levou os Comandos a estudarem calmamente relatórios e a fazerem análises. Eles, o IN, como guerrilheiros que eram, organizaram-se rapidamente. Tiveram apoio de populações que lhes eram afectas, receberam certamente auxilio de camaradas de outras zonas do Cuór ou Morés, a Norte ou da zona de Fulacunda a Oeste e, porque não do Sul. Tudo se deve ter rapidamente movimentado. Nós, as NT digeríamos a vitória e pensávamos “Numa Guiné Melhor”. Tanto assim que milhares de Fulas e Mandigas “capinaram” à volta de quartéis e aos lados de estradas. As populações, dizia-se, estavam connosco e limpavam campos de tiro ao IN e às NT. Foram as célebres Operações “Cabeça Rapada”. Era a guerra suave, em português suave. As ilações ao que acontecera demoraram. Terão aparecido?

Eles, o IN, esperaram um pouco, só um pouco e vieram em retaliação.

A 2 de Abril, o IN, montou forte emboscada, com mina comandada à distância, perto de Mansambo. Caiu nela parte do Pelotão de Milícias 145 da Moricanhe. Sofreram vários mortos e feridos. Curiosamente estabeleceram diálogo e o tema foi sobre a Lança Afiada. Aprisionaram um Milícia (Lamine). Dias depois fugiu e voltou a Mansambo. Foi ele que disse o número de mortos sofrido pelo IN e o efeito dos obuses 10.5.

Dias depois o IN batia o pé a tropas do Saltinho e Xitole na zona do Galo Corubal.

Galo Corubal a NW do Xitole

Iam fazendo flagelações para irem ganhando terreno, distrair as NT e procurarem uma aproximação a zonas mais importantes. O Boé, toda a zona da margem esquerda do Corubal - (ver Carta 1/500.000) - estava sem militares nossos e os aquartelamentos ficavam longe da fronteira.

Localização de Madina de Boé na margem esquerda do Rio Corubal, a escassos quilómetros da fronteira com a Guiné-Conacri

Eles iam tentando avançar e, de quando em vez, uma emboscada mais forte ou um ataque a um aquartelamento ou Tabanca em auto-defesa aconteciam.

A meio de Maio caí com o meu Grupo numa emboscada forte. A 28 de Maio, foram mais atrevidos e atacaram Moricanhe, Amedalai, Taibatá e, pela primeira vez, Bambadinca, a sede do Batalhão. Certamente que o dispositivo militar do PAIGC e os seus efectivos tinham sido reforçados e reposicionados no terreno.

Os ataques a Mansambo,Candamã, Áfia e outros continuaram.

Era a retaliação à “Lança Afiada” e a alguma inércia das NT.

Confirmava-se o ditado: - “quem o inimigo poupa às suas mãos lhes morre”. Parece brutal esta frase. Parece hoje. Outrora certamente que não e leva-nos a questionar a maneira como aquela Operação foi feita. É assunto que estou há demasiado tempo a tentar escrever. Queria fazê-lo sem pôr em causa certos comportamentos militares.

Só, no aspecto de Informações, um pequeno levantar do véu. Cheguei a Bissau, vindo de férias da Metrópole, em meados de Fevereiro. Foi-me logo dito, em Santa Luzia ou no “Café Bento”, que ia haver uma grande Operação no Leste. Sem terem qualquer cuidado. A Operação foi para o terreno a oito e dez de Março. Assim era difícil trabalhar ou as chefias militares trabalharem.

A guerra continuou mas creio que se começou a transformar. O In infiltrou-se mais e foi obrigado a recuar. O nosso dispositivo no terreno foi alterado mas infelizmente era necessário “dar forte”, mais forte e menos pensamentos de diálogos. Todos sabíamos que o diálogo e a componente política eram fundamentais. Todos sabíamos o que se tinha passado na Indochina, mais tarde Vietname, Argélia e não só. Muitos sabiam a importância da componente militar e a impossibilidade de se inverter o curso normal da História. Muitos sabiam também como eram os políticos desse tempo. Certo foi que o Soldado Português sempre deu provas de dignidade e sempre foi muito além do que humanamente era admissível de se exigir a um ser humano.

Nada mais acrescento por hoje. Ultrapassei quantidade das palavras dos “escritos” e seria fastidioso continuar. Um dia.

(T. M. escreve de acordo com a antiga ortografia)
____________

Nota de CV:

Vd. primeiro poste da série de 16 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8786: Nós da memória (Torcato Mendonça) (1): Hesitação

22 comentários:

Rui Silva disse...

Caro T.
Gosto muito dos teus eruditos textos.
Sinto- me pequenino a contar as minhas histórias.
1.º nó desatado!
Passa bem, isto é, de saúde e a contar mais.
Um abraço
Rui Silva

Colaço disse...

Quando desembarquei no lodo do rio kumbijã 23/01/1964 para participar na operação tridente as ultimas palavras que ouvi antes de me embrenhar na mata vindas através de um megafone da lancha de fiscalização que estava a proteger o desembarque foram:
Atenção camaradas e amigos prá frente é que é o caminha não perdoar.

Um abraço
Colaço

Colaço disse...

Prá frente é que é o caminho.
E não caminha como por erro escrevi.

JD disse...

Viva Torcato,

Muito boa reportagem sobre essa acção durante a guerra. Se ainda fossemos a tempo de reflectir e corrigir alguns erros anotados, a nossa presença no TO teria sido muito mais digna, segura e eficiente.
Foi paradigmático o comentário que ouviste sobre a grande operação. E teve bis e tris em ocasiões posteriores.
Abraços fraternos
JD

Luís Dias disse...

Caro Torcato

De facto, anos depois, continuámos com as mesmas operações, gastando as mesmas energias, sofrendo o mesmo calor e a mesma sede, palmilhando pelos mesmos trilhos, com avanços e recuos, umas vezes com o mesmo ânimo, outras sem vontade nenhuma, guerreando com o mesmo material, sofrendo das mesmas doenças, das mesmas fugas de informação, pensando que podíamos ganhar, mas a organização parecia querer não o fazer e o IN também, teimoso, a não querer ajudar.
Bom texto a fazer-nos reviver aqueles "saudosos" tempos, em que ali gastámos das melhores idades das nossas vidas.
Um abraço
Luís Dias

Anónimo disse...

Caro Torcato,
É sempre um prazer ler os teus escritos.
Ainda por cima com aquela nota marota: "T.M. escreve de acordo com a antiga ortografia"!!!
Como se dizia na época: "papa lá esta, Luís"!!!
Um abraço,
Carlos Cordeiro

Hélder Valério disse...

E 'prontes' caríssimo Trocato, um nozinho já está desatado...

Vê-se que te tem sido difícil digerir quase todo o processo do teu percurso guineense, porque deste muito (da tua maneira de ser, do teu sentido de responsabilidade) e, por esse motivo, pelo menos, torna-se doloroso quando as recordações afloram.

Mas não deves guardar tudo... talvez um pouco de 'terapia' faça bem. Já tem feito!

'Portantes, pá' desata lá outro nozito..

Abraço
Hélder S.

Fernando Gouveia disse...

Caro Torcato:

Gostei deste teu escrito. Também vivi à minha maneira (na retaguarda) a “Lança Afiada” (já aqui disse que ajudei o Cor. Felgas a programar a operação e que na altura não tive coragem de lhe dizer que sem tropas do outro lado do Corubal não ia dar em nada). Concordo com tudo o que dizes. Também já por aqui referi a muita sorte que tive na Guiné. No segundo ataque a Bambadinca (em meados de JUN69)… tinha lá dormido no dia anterior quando ia a caminho de Madina Xaquili. No mapa onde mostras Madina do Boé, Madina Xaquili vê-se ainda no canto superior esquerdo, suficientemente longe de Madina do Boé para só vir a ser atacada passado precisamente um mês de eu ter saído de lá.

Um abraço.
Fernando Gouveia

Anónimo disse...

São estes os nós que ainda hoje afligem muitos dos que pisaram aquele terreno.

Dizem os especialistas que é bom desatá-los e que isso faz-se falando.

Talvez também resulte escrevendo, espero que sim e que o Torcato consiga desenrolar todo o novelo em que sofre envolto. Será isso possível?

Pela minha parte, como modesto leitor, aguardo por mais nós que ele queira libertar.

Um abraço
BSardinha

Anónimo disse...

Vamos lá então falar de táctica e estratégia.
A contra-guerrilha fazia-se e faz-se com;detectar,destruir,perseguir e aniquilar, e evidentemente ter o apoio da população.
Falhávamos quase sempre no perseguir e aniquilar.
E porquê ?
Simples,falta de meios humanos e materiais.
Os motivos também eram simples; falta de informação,má preparação das operações,má preparação do pessoal,nomeadamente a nível físico e não só,motivação.. etc.
Era completamente errado fazer operações com grandes meios humanos,porque a táctica da guerrilha era e é;retirar quando o in é forte e atacar quando é fraco.
Já na altura me fazia confusão o porquê de entre gadamael e aldeia formosa não existirem aquartelamentos bem guarnecidos e defendidos de forma a evitar ou a dificultar a infiltração vinda da Guiné-conakry.
Quando se pretendeu minar trilhos de infiltração junto à fronteira foi liminarmente proibida tal acção.Porquê ?
Porque é que após o abandono de Guilege se reforçou o dispositivo em Gadamael e não se reocupou Guilege.
Gadamael em si era apenas para marcar presença e para os que lá estávamos servirmos apenas para "carne para canhão".Estrategicamente valia zero.
Não quero terminar sem ter uma palavra de apreço para os nossos soldados, vivendo em condições infra-humanas..eram muito bons.

Um alfa bravo para o camarada Torcato.

C.Martins

Manuel Reis disse...

Camarigo Torcato:

Belo escrito sobre uma operação, que falhou no essencial.

A minha discordância incide sobre algumas considerações do meu amigo C. Martins, que faz no seu comentário.

A manutenção de Guileje exigia um avultado número de homens e armamento, o que obrigava a destapar locais protegidos.

A manta era curta.Tapava-se de um lado, destapava-se do outro.

Se a existência de N.T. em Gadamael eram carne para canhão, como classificas a existência de N.T. em Guilege? Carne para foguetão?

Pois é, caro Martins, de facto de Aldeia Formosa a Guileje não existam, em 1973, aquartelamentos, mas existiram Gandembel, Ponte Banana, Mejo, na primeira linha de infiltração do PAIG, acabando por ceder em 68 e ou 69. A perda de homens era de tal monta e a eficácia tão exígua que o Comando Chefe ordenou o seu abandono.

Gandembel, pela sua localização, ainda hoje arrepia quem por lá passa e toma conhecimento de como se vivia. Assemelha-se a um corredor da morte, onde a execução se não ocorrer hoje fica adiada para o dia seguinte.

Em Março de 73 estava em planeamento a construção de um aquartelamento no Quebo, que distava 4/5 km do Mejo e que reunia melhores condições para impedir a infiltração do PAIGC através do mítico Corredor de Guileje. A zona chegou a ser reconhecida por mim e pelo Coutinho e Lima.

Mas esta operação exigia o envolvimento de muitos meios materiais e humanos e não os havia. O ataque a Guidage, nos inicios de Maio,mobilizou quase todas as Forças Especiais e com a retirada de Guileje todo o projecto foi abandonado. O esforço de guerra virou-se para Gadamael que estava preso por um fio nos primeiros dias de Junho.

No papel as coisas eram fáceis, para os nossos mandantes, mas na prática a música era outra...

Um abraço amigo.

Manuel Reis

manuelmaia disse...

TORCATO,

UMA VEZ MAIS PRESENTEIAS-NOS COM UM TEXTO EXTREMAMENTE BEM ELABORADO E RICO EM PORMENORES AO PONTO DE NOS ENVOLVERES DE NOVO NAS EMBOSCADAS QUE TODOS TIVEMOS.
ABRAÇO
manuelmaia

Anónimo disse...

Quanto à análise e estilo descritivo o Torcato Mendonça já nos terá habituado a esperar sempre algo de interessante.Por méritos próprios tornou-se um Clássico deste blog.Mas,por vezes nos NOSSOS textos começa a surgir a ideia de que andamos em círculos concêntricos em vez de "ponto para ponto".Será,e é terapêutico,mas.... Um grande abraço.

Joaquim Mexia Alves disse...

Obrigado Torcato!

Não apenas uma descrição de factos, mas também uma escrita que nos faz pensar.

Mais tarde calhou-me a mim e aos que comigoandavam por aquelas paragens, a ida aos mesmos lugares.

Estavam mais "vazios" de IN no meu tempo, por força sem dúvida, do vosso empenho.

Um grande abraço para ti e para todos.

Torcato Mendonca disse...

Comentar em causa própria é, no mínimo deselegante. Aceito e gosto de todos os comentários. Divergem alguns e é bom.Pensamento unívoco não!Melhor, Único não!
Mas J.Belo,
Imagina:
Um ponto de luz branca á distancia X de um centro fixo K e outro e mais outro e muitos outros ainda, finalmente o centro -azul- K.Os n pontos mantêm equidistância ao anterior e ao seguinte de z, um z constante, até ao centro azul K. Giram a velocidade igual mas, a distancia x1 ,x2...xn -dos pontos brancos ao centro azul K é menor x*n - y vezes até ser zero e de branca passa a ser o ponto azul K..Descrevem, partindo ao mesmo tempo, uma linha branca (rectilínea), a partir do centro azul K? Ou não? Tudo gira em circulos concêntricos e a loucura acompanha esse girar no seu infinito movimento...imaginário claro e eu sou ponto branco, desencontrado(?) de n pontos igualmente brancos, equidistante deles, o anterior e o seguinte, em busca de um azul, num eterno movimento...Terapia, terapia é a paragem do imaginário, o fim da beleza, da loucura, do ser e não ser...do eterno movimento...e do branco e azul do encontro,do finito.---Fica a estratégia no tinteiro...e ao fundo vejo o Pintor que lhe criticou a sandália da rapariga pintada na tela...
AB T. em busca ou a fugir do azul...

Torcato Mendonca disse...

ERRATA

O Pintor esperava a vinda do sapateiro que lhe criticara a sandália pintada...agora emendada...etc

As desculpas T.

Anónimo disse...

Bonito meu caríssimo Amigo e Camarada.Quase em fronteiras do fantástico.Com círculos,pontos,elipses e linhas rectas formam-se Universos.Mas opiniões ainda se poderão ter.Ou? E,como disse o Poeta:"Um grande abraço feito de manhãs em curvas suaves".

Torcato Mendonca disse...

As curvas suaves podem ser a esta hora... Meu Camarada e Amigo José Belo:
A opinião é fundamental para o nosso viver colectivo. Melhor ainda se vier dos amigos.
Não posso criar Universos mas gosto de caminhar pela liberdade do Ser em sua plenitude...
Eu compreendi o que me disseste. Posso parecer pretensioso -penso ter compreendido. O Pintor e o sapateiro era brincadeira com o nosso Amigo C.Martins e a tese dele sobre estratégia. Ele um Artilheiro e eu outro, que o fui, só de nome. Fui um Atirador de...ele é que tratou de peças, obuses e eteceteras mas, a estratégia a "penantes" era connosco.Ele viveu em zona tramada. Assunto para depois se falar.
Em curvas suaves, contornando montes e vales, te envio um forte abração de amizade. T.

Anónimo disse...

Aqui estou..a oferecer o corpinho às balas..salvo seja.
Um dos motivos porque não quero fazer parte do blogue é que não gosto de falar de mim..do que fiz ou deixei de fazer..feitios.
Camarada Manuel Reis,fui bem explicito no meu comentário.."falta de meios humanos e materiais".
O meu comentário anterior visou apenas um mero exercício intelectual.
Na minha opinião a guerra já estava politicamente perdida antes de ter começado.
Que podia ter sido conduzida de outra forma..podia.
Incompreensível, por exemplo, foi a ocupação de gandembel apenas com uma companhia,ou os diminutos recursos humanos e materiais em guilege e colocar aí peças de 11,4 quando já se tinham poucas granadas em Beirolas,tinham maior alcance que os obuses, cerca de 2km, é certo, mas neste caso era irrelevante porque (muita gente não sabe) as granadas de obus 14 eram compradas aos U.S.A. e não faltariam.
Em gadamael tínhamos permanentemente uma companhia no mato e às vezes duas..apoiadas pelo meu pelart..que me lembre, desde novembro de 73 não sofremos uma única emboscada.
Várias vezes as NT passaram por emboscadas, só que os guerrilheiros nunca atacaram, devido não só ao número de elementos como iam bem armados e por experiência anterior sabiam que tinham em poucos minutos "ameixas" com 45 kg a voar na sua direcção.
No raio de acção dos obuses, já estavam previamente calculados os elementos de tiro, bastava apenas fazer pequenos ajustes..ah e uma secção estava sempre em prevenção de dia e de noite,isto é, permanecia no espaldão
Camarada Torcato é verdade que quem mais sofreu foram os infantes, mas eu também andei a "penantes"..mas isso fica para uma explicação pessoal.

Um alfa bravo

C.Martins

Anónimo disse...

Camarada Torcato

Gostei da metáfora sobre mim

UM ALFA BRAVO

C.Martins

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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